Fanfics Brasil - Capítulo 19 My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada

Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni


Capítulo: Capítulo 19

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Desci os degraus novamente, dessa vez me segurando firmemente no corrimão para não cair, e voei até a porta, enquanto o ronco do motor dava lugar ao silêncio outra vez. Hesitei antes de abri-la, com a mão quase esmagando a maçaneta, e respirei fundo. E se fosse só mais uma alucinação? Não, não podia ser. Eu quase podia sentir sua presença, seu perfume, a temperatura quente de sua pele contra a minha, seu hálito úmido em meu pescoço… Ela estava aqui, com toda a certeza que ainda me restava.


Abri a porta, com os olhos fechados, e quando a brisa gelada tocou minha pele, abri também meus olhos. Se eu não estivesse segurando a maçaneta com toda a minha força até agora, acho que desmaiaria.


A Ferrari estava ali.


Bem à minha frente.


Graças a Deus, eu estava certa.


No que me pareceu apenas um segundo depois, me vi andando energicamente até o lado do motorista, cuja porta já estava sendo aberta por dentro. Assim que meus olhos encontraram os de Anahí, um tanto confusos, a energia que me faltara durante todo aquele tempo de espera surgiu com força total, fazendo meu coração bater tão descompassado que minha visão se tornou turva.


Seu perfume já infestava meus pulmões antes mesmo de me aproximar dela, e completamente guiada por meus instintos, eu entrei no carro, passando uma de minhas pernas sobre as dela e me sentando em seu colo. Fechei a porta da Ferrari, deixando Anahí totalmente perdida, e jogando no lixo qualquer vestígio de sanidade que ainda me restasse, uni sua boca à minha sem a menor delicadeza.


Os lábios dela permitiram a passagem de minha língua imediatamente, misturando o gosto dela ao meu e me causando um efeito quase anestesiante. Suas mãos, ainda surpresas com a minha pressa, demoraram a se decidir entre minha cintura e minhas coxas, e sem conseguir escolher, foram parar em meus quadris. Eu bagunçava seu cabelo macio, sentindo um calor dominar meu corpo, especialmente onde havia contato com o corpo dela.


Não sei por quanto tempo nos mantivemos ali, apenas nos beijando (lê-se: “nos engolindo feito duas enguias”) e sentindo a presença uma da outra. Pela intensidade com a qual ela retribuía o beijo, e até sorria de vez em quando, eu não era a única ansiosa por aquele momento, o que de certa forma me reconfortou. Eu pressionava meu tronco contra o dela com cada vez mais desejo, sentindo-a reagir da mesma forma como se quisesse fundir nossos corpos num só. Quando meus lábios já estavam ficando doloridos pela pressão contra os lábios dela, Anahí começou a puxar minha camisola para cima conforme explorava meu corpo com suas mãos. Minhas pernas se contraíam inconscientemente ao redor de seus quadris, me impulsionando para cima e quase a prensando contra o encosto do banco. Ela continuou subindo seus toques até encontrar meus seios, e envolveu-os com suas mãos, soltando um gemido abafado contra meus lábios. Deixei que ela aproveitasse por um tempo, e logo parti o beijo, com uma mordida em seu lábio inferior, para tirar a camisola.


Voltei a me inclinar sobre ela, colando nossas bocas novamente e deslizando minhas mãos por todo o seu tronco, só parando quando encontrei o que queria. Abri o botão e o zíper da calça sem demora, sentindo-a aumentar sua agressividade no beijo, e acariciei sua intimidade por cima da calcinha. Anahí agarrou meus cabelos da nuca em sinal de aprovação, e colocou mais força em seus dedos quando eu passei a beijar seu pescoço, tentando compensar o desvio de minhas mãos para sua blusa. Dedilhei o caminho de volta, sentindo cada músculo seu se contrair ao meu toque conforme eu subia, e segui para suas costas quando atingi a altura máxima possível. Ela puxou a camisa pela parte de trás, e eu me afastei, observando-a tirar a peça e jogá-la em qualquer lugar, retirando também seu sutiã.


Ela segurou minha cintura com firmeza, me inclinando um pouco para trás, e eu apoiei minhas costas sobre o volante, me arrepiando por inteiro quando senti sua língua tocar a pele da minha barriga. Anahí fez uma trilha de beijos enlouquecedores até alcançar meu pescoço, me trazendo de volta à minha posição ereta, e quando seus lábios voltaram a buscar os meus, uma de suas mãos se colocou por dentro de minha calcinha, me provocando com seus dedos.



Ensandecida, eu correspondi seu beijo com o triplo de ferocidade, fincando o que restava de minhas unhas em seus ombros tensos sem nem pensar se doeria. Graças à experiência dela, que a possibilitava tocar os lugares certos, eu já estava quase atingindo o clímax quando sua outra mão escorregou até minha bun/da, dedilhando o leve alto-relevo causado pela estampa de ovelhinha de minha calcinha. Apesar de todos os outros acontecimentos, aquilo pareceu diverti-la, já que pude sentir um sorrisinho moldar seu rosto. Gemi alto contra seus lábios quando Anahí ameaçou parar de movimentar seus dedinhos, e ela só o fez quando sentiu que havia terminado seu trabalho.


Suada e precisando urgentemente de ar, eu afastei meu rosto do dela, sugando seu lábio inferior e sentindo-a se afastar na direção oposta só para me fazer sugá-la com mais força. Ambas sorrimos de leve com a provocação, e se a umidade entre as pernas dela não estivesse extremamente convidativa, eu teria voltado a beijá-la. Anahí segurou meu rosto com uma mão, mordiscando o lóbulo de minha orelha lentamente e me arrepiando com sua respiração ruidosa, enquanto eu descia sua calça jeans ao máximo com um sorriso pervertido.


Rocei meus lábios nos dela por um segundo, encarando seus olhos azulados cheios de luxúria, e desci sua calcinha até os joelhos, onde a calça havia parado.


Coloquei minha mão em sua intimidade, sentindo-a quase pulsar de tão encharcada, ao mesmo tempo em que as mãos de Anahí acariciaram minhas coxas. Agarrei seus cabelos com a mão livre, puxando-a para um beijo, e com a outra, comecei a masturbá-la o mais depressa que consegui. Ela se esforçava ao máximo para corresponder às carícias de minha língua, mas a contração ainda mais frequente de seu abdômen deixava nítido que aquilo não era sua prioridade no momento. Anahí agora soltava gemidos contínuos e quase chorosos de tanta excitação, mas eu não desisti de beijá-la. Eu queria mesmo que ela sofresse por ter demorado tanto pra chegar.


Ela subiu suas mãos até o cós de minha calcinha e colocou seus polegares por dentro do elástico da mesma, trazendo-a para baixo sem surtir muito efeito. Entendi aquilo como um aviso de que ela não aguentaria por muito mais tempo, e imediatamente parei o que estava fazendo para me desfazer da última peça de roupa que ainda restava. Enquanto eu me despia, ela se ajeitava no banco, me olhando daquele jeito grosseiro e extremamente sexy. Atirei minha calcinha longe, e quando viu que eu já estava livre, ela me puxou para o seu colo com um sorriso nada angelical. Retribuí seu sorriso safado e me posicionei entre as suas pernas com cuidado, sentindo meus talentos orais sendo reconhecidos.


- Você sabe o que fazer. – ela murmurou com a voz falha, e meus olhos se ergueram até encontrar os dela. Assim que o fiz, foi impossível não me lembrar da última vez em que estive em seu apartamento. A Anahí que eu conheci naquele dia, escondida atrás de uma armadura, me encarava novamente naquele exato momento. A verdadeira Anahí.


Senti um arrepio percorrer minha espinha, eriçando meus pelos da nuca e acelerando meus batimentos cardíacos ao reconhecer aquela mudança. Eu poderia passar a vida inteira encarando aqueles olhos sinceros, sem saber classificar o sentimento que eles causavam em mim. A suguei ferozmente e dava leve mordidinhas em seu clitóris, quando percebi o brilho em seus olhos, parei o que estava fazendo e a encarei.


Como era linda.


Meu rosto avançou lentamente na direção do dela, unindo nossos lábios com calma, e eu ergui meu corpo até encontrar a posição certa. Anahí colocou suas mãos em minha cintura com sutileza, como se quisesse me incentivar, e eu coloquei seus dedos dentro de mim devagar, sentindo-a apertar minha cintura com mais força quando cheguei ao fim. Eu segurei em seus ombros, trêmula, e deixei que todas aquelas novas sensações, que ao mesmo tempo eu já conhecia, fizessem efeito sobre mim. Paramos de nos beijar, mas mantivemos nossos lábios unidos, e abrimos nossos olhos, encarando profundamente uma a outra. A conexão entre nossos olhares por pouco poderia ser tocada, de tão intensa que era. A compreensão e a paciência, apesar de sua vontade gritante de que eu me movimentasse novamente, eram nítidas em seus olhos, o que só me deixou ainda mais tonta.


Ela fechou os olhos, franzindo de leve a testa e escorregando suas mãos até meus quadris, e eu reiniciei o beijo, sentindo o prazer crescer monstruosa e subitamente dentro de mim. Envolvi seu pescoço com meus braços, embrenhando meus dedos em seus cabelos umedecidos de suor, e comecei a me movimentar sobre ela, acelerando a cada segundo como se aquilo fosse natural pra mim. Logo ela estava gemendo de novo, assim como eu, e estava ficando quase impossível nos beijarmos. Nossos rostos se mantiveram próximos, intensificando a mistura quente de nossas respirações, até que atingi o clímax novamente, movimentei um pouco mais os meus dedos em seu clitóris, fazendo com que ela também atingisse seu clímax.


Deixei que meu tronco se apoiasse sobre o dela, sem conseguir definir qual das duas estava mais ofegante. Minhas mãos deslizaram de seus cabelos para seus ombros, enquanto as dela ainda eram incapazes de largar meus quadris. Afundei meu rosto na curva de seu pescoço, deixando que o perfume dela me acalmasse, e após alguns segundos, senti seus braços envolverem minha cintura e me aconchegarem ainda mais em seu peito. Fechei os olhos, abraçando-a pela cintura também, e pude ouvi-la rir de leve. Ainda tensa demais para perguntar qual era a graça, apenas ignorei seu riso, e como se tivesse lido minha mente, ela sussurrou, com o pouco de ar que lhe restava:


- Por favor, prometa que vai continuar me surpreendendo… Porque sinceramente… Fica cada vez melhor.


Mesmo sem ar, eu não tive como evitar que a risada baixa dela me contagiasse. Assim como, por mais que eu tentasse fugir ou negar, tudo nela me contagiava quando estávamos juntas.


Aos poucos, minha respiração ia voltando ao normal (não totalmente, porque com ela perto de mim, era inútil conseguir respirar direito) e a tremedeira de minhas mãos ia passando. Anahí esperou calmamente, acariciando desde meus ombros até meus quadris, fazendo uma massagem gostosa conforme deslizava as palmas de suas mãos e vez ou outra dedilhava minha pele devagar. Seu coração batia forte contra meu peito, apesar da respiração calma, o que parecia acelerar ainda mais as batidas do meu.


- Está sentindo isso? – finalmente sussurrei contra a pele de seu pescoço, com os olhos fechados. Deslizei minha mão esquerda até seu peito, indicando a que me referia, e o ritmo acelerado de seus batimentos pareceu se intensificar sob meu toque suave.


- Desde a primeira vez que pus meus olhos em você. – ela murmurou, imitando meu gesto com sua mão esquerda. – Você também está sentindo isso?


Me afastei dela para poder olhá-la, e assenti inocentemente, vendo um sorriso se alargar em seu rosto. Logo depois, deixei que meu olhar mergulhasse em seus olhos azulados, como sempre acontecia, e franzi a testa de leve, em sinal de confusão.


- O que foi? – ela perguntou, novamente imitando minha expressão, porém sem se desfazer de seu sorriso.


- O que é isso? – balbuciei, sem conseguir formular direito as frases que colidiam em minha mente. – Isso que eu tô sentindo… Que nós estamos sentindo… O que é?


Anahí acariciou meu rosto com as costas de sua outra mão, me olhando daquele jeito intrigado e deslumbrado ao mesmo tempo, e levou alguns segundos para responder:


- Eu não sei… Mas, sinceramente, eu gosto disso.


Meus olhos se fixaram em seus lábios quando ela falou, observando o quão lindos, apesar de serem apenas lábios como os de qualquer outra pessoa, eles eram. Sem que eu pudesse controlar aquele impulso, minha mão subiu lentamente até meus dedos conseguirem tocá-los, e assim que o fiz, dedilhei-os de leve, desenhando seu formato e sentindo sua textura macia. A expressão confusa em meu rosto permaneceu, refletindo o que eu sentia por dentro, e devido a isso, os lábios que eu sentia sob os nós de meus dedos deixaram de sorrir.


 


- Eu não queria sentir isso. – murmurei, com o olhar ainda perdido em sua boca, e comecei a sentir meus olhos se encherem d’água sem que eu permitisse aquilo. – Me faz mal.


- Eu sei. – Anahí disse, me fazendo erguer meu olhar até encontrar o dela, extremamente misterioso. – Se eu pudesse voltar atrás, também escolheria não me sentir assim… Me corrói por dentro.


- Mas não há como voltar atrás. – falei, agora com a mão descendo por seu queixo e pescoço devagar, com os olhos ainda fixos nos dela. – Você sabe disso.


- Você também. – ela sorriu fraco, de um jeito quase amargurado. – Pelo menos não estou sozinha nessa.


Abaixei meu olhar, engolindo a tristeza por saber tão bem quanto ela que já não havia mais volta para nós. Já era irreversível, inesquecível… Um pacto secretamente selado entre nossos corpos, sem que nós mesmas tivéssemos tomado conhecimento dele.


- Eu posso ir embora se você quiser. – ela falou baixo, parecendo resignada, e na mesma hora, uma pontada latejou em meu peito, como uma fisgada de pânico.


- Não. – sussurrei, me encolhendo devido à súbita dor, e o choro que eu tentava reprimir voltou a embaçar minha visão. – Por favor… Não vá embora.


Mesmo sem olhá-la, soube que a expressão no rosto dela não era das mais alegres, mas não havia nada que eu pudesse dizer ou fazer pra mudar isso. Eu mesma estava em conflito, tentando não ceder à vontade monstruosa de sair correndo dali e me afogar naquele mar, eliminando finalmente todas as minhas angústias.


Anahí soltou um suspiro triste, e me puxou sutilmente pelos ombros até nossos troncos voltarem a ficar colados. Ela me abraçou com certa força, e o batimento acelerado de seu coração voltou a repercutir em minha pele, enquanto uma lágrima rolava pelo meu rosto e escorria até alcançar seu ombro. Não era daquele jeito que eu queria que as coisas fossem. Não era daquele jeito que eu queria me sentir.


- Você sabe que nunca vai ser como ela… Não sabe? – sussurrei, pensando em Maitê e tentando evitar que toda aquela dor reprimida em relação a ela me atingisse com sua força esmagadora.


- Sei. - Anahí respondeu, amargamente conformada, e eu não consegui dizer mais nada. Talvez o silêncio pudesse amenizar a dor que eu não podia, a dor da verdade, corroendo-a por dentro como um veneno que a dilacerava aos poucos.


Os segundos se passaram, um a um, e nenhuma de nós duas tinha coragem o suficiente para dizer alguma coisa, até que ela inspirou profundamente, tomando fôlego para falar.


- Cara/lho, Dulce. – ela disse, e eu nem me movi, amedrontada com a repentina irritação em sua voz. – Por que eu tenho que ficar desse jeito quando eu tô com você? Eu não sou assim… Essa não sou eu!


- Então quem é você? – perguntei, ainda sem olhá-la, e ela não foi capaz de responder. Esperei mais alguns segundos e finalmente tomei coragem de encará-la, encontrando uma bagunça em seus olhos e sentindo uma irritação borbulhar em minha garganta. Não saber definir o que estava sentindo me irritava profundamente, e eu sempre me sentia assim com ela por perto.


- Quem é você, Portilla? – repeti, com uma firmeza que não parecia ser minha, levando-se em conta que eu nunca conseguia ser firme quando estava falando com ela. – O que você quer de mim afinal?


- Eu não sei! – Anahí exclamou, franzindo a testa em sinal de raiva. – Eu não sei de por/ra nenhuma quando eu tô com você, não deu pra entender isso ainda?


- Nem eu! – retruquei no mesmo volume que ela, sentindo a irritação crescer cada vez mais rápido dentro de mim. – Então pare de colocar a culpa em mim!


- Eu não estou colocando!


- Então por que está gritando?


Ela abriu a boca pra revidar, mas não emitiu nenhum som. Seu olhar estava cada vez mais confuso, junto de sua testa, pesadamente franzida sobre eles, e seus lábios se contraíram, expressando nitidamente sua luta interna. Eu apenas a encarava, respirando fundo na tentativa de diminuir minha raiva. Nenhuma de nós sabia definir o que estava acontecendo dentro de nós mesmas, presas numa escuridão desesperadora.


- Eu não quero me deixar envolver com você. – ela murmurou, alguns segundos depois, desviando seu olhar do meu. – E eu não vou.


- Ótimo. – eu concordei, engolindo em seco ao fazê-lo. – Nem eu.


- Ótimo. – ela repetiu, encarando qualquer lugar, menos o meu rosto, e eu simplesmente me levantei devagar, sentando no banco do carona logo depois. Fiz um coque desengonçado em meu cabelo, sentindo as pontas de meus dedos frias, enquanto ela dava um jeito em suas roupas. Pensei em recolher as minhas, me vestir e entrar em casa, mas o simples fato de me afastar dela novamente, agora que eu a tinha bem ao meu lado, parecia ser equivalente a me rasgar ao meio. Me parecia loucura deixá-la ir embora tão cedo, sendo que eu a esperei por tanto tempo, e com tanta ansiedade.


- Por que você demorou pra chegar? – ouvi minha própria voz dizer num tom baixo e grave, sem qualquer emoção. Anahí, que permanecia cabisbaixa, ergueu as sobrancelhas e deu de ombros.


- Porque eu quis. – ela respondeu, igualmente fria. – Não pensei que você estaria me esperando.


- Eu não estava. – menti, encarando o retrovisor ao meu lado, e senti seu olhar repousar sobre mim na mesma hora. – Só perguntei por curiosidade.


- Mas agora eu estou aqui. – ela disse, sem saber a quantidade de sentimentos conflituosos essa frase me causava - E você está… Bem, você está aí.


Um sorriso teimoso surgiu em meu rosto, apesar da frieza com a qual eu estava agindo. Eu odiava ser sensível a piadas, mesmo que as mais toscas.


- Não, eu é que estou aqui. – retruquei, tentando em vão disfarçar meu sorriso - E você é que está aí.


- Hm… Então o que acha de nós duas ficarmos aí? – Anahí sugeriu, e eu nem precisei olhá-la pra saber que ela estava sorrindo assim como eu, mesmo que timidamente, por sua frase inocentemente engraçada. – Ou aqui, como você preferir.


Soltei um risinho baixo, já quase totalmente amolecida pelo jeito dela, e olhei por cima de meu ombro para o banco de trás, que me pareceu extremamente convidativo.


- Aqui me parece um bom lugar. – eu disse, me esgueirando para a parte de trás do carro e finalmente encarando-a com um sorriso não mais tão divertido, e já um pouco mais pervertido. – O que acha?


Ela semicerrou os olhos, fingindo pensar na ideia por um momento, e dois segundos depois, já estava sobre mim, com os lábios a poucos milímetros dos meus, sussurrando:


- É… Aqui é um ótimo lugar.


Eu sorri involuntariamente, sentindo meu corpo inteiro formigar com a proximidade dela, e deixei que ela me beijasse, apesar de ainda sentir meus lábios sensíveis. O peso de seu corpo sobre o meu acelerava meu coração de um jeito indescritível, assim como suas mãos determinadas em minha cintura pareciam ter sido feitas para estarem ali.


Envolvi seus ombros com minhas mãos, passando meus braços por seu pescoço logo depois e aprofundando o beijo. Anahí apertou minha cintura com mais força, sorrindo, e eu também sorri, enroscando meus dedos em seus cabelos e puxando-os pra trás. Ela deixou que meu puxão afastasse sua cabeça, mordendo meu lábio inferior enquanto a distância aumentava. Senti uma leve dor na região quando ela voltou a me beijar, mas nem liguei pra isso, até que um gosto fraco de sangue começou a se manifestar. Logicamente, ela também sentiu, já que partiu o beijo com a testa franzida e lançou um olhar levemente preocupado para meus lábios.


- O que houve? – ofeguei, encarando-a com o mesmo olhar, e ela ergueu as sobrancelhas num tom surpreso.


- Acho que exagerei um pouco por aqui. – ela sussurrou, sorrindo de um jeito quase envergonhado. – Hm… Vamos dar um jeito nisso.


Anahí voltou a aproximar nossos lábios, sorrindo agora de um jeito sedutor, e sugou meu lábio inferior devagar, fazendo a dor aumentar um pouco, mas logo cessar quase que completamente. A ponta de sua língua deslizava sobre meu pequeno ferimento, como se quisesse estancar o sangramento.


- Só não pense que eu vou pedir desculpas. – ela sorriu daquele seu jeito cafajeste, afastando-se novamente para olhar como estava a situação do corte que ela mesma havia feito. – Porque eu não vou.


- Tudo bem. – eu murmurei, posicionando minhas mãos em sua região lombar, fincando o pouco de unhas irregulares que me restava ali e subindo com elas por toda a extensão de suas costas, até alcançar seus ombros. – Eu também não.


Sem conseguir conter um sorriso ao ver a expressão de dor e prazer dela, ergui um pouco minha cabeça para poder beijá-la, voltando a deslizar minhas unhas por sua pele. Anahí desceu seus beijos por todo o meu colo, fazendo minha respiração quase parar tamanho foi o seu capricho, e segurou meus seios com firmeza, aproveitando-se da posição favorável na qual se encontrava.


- Até que enfim tenho tempo suficiente pra dar a devida atenção a essa parte. – ela suspirou, olhando para meu busto com uma expressão desejosa, e eu soltei um risinho, agarrando seus cabelos. Ela sugou-os, fazendo movimentos circulares com a ponta da língua, e eu arqueei minhas costas para cima, sentindo o tesão se acumular em cada pedaço de mim. Sua respiração quente batia em minha pele, e ela gemia baixo de olhos fechados, concentrada em extrair o máximo de prazer daquele momento.


Satisfeita, ela continuou seu caminho até minha barriga, e só parou quando alcançou minha intimidade. Anahí me lançou um olhar quase selvagem de tão reluzente quando me tocou com sua língua, e eu imediatamente senti uma onda de calor percorrer minha espinha.


Seus movimentos eram quentes e precisos, porém não tinham a menor pressa e brutalidade. Me apoiei em meus cotovelos, quase rebolando devido aos movimentos involuntários de meus músculos contraídos de prazer, e joguei a cabeça pra trás, de olhos fechados para poder senti-la melhor. A cada segundo, ela intensificava suas carícias, me fazendo gemer cada vez mais alto até chegar ao ponto máximo. Contive um grito, mordendo sem querer a região machucada de meu lábio e me esforçando ainda mais pra não berrar, dessa vez também de dor.


Ela terminou seu serviço e distribuiu beijos lânguidos pelo interior de minhas coxas, acariciando-as com suas mãos, e eu não conseguia me mexer, anestesiada pelos toques dela. Anahí me olhou, afastando seus lábios de minhas pernas, e eu nem esperei que ela voltasse.


Ergui meu tronco depressa e praticamente a ataquei, beijando-a com fúria. Ela se sentou, apoiando-se na porta atrás de si, enquanto eu me inclinava cada vez mais sobre ela. Passei minhas mãos por seus ombros e barriga, parando em seus quadris e dedilhando sua virilha deliciosa. Ela segurava firmemente em minha cintura, correspondendo com muito mais do que avidez ao beijo, e eu coloquei meus dedos em sua intimidade, sentindo-a mais úmida do que nunca. Parti o beijo contra a vontade dela e embrenhei meus dedos da mão livre nos cabelos de sua testa, levando-os para trás e fazendo-a jogar a cabeça na mesma direção, totalmente submissa. Sorri maliciosamente, mesmo sem ser vista, e passei rapidamente o dedo indicador da mesma mão por seu tronco, parando quando atingi seu umbigo e simultaneamente começando a masturbá-la. Ela agarrou minhas coxas e jogou a cabeça para a frente, observando os movimentos rápidos de minha mão. Seus músculos se contraíam visivelmente, e as veias de seus braços estavam saltadas, o que só me deixava ainda mais louca. Tudo nela parecia me atiçar, me convidar, me atrair.


Passei a língua devagar por seu clitóris, fazendo pressão contra ele, e ela gemeu alto, dolorosamente excitada. Repeti esse ato algumas vezes, tendo a mesma reação dela, até que seus dedos se fecharam ao redor de meus braços, e antes que eu me desse conta, eu já estava deitada, com ela sobre mim e seus dedos prestes a me penetrar.


- É assim que você quer? – pude ouvi-la arfar, com a testa fortemente franzida em sinal de máximo autocontrole, e eu involuntariamente sorri, quase comovida. Só mesmo na hora do sexo para Anahí ser gentil comigo e me perguntar se eu queria ficar por baixo. Envolvi seu pescoço com meus braços e aproximei minha boca de seu ouvido, sussurrando logo em seguida:


- Me mostre do que você é capaz.


Senti um jato forte de ar sair de seus pulmões e atingir meu pescoço em cheio, demonstrando sua rendição e me arrepiando da cabeça aos pés. Imediatamente, ela me penetrou, com uma força extraordinária, e eu por pouco arranquei mechas de seu cabelo, tamanha foi a força coma qual eu a agarrei. Podia senti-la profundamente dentro de mim, sentia seu corpo quente estremecer rente ao meu, sua voz rouca gemer ao pé do meu ouvido, e a cada vez que ela movimentava os dedos, eu sentia meu coração quase sair pela boca de tão rápido que batia. Envolvi seus quadris com minhas pernas, puxando-a pra mais perto ainda, sendo que ela já estava prestes a me rasgar por dentro, e Anahí afundou seu rosto em meu pescoço, mantendo seus lábios selados contra a minha pele na tentativa de abafar seus gemidos. Minhas mãos nunca estiveram tão indecisas como estavam naquele momento, percorrendo toda a extensão entre seus ombros e suas costas.


- Merda. – ela xingou algum tempo depois, quase que num grunhido, e em seguida, chegou ao clímax. Uau, Anahí Portillai goza/ndo só de me dar prazer. Muito bom.Ela investiu mais algumas vezes em vão, soltando urros de raiva por não conseguir prolongar aquele momento, até finalmente relaxar e deixar-se cair sobre mim, respirando com dificuldade. Eu apenas encarava o teto do carro, tentando absorver o turbilhão de prazer que ela havia desencadeado em mim, extremamente impressionada.


- Me desculpa. – ela sussurrou, interpretando mal minha breve paralisia, e eu imediatamente franzi a testa, horrorizada. – Mas é que… Você me provoca demais, e… Eu não aguento por muito tempo.


Tudo que consegui fazer foi rir, apesar da falta de ar, e ela se afastou para me olhar, com a expressão confusa. Será que excesso de orgasmos podia causar demência?


- Eu te desculpo por ter salvado a minha vida. – eu expliquei, após algum tempo de riso. – Se você tivesse continuado, era bem capaz de ter me matado.


Anahí soltou um risinho aliviado, fechando os olhos de um jeito exausto, e eu continuei observando-a. Difícil resistir a uma beleza tão gritante e espontânea como a dela… Eu realmente devo ser muito cega por nunca ter notado isso antes.


Ela se levantou e vestiu sua calcinha, enquanto eu colocava apenas minha camisola. Assim que o fiz, ela me puxou para si, deitando-me sobre seu peito no banco de trás, e me abraçou. O contraste entre sua respiração, já calma sob minha mão, e seu coração, levemente acelerado sob meu ouvido, estranhamente me tranquilizou, fazendo com que minhas pálpebras pesassem cada vez mais.


- Pode dormir se quiser. – ela sussurrou contra meus cabelos, notando minha moleza sobre ela. – Te acordo quando começar a amanhecer, já que vou ficar acordada de qualquer maneira.


- Por que não vai dormir? – sussurrei com esforço devido ao cansaço, acariciando timidamente sua pele com meus dedos.


- Não vou conseguir. – ela respondeu com um risinho discreto. – Não depois de tudo isso… Ainda há muito para eu observar aqui.


Meu estômago revirou, me causando uma sensação inquietante pelas palavras dela, mas eu estava cansada demais para responder. Tudo que fiz foi sorrir de leve e deixar que o sono me ganhasse após um último suspiro.


- Boa noite, Anahí.


 


 


 


 


*************


 


 


Bem meus amores, creio que amanhã será o capítulo tão aguardado. Não! bjs e me desculpa por esse erro. 


Mas estamos ai, e até amanhã, meus anjos de algodão doce.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 134



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  • AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20

    Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs

  • Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49

    aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!

    • Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17

      Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.

  • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30

    Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.

    • Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30

      entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.

    • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30

      Nunca escrevi negócio tão grande kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05

    que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21

      Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09

    eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58

    Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09

      Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16

    Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53

      É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48

    vou colocar a fic em dia....

  • MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13

    Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11

      Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs

  • Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09

    Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14

      Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs


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