Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni
A princípio, não tive reação alguma. Minhas mãos se ergueram até seu peito, hesitantes quanto a tocá-la; eu não sabia se a empurraria ou se a puxaria pra mais perto caso eu o fizesse. Meus olhos se mantiveram arregalados diante dos dela, fechados fortemente, tão próximos de mim. Seus lábios se mantiveram pressionados contra os meus, como se esperassem por alguma reação minha, que somente veio quando ela desistiu de esperar e invadiu minha boca com sua língua, fazendo com que a minha involuntariamente a correspondesse.
Meu corpo relaxou assim que ela aprofundou o beijo, e o calor estonteante que emanava dela começou a derreter o gelo que havia se formado dentro de mim numa velocidade impressionante. Deslizei minhas mãos antes indecisas até sua nuca, agora com determinação, e agarrei seus cabelos com força, soltando um gemido aliviado vindo do fundo de minha garganta. A sensação de estar quente novamente, mesmo após somente alguns segundos de frio, era incontrolavelmente reconfortante.
Anahí não deixou que o beijo durasse muito, e logo afastou seus lábios dos meus, unindo sua testa à minha e mantendo os olhos firmemente fechados, como se estivesse com algum tipo de… Dor?
- Eu sei que isso pode soar ridículo… – sua voz rouca murmurou, fazendo com que seu hálito batesse diretamente em meu rosto. – Mas, por favor, não me mande embora. Acho que vou enlouquecer se você me recusar mais uma vez. Você não sabe o quanto eu preciso disso… O quanto eu preciso que você me queira.
Ela abriu lentamente os olhos, e assim que suas íris angustiadas devolveram meu olhar confuso, fui capaz de ver a sinceridade nítida nelas. Ela não estava mentindo. Eu não era apenas um brinquedo para ela. Eu era uma necessidade, um vício, uma dependência física. Sem que eu conseguisse controlar ou sequer pensar, vi nos olhos azuis dela, meu olhar refletido. E ele me pareceu muito semelhante ao dela. Igualmente agonizante.
Minha outra metade, a que eu pensei ter perdido, estava implorando para que eu a aceitasse de volta. Ali estava a verdadeira Anahí novamente, deixando que seu coração me dissesse o que seu orgulho a impedia de dizer. A ferida ainda aberta em meu peito por nosso recente desentendimento gritava sua resposta claramente, fazendo-a abafar todo e qualquer ruído ao meu redor, e tudo que fui capaz de fazer foi externar as palavras que quase me ensurdeciam.
- Eu quero você.
O rosto de Anahi, antes contorcido de agonia, relaxou diante de meu sussurro. Seus olhos ganharam um brilho ofuscante, e um sorriso bobo preencheu seus lábios, dando vida à sua expressão. Me vi sorrindo de volta, diante de tamanha mudança, e novamente senti seus lábios grudados nos meus, com a mesma urgência de antes. Imediatamente deixei que nossas línguas se acariciassem outra vez, enquanto minhas unhas arranhavam sem piedade sua nuca e as mãos dela escorregavam por meu pescoço, ombros e colo. Eu me sentia absurdamente quente agora, irradiando calor, e um sorriso que não soube explicar surgiu enquanto eu a beijava avidamente, envolvendo seu pescoço com meus braços.
Longos minutos depois, ela se afastou um pouquinho de mim, sem desgrudar os olhos dos meus, e com um puxão habilidoso e rápido, arrancou a toalha de meu corpo, deixando-me completamente nua. Me encolhi na mesma hora, arregalando os olhos e sentindo toda a alegria me abandonar junto com a toalha, sendo rapidamente substituído pela vergonha. Ela já havia me visto nua algumas vezes, mas nunca daquele jeito tão desleal. Quer dizer, ela estava inteiramente vestida, enquanto eu não tinha um tecido sequer cobrindo meu corpo. Era bastante constrangedor.
- Não há motivos para se envergonhar. – ela adivinhou, avaliando-me dos pés à cabeça como se fosse a primeira vez que me visse, e o ardor em seus olhos faria qualquer mulher um pouco menos insegura que eu se sentir uma deusa. – Confie em mim… Você é ainda mais linda assim.
O rubor intensificou-se em meu rosto quando ela disse aquelas palavras, com a voz carregada de algo que se assemelhava muito a sinceridade e deslumbre. Não consegui dizer nada, e quando fiz menção de estender minha mão e pegar a toalha dela, Anahi atirou-a longe, na direção oposta a mim, cancelando todas as minhas chances. Ela segurou sutilmente meu rosto com suas mãos e voltou a unir nossos lábios num beijo ardente, deixando um gemido escapar do fundo de sua garganta quando nossas línguas se encontraram. No exato momento em que isso aconteceu, eu perdi totalmente qualquer tipo de vergonha; tudo que me dominava agora era, novamente, o desejo insaciável que meu corpo tinha pelo dela.
Sem pressa, mas com determinação, coloquei as mãos em seus seios e deslizei-as para cima sob a jaqueta até alcançar seus ombros. Quando os atingi, fiz o caminho inverso, descendo por seus braços e puxando o jaqueta junto. Ela mesma se desfez dela, enquanto eu mordia e puxava lentamente seu lábio inferior, provocando-a, e a puxava pela lateral do vestido em minha direção com uma mão. Assim que a jaqueta estava no chão, ela segurou meus quadris com vigor, e eu levei minhas mãos até o fecho do vestido, desabotoando cegamente alguns botões por ali. Nosso beijo havia se tornado agressivo; soltávamos alguns grunhidos conforme o tesão parecia multiplicar-se, ao invés de reduzir-se.
Pelo que pude presumir, já que não pude olhar e ter certeza, faltavam apenas uns três ou quatro botões para serem abertos, mas Anahí não teve paciência para esperar. Suas mãos envolveram as minhas com firmeza, e ela simplesmente puxou o tecido em direções opostas, fazendo com que os botões ainda fechados pulassem e caíssem no chão. Sorri de leve ao notar sua pressa, e a ajudei a tirar o vestido; em torno de três segundos, ele já estava junto com a jaqueta e minha toalha.
O toque de sua barriga com meu corpo macio fez com que ela gemesse mais uma vez, agora mais alto. Suas mãos postaram-se no alto de minhas costas, espalmadas, e comprimiram meu corpo deliciosamente contra o seu. Era perfeitamente possível sentir seu coração acelerado pulsando contra sua pele e, consequentemente, contra a minha, e seu perfume já parecia fazer parte de minha atmosfera. Anahí quase me engolia, tamanha era a ferocidade de seu beijo, e eu não fiquei muito atrás, nem um pouco intimidada. Tudo com ela era ao extremo; nada podia ser controlado, dosado ou equilibrado.
Eu a abracei firmemente pelo pescoço, ficando na ponta dos pés, e ela, provavelmente para me provocar, puxou meu quadril para mais perto do dela, permitindo-me sentir exatamente o que eu já supunha. Ela realmente estava tão excitada quanto eu, ou talvez quase. Era impossível calcular precisamente em meio às carícias tão furiosas de nossas línguas.
Irritada com todo aquele pano ainda cobrindo seu corpo escultural, eu rapidamente retirei sua meia-calça, fazendo com que ela escorregasse por suas pernas, parando no chão. Anahí subiu um pouco seus braços, envolvendo minha cintura e apertando-me contra si, e tratou de chutar a meia-calça e os sapatos. Agora sim, estávamos numa luta justa e praticamente sem roupas.
Eu estava realmente precisando de ar, embora meu cérebro viesse tentando rebaixar essa necessidade para beneficiar outras mais imediatas. Fui obrigada a interromper aquele beijo – um dos mais longos e intensos de toda a minha humilde vida -, porém ela fez questão de manter nossos lábios unidos num selinho. Abrimos os olhos, encarando-nos de perto, e recuperamos o fôlego, sentindo as pernas tremerem pelo turbilhão de sensações. Anahí me deu apenas cinco segundos de pausa; logo em seguida, abaixou-se num movimento habilidoso e passou um de seus braços por trás de meus joelhos, erguendo-me em seu colo sem demora. Segurei-me em seu pescoço, sorrindo agora que ela havia finalmente libertado meus lábios, e vi meu próprio ato refletido no rosto dela. Mil vezes mais bonito e sedutor, é óbvio.
- Hm… O que acha da cama? – ela ofegou, olhando para o móvel citado e logo depois se voltando para mim. – Quer agir como um casal convencional dessa vez?
Me esforcei para que o fato de que nunca havíamos transado numa cama se sobrepusesse ao uso da palavra casal para nos descrever. Eu não conseguia nos enxergar como um, mas todo par formado por duas mulheres também poderia ser chamado assim, certo? Então não havia sentido amoroso naquilo; pelo menos eu fingi, para o meu próprio bem, que não.
- Hm… – repeti seu gesto, encarando pensativamente minha cama, nunca antes habitada por nenhuma outra mulher nua. – Se prometer não quebrá-la…
Ela voltou a olhar para o móvel, e dessa vez manteve seus olhos nela, refletindo por dois segundos antes de responder.
- Posso pagar por outra três vezes maior.
Um sorriso de aprovação surgiu em meu rosto, e ela apenas assentiu uma vez, caminhando depressa até me deitar no colchão. Seu corpo não hesitou em se colocar sobre o meu, quente e viril, e minhas mãos a exploraram sem limites enquanto voltávamos a nos beijar ferozmente. Anahí apertava meus seios com desejo, vez ou outra soltando mais ar que o normal em tom de aprovação, e eu deixava que minhas mãos ondulassem por cada relevo em seu corpo, cada músculo tenso, cada veia saltada. Eu jamais conseguiria achar um defeito sequer naquele físico, tudo estava exatamente no lugar certo, na medida certa.
Minhas mãos deslizaram pesadamente sobre as laterais de seu tronco, acompanhando sua forma, e pararam no elástico da última peça de roupa entre nós. Anahí movimentou seus quadris involuntariamente contra os meus ao sentir que eu a despia, empurrando a calcinha para baixo até onde pude. Ela logo se desfez completamente dela, e eu acariciei sua intimidade nua sem pressa. Recebi um grunhido abafado como resposta (ou deveria dizer incentivo?), e comecei a acariciá-la com uma das mãos, sentindo outra onda quente correr por minha pele. Eu queria aquilo mais do que imaginei que quisesse, e só agora eu podia sentir a verdadeira dimensão de meu desejo.
Disposta a demonstrar minha vontade imensurável e a fazê-la me desejar tanto quanto eu a desejava, comecei a masturbá-la o mais rápido que pude. Ela prendeu a respiração por alguns segundos, provavelmente contendo alguma demonstração maior de excitação, e logo em seguida voltou a me beijar, com o quádruplo de fúria. Após alguns segundos, ela chegou até a morder meu lábio por acidente, tamanha era a sua dificuldade de se concentrar em algum movimento. Agradeci mentalmente pela mordida ter sido fraca dessa vez; não queria ter que ficar com o lábio machucado novamente por sua culpa.
Não demorou muito para que ela atingisse o ponto máximo de tolerância. Rápida, ela separou nossos corpos e mudou de posição. Anahí logo se ajoelhou sobre a cama, posicionando-se, com os olhos inquietos nos meus.
- Você terá a sua vez mais tarde, eu prometo. – ela gemeu, como num pedido de desculpas, e eu logo entendi que ela estava se referindo às nossas posições. Sorri, e assenti de leve, acariciando seus braços, que se mantinham esticados para segurar meus quadris.
- Eu não vou ficar em desvantagem, pode ter certeza. – pisquei, recebendo um sorriso malicioso como resposta, acompanhado de sua movimentação firme e avassaladora.
Ela investiu seus dedos com tanta força que a cama reclamou, rangendo baixo.
Conforme ela deixou que seu tronco ficasse na horizontal, rente ao meu, e continuou se movimentando, os rangidos voltaram, mas eu não prestei muita atenção neles. Sua respiração quente contra meu rosto, sua barriga contraindo-se, colada a minha, seus dedos me enlouquecendo por dentro eram fatores mais urgentes. Eu arranhava suas costas, ombros e braços, com os lábios entreabertos e soltando gemidos altos, sem conseguir me conter. Mantive meus olhos abertos, observando cada expressão de seu rosto, cuja testa estava colada à minha e retorcida de prazer, assim como todo o meu corpo. Cada movimento me dava a sensação de ser levada cada vez mais para perto do paraíso, distante de qualquer preocupação ou incômodo. Ela abria os olhos de vez em quando, encarando os meus e sorrindo de leve, até que um gemido mais alto escapasse de sua garganta e a fizesse contorcer o rosto novamente.
O suor cobria nossos corpos com uma fina camada úmida, numa forma física do calor entre nós. Não sei quanto tempo durou, quantas vezes finquei minhas unhas em sua pele, quantas vezes ela apertou minha cintura como se a quisesse estraçalhar. Só sei que, quando finalmente atingimos o orga/smo – primeiro eu, depois ela – e nossos corpos relaxaram sobre a cama, a sensação que tive foi de que eu não conseguiria mais deitar naquela cama sem me lembrar daquele momento. Estava ficando monótono dizer que tinha sido a melhor transa da minha vida; todas as vezes com Anahí superavam as anteriores, até mesmo as dela própria, e por isso eu já havia desistido de formar qualquer espécie de ranking.
- Me dê… Um minuto. – sua voz rouca ofegou, e ela se levantou, um tanto cambaleante, em direção ao banheiro. Sorri fraco, fisicamente aturdida, e respirei fundo, sentindo cada parte de meu corpo formigar em êxtase, e minha cintura em especial doer um pouco. Aquilo provavelmente ficaria roxo, mas nada que eu não pudesse justificar com esbarrões em móveis ou qualquer outra desculpa. Virei-me de lado numa velocidade extremamente lenta, puxando as cobertas para cima de mim com algum esforço e ouvindo a cama ranger mais uma vez; ri baixinho.
- Qual é a graça? – ouvi Anahí murmurar, calma, enquanto voltava do banheiro e se enfiava sob as cobertas ao meu lado, virada de frente para mim.
- Acho que você me deve uma cama nova. – sussurrei, com a voz arranhando, e não hesitei em me aninhar em seus braços quando ela os estendeu em minha direção. – Esta aqui não gostou muito da agitação.
- Podemos resolver isso amanhã mesmo. – ela brincou, rindo baixinho também e me apertando com força contra si. – Eu compro a cama e o colchão que quiser, menos os de água. São muito frágeis a movimentações bruscas.
- Tarada. – falei, sorrindo, tão baixo que pensei que ela não fosse me ouvir. Eu estava errada.
- Obrigada. – ela agradeceu, orgulhosa, e eu ergui meu rosto para olhá-la. Mulheres não prestam mesmo.
Revirei os olhos, rindo um pouco, e percebi que mesmo por trás de sua postura divertida, seus olhos continuavam me observando intimamente, brilhando em deslumbre. Aquilo me distraiu por alguns segundos, e quando ela finalmente se deu conta de minha análise, tratou de tirar minha atenção dali.
- Estou muito surpresa com você. – ela murmurou, com um misto de humor e seriedade na voz. – Até orgulhosa, eu diria. São poucas as garotas que conseguem aguentar tanto tempo.
Ergui uma sobrancelha, esperta, e ela sorriu daquele jeito cafajeste que eu adorava. Sempre soube que aquelas aulas de yoga seriam úteis.
- Eu não sou qualquer uma, Portilla. – falei, com uma certa acidez na entonação, e ela provavelmente notou que eu omiti o fim da frase. Como algumas garotas que você come.
- Eu sei disso. – Anahí assentiu uma vez, sem alterar sua expressão, e novamente seus olhos radiantes ardiam sob a camada de disfarce em seu rosto. – Por que acha que escolhi você?
Meu rosto ficou sério, e eu logo o senti esquentar de leve, como se uma brisa quente o tocasse. Por que ela era tão boa em me envergonhar?
- É claro que não foi só por isso. – ela prosseguiu tranquilamente, notando minha falta de palavras, e seus olhos não apresentavam o menor sinal de blefe ao retribuírem meu olhar. – Existe algo de diferente em todos os seus detalhes. Você me intriga de um jeito que nem eu sei explicar. Eu não sei bem por que, nem como; eu apenas sigo o que sinto. Só o que sei é que é você que eu quero. Outra pessoa não serve.
Engoli em seco, com o rosto já ardendo em chamas, e meus olhos não conseguiam se desviar dos dela, intensamente azuis e misteriosos. Às vezes, eu era capaz de ler tudo neles; às vezes, nem o mais simples sentimento transparecia a barreira invisível de seu olhar. Ela sorriu para mim, notando meu desconforto, e deslizou o indicador de uma das mãos na base de meu queixo, puxando meu rosto para mais perto do dela. Sentindo meu coração subir até a garganta, agitado, eu mesma venci a distância restante entre nossos lábios e os selei num beijo carinhoso.
Uma vontade de chorar se alojou em meu peito, mas não de tristeza. Ouvir Anahi dizer tudo aquilo de mim, com uma sinceridade irrevogável, mexeu com a parte mais sensível de meu emocional. Eu não sabia definir exatamente como tamanho sentimento havia ganhado tais proporções, nem por que ele significava tanto pra mim, sendo que mal notei sua chegada e muito menos seu crescimento silencioso. Eu só sabia de uma coisa.
- Anie… – sussurrei espontaneamente, assim que parti o beijo, e meus olhos se fecharam fortemente em agonia. Pude senti-la um tanto agitada diante de meu murmúrio íntimo, e ela envolveu meu rosto com suas mãos aconchegantes. Só serviu para estimular o sentimento gradualmente fortalecido dentro de mim.
- O que foi? – ela perguntou, cuidadosa, e eu segurei seus pulsos com delicadeza, indicando que estava bem. Respirei fundo, engolindo a hesitação, e me enterrei em seu abraço antes de continuar.
- Eu acho que… Quebrei nosso acordo. – murmurei baixinho contra a curva de seu pescoço, prendendo o choro com certo esforço. – Anahí, eu… Eu estou me envolvendo… Me desculpe.
Ela não disse nada por um momento, apenas respirou fundo, acariciando minhas costas com sutileza. Eu sabia que ela se lembrava de nosso trato quase mudo de não nos envolvermos fisicamente; a conversa do último fim de semana, na Ferrari, ainda estava fresca em nossas mentes. Desejei saber que sentimentos assombravam seus olhos, mas não tive coragem de encará-la. A possibilidade de ver alguma rejeição neles subitamente me pareceu assustadora. Eu não queria perdê-la. Eu precisava dela, como já sabia há algum tempo. Eu só não queria enxergar o tamanho de minha dependência, a força de nosso vínculo, e ter de aceitar a realidade. Sempre era mais fácil fugir dela, mas agora eu não podia mais ignorá-la.
- Não se preocupe com isso, Dul. – ela sussurrou contra meus cabelos, e depositou um beijo em meu pescoço. – Esse acordo nunca existiu… Desde o início, eu sempre estive envolvida.
Minha respiração falhou diante de suas palavras. Não consegui pensar em nada para dizer, muito menos encontrar minha voz para produzir algum som. Só o que eu conseguia sentir era o batimento descompassado de meu coração, o que ela também devia estar sentindo, e o sentimento subitamente grande dentro de mim, crescendo ainda mais e atingindo até as extremidades de meu corpo. Meus pés e mãos formigavam, acostumando-se ao completo domínio daquele sentimento, e foi então que eu me dei conta.
Eu estava perdida. Aquilo era amor.
Mas… Eu não podia amá-la! Como eu pude ser capaz de violar a única regra que havia imposto a meu próprio coração? Era tão difícil assim me manter a uma distância saudável dela, para que o calor de seu corpo não atingisse minhas barreiras e as aquecesse, derretendo-as aos poucos? Eu não podia ter deixado isso acontecer!
Uma pergunta surgiu em minha mente, fria e dura como um iceberg em meio à lava. Aquelas palavras ficaram pairando em minha cabeça, procurando por alguma resposta, mas antes que eu pudesse suportar o choque que ela trazia consigo, a voz de Anahí afastou o medo de mim.
E Mai?
- Me desculpe. – ela murmurou, apoiando o queixo em minha cabeça, e uma de suas mãos afagou meus cabelos protetoramente. – Eu não quero que se sinta pressionada. É que… É muito difícil ter que me controlar. Mas agora que as coisas estão tomando esse rumo, e você está começando a se envolver mais do que gostaria, eu posso tentar fazer isso. Por mais que doa, posso tentar me manter afastada de você pelo tempo que quiser…
- Não! – ofeguei, sentindo meu corpo se encolher involuntariamente devido à fisgada em meu peito, causada por suas palavras; meus braços escorregaram ao redor de seu corpo, apertando-a contra mim, e meus olhos se fecharam com força, prendendo as lágrimas que ameaçaram surgir. – Eu não quero… Por favor, não vá embora.
A mera ideia de vê-la se afastar de mim me pareceu absurda, horrível, dolorosa demais para ser aceita. Eu já havia sentido o gosto amargo de sua distância na última semana, e agora que a tinha novamente, não queria mais ter que passar por isso. Anahí suspirou lentamente e relaxou em meu abraço, sem ousar prosseguir com suas palavras cruéis.
- Tudo bem, fique tranquila. – ela soprou, apertando-me mais ainda contra seu peito e intensificando seus carinhos. – Eu não vou a lugar algum. Vou ficar com você.
Afrouxei a força em meus olhos, mantendo-os fechados, porém agora de um jeito mais leve. Inspirei fundo, sentindo seu cheiro invadir meus pulmões de maneira revigorante, e uni meus lábios à sua pele quente. Pude senti-la estremecer sob meu corpo, desprevenida, e seu coração reagiu com ainda mais vitalidade, empolgado. Não desgrudei minha boca de seu pescoço, sentindo meu próprio coração pedir por aquele contato, e subi meus beijos lentamente até seu maxilar, parando perto da bochecha. Ela se manteve quieta, apenas apreciando meu agrado, e quando abri meus olhos, vi os dela fechados, acompanhados de um leve sorriso relaxado. A imagem subitamente me fez sorrir fraco.
Ela abriu os olhos logo em seguida, e meu sorriso aumentou de leve quando seu olhar encontrou o meu. Seu polegar alisou meu rosto devagar, e eu a observei manter o sorriso tranquilo. Não precisamos dizer nada; nossos olhos já mostravam o que estávamos sentindo. Após alguns segundos, ela alargou seu sorriso, enxergando incentivo em meu olhar, e inclinou-se até meu rosto, buscando meus lábios com os seus.
Fechei os olhos ao sentir sua boca encontrar a minha, e embrenhei meus dedos em seus cabelos, deixando que seu beijo me levasse para ainda mais longe de todos aqueles pensamentos que me assombravam. Era impossível pensar em qualquer coisa com os lábios dela contra os meus.
Pra variar, acabamos nos empolgando um pouco. Quando retomei uma certa consciência, me vi sobre ela, com uma perna de cada lado de seu corpo, beijando-a com avidez. Anahí afundou as mãos em meus cabelos, prendendo-os entre seus dedos com força, agitada sob mim. Sua disposição me assustava um pouco; ela realmente estava disposta a cumprir com suas ameaças de vamos ficar acordadas a noite toda? Por enquanto, tudo indicava que sim. Pensando bem, como fui capaz de duvidar de um coisa dessas, ainda mais vinda de Anahí Portilla?
Ela deslizou uma das mãos pelo meu corpo, desenhando a curva de minha cintura e logo em seguida o quadril, e desviou-se um pouco desse caminho, dirigindo-se à minha virilha. Apertei seus ombros com mais força ao sentir seus dedos se aproximarem ainda mais de minha intimidade, e ela calou meu gemido acelerando o beijo quando atingiu seu destino. Minhas pernas se fecharam contra sua cintura e minha coluna arqueou quando Anahí fez movimentos circulares na região, e sorriu contra meus lábios furiosos. Minhas mãos acariciavam seus seios, braços, pescoço e nuca com desespero, tirando o melhor proveito possível de cada toque e fazendo com que meus músculos queimassem sob minha pele.
Anahí desceu seus lábios por meu queixo, desviando-se para meu pescoço e fazendo arrepios contínuos descerem por minha espinha conforme sua respiração bruta batia perto de meu ouvido. Ela dava mordidas e chupões nada delicados e extremamente deliciosos por ali, sem nem se importar em não deixar marcas. Nada que golas altas, maquiagem ou até mesmo meus cabelos não fossem capazes de esconder. Palavras desconexas e grunhidos baixos escapavm por entre meus lábios entreabertos, e de vez em quando até seu nome era pronunciado por minha voz falha enquanto eu sentia seus dedos se moverem cada vez mais rápido. Nada como a experiência para transformar uma mulher numa deusa, fato.
Senti dois de seus dedos escorregarem rapidamente e me penetrarem sem cerimônias, e pega desprevenida, finquei minhas unhas em sua pele, sem nem me importar onde. Gemi alto bem ao pé de seu ouvido, novamente sentindo-a estremecer, e logo em seguida mordi o lóbulo de sua orelha, provocando-a. Ela postou sua outra mão em minha cintura, ainda beijando caprichosamente meu pescoço, e eu já não conseguia mais manter meus olhos abertos. Meu corpo se movia conforme seus movimentos, totalmente submisso, e ela sabia disso. E mesmo que não soubesse, não desistiria de continuar me provocando.
Está bom, é? – pude ouvi-la sussurrar sedutoramente contra minha pele, sem nem se preocupar em disfarçar o fato de que já sabia sua resposta e que só queria me instigar ainda mais. – Está gostando?
Meus olhos se reviraram, enlouquecidos, e tudo que consegui fazer foi puxar seu rosto na direção do meu, deixando que meus lábios respondessem à sua pergunta com selvageria. Anahí acelerou suas carícias, com o corpo tenso de excitação, e eu não demorei muito para envergar ainda mais minhas costas e quase gritar contra seus lábios, sentindo o org/asmo me entorpecer. Sua boca se entortou num sorriso contra a minha, e sua respiração ruidosa batia em meu rosto em um ritmo descompassado.
Levei alguns segundos para recuperar o fôlego e parte da minha sanidade, com os olhos fechados e as mãos emaranhadas em seus cabelos úmidos de suor. Quando a encarei, ainda zonza, uma corrente elétrica percorreu meu corpo, impedindo que meu coração desacelerasse. Aquela mulher não era daquele mundo. Não, era claro que havia algo de diferente nela, algo de anormal. Como alguém poderia exercer tanto poder sobre outra assim, sem mais nem menos? Deveria haver alguma lei contra invadir a mente e o coração de uma pessoa com tanta facilidade.
O ar ainda me faltava, mas eu não conseguia ficar alheia ao sorriso safado dela me observando, satisfeita com seu desempenho. Eu não podia deixar aquilo passar em branco. Ela merecia uma dose de loucura no mínimo igual à que me proporcionou, e eu faria qualquer coisa para ajudá-la nisso. Nem que me custasse a noite toda.
Um sorriso igualmente pervertido surgiu em meu rosto, modificando totalmente minha expressão e fazendo-a cerrar os olhos ao notar tal detalhe. Mordi meu lábio inferior pulsante, encarando sua boca vermelha, e meu coração me incentivou a continuar, batendo ainda mais forte quando a sensação de beijá-la me veio à mente. Lentamente, reaproximei nossos rostos, unindo nossos lábios de maneira delicada, e não permiti que minha língua se movesse muito acelerada, consequentemente mantendo a dela no mesmo ritmo. Anahí parecia desconfiar de minhas intenções, hesitante, mas não se negava a retribuir.
Prendi seu lábio inferior entre meus dentes e voltei a beijá-la, só que dessa vez foi apenas um selinho. Continuei dando beijinhos por sua boca fechada, seguindo em direção ao canto direito, e não parei ao alcançar sua bochecha. Minha trilha de beijos foi até seus olhos, que se fecharam instintivamente sob meus lábios, e eu fiz todo o caminho pelo lado esquerdo até atingir novamente sua boca, sem me esquecer nem da ponta de seu nariz. Ela esperava que eu a beijasse novamente, mas tudo o que fiz foi dar outro rápido selinho sobre seus lábios e descer pelo queixo, beijando toda a extensão de seu pescoço, agora usando também a língua.
Anahí não dizia nada, apenas sorria de forma vaga, parecendo gostar demais do carinho para se concentrar na expressão em seu rosto. Seus olhos acompanhavam meu trajeto conforme eu descia por seus seios e abdômen, mordiscando seu mamilo e sentindo seu corpo reagir imediatamente aos meus toques. Vez ou outra eu lançava olhares nada bonzinhos ao seu rosto, sem parar de beijá-la languidamente, e a via ainda paralisada, ostentando um sorriso e olhar hipnotizados. Demorei-me um pouco mais que o esperado em sua barriga, percorrendo toda a extensa área sem me permitir esquecer um centímetro sequer, até que atingi a parte inferior de seu umbigo. Passei vagarosamente a língua ali, de baixo para cima, e fiz o caminho inverso com uma leve mordida, encarando-a e erguendo os cantos de minha boca num sorriso enquanto meus dentes arranhavam sua pele.
Acariciei suas coxas com as mãos, ajoelhando-me no espaço entre suas pernas, e a observei por inteiro, sem nem tentar esconder o deslumbre transbordante em meus olhos. No momento em que me disse que ficava mais bonita nua, achei aquilo uma ideia absurda, mas agora que eu analisava cada pedacinho de seu corpo descoberto, percebi que aquela regra definitivamente se aplicava a ela. Só a simples ideia de imaginá-la vestida me dava pena.
- Você é… Linda. – sussurrei, devolvendo seu olhar com fervor, e seus olhos azuis sorriram para mim, acompanhando seus lábios.
Deslizei minhas mãos pela parte externa de suas coxas novamente, de baixo para cima, e quando elas se aproximaram de seus quadris, as dirigi à parte interna, arranhando de leve sua virilha e fazendo-a soltar o ar como se tivesse sido golpeada. Seu rosto se contorcia de prazer conforme eu seguia pelo lado interior de suas pernas, parando um pouco acima dos joelhos e voltando a me debruçar sobre ela. Recomecei a beijá-la, começando pela parte interna de sua coxa esquerda, e logo alcancei sua virilha, dando suaves chupões na região enquanto minha mão direita subia por sua outra coxa e se dirigia a sua intimidade encharcada.
Sem desgrudar meus lábios de sua pele, depositei um selinho em seu clitóris, ouvindo-a respirar com dificuldade, e vi seus dedos agarrarem lentamente o lençol. Sorri, lambendo-a de baixo para cima até alcançar sua intimidade, e aplicar um pouco a mais de pressão ao percorrê-la. Anahí arqueou as sobrancelhas ao me ver retribuir seu olhar, pedindo por misericórdia, mas eu obviamente a neguei, alargando mais meu sorriso e envolvendo-a com minha boca. Iniciei lentamente meus movimentos, sugando-a com firmeza enquanto me movia, e fechei os olhos, concentrada em fazer daquela vez uma das melhores de sua vida. Não que eu fosse experiente nisso, mas quem sabe um pouco de determinação não ajudasse.
- Por favor… – ouvi Anahí arfar, e as falhas em sua voz me indicaram que eu estava no caminho certo. – Não pare.
Alisei sua coxa novamente numa espécie de resposta, sentindo-a rígida sob a palma de minha mão, e a apertei, sentindo meu corpo tenso também. Acelerei meus movimentos gradativamente, fazendo-a soltar grunhidos estrangulados, e algumas vezes, deslizava os dentes de leve sobre seu clitóris, tomando todos os cuidados para não machucá-la. Pouco tempo depois, ela enterrou os dedos em meus cabelos e começou a empurrar minha língua contra sua intimidade, guiando-me com uma sutileza notável diante de sua situação.
Eu deixei que ela o fizesse, esforçando-me para agradá-la por completo, e ao que parece, não levei muito tempo para conseguir. Num tempo menor do que eu imaginei que demoraria, senti Anahí movimentar-se da cintura para cima, esticando-se para o lado por alguns segundos e logo em seguida movendo os braços. Eu parei o que estava fazendo e a observei. Anahí relaxou as costas contra a cabeceira da cama novamente, com a gratidão estampada em seu rosto, e eu sorri em resposta, um pouco trêmula diante de seu estado tão alterado. Mas não me dei por satisfeita, claro.
- Pronta para a minha vingança, Portilla? – murmurei, posicionando-me sobre seu corpo, e um brilho faiscante percorreu seus olhos, assim como seu sorriso alargou-se.
- Sou sua.
Com um sorriso de canto e o coração martelando contra meu peito, deixei meu corpo cair devagar sobre o dela, soltando pesadamente o ar quando cheguei ao fim. Senti as mãos dela subirem por minhas coxas até encontrarem meus quadris, e quando ela os envolveu, voltei a me mover, sem cerimônias. Eu a queria, ela me queria, e eu já a havia deixado esperando por tempo suficiente. Anahí praticamente gritava, dolorosamente indecisa entre jogar a cabeça para trás e aliviar sua tensão ou mantê-la erguida para me observar. Eu não ficava muito atrás, acariciando seus seios ou então apertando suas mãos com mais força em meu corpo. Minha cama voltara a ranger, agora mais alto, mas nenhuma de nós estava disposta a parar.
Anahí investia também com seus dedos, intensificando a sensação terrivelmente enlouquecedora que era tê-la dentro de mim. Era como se bilhões de micro explosões acontecessem em cada milímetro de mim, liberando toneladas de prazer a cada investida. Ouvi-la gemer sem o menor pudor sob meu corpo, pressionar seus dedos fortes contra minha pele, era simplesmente algo que eu jamais sonhara experimentar, e que agora se tornara extremamente necessário para minha sanidade. Era como se eu fosse ficar doente caso não pudesse tê-la.
O tempo passou impiedosamente; não sei quantos minutos ficaram para trás, mas sei que foram consideravelmente muitos, antes que ela soltasse um último gemido, que mais me pareceu um urro, e com uma investida mais longa e forte, e com a ajuda de meus dedos, atingisse o clímax. Seu corpo relaxou exausto sobre a cama, e eu me sentia igualmente cansada, mesmo não tendo atingido meu ponto máximo por pouca diferença.
Desacelerei meus movimentos, sem exigir que ela continuasse, e quando fiz menção de me curvar sobre ela, Anahí rapidamente ergueu seu tronco, deixando-o rente ao meu. Suas mãos seguraram minha cintura com firmeza enquanto seus lábios se uniram aos meus calmamente, e com algumas últimas e profundas investidas, eu consegui chegar ao orga/smo pela terceira vez naquela noite.
Quando um gemido involuntário escapou de minha garganta, ela subiu suas mãos até meu rosto e partiu o beijo, mantendo seus lábios pressionados contra os meus por alguns segundos. Passei meus braços fracos por seu pescoço suado e ela afastou seu rosto do meu, olhando-me fundo nos olhos.
- Eu… O que… Meu Deus, Dulce! – Anahí sussurrou, franzindo levemente a testa numa tentativa de buscar as palavras e sorrindo de um jeito maravilhado e cansado ao mesmo tempo. – Você… Isso foi absolutamente… Incrível!
Sorri abertamente, afagando os cabelos molhados de sua nuca, e ela voltou a me beijar com intensidade, rapidamente se afastando de novo. Não havia fôlego para continuar.
- Digamos que eu aprendo rápido. – murmurei, mantendo nossas testas unidas, e ela sorriu em resposta, esperta.
- Sorte a minha. – ela suspirou, rindo um pouco logo em seguida, e me roubou um selinho. – Acho que precisamos de uma pausa, e eu preciso ir ao banheiro. Já volto, me espere aqui.
- Não, acho que vou dar uma volta enquanto isso. – revirei os olhos, me desvencilhando de seu corpo contra minha vontade, e ela apenas riu, levantando-se. Me deitei na cama, sentindo meu corpo agradecer, e encarei o lugar onde antes se encontrava o corpo de Anahí. Meus olhos passearam vagamente pelas curvas do lençol enquanto meu coração se desacelerava aos poucos. Rolei até ficar sobre o travesseiro dela e afundei meu rosto ali, respirando fundo e sentindo seu perfume invadir meus pulmões, misturado com seu cheiro natural, que, para mim, conseguia ser ainda melhor que o aroma artificial que ela usava. Se eu já sabia que era maluca? Sim, há muito tempo.
Alguns segundos depois, senti Anahí se deitar calmamente na cama, no lugar onde eu estava antes de rolar para o outro lado, e sua mão deslizou por minha cintura, envolvendo minha barriga e me puxando pra mais perto de seu corpo. Não ofereci a menor resistência: virei de lado, ficando de costas pra ela, e deixei que nossas curvas se encaixassem confortavelmente. Fechei tranquilamente os olhos quando ela respirou fundo em minha nuca, e me encolhi mais ainda com o arrepio que sua ação me causou.
- Soninho? – ela cochichou, encaixando suas pernas entre as minhas e alisando minha cintura por debaixo do cobertor.
- Hm… – suspirei, sorrindo sem saber direito por quê. – Talvez.
Anahí soltou um risinho ao pé de meu ouvido, me arrepiando novamente, e respondeu:
- Aproveite pra descansar enquanto eu estou boazinha.
Meu sorriso aumentou ao ouvir sua ameaça, e ela depositou um beijinho na curva de meu pescoço.
- Vai ficar malvadinha depois, é? – sussurrei, ouvindo-a rir baixinho novamente perto de meu ouvido.
- Se eu fosse você, não usaria o diminutivo.
Arregalei os olhos, sentindo meu corpo esquentar diante de sua firmeza, e nem pensei em responder. Coloquei minha mão sobre a dela e fiquei brincando com os nós de seus dedos vagamente até apagar por uma meia hora, assim como presumo que ela tenha feito.
Pra começarmos tudo de novo depois, claro.
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Franzi a testa, sentindo meus olhos reclamarem mesmo ainda estando fechados. Deixei que minhas pálpebras se afastassem por milímetros, e a forte luz do sol atingiu em cheio minhas retinas, fazendo-me gemer baixinho e fechar os olhos novamente. Eu devia ter fechado as cortinas em algum momento da noite anterior; não que elas fossem impedir ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 134
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AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20
Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs
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Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49
aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!
Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17
Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.
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MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30
Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.
Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30
entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.
MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30
Nunca escrevi negócio tão grande kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05
que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21
Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09
eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58
Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09
Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16
Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53
É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48
vou colocar a fic em dia....
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MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13
Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11
Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs
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Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09
Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14
Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs