Fanfics Brasil - Capítulo 30 My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada

Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni


Capítulo: Capítulo 30

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DULCE POV


Me remexi na cama, ainda de olhos fechados. Espreguicei-me devagar e abri lentamente os olhos, deixando que a luz do sol os atingisse e provocasse uma careta em meu rosto. Pisquei algumas vezes, observando o quarto vazio, e me assustei ao não encontrar Maitê do meu lado. Os lençóis estavam desarrumados onde eu tinha certeza de que encontraria seu corpo deitado, mas ao invés dele, um pequeno bilhete repousava.


“Você estava dormindo tão bem que não quis te acordar. Tive que ir, preciso chegar antes do almoço em NY. Deixe as chaves do apartamento na portaria, está bem? Te amo, meu anjo, já estou com saudades!”


Sorri involuntariamente com as palavras dela, e afundei meu rosto em seu travesseiro, ainda conseguindo sentir seu perfume. Novamente, ela estava indo visitar a família, dessa vez para comemorar seu aniversário, e me deixando sozinha no fim de semana. Ou talvez nem tão sozinha.


Bastaram alguns segundos com a mente vazia para que todos os acontecimentos da noite anterior me atingissem. Aquele último mês havia sido tão torturante para mim… Minha mente havia adotado um estado tão denso de conformação com minha distância de Anahí que me lembrar de tudo que havíamos feito há algumas horas parecia extremamente surreal. Um sonho, talvez, se não tivesse sido tão intenso.


A princípio, senti muita raiva dela, por não compreender minha situação. Eu precisava escolher um rumo para minha vida, e ela parecia não enxergar isso. Porém, assim que senti seus lábios nos meus, o calor de seu corpo me dominando, seu perfume me intoxicando, foi impossível não ceder à enorme e gritante saudade que meu corpo nutria pelo dela. E quando voltei a ter controle sobre mim mesma, estava chorando em seu ombro, dizendo que a queria comigo. Um mês de autocontrole jogados no lixo em uma noite… Mas eu não me arrependia de nada, ao contrário do que pensei. A sensação de culpa parecia estranhamente insignificante diante de meu bem estar.


Um calor gostoso emanava de meu peito em direção ao resto de meu corpo; uma felicidade exótica, que não pensei que fosse sentir. Um sorrisinho se formou em meu rosto ao me lembrar de Anahí me carregando pelo apartamento, e ao mesmo tempo, uma saudade manhosa surgiu quando a lembrança de seu beijo me veio à mente. Fechei os olhos com mais força, tentando entender o porquê de toda aquela dependência, mas foi inútil; a lembrança mais intensa daquela noite veio à tona, fazendo a voz dela ecoar em minha mente e impossibilitando-me de pensar em qualquer outra coisa.


Eu te amo, Dulce.


Virei-me de barriga pra cima, soltando um suspiro e encarando o teto claro vagamente. Ela me amava. Anahí Portilla, havia dito que me amava. E eu? Eu a amava? Ou aquilo era apenas uma atração momentânea? Por que eu me sentia tão leve e feliz ao pensar nela? Por que meu coração batia daquele jeito apressado ao visualizar seu rosto em minha mente?


Talvez eu também a amasse? Não, não poderia ser. Eu mal a conhecia! Quer dizer, eu não sabia nada sobre sua vida, não sabia sua cor favorita, sua banda favorita, sua comida favorita… Tudo que eu sabia era que… Bem, que ela me amava. E meu coração estava doido para retribuir esse sentimento, por mais que minha mente construísse obstáculos para isso.


Olhei instintivamente para o relógio de cabeceira, ainda com a mente longe dali: 12:57hrs. Assim que bati os olhos na hora, lembrei-me de meu compromisso com Anahi, e alguma coisa subitamente começou a fazer cócegas em minha barriga. Meu Deus. Eu a veria de novo hoje, dali a uma hora, mais especificamente. Uma hora que de repente me pareceu um milênio.


Respirei fundo, sentindo-me involuntariamente ansiosa, e resolvi levantar. Arrumei rapidamente a cama, agitada, e deixei o bilhete de Maitê sobre ela, para responder antes de sair. Fui direto para o banheiro tomar um bom banho e fazer minha higiene matinal, aproveitando para já prevenir-me. Uma meia hora depois, quando terminei, me vesti com algumas roupas íntimas que havia deixado na casa de Maitê (as melhores que eu tinha, diga-se de passagem). Coloquei uma camiseta velha dela por cima, a que eu sempre usava quando dormia lá, enrolei meus cabelos molhados num coque desengonçado e fui até a cozinha, morta de fome. Havia alguns panfletos de restaurantes sobre a mesa, provavelmente colocados ali por Maitê, e eu não pude deixar de agradecê-la mentalmente ao deduzir isso. Liguei para um dos restaurantes e pedi meu almoço com tudo que tinha direito. Que se dane o regime, eu estava com fome. E algo me dizia que eu ia precisar de energia para aquele dia.


 


Penteei meus cabelos e vesti uma calça jeans e uma camiseta de meia manga branca de botões, juntamente com meu all star, muda de roupa que eu havia deixado no guarda-roupa de Mai por precaução. O almoço não demorou a chegar, e eu o devorei rapidamente, doida de fome. Lavei a pouca louça que havia sujado e deixei a casa o mais impecável possível, sem querer dar o mínimo trabalho Mai.


Terminei de me arrumar calmamente, com tempo de sobra, e liguei para minha mãe, avisando-a que iria almoçar com Demi e que só voltaria para casa ao anoitecer. Sim, eu ainda usava a velha desculpa de estar com Demi, que outra eu poderia dar? Enquanto essa colasse, eu a usaria, mesmo me sentindo mal por ter que mentir tanto para minha mãe. Eram mentiras necessárias, e eu pretendia deixar de enganá-la assim que tivesse dezoito anos e fosse dona de meu próprio nariz, pelo menos legalmente.


Deixei também uma simples e carinhosa resposta ao bilhete de Maitê sobre a cama. Encarei suas palavras ternas e uma pontada esquisita se manifestou em meu peito. Não era exatamente culpa; parecia que haviam jogado vinte litros de água fria sobre ela, atenuando-a consideravelmente. Parecia que estava faltando alguma coisa se manifestar em mim… Algo como aquele frio na barriga ao ler um bilhete de quem se ama, ou o sorriso derretido de quem se aquece por suas palavras de carinho. Com um suspiro inseguro, decidi não pensar mais em Maitê durante aquele dia, determinada a me manter tão leve e calma como acordei. Após um mês de tortura, meu coração estava cansado de sentir tanta dor, ainda mais sendo eu mesma a criadora dela. E agora que eu havia decidido analisar minhas opções, mesmo que pelo menor tempo possível, não seria certo me sentir tão culpada a cada vez que Anahí fosse o tema de meus pensamentos.


Saí do apartamento, entregando as chaves a Andy antes de deixar o prédio, e comecei a caminhar o mais rápido que pude até o prédio de Anahí. Agradeci mentalmente ao frio suave que fazia, permitindo-me andar depressa sem suar feito uma doida, e em meia hora, já estava a dois quarteirões de sua casa. Em mais cinco, finalmente cheguei à luxuosa portaria de seu prédio.


- Erm… Anahí Portilla? – gaguejei ao porteiro assim que parei em frente ao balcão, e ele imediatamente assentiu uma única vez, discando alguns números num telefone.


- Vigésimo terceiro andar, senhorita. – o senhor sorriu, após anunciar minha chegada a alguém do outro lado da linha (que só podia ser uma pessoa), e eu retribuí seu sorriso, caminhando até o elevador que ele havia me indicado. Enquanto eu o esperava descer do décimo sétimo andar, observei o lindo hall do prédio, maravilhada com a decoração.


Tudo ali parecia custar mais que minha casa, até as canetas da recepção. Realmente, Anahí deveria ser muito mais rica do que eu imaginava se podia morar num prédio como aquele.


O som do elevador chegando ao térreo me arrancou de meus devaneios, e eu entrei rapidamente no mesmo, apertando o botão de número 23. Ao passar os olhos rapidamente pelo painel, notei duas coisas curiosas. A primeira era que os andares do prédio eram numerados de dois em dois (primeiro, terceiro, quinto, etc.), o que me fez deduzir que cada apartamento tinha dois andares. Nota mental: conhecer o segundo andar do apartamento de Anahí. A segunda curiosidade estava numa pequena plaquinha sob o número do 23º andar, cujas letras formavam a palavra cobertura. Ergui minhas sobrancelhas, surpresa. Então ela morava na cobertura? Hm, mais um motivo para querer conhecer o segundo andar… Com certeza deveria haver algo de interessante por lá.


Demorou uma eternidade, mas finalmente o elevador chegou ao vigésimo terceiro andar. Respirei fundo ao ver o número no painel luminoso, e a porta automática deslizou para o lado logo em seguida, revelando o apartamento incrivelmente grande, lindo e claro de Anahí. Fiquei paralisada durante alguns segundos, apenas reunindo forças para sair do elevador, até que um par de olhos azuis entrou em foco, acompanhado de um charmoso sorriso de canto.


- Com medo de quê? – Anahi sorriu após alguns segundos, erguendo uma sobrancelha, e por um momento, esqueci como se respirava. Engoli em seco, ainda desnorteada, e forcei meus pés a se moverem, levando-me até ela tremulamente. De onde havia surgido todo aquele nervosismo mesmo?


- Medo da sua conta bancária. – respondi, ainda encabulada ao parar na frente dela e sentindo um cheiro maravilhoso de sabonete misturado ao seu perfume. – Ela me assusta.


Anahí soltou uma gargalhada alta, vencendo a curta distância entre nós e passando uma de suas mãos por minha cintura, arrepiando-me por completo com um simples toque. Pode parecer mentira, mas ela realmente me dava choques elétricos com apenas aquele contato.


- Pensei que já estivesse acostumada com ela. – Anahí disse, e eu neguei com a cabeça, ainda me recuperando de sua aproximação. – Talvez eu seja mesmo péssima em decifrar você.


- Me desculpe por ser um enigma. – falei, finalmente olhando-a nos olhos, e ela sorriu, aproximando seus lábios dos meus e beijando-me calmamente, numa expressão física de boas-vindas. Seu perfume, tão forte e viciante como eu nunca havia sentido antes, fez meu coração bater com uma força assustadora, e sem sequer perceber, eu me empolguei, abraçando-a pelo pescoço e atirando minha bolsa no sofá mais próximo. Anahí me abraçou apertado pela cintura, erguendo-me do chão, e sorriu ainda mais ao perceber minha empolgação.


- Calma. – ela sussurrou ao partir o beijo, e eu respirei fundo, fechando os olhos e sentindo meu rosto esquentar. – Nem bem chegou e já quer roubar todo o meu oxigênio?


- É que eu fiquei com saudade. – sussurrei, incapaz de conter minhas palavras, e imediatamente senti meu rosto corar. Droga, por que eu ainda me sentia tão vulnerável com ela?


- Eu entendo perfeitamente. – ela disse, pondo-me no chão e deslizando suas mãos tranquilamente até meus quadris. – Também ficaria com saudade de mim mesmo se fosse você.


- Convencida! – exclamei, rindo de sua postura superior, e lhe dei um tapa no braço. – É agora que eu vou embora?


- Não, é agora que você me dá mais um beijo e bagunça o meu cabelo. – ela corrigiu, mordendo o lábio inferior ao puxar meu corpo pra mais perto do seu. – Eu o penteei do jeito que eu odeio só pra você deixá-lo do jeito que eu gosto.


- Ah, é? – brinquei, embrenhando minhas mãos por seus cabelos macios e surpreendentemente não bagunçados. – Obrigada pelo presente!


Anahí riu baixinho, e eu colei meus lábios aos dela, deixando que nossas línguas se encontrassem sem demora e iniciassem mais um de nossos beijos eletrizantes. Ela postou uma de suas mãos em minha nuca, aprofundando o beijo, e eu revirei seus cabelos com vontade, sentindo-a sorrir e puxar minha cintura pra mais perto de si.


- A gente vai acabar transando no sofá de novo desse jeito. – murmurei rindo, após uns cinco minutos de amasso, partindo o beijo para falar.


- Desculpa. - ela ofegou, apesar de relutante, e respirou fundo, afastando seu rosto do meu. – Quem se empolgou agora fui eu.


- Estamos quites no quesito vergonha então. – dei risada, vendo-a entortar a boca em tom de constrangimento.


- É, acho que sim. – ela riu, apertando seu abraço em minha cintura. – Bom, já pagamos micos suficientes por hoje… O que quer fazer agora? E sexo não vale. Não ainda.


- Hm… – pensei, mordendo meu lábio inferior. – Me mostre seu apartamento.


Anahí franziu a testa com meu pedido.


- Ué… Você já o conhece. – ela respondeu, confusa.


- Não o andar de cima. – expliquei, fazendo uma cara sapeca, e ela finalmente entendeu o motivo de meu pedido.


 


- Tem razão. – ela assentiu, me abraçando de lado e colocando sua mão no bolso traseiro de minha calça. – Vamos conhecer o andar de cima então.


- Se for tão lindo quanto esse, já o adorei. – confessei, deixando que ela me guiasse pela casa impecavelmente limpa e perfeita.


- Se você adora esse aqui, vai amar o outro. – ela murmurou perto de meu ouvido, fazendo minha respiração falhar sem nem perceber e ainda por cima dando um sedutor sorrisinho de lado.


Caminhamos em silêncio até a escada, que eu nunca havia visto porque minhas passagens por aquele apartamento haviam sido rápidas e turbulentas demais para que eu a notasse, e subimos rapidamente os poucos degraus. Assim que chegamos ao segundo andar, a primeira coisa que observei foi uma enorme parede branca e vazia, a alguns metros de distância de um grande e visivelmente confortável sofá. Ergui um pouco meus olhos até algo que estava pendurado no teto, e meu queixo caiu ao reconhecer o aparelho.


- Você tem um projetor? – falei, sem conseguir disfarçar minha surpresa, e ela riu ao meu lado.


- Gosto muito de ver TV quando o sono não chega. – ela disse, e meus olhos notaram também uma estante abarrotada de CDs, DVDs e livros encostada a outra parede. – Costumo até dormir mais aqui que em meu próprio quarto.


- Você acertou em cheio. – assenti, maravilhada com todas aquelas novas informações. – Eu simplesmente amei esse andar.


- Hm, pelo menos nessa previsão eu acertei. – Anahí brincou, e eu a olhei, sorrindo timidamente. – Espero que você goste do resto também.


- Como assim? – perguntei, arregalando os olhos, totalmente alheia a qualquer senso do ridículo – Tem mais?


- Claro que tem, Dulce. – ela riu, divertindo-se com minhas reações patéticas, porém logo voltou a ficar séria. – E é nesse andar que fica minha parte favorita do apartamento… Mas só te levo lá se fechar os olhos. E não vale espiar.


Lancei-lhe um olhar desconfiado, ansiosa com todo aquele mistério, e ela apenas ergueu as sobrancelhas, num incentivo mudo. Respirei fundo, derrotada por minha curiosidade, e fechei os olhos, sentindo-a entrelaçar nossos dedos e me conduzir.


Uns vinte passos depois, ela parou de andar, e me colocou em sua frente, segurando meus ombros de um jeito que me arrepiou involuntariamente. Apesar de não estar vendo nada, percebi que uma certa claridade emanava do local onde estávamos prestes a entrar, mas quando ia abrir a boca para perguntar se havíamos chegado, Lauren colocou o rosto bem perto de meu ouvido e respondeu à minha pergunta:


- Espero que goste de contar estrelas.


Sem precisar de maiores incentivos, abri lentamente meus olhos, deparando-me com uma larga porta de vidro, através do qual tudo que se via era o céu nublado e o chão de pedra, que levava até um deck de madeira. Levei alguns segundos para absorver aquela descoberta, e tudo que consegui fazer foi sorrir, admirada, e olhar para ela, sem saber o que dizer. Além de todo o luxo e perfeição de cada cômodo, ainda havia uma área externa… Sendo a adoradora do céu que eu era, agora sim podia afirmar que aquele era o apartamento mais perfeito do universo.


- Não está um dia exatamente bonito, mas aposto que você vai compensar as nuvens escuras. – ela murmurou, fazendo um discreto sinal para que eu prosseguisse, e assim eu o fiz. Envolvi a maçaneta da imponente e grossa porta de vidro à minha frente e a abri, revelando a parte externa da cobertura. Andei devagar pelo piso de pedra e olhei ao redor da extensa área, notando a presença de detalhes que eu ainda não havia conseguido ver: uma mesa redonda de vidro cercada de cadeiras, algumas espreguiçadeiras, uma ducha e um pequeno jardim. Meus olhos se recusavam a crer em tudo que viam, e tentando não parecer tão deslumbrada, subi os degraus do deck, encontrando sobre ela, uma pequena piscina. Aquele apartamento era tudo que eu sempre havia sonhado, e ter as imagens de minha mente transformadas em realidade era demais para mim.


Fiquei encarando meu reflexo perplexo na água, sem reação diante de toda aquela beleza, e logo um outro reflexo surgiu ao lado do meu. Anahí não me tocou; apenas esperou pacientemente que eu recuperasse a voz, o que levou alguns segundos.


- Eu… Anahí… Sua casa é… Um sonho. – finalmente falei, sem fôlego, e olhei para ela, que sorria de um jeito tímido. Jamais eu imaginara que uma pessoa como ela poderia ter um apartamento tão aconchegante e lindo em cada detalhe, e essa surpresa se mesclava ao meu deslumbre, deixando-me totalmente desnorteada.


- Que bom que te agrada. – ela murmurou, colocando as mãos nos bolsos da calça como se estivesse acanhada. – Prometo te trazer muitas outras vezes aqui, se esse brilho nos seus olhos aparecer em todas elas.


Abaixei meu olhar do dela, envergonhada por minha reação um tanto intensa demais, mas logo voltei a encará-la, sentindo falta de suas íris quentes fitando as minhas tão agradavelmente.


- Eu não preciso de nada disso pra que meus olhos brilhem. – falei baixinho, séria. – Não quero que você tenha uma impressão errada de mim. Bens materiais não me influenciam.


- Eu sei, Dul. – ela assentiu, compreensiva, e um sorrisinho se formou em seu rosto. – Se bens materiais te influenciassem, você já teria escolhido ficar comigo há muito tempo.


Fiquei em silêncio diante de suas palavras, sem a menor ideia do que dizer. Voltei a olhar nossos reflexos na água, e mergulhei em pensamentos confusos, ainda em choque com todas aquelas novas informações e com o coração acelerado.


- Por que eu? – pensei alto demais, erguendo meus olhos até os dela, intensamente azuis e mais escuros que o habitual, como se eu não fosse a única refletindo sobre toda a loucura que era nossa relação. – Por que você me escolheu?


Anahí apenas retribuiu meu olhar pensativo por alguns segundos, até que um sorriso cansado e fraco contornou seus lábios.


- Não sei te responder. – ela disse, aproximando-se lentamente de mim. – Mas posso te mostrar um pouco do que eu sei.


Olhei fundo em seus olhos, agora tão próximos, e senti suas mãos quentes envolverem meu rosto, sendo seguidas por seu hálito de canela contra meus lábios.


- Você se arrepia quando eu chego perto… Assim? – ela sussurrou, ainda me olhando com intensidade, e eu assenti fracamente. Foram poucas as vezes em que eu havia visto suas íris tão de perto, e tal fato provocava um vazio total em meus pulmões.


- E se eu te tocar aqui… – ela continuou, deslizando uma de suas mãos até minha cintura. - E te abraçar assim… – seu braço envolveu meu corpo e me puxou para perto dela. – Consegue sentir seu coração acelerar?


Assenti novamente, hipnotizada por seu olhar. Assim como eu, ela estava séria, como se cada efeito que ela surtia em mim refletisse nela da mesma maneira e com a mesma intensidade.


- E se eu te beijar desse jeito… – ela soprou, unindo nossos lábios delicadamente e acariciando minha língua com a sua de um jeito totalmente íntimo e calmo, partindo o beijo não muito tempo depois. – O que você sente?


Abri meus olhos assim que ela terminou sua pergunta, e por um segundo, pensei que fosse desmaiar em seu abraço. Meu coração batia com muita força em meu peito, e eu sentia o sangue fervente correr com cada vez mais pressão a cada segundo por minhas veias. Levei algum tempo para voltar a respirar, e a respondi com um sussurro fraco, incapaz de falar mais alto.


- Eu sinto… Como se estivesse despencando de uma altura incrível… Sem nada nem ninguém para me salvar… E a última coisa que eu quero é que alguém me salve.



Anahí sorriu, intensificando ainda mais nossa conexão de olhares, e uniu nossas testas.


- É bom saber que nos sentimos da mesma forma. – ela murmurou, acariciando meu rosto com seu polegar e sorrindo sedutoramente. - Agora pergunte a si mesma… Por que eu te escolhi?


Completamente perdida em seus olhos, eu deixei sua pergunta no ar, sem saber como respondê-la. Depois daquele momento tão intenso, a resposta para minha dúvida agora me parecia simplesmente óbvia: era impossível descrever porque havíamos nos escolhido. Tudo que conseguíamos era sentir, como se o efeito entre nossos corpos fosse puramente químico, afetando minha consciência e sentidos de maneira avassaladora. Nada que palavras pudessem descrever.


Algumas gotas de chuva começaram a cair sobre nós poucos segundos após nos calarmos, e ao sentir os pingos frios, retomei um pouco de minha lucidez. Olhamos para cima, sentindo a quantidade de gotas aumentar, e corremos para dentro do apartamento novamente, fechando a porta atrás de nós e observando a chuva intensificar-se depressa.


Logo, os pequenos pingos que haviam molhado nossas roupas despencavam furiosamente do céu, ficando do tamanho de bolinhas de pingue-pongue ao golpearem o vidro.


- Eu sei que estou errada em tudo o que estou fazendo com a minha vida e com vocês duas. – murmurei, após um longo período de silêncio, onde ficamos apenas observando a chuva cair, e apesar de não olhá-la, soube que ela se virou para mim. – Sei também que não tenho direito algum de pedir nada… Mas eu não sei o quanto minha decisão ainda pode demorar, e não quero que você se sinta pressionada a me esperar…


- Eu vou esperar. – Anahí me interrompeu, com a voz baixa, porém muito firme, o que me fez desviar os olhos da chuva até encontrar os dela. – Demore o quanto precisar.


Fitei suas íris por longos segundos, tentando não sucumbir por completo aos sentimentos borbulhantes que conduziam minha decisão até Anahí. Era tudo tão extremo com ela, tão intenso e rápido, que por um instante, a dúvida quanto a amá-la ou não me pareceu absurdamente ridícula. Era óbvio que sim.


- Obrigada. – foi tudo que consegui dizer, sorrindo fracamente, e ela aproximou o rosto do meu, beijando-me com carinho. Eu me sentia ferida por dentro, extremamente machucada, e a cada toque de Anahí, a dor abrandava-se, causando uma sensação reconfortante a cada vez que ela se aproximava de mim.


- Não vamos mais pensar nisso por hoje, pode ser? – ela sussurrou contra meus lábios, com os olhos tranquilos muito perto dos meus e um sorriso fraco no rosto. – Vamos apenas aproveitar o tempo que temos juntas.


Não pude impedir que um sorriso também surgisse em minha expressão, denunciando minha simpatia com suas palavras, e eu assenti, envolvendo seu pescoço com meus braços. Meu coração batia tão forte e num ritmo tão acelerado que foi praticamente impossível conter o impulso de esticar-me na ponta dos pés e alcançar seus lábios com os meus novamente. Parecia que minha pele sentia falta da dela e pedisse desesperadamente por contato.


Ouvi um trovão alto ecoar pelo apartamento, e com medo de nossa proximidade da área externa, onde a chuva já havia atingido um nível nitidamente estrondoso, dei alguns passos vacilantes para trás, conseguindo trazer Anahí comigo sem partir o beijo. Aos poucos, parando em alguns trechos para deslizarmos nossas mãos por partes nada educadas dos corpos uma da outra, caminhamos às cegas pelo pequeno corredor, vez ou outra colidindo com uma das paredes e rindo baixinho de nossos pequenos desastres.


- A gente pode fazer sexo agora? – sussurrei rente aos seus lábios, puxando de leve seus cabelos macios da nuca e sorrindo ao vê-la franzir suavemente a testa em resposta.


- Se eu disser que não, vai ficar mais excitante? – ela sorriu, mordendo meu lábio inferior devagar logo em seguida. – Mesmo isso sendo uma mentira deslavada?


 


Ri baixinho, sem fôlego ao senti-la deslizar sensualmente suas mãos por minha cintura, e ciente de minhas vertigens, Anahí encostou-me contra uma parede, prensando-me entre ela e seu corpo.


- Posso te levar pra um lugar onde eu tenho muito tesão de fazer sexo com você? – ela sussurrou num tom de confissão em meu ouvido, envolvendo meu pescoço com uma de suas mãos como se quisesse me prender, porém sem parecer violenta. Subitamente, ela parecia estar adotando uma postura dominadora, muito diferente da que demonstrava há pouco, mas eu não me importava com sua mudança repentina. Nossos beijos eram capazes de causar alterações bruscas de atitude, eu sabia muito bem disso.


- Você já não precisa pedir permissão pra fazer alguma coisa comigo há algum tempo. – respondi, fechando os olhos ao sentir sua respiração quente em minha pele e suas mãos me explorando.


- Eu já sabia disso… Mas prefiro ouvir você dizer. – ela ofegou, convencida e cheia de perversão, descendo suas mãos deliciosamente por meu corpo até atingir a parte de trás de minhas coxas, para erguer-me do chão e me fazer envolver sua cintura com minhas pernas. Assim que o fiz, Anahí selou nossos lábios novamente, com ferocidade e luxúria, e eu apenas a correspondi, sentindo um calor que só ela me fazia sentir emanar de dentro de mim, numa intensidade extraordinária.


Cambaleando pelos cômodos, ela me carregou até a escada, interrompendo o beijo somente para chegar ao andar de baixo sem tragédias. Aproveitei-me de nossa breve pausa pelo caminho para tirar os tênis e meias, espalhando-os pelos degraus e facilitando o trabalho para ela, que eu sabia que não demoraria muito a fazê-lo. Anahí seguiu velozmente pelo corredor do primeiro andar, com a boca urgentemente grudada à minha de novo, até que ela me atirou sobre uma superfície macia, que eu logo descobri ser sua cama. Franzi a testa, sorrindo maliciosamente para ela, que se aproximava lentamente de mim com uma expressão nada ortodoxa. Então ela tinha tesão em transar comigo em sua própria cama? Não posso negar que a ideia me pareceu igualmente tentadora, mas talvez minha imaginação não tivesse parado para pensar num lugar tão convencional (para os padrões de Anahí Portilla, se é que existem padrões para ela) como aquele.


Apesar de seu quarto ser um território um tanto desconhecido para mim, eu nem me dei ao trabalho de analisá-lo naquele momento, porque os olhos em chamas de Anahí me atraíam mais do que qualquer coisa enquanto ela engatinhava por sobre o meu corpo.


Tudo que fui capaz de detectar foi que a atmosfera do cômodo era preenchida por um suave teor de seu perfume, o que só me deixou ainda mais enfeitiçada. Aquele cheiro era como uma droga, atiçava todos os meus sentidos da maneira mais forte e inibia toda e qualquer ordem de meu cérebro, transferindo todo o controle para meu coração, que batia descompassado dentro de meu peito. Talvez houvesse algum tipo de fragrância afrodisíaca em sua composição, ou talvez eu simplesmente fosse sensível demais a qualquer coisa que viesse dela.


Anahí rapidamente colocou-se sobre mim, com um sorriso safado brincando em seus lábios avermelhados, que não demoraram a unir-se aos meus outra vez. Ela me beijava de um jeito que misturava inúmeros sentimentos e sensações, que jamais pensei sentir juntas. Era um beijo ardente, faminto, insaciável, que me tirava totalmente o fôlego e me arrepiava dos pés à cabeça. Enquanto intensificávamos o beijo, ela encaixou uma de suas pernas entre as minhas, e deslizou uma de suas mãos desde meu joelho até minha bun/da, puxando-me para si. Gemi baixinho ao sentir seu peso e seu calor mais intensos a cada segundo, com o coração prestes a explodir, e gostando do efeito que causava, ela levou uma mão à minha cintura e me puxou em sua direção, tocando minha pele por debaixo da blusa com as pontas de seus dedos frios. Suas unhas tentavam me arranhar com até algum sucesso, mas o efeito era desprezível se comparado ao de minhas quase garras vermelhas em sua nuca, afundando em sua pele e fazendo-a soltar o ar rudemente.


Deslizei minhas unhas pela região até atingir a gola de sua camiseta, e desviei meu caminho, dando a volta em seus ombros e chegando a sua barriga. Segurei o tecido com firmeza e a puxei ainda mais para perto, sentindo-a exercer pressão em minha pélvis com a sua. Anahí mordeu meu lábio inferior, deixando seus dentes deslizarem por ele e provocando-me uma dor prazerosa, o que nos fez sorrir maliciosamente. Ela sabia muito bem os efeitos que suas ações tinham, e costumava usar e abusar desse conhecimento para me levar a certos lugares fantásticos que eu não sei bem descrever.


Continuei meu trajeto por seu tronco, acompanhando o desenho de seu corpo com as palmas de minhas mãos até alcançar a barra de sua blusa. Passei a acariciar sua barriga por debaixo do tecido, usufruindo da baixa temperatura de minhas mãos em relação àquela região do corpo dela para causar-lhe arrepios, e pareceu funcionar. Anahí continuava a pressionar sua pélvis contra a minha, e os sinais de sua excitação já eram nítidos, fazendo com que um calor me dominasse e acelerasse minhas provocações. Mordi novamente seu lábio, sugando-o como se o quisesse arrancar dali, e ela gemeu baixo, erguendo os cantos de sua boca num sorriso mal intencionado.


- Nem acredito que estamos quase transando na minha cama. – ela sussurrou, quando eu soltei seu lábio, e eu não pude deixar de sorrir pervertidamente junto com ela. – Dormir aqui nunca mais vai ser a mesma coisa.


Soltei um risinho ofegante, finalmente entendendo o motivo da escolha do lugar, e ela abriu um sorriso que eu classificaria como o mais sujo de todos que já havia visto em seu rosto, deixando-me ainda mais excitada. A expectativa que ela me causava por nunca me deixar plenamente ciente de suas intenções até que ela as colocasse em prática me trazia um sentimento muito forte de êxtase e ansiedade, prendendo-me cada vez mais às habilidades de seu charme.


Anahí voltou a me beijar sensualmente, movendo sua língua com calma e desejo, e enquanto o fazia, pude sentir seus dedos desabotoarem os botões de minha camiseta. Quando os três primeiros estavam abertos, ela desceu seus lábios por meu pescoço, beijando a região languidamente, e prosseguiu por meu colo, passando sua língua extremamente quente por entre meus seios ainda cobertos pelo sutiã. Suas mãos os envolveram, apertando-os levemente, e ela depositou um selinho carinhoso sobre cada um. Se não estivesse tão instigada, teria achado graça daquele gesto, mas tudo que consegui fazer foi observá-la prosseguir seu trajeto com um olhar zonzo.


Ela continuou descendo seus beijos por minha barriga enquanto terminava de abrir a blusa, e deslizava suas mãos pelo formato de minha cintura, até seus dedos atingirem o cós de minha calça. Anahí abriu o botão e o zíper sem que eu sequer percebesse, distraindo-me com seus lábios, e desceu a peça de roupa por minhas coxas até tirá-la. Como se tivéssemos todo o tempo do mundo para nós duas, ela acariciou minhas pernas desde os tornozelos até a virilha, beijando algumas regiões e arrepiando-me cada vez mais com seus lábios quentes. Seus olhos, tão brilhantes como joias, me observavam inundados em interesse, indecisos sobre qual parte de meu corpo era a mais merecedora de sua atenção.


– Você se arrepia com muita facilidade. – Anahí soprou, erguendo seus olhos corrompidos até mim, e pude sentir meu rosto corar ao saber que ela havia percebido o que causava em mim.


- Eu sou sensível demais a certos estímulos. – expliquei, completamente envergonhada, porém, sem conseguir evitar mais arrepios quando ela me deu mais um beijo.


- Eu gosto disso. – ela murmurou, com a voz rouca, fazendo com que seu hálito quente batesse em minha pele e me arrepiasse ainda mais. – Suas sensibilidades são suas melhores armas contra mim.


- E você expõe até demais minhas sensibilidades. – ofeguei, fechando meus olhos para que ela não os visse revirar de excitação enquanto continuava me beijando. – Seu efeito sobre mim chega a ser vergonhoso.


- Ah, é? – ela perguntou, não para confirmar, mas sim para me instigar, subindo seus beijos de minhas coxas para minha barriga. – Eu também gosto muito de uma coisa que você faz.


- E o que seria essa coisa? – perguntei, demorando-me entre as palavras para conseguir encontrar fôlego, e só voltei a abrir meus olhos quando senti seu rosto muito próximo do meu.


- Eu adoro quando você fala no meu ouvido. – ela sussurrou, aproximando seus lábios dos meus e roçando-os, ainda sorrindo sedutoramente. – Principalmente naquelas horas.


- É mesmo? – sorri, com o olhar trêmulo de prazer, embrenhando minhas mãos em seus cabelos lentamente e levando minha boca até seu ouvido – E o que você gosta de ouvir?


Anahí respirou fundo, e dessa vez, quem se arrepiou foi ela. Meu sorriso aumentou ao perceber que ela me puxou para mais perto, com a respiração um pouco mais rude que o natural, e respondeu:


- O que você tiver para me dizer.


Fechei os olhos por um momento, sentindo o ar me faltar também, e apertei mais meus braços ao redor de seu pescoço. Inúmeras palavras disputavam espaço em minha mente, pedindo para que eu as dissesse, mas precisei de alguns segundos para escolher as mais apropriadas e também para recuperar o fôlego.


- Você foi o erro mais certo que eu já cometi – sussurrei ao pé de seu ouvido, deslizando a ponta de meu nariz em seu lóbulo e mordendo-o logo em seguida. – Meu pecado favorito.


- Você não faz ideia do que acontece comigo quando eu ouço a sua voz assim… Cheia de más intenções. – ela murmurou, com a voz falha, usando e abusando de seu peso para me mostrar o quão excitada estava. – Se você soubesse as perversões que eu já imaginei…


- Pra que imaginá-las… Se você pode fazê-las? – soprei em seu ouvido, sentindo-a apertar minha cintura com força e tentar afundar suas unhas em minha pele novamente. – Eu estou aqui agora, e sou sua. Faça o que quiser comigo.


- Você não pode ser real. – Anahí grunhiu, rindo maliciosamente contra a pele de meu pescoço, e sua voz bruta me fez fechar os olhos mais uma vez, aumentando ainda mais minha excitação. – Eu devo estar maluca.


- Só existe um jeito de descobrir. – provoquei-a, mordendo seu lóbulo mais uma vez, com um pouco mais de força. – Vamos lá, Portilla… Me mostre do que você é capaz.


Ao ouvir minha voz repetir as mesmas palavras que eu a havia dito quando passamos uma noite na Ferrari, Anahi afastou seu rosto do meu, encarando-me com os olhos ardendo de tesão. Sua boca buscou a minha com desespero, e seu corpo fez ainda mais pressão contra o meu, permitindo-me sentir exatamente a intensidade de seu tesão. Sua língua quase atingia minha garganta, movendo-se precisamente e fazendo-me gemer baixinho quando ela segurou meu rosto e intensificou ainda mais suas carícias. Apertei meu abraço em seu pescoço e cruzei minhas pernas ao redor de seus quadris, sentindo-a roçar em minha intimidade e arrancando um gemido dela. Sua outra mão direcionou-se aos meus glúteos, puxando-me para mais perto e aumentando a proximidade de nossas pélvis.


Cravei minhas unhas em suas costas, puxando o tecido da blusa, e logo ela a tirou, lutando às cegas para tirar os braços dos buracos e só separando nossos lábios para retirar a peça pela cabeça, fazendo o mesmo com seu sutiã. Seu tronco quente me fez gemer mais uma vez ao encontrar minha pele, e eu rapidamente deslizei minhas mãos por suas costas, atingindo sua bu/nda por dentro da calça e apertando-a com vontade. As mãos de Anahí agora se ocupavam em apalpar meus seios, já livres do sutiã graças ao fecho frontal, do qual ela se livrou com destreza. Ela os apertava com força, fazendo movimentos circulares com os polegares em meus mamilos rígidos, enquanto eu me dirigia ao zíper de sua calça.


- Eu quero ver você de quatro. – ela ofegou, partindo o beijo por dois segundos para falar, quase fazendo meu coração parar com seu pedido (ou pelo se tom de voz, eu deveria dizer ordem?). – Gritando enquanto eu te levo ao paraíso.


Fiquei sem reação diante de sua confissão, pega totalmente desprevenida e sem ar. Anahí parecia tão fora de si que mal notou minha surpresa, e voltou a me beijar, fazendo-me lembrar do quão certo tudo parecia quando seus lábios estavam nos meus. Após alguns segundos imóvel, tentando retomar a calma diante de seu pedido, minhas mãos voltaram a insistir no botão de sua calça, finalmente abrindo-o e, ao mesmo tempo, dando um estalo em minha mente.


Eu já havia feito com ela coisas que jamais pensei em fazer com outra mulher antes, e Anahí nunca havia me dado um motivo sequer para não confiar nela. Já havíamos corrido tantos riscos em locais tão absurdos e eu nunca tive um motivo sequer para me arrepender… Por que não?


- Só se você for para lá comigo. – sorri, finalmente decidida a aceitar sua proposta, acariciando sua intimidade encharcada por sobre o tecido da calcinha. – Sem você não tem a menor graça.


- Eu já estarei te esperando. – ela arfou, revirando os olhos e fechando-os logo em seguida, soltando todo o ar que havia inspirado diante de meu toque e sorrindo de um jeito torturado. – Não acho que vou demorar muito a chegar lá.


- Se depender de mim, não mesmo. – provoquei-a, puxando sua calça para baixo com um pouco de dificuldade, até que ela me ajudou a atirá-la ao chão. Anahí me lançou um último olhar cúmplice antes de retomarmos nosso beijo, movendo nossas línguas como se fôssemos amantes há anos.


As mãos de Anahí foram descendo por meu corpo até encontrarem a barra de minha calcinha, e sem se deixar intimidar, uma delas colocou-se sob o tecido, buscando minha intimidade com seus dedos. A rapidez de suas ações foi tamanha que eu apenas tive tempo de gemer alto contra seus lábios e envergar minhas costas para cima quando dois de seus dedos me penetraram, sem sequer aviso prévio, provocando-me uma onda exorbitante de prazer. Seus dedos, frios em relação ao meu sexo quente, moviam-se com experiência, já sabendo exatamente o que fazer para me enlouquecer. Seus movimentos eram tão rápidos e precisos, num vai e vem delirante, acompanhados de seu polegar, que fazia movimentos circulares sobre meu ponto de prazer, que eu mal conseguia corresponder ao beijo. Percebendo meu nível de excitação e soltando um riso satisfeito, Anahí dirigiu seus lábios macios ao meu ouvido, sussurrando insanidades e respirando ruidosamente.


Sem demora, atingi o orgasmo, numa explosão de prazer e dormência. Um gemido que mais pareceu um grito escapou por entre meus lábios, ao mesmo tempo em que um calafrio intenso percorreu minha espinha e relaxou todos os meus músculos conforme desceu. Puxei o ar com vigor, implorando por oxigênio, sentindo-a beijar caprichosamente meu pescoço.


- Como foi sua primeira viagem ao paraíso, Savinon? – ela sussurrava, conforme ia chupando e mordiscando minha pele, mal me permitindo recuperar o fôlego. – Espero que não tão boa quanto as próximas serão.


Não consegui dizer nada, apenas a deixei explorar meu corpo com seus lábios habilidosos e gentis. Fechei os olhos ao senti-la dar uma breve atenção aos meus seios, e conforme ela descia até minha intimidade novamente, seus dedos tiravam minha calcinha. Mordi meu lábio inferior quando Anahí posicionou minhas pernas de modo que pudesse me beijar exatamente onde desejava, e antes que eu pudesse me recuperar por completo de meu primeiro orgasmo, sua língua começou a trabalhar para que eu atingisse o segundo, tocando-me com delicadeza.


Soltei um grunhido alto ao senti-la estimular minha intimidade novamente, distribuindo seus movimentos com exatidão e mais uma vez demonstrando sua exímia habilidade. Um prazer que eu jamais havia sentido antes começava a se acumular em cada centímetro de meu corpo, retesando meus músculos e intensificando as batidas de meu coração. Cada batimento ecoava como um trovão em meus ouvidos, tão fortes e acelerados que por um momento, eu pensei que fosse infartar.


Levei uma de minhas mãos até a cabeça de Anahi, embrenhando meus dedos em seus cabelos umedecidos de suor e apertando-os com força. Suas mãos apertavam minhas coxas com desejo, e sua testa mantinha-se franzida, denunciando sua excitação. Sílabas totalmente desconexas escapavam por entre meus lábios, minha boca estava seca, os olhos fortemente fechados, revirando seguidas vezes, o coração acelerado, um calor que eu desconhecia preenchendo cada parte de mim, a respiração ficando cada vez mais superficial, os músculos retesados… Tudo em meu corpo parecia acontecer conforme ela me provocava, ora mais rápido, ora mais devagar. Minha voz preenchia o silêncio do quarto num volume quase vergonhoso de tão alto, abafando com facilidade a respiração extremamente pesada dela, que devia estar se segurando muito para não chegar ao seu clímax.


Num segundo, meus pulmões se expandiram violentamente, permitindo que uma grande quantidade de ar entrasse e um grito fosse abafado, denunciando minha chegada ao ponto máximo de prazer. Senti meu corpo estremecer levemente, e uma onda muito forte de adrenalina impulsionar meus batimentos cardíacos, triplicando sua velocidade.


Relaxei completamente sobre a cama, exausta e suada, sentindo minhas extremidades formigarem e Anahí reduzir suas carícias gradativamente, até afastar-se de mim e me olhar fundo nos olhos com um sorriso satisfeito.


- Confesso… Até eu fiquei sem ar. – ela riu baixo, num tom sedutor, ofegante e com o rosto corado. Seus olhos faiscavam, fixos nos meus, e mesmo sem conseguir respirar direito, lutei contra o grande turbilhão em minha mente e a respondi:


- Isso… Não vai ficar assim.


O sorriso em seus lábios entreabertos aumentou, e tomada por um intenso e desconhecido desejo que parecia me consumir por completo, ergui meu corpo até o dela, agarrando seus cabelos e beijando-a sem a menor delicadeza. Anahí espalmou as mãos em minhas costas, friccionando suas palmas para baixo até atingir meus quadris e apertando-os com força. Desci minhas mãos por seus ombros e braços, fazendo o caminho inverso e segurando seu rosto firmemente, pouco me importando com meu fôlego prejudicado. Pequenos gemidos escapavam de nossas gargantas, sinal claro de que ambas havíamos extrapolado os limites de nosso autocontrole e já não conseguíamos mais controlar nossas reações, o que só nos excitava ainda mais.


Nosso beijo não durou muito; minhas mãos logo encontraram o caminho até o elástico de sua calcinha, e sem hesitar, arrastaram a peça para baixo, deixando-a completamente nua. Estimulei sua intimidade com meus dedos, apertando-a de leve e ouvindo-a grunhir em resposta. Prendendo um sorriso, comecei a masturbá-la rapidamente, sem parar de beijá-la, e seus gemidos tornaram-se ainda mais frequentes, assim como a força de suas mãos em meus quadris intensificou-se. Eu não sabia até quando ela aguentaria, pois seu corpo estava extremamente tenso e alguns de seus músculos sofriam espasmos involuntários, o que denunciava seu estágio bastante avançado de excitação, mas não me intimidei. Ela já havia me dado mais do que sequer imaginei em tão pouco tempo, e eu não me permitiria decepcioná-la.


Alguns minutos de provocação se passaram, nos quais ela se esforçava cada vez mais para resistir, porém seu limite não tardou a chegar. Num movimento brusco, Anahí lançou-me contra o colchão, com a respiração absurdamente bruta e o rosto contorcido em desespero, e voltou a segurar meus quadris, erguendo-os um pouco. Não tive tempo sequer de assimilar o que havia acontecido; no instante seguinte, ela já estava com seus dedos dentro de mim, e um gemido alto escapava de ambas, esgotando qualquer reserva de oxigênio em nossos pulmões. Sem pensar duas vezes, ela continuou investindo seus dedos com violência, atingindo fundo em meu interior com toda a sua capacidade e jogando a cabeça para trás, com uma expressão alucinada. Fechei fortemente os olhos, sentindo prazer misturado a uma certa dor por sua movimentação forte e agarrando os lençóis, numa tentativa falha de me controlar.


Anahí pronunciava palavras ininteligíveis conforme mantinha seu ritmo, porém um lampejo de consciência pareceu iluminar sua mente por um breve segundo, o suficiente para lembrá-la do que havia me proposto anteriormente. Abri meus olhos por um momento ao senti-la diminuir sua velocidade até retirar seus dedos por completo, e recebi um olhar intenso em resposta.


- Se algo te incomodar, deixe-me saber imediatamente. – ela murmurou com a voz fraca, e eu estava tão tonta com tudo aquilo que demorei a entender o motivo de suas mãos estarem envolvendo meus braços. Somente quando ela me virou na cama e ajeitou-me na posição certa, foi que compreendi o que ela estava fazendo. Guardando minha insegurança só para mim, mordi meu lábio inferior com força e afundei meu rosto no travesseiro. Eu confiava nela, porque eu parecia estar me esquecendo disso?


Anahí segurou firme em meus quadris, e aos poucos foi colocando seus dedos novamente dentro de mim, permitindo-me sentir as novas sensações que causava. À medida que ela avançou, meus dedos se fecharam, agarrando o travesseiro, e o pouco ar que eu havia inspirado abandonou meus pulmões novamente. Fui pega de surpresa pela intensidade do prazer que senti.


- Machuquei você?


- Se isso é me machucar… – ofeguei, com a voz extasiada. – Não quero nem imaginar quando você quiser me fazer carinho.


- Eu sabia que você ia gostar. – Anahí arfou, e pelo seu tom, pude ver exatamente o sorriso satisfeito que brincava em seus lábios, e que inevitavelmente surgiu nos meus.


Apesar de minha reação positiva, ela foi aumentando gradativamente sua velocidade, para certificar-se de que nada daria errado. Quando já havíamos retomado nosso ritmo acelerado, foi impossível conter meus gemidos; fechei os olhos, sem conseguir mantê-los abertos, e mesmo mordendo o travesseiro, grunhidos altos escapavam de minha boca, assim como da dela. Suas mãos quentes moviam-me conforme ela se movimentava, numa sincronia perfeita e maravilhosa, e por vezes ela envolvia minha cintura com um de seus braços, trazendo meu tronco para perto do dela e fazendo com que sua respiração batesse em meu ouvido. Se enlouquecer de prazer fosse possível, sem dúvida alguma ela teria me convertido numa louca naquele momento.


- Diz pra mim. – ela sussurrou perto de minha orelha, provocante. – Você sabe o que eu quero ouvir.


Ergui um de meus braços até encontrar seus cabelos com minhas mãos, e os acariciei de leve, sem conseguir controlar direito meus movimentos. As palavras pareciam atropelar-se em minha garganta, tropeçando uma nas outras, até que simplesmente irromperam de minha boca, num sussurrou quase inaudível.


- Eu amo você.


- Mais uma vez. – Anahí pediu, investindo com seus dedos mais forte e fazendo-me gemer alto. – Repete.


- Eu amo você! – falei, dessa vez conseguindo me fazer ouvir, e senti seu hálito quente atingir minha pele, denunciando seu riso baixo. – Eu amo você, eu amo você, eu amo você…


- Eu também te amo… – ela soprou, acariciando meus quadris com seus polegares. – Minha menina.


Senti um arrepio frio feito gelo descer muito rápido por minha espinha, e com uma última e profunda investida dela, ambas atingimos o orgas/mo, deixando-nos cair pesadamente sobre a cama. Meu coração manteve-se a mil, contrastando absurdamente com o resto de meu corpo, completamente entorpecido e imóvel sobre os lençóis. Nem Anahí se mexeu, deitada ao meu lado com a respiração ruidosa. Por longos segundos, tudo que se ouvia entre nós era o ar entrando e saindo rapidamente de nossos pulmões e os corações batendo freneticamente, lutando para absorver toda a carga de sensações obtidas. Minhas pálpebras pesaram sobre meus olhos, fechando-os lentamente, e quando já havíamos nos recuperado o suficiente para dar sinais de vida, senti os dedos de Anahí dedilharem minha cintura num movimento suave. Seu corpo grudou-se ao meu, e sua boca buscou meu pescoço, distribuindo selinhos delicados e breves.


- Minha menina. – ela repetiu baixinho contra minha pele, arrepiando-me e fazendo-me sorrir de leve. A sensação de ser dela soava muito bem aos meus ouvidos, por mais que eu não a fosse oficialmente. Meu coração gostava até demais dessa hipótese, e minha mente estava dopada demais para lutar contra.


- Eu disse… – suspirei, levando minha mão cegamente até seu rosto e acariciando-a devagar. – Não acredito que você me fez dizer.


- Sim, você disse. – Anahí confirmou, mais para si mesma do que para mim, rindo baixinho. – Você finalmente disse o que eu queria ouvir.


- Eu amo você. – sussurrei novamente, abrindo lentamente meus olhos e meu sorriso. – Muito, muito.


- Pode repetir quantas vezes quiser. – ela sorriu, virando-me em sua direção pela cintura. – Se quiser eu repito também: eu te amo!


- Eu te amo! – repeti, rindo e vendo-a rir junto. – Muito!


- Não acredito nisso, sabia? – ela falou, puxando-me ainda mais para si e selando nossos lábios rapidamente. – Acho que a ficha ainda vai demorar um pouco pra cair.


- Pois acredite. – murmurei, dando-lhe um selinho e um beijinho de esquimó logo em seguida. – Nem eu acreditei da primeira vez… Mas agora eu tenho certeza.


Anahí não disse nada, apenas devolveu meu olhar com uma alegria que eu nunca havia visto antes. Ali, em seus braços, eu sentia como se absolutamente nada pudesse destruir aquela felicidade que ela me transmitia.


- Você tem certeza? – ela repetiu, fazendo um carinho bom em minhas costas, e eu assenti sem hesitar. – Ah, é, eu tinha me esquecido… Você me ama!


- É claro que eu te amo! – eu ri, abraçando-a pelo pescoço e trazendo-a para perto. – Não é pra esquecer isso.


- Eu não vou esquecer, prometo. – Anahí murmurou, apertando minha cintura em seu abraço e beijando meu ombro. – Nem vou deixar você esquecer.


Meu largo sorriso se retraiu com aquelas palavras. Foi impossível não pensar em Maitê, e na leve brasa que ainda queimava em meu coração ao me recordar dela. Nada que chegasse perto das labaredas tão altas e fortes que Anahí acendera em meu peito.


- Eu não posso me esquecer. – soprei tristemente, com o olhar distante. – Afinal… Eu ainda tenho uma decisão a tomar.


Anahí afastou nossos corpos lentamente para poder me olhar, e em suas íris ternas, eu encontrei forças para sorrir, mesmo que fracamente. Não queria que ela ficasse triste também; eu a havia deixado tão feliz ao dizer que a amava… Me parecia um erro irreparável tirar aquela alegria dela tão bruscamente.


- Não vamos pensar nisso agora, por favor. – ela retribuiu meu sorriso ainda mais fracamente, e eu pude ver o brilho ameaçar sumir de seus olhos. – Vamos descansar um pouco, pode ser?


- Desculpa. – sussurrei, me sentindo uma ridícula por ter externado minhas preocupações. – Vou ficar quietinha, prometo.


- Não quero que você fique quieta. – ela murmurou com a expressão calma, acariciando minha cintura com o polegar. – Não quero que você fique sofrendo calada. O que eu quero é que você esvazie sua mente de todas as suas preocupações… Você está comigo, não precisa ter medo de nada.


Um sorriso tímido e sincero surgiu em meu rosto conforme eu fazia um carinho preguiçoso em sua orelha.


- O mais curioso disso tudo… – falei, encarando-a com cumplicidade. – É que eu sei disso. Eu sinto que estou completamente segura com você. E sinceramente, eu não sei explicar por quê.


Anahí retribuiu meu sorriso, e me puxou para mais perto de si, fazendo com que as pontas de nossos narizes se tocassem.


- Talvez eu seja seu anjo da guarda. – ela soprou, com um olhar nada angelical, o que me fez rir baixinho.


- Acho difícil. – fui sincera, enrugando o nariz e alargando seu sorriso. – No dia em que anjos forem como você, o paraíso vai ficar bem mais animado.


- Dulce, desse jeito nós vamos pro inferno! – ela riu, deslizando sua mão por minha região lombar. – Acho melhor a gente mudar de assunto.


- Acho melhor ainda a gente se beijar. – propus, manhosa e maliciosa, e a vi erguer uma sobrancelha, gostando da sugestão. – Até a gente cansar e decidir fazer outra coisa. O que acha?


- Preciso mesmo responder? – Anahí sorriu, debruçando-se sobre mim. – Só não espere que eu canse de te beijar, porque isso vai ser um tanto quanto impossível.


- Ótimo, somos duas. – falei, com um sorriso brincando nos lábios. – Agora chega de papo e me beija logo, Portilla.


- Mal educada. – ela resmungou, prendendo um sorriso, e sem esperar mais, fez o que eu pedi.


E essa estava longe de ser a última vez em que nos beijamos naquele dia.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 134



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  • AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20

    Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs

  • Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49

    aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!

    • Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17

      Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.

  • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30

    Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.

    • Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30

      entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.

    • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30

      Nunca escrevi negócio tão grande kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05

    que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21

      Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09

    eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58

    Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09

      Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16

    Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53

      É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48

    vou colocar a fic em dia....

  • MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13

    Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11

      Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs

  • Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09

    Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14

      Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs


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