Fanfic: As folhas de outono(adaptada Portinon) Finalizada | Tema: Portinon (ayb)

                        1 mês depois

        - Vai ficar até muito tarde hoje amor? - Perguntava eu no telefone

        - Infelizmente Cinderela, hoje o movimento esta uma coisa de louco nesse Café! Bem que você poderia passar aqui mais tarde! - Disse Anahí toda faceira do outro lado da linha.

        - Vou tentar... prometo! Tenho que ligar para Ana, ver se esta tudo certo pra ela passar as férias de verão aqui conosco!

 - Ok amor! Te amo, tenho que desligar meu intervalo acabou e daqui a pouco meu tio começa a gritar comigo!

        - Vai lá... te amo!

        Assim que desliguei o telefone, Poncho bateu na porta do meu quarto fiquei assustada no inicio por ele poder ter ouvido alguma coisa, mas Poncho nunca foi de bisbilhotar conversas e além do mais eu estava com o radio ligado! Era uma tática que eu sempre usava quando queria conversar com Anahí se Poncho estivesse em casa.

        - Oi! Entra! - disse abrindo mais a porta.

        - Dulce, acho que precisamos conversar! Pode vir até a sala comigo?! - Poncho parecia sério, aquilo me vez arrepiar a nuca.

        - Claro. O que houve Poncho? Esta me assustando! - Perguntei no caminho até a sala. Mas sem obter nenhuma resposta.

         Depois que sentamos cada um em um sofá, Poncho apoiou o queixo com as mãos. 

        - Poncho se isso for alguma brincadeira, você esta me assustando! - Eu tinha um nó na boca do estômago.

        - Quando você pretendia me contar? - Perguntou ele sério.

        - Contar o que? Não estou te entendendo... - Mas na verdade eu estava entendendo tudo o que estava se passando.

        - Você sabe que te amo Dulce, por que não confiou em mim?!

        - A quanto tempo você sabe? - Fui direto ao ponto, entregando a jogada.

        - No dia em que você foi visitar nosso pai, aquele que eu disse que tinha tido um pesadelo, que na verdade não tive! Eu já estava suspeitando e ouvi vocês duas conversando no quarto! Você nunca foi muito de se importar com os outros, mas com ela você é zelo puro! Não disse nada até por que eu esqueci com tudo o que veio depois... nosso pai, Ana, a morte dele...

        - Poncho... - interrompi já com o choro entalado minha respiração.

        - Não terminei Dulce. - Poncho Levantou a mão fazendo eu me calar. - Dulce, o que passou em sua cabeça?! Que eu iria deixar de te amar? Que iria expulsar ela ou você de casa? 

        Nesse ponto algumas lagrimas começaram a escorrer em meu rosto.

        - O que me magoa de verdade Dulce, é você não ter confiado em mim! Ter escondido isso de mim!

        - Poncho... Tudo isso é tão novo pra mim quanto pra você! Acabei me apaixonando por ela de uma forma que não sei explicar! Eu queria ter te contado, mas fiquei com medo sim!

        - Dulce, eu estou mais feliz que você esteja com a Anahí do que com o idiota do seu ex namorado Cristopher...

        Quando ele terminou a frase eu pulei em seus braços e Poncho me abraçou forte.

        - Você não sabe o quanto eu estou feliz de ouvir isso de você! Poncho muito obrigada!

        - Não tem que me agradecer Dulce. - disse ele secando minhas lágrimas. - Você não mudou por estar gostando de uma garota! Você ainda é a mesma, minha irmã! Responsável, amável e durona! Anahí é uma ótima pessoa eu convivo com ela! 

        Encostei minha cabeça no peito de Poncho, eu parecia ter 10 anos no colo do meu irmão. Senti ele respirar fundo, o que me pareceu que ele tirou um peso das costas por ter conversado comigo. Na verdade eu que tirei um peso das minhas costas! Poncho ter aceito meu namoro com Anahí fez com que eu realmente tivesse me sentido completa!

        Ele foi para uma reunião e eu segui para meu quarto. Precisava contar o que aconteceu com Anahí, mas eu iria esperar ela chegar em casa, como ela mesma disse o Café House estava lotado e eu não iria querer que ela levasse um xingam do teu porco dela.

        Eu fiquei aliviada, me senti mais leve! Com tudo isso até esqueci de ligar para Ana. Arrumei o apartamento, comi um sanduíche e como estava um pouco tarde me deitei! Fui acordada com o meu telefone tocando.

        - Dul vem me buscar! Maitê esteve aqui, me ameaçou um monte e não quero ir pra rua chamar um táxi!

        Pulei da cama como se uma corrente elétrica tivesse passado por todo o meu corpo e me dado uma carga que fez cada músculo meu se mexer como novos em folha. Coloquei um casaco, vesti uma calça jeans e voei em direção ao Café. Assim que cheguei lá, bati na porta e um dos garçons abriu para mim.

        - Anahí esta ai? - perguntei tentando olhar sobre o ombro dele.

        Ele gritou chamando-a e ela veio, já sem seu avental.

        - Jairo cobre essa pra mim! - disse ela passando pelo garçom que recém tinha acabado de abrir a porta pra mim.

        - O que houve? O que aquela garota fez Anie?

        - Ela teve no café bêbada! Tentou me beijar, pediu pra eu voltar pra pensão! Ai... só quero me deitar! - disse ela abrindo a porta do carro e entrando.

        - O que mais ela disse Anahí? - Não liguei o carro e fiquei olhando pra ela, que agora olhava para frente.

        - Ela disse que ainda vai se vingar de você por ter me tirado de lá, por ter batido nela e por todo o resto.

        Pude sentir um calor subir pelo meu pescoço, só de pensar naquela Maitê eu sentia uma raiva que não era minha. Apertei forte o volante com raiva.

        - Vamos para casa Cinderela! - disse Anahí olhando para mim, sua mão tirou a minha do volante e ela apertou suave os nós dos meus dedos. - Eu te amo e nada vai mudar isso!