Fanfics Brasil - Capítulo 4 My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada

Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni


Capítulo: Capítulo 4

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Três semanas. Vinte e um dias se passaram desde então. E não houve um dia, fora os fins de semana, em que eu e Maitê não nos encontrássemos. Era incrível como éramos capazes de inventar desculpas tão convincentes pra nos vermos que ninguém parecia sequer desconfiar do nosso envolvimento. Claro que contávamos com muita sorte também, mas nossa veia teatral criativa era responsável pela maior parte da discrição.


E o pior de tudo era que durante todos aqueles dias, não tivemos como, erm, avançar o sinal. Não que fôssemos lerdas nem nada, mas é que ficava complicado fazer alguma coisa além de uns bons amassos no curto tempo que tínhamos, e nos lugares inapropriados dos quais dispúnhamos. A cada dia que se passava ela dava sinais de que estava se segurando ao máximo pra não passar para o próximo nível (adoro usar essas expressões, elas me fazem rir), tadinha. E eu também, afinal, eu tinha 17 anos e estava com os hormônios descontrolados.


E quanto a Portilla? Graças a Deus, ela pareceu se esquecer de mim. Me tratava com frieza, rispidamente, e não me dirigia a palavra desnecessariamente. Preciso dizer que minha vida estava uma maravilha com a mulher dos meus sonhos do meu lado, mesmo que ninguém pudesse saber, e de quebra sem aquela peste da Portilla me infernizando?


- Eu tava pensando outro dia. – Maitê disse, assim que nos cumprimentamos com um caloroso beijo numa sala vazia do primeiro andar.


- Você pensando? Mas que progresso, parabéns! – brinquei, com os braços ao redor de seu pescoço, sentada de frente pra ela na mesa do professor.


- Ah, é assim? Então tá bom, não vou mais dizer a coisa super importante que eu ia dizer. – ela falou, fazendo cara de indiferente e virando a cara pra mim.


- Own, desculpa, vai. – pedi, fazendo beicinho e tudo. - Conta logo, daqui a pouco eu tenho que voltar pra aula, senão o Reid vai desconfiar.


- Como você fez o milagre de fugir da aula do Reid? – ela perguntou, impressionada.


- Simples. – respondi, com um sorriso esperto. - Disse que não estava me sentindo bem e o próprio Reid sugeriu que eu fosse até a enfermaria pra ser examinada.


- Sua carinha de dodói deve ter sido bem convincente pra comovê-lo a esse ponto. – Maitê comentou, ainda perplexa, me fazendo rir. – Pelo visto, você tá virando uma ótima atriz… Preciso começar a tomar cuidado com você.


- Não teve graça. – resmunguei, fazendo cara feia, mas não resisti quando ela se aproximou sorrindo pra me dar um beijo rápido. – Falando sério agora, o que você ia contar de tão importante?


Maitê suspirou, se preparando psicologicamente, o que me deixou com uma certa ansiedade. Batucando com os dedos indicadores e médios nos meus quadris enquanto minhas mãos estavam espalmadas em seu peito, ela logo começou a falar, dizendo cada palavra com cuidado:


- Eu queria te convidar pra ir conhecer o meu apartamento hoje à tarde.


Não sei dizer que cara fiz. Só sei que devo tê-la assustado, porque vi sua expressão disfarçadamente ansiosa se tornar séria ao mesmo tempo que meu queixo caiu até meu umbigo.


- Você quer que eu vá pra sua casa… Hoje? – gaguejei, com o coração a mil.


- É. – Maitê confirmou, desembestando a falar logo depois. - Eu pensei que por ser sexta-feira, você não tivesse nada pra fazer, mas tudo bem se você não puder ou não quiser, não tem problema nenhum, eu não quero te pressionar a fazer nada, foi só um convite…


- Que horas eu posso chegar? – perguntei, interrompendo seu monólogo com um sorriso esperto. Apesar do nervosismo disparado pela surpresa, eu não tinha como negar um convite daqueles. Talvez se eu o recusasse, Maitê jamais repetiria a proposta por medo de outro não. Ela me olhou de um jeito confuso, processando o que eu tinha dito, mas logo deu um sorrisinho de canto.


 


- Quanto mais cedo, melhor. – ela respondeu, parecendo realmente surpresa com a minha resposta. – Eu tenho a tarde toda livre hoje.


- Combinado então. – assenti, deslizando minhas mãos pra cima até envolver seu pescoço. – É só me dar o endereço e eu vou.


- Quer que eu vá te buscar na sua casa? – ela sugeriu, fazendo carinho em minha cintura como se fosse super típico uma mulher de 30 anos buscar a aluna de 17 na casa dela pra levá-la ao seu apartamento.


- Claro que não, minha mãe teria uma síncope se você aparecesse lá em casa. – eu disse, arregalando os olhos. - É só dizer que tô indo pra casa da Demi e ela deixa na hora. Nossas mães são amigas, e nós também, então eu vivo indo pra lá.


- Você que sabe. – Maitê sorriu, e eu pude ver que seus olhos estavam brilhando de animação. – Quase desisti de te convidar com medo de que você não gostasse da ideia.


- E por que eu não gostaria? – falei, sorrindo também. – Aliás, quem foi que me disse uma vez que eu deveria pensar menos e me arriscar mais?


Acho que deu pra sacar que eu amava usar as frases dos outros contra eles mesmos, né? Costumava dar muito certo com aquela mula da Portilla.


- Não faço ideia. - Maitê mentiu, dando um sorriso culpado e me puxando pra mais perto dela (se é que dava). – Mas seja quem for, essa pessoa merece muito um beijo daqueles bem caprichados.


- Ah, merece, é? – repeti, segurando o riso enquanto ela assentia. – Vou pensar no caso dela.


É, não deu tempo de pensar, porque quando vi já estava beijando-a daquele jeito que fazia meu sangue formigar dentro das veias. Pode me chamar de frouxa, eu não dou a mínima. Eu adorava ser frouxa quando os braços de Maitê Perroni estavam ao redor da minha cintura.



(....)



- O que é, Dulce? Pra que essa afobação toda?


- Para de gordice e vem logo!


Demi tinha ido almoçar em casa naquele dia porque a mãe dela tinha um compromisso e não poderia ir buscá-la na escola. E pelo visto, ela parecia ter adorado a torta de limão que mamãe fez, porque não queria sair da mesa até mandar o último farelo pro estômago. Eu já estava no meu quarto, chamando-a da porta, e precisei gritar seu nome umas vinte vezes pra finalmente ser atendida.


- Não vem me chamar de gorda porque todas as suas roupas servem em mim, tá? – ela reclamou, quando finalmente entrou no meu quarto e eu fechei a porta.


- Então somos duas gordas. – brinquei, sem muito tempo pra rir. Afinal, eu tinha um compromisso importante hoje.


- Que agonia é essa, hein, Dul? – Demi perguntou, franzindo a testa enquanto sentávamos na cama. – Tá toda agitada, parece que sentou no formigueiro.


- Eu já falei que o seu senso de humor me deprime? – eu disse, fazendo-a revirar os olhos. – É, eu tô agoniada, sim. Preciso te contar uma coisa.


- Tá esperando o que? – ela falou, curiosa. – Desembucha logo!


É essa a hora em que vocês me batem por não ter contado nada a ela sobre Maitê até agora? É, acho que sim. Eu sei que prometi pra mim mesma que iria contar assim que as coisas se firmassem um pouco mais, mas eu tive muito medo de que ela me recriminasse. Por mais que eu soubesse que a reação típica de Demi seria entrar em estado de choque e depois dizer algo como ‘E aí, como é pegar a professora mais gata da escola?’ com um sorriso de orelha a orelha, eu acabei adiando aquela conversa até onde pude. E hoje seria o dia em que eu não podia mais esconder esse segredo dela.


- Presta atenção. – suspirei, tensa. – Você promete que não vai contar pra absolutamente ninguém o que eu tenho pra te falar?


- Eu sei guardar segredos, e você sabe disso. – ela concordou, intrigada com a minha seriedade. – Você tá me assustando… O que aconteceu?


Suspirei novamente, apavorada, e decidi dizer tudo de uma vez, sem delongas. Coisas assim tinham que ser feitas de uma vez, como se fosse pra arrancar a cera da pele na depilação.


- Eu e a professora Perroni estamos ficando.


Fiquei encarando-a, morrendo de medo da sua reação, mas tudo que Demi fez foi me encarar de volta, sem expressão por um bom tempo. Não falei que ela ia ficar em estado de choque?


- Demétria? – chamei, com cuidado, quando já estava começando a ficar preocupada. Ela piscou umas duas vezes, sem mover nenhum outro músculo, até que do nada, ela acordou do transe com um berro que fez os tímpanos dos surdos do Pólo Sul doerem.


- COMO É QUE É?!


Pulei de susto, com os olhos fechados, e assim que os abri, me deparei com dois olhos esbugalhados me encarando ansiosamente.


- É isso mesmo que você ouviu. – confirmei, com mais medo dela que de qualquer filme de terror que já tinha visto. Demi levou mais alguns segundos absorvendo aquela informação, e voltou a gritar:


- DESDE QUANDO ISSO?!


- Para de gritar, criatura! – pedi, desesperada, cobrindo sua boca com uma das mãos, e hesitei antes de responder. – Há algum tempo.


- Quanto tempo? – ela insistiu, voltando a usar sua voz no volume normal, e eu tive que falar, com uma careta:



- Umas três semanas.


- O QUE?!


- Cala a boca, pelo amor de Deus! – implorei, me jogando em cima dela com as duas mãos tapando sua boca e impedindo-a de emitir qualquer som. – Desculpa não ter te contado antes, eu sei que não devia ter escondido uma coisa dessas de você…


- Não devia mesmo! – Demi me interrompeu, dando um jeito de se livrar de mim e parecendo muito mais do que bastante chocada. – Mas já que só resolveu falar agora, pode ir contando tudo! Como é que uma loucura dessas foi acontecer?


Resumi tudo que tinha acontecido entre eu e Maitê pra ela em uns quinze minutos, desde o dia no anfiteatro até seu convite pra conhecer sua casa hoje.


- E eu preciso da sua ajuda. – encerrei, aflita. – Eu vou falar pra minha mãe que vou sair com você pra dar uma volta hoje à tarde e preciso que você me dê cobertura.


- Mas você vai mesmo à casa dela? – ela perguntou, preocupada. – Quer dizer, vai que ela é uma pedófila assassina que tira fotos pornográficas pra colocar na Internet?


- Estamos falando da Perroni, não da Portilla esqueceu? – falei, revirando os olhos. – Por favor, Demi, eu preciso muito da sua ajuda.


- Eu não ligo de te fazer esse favor, mas eu só quero que você tome cuidado, ouviu bem? – ela concordou, e dois segundos depois eu estava agarrada em seu pescoço agradecendo de todas as formas que eu conhecia. – E tenha juízo, pelo amor de Deus! Se você me aparecer machucada, eu mato você e a linda da srta. Perroni, tá escutando?


- Pode deixar, Demi. – eu ri, me levantando depressa e abrindo meu guarda-roupa. – Agora me ajuda aqui, vai. Não faço ideia do que vestir.


- Qualquer coisa que te cubra direitinho tá ótimo. – ela ordenou, se levantando com a maior cara de mãe coruja e me fazendo rir mais. – Se bem que te cobrir agora não vai adiantar nada, provavelmente ela vai acabar descobrindo tudo depois. 


Estava tudo certo. Demi tinha feito minha mãe acreditar que eu iria dormir na casa dela e que estaríamos nos divertindo tanto que ela não teria motivos pra me ligar.


- Se de repente você for passar a noite lá ou algo do tipo, me avisa. – Demi sussurrou, assim que deixamos minha casa. Ela ia a pé até a dela, que não ficava muito longe da minha, e eu ia pra casa da srta. Perroni, que ficava um pouco mais distante.



- Eu vou tentar. – respondi, sem graça. – Obrigada por me ajudar, Demi, de verdade.


- Claro que eu vou te ajudar, eu ia gostar que você me ajudasse se estivesse no seu lugar! – ela riu, me dando um abraço. – Vai lá, garota, e vê se toma cuidado!


- Não precisa nem pedir. – falei, enquanto cada uma seguia pra um lado.



Eu caminhava nervosa pelas ruas, sem precisar me orientar muito. O prédio de Maitê ficava num lugar por onde eu vivia passando, e com a explicação dela, ficava ainda mais fácil encontrá-lo. Após uns quinze minutos andando, finalmente cheguei ao edifício, que tinha um belo jardim em seu pátio. Não pude deixar de sorrir. Tinha lugar mais atraente pra uma professora de biologia morar que um prédio com um jardim daqueles?


A porta interna do prédio estava aberta, revelando um balcão de onde um porteiro deveria estar me observando, mas ele provavelmente estava ocupado com algum outro problema e não estava ali justo naquela hora. Toquei o interfone, ansiosa, e esperei por um bom tempo, sem receber resposta. Começando a ficar nervosa de verdade, ainda mais com o sumiço insistente do porteiro, toquei novamente, e nada. Suspirei profundamente, pensando no que fazer. Vai que eu tivesse chegado cedo demais e ela não estivesse em casa ainda? Ou quem sabe ela estivesse tomando banho? Me distraí imaginando Maitê no chuveiro por alguns segundos, até ouvir uma voz dizer atrás de mim:


- Espero que você goste de sorvete de flocos, ou então eu te deixei esperando pra nada.


Me virei, assustada, e dei de cara com Maitê. Ela carregava uma sacola com um pote retangular dentro, que eu logo reconheci como sendo sorvete, e sorria daquele seu jeito despojado e lindo pra mim. Estava vestindo uma blusinha simples de algodão, um short jeans e chinelos, típica roupa de quem estava em casa há dois minutos atrás.


- Claro que gosto. – respondi, sorrindo de volta pra ela. – Não me diga que você foi comprar sorvete só por minha causa.


- Eu não costumo receber adolescentes em casa, então pensei que ter um pote de sorvete me faria parecer mais… Jovem, talvez? – ela riu, e eu revirei os olhos, ainda sorrindo. Maitê não precisava de mais nada pra parecer mais jovem, seu corpo e seu jeito lhe davam a aparência de um garota de 20 anos. Um bela garota de 20 anos, por sinal.


Ela abriu a porta e eu a segui até o interior do prédio, dando de cara com um rapaz que pelo uniforme devia ser o porteiro, caminhando na direção do balcão.


- Oi, Andy. – Maitê sorriu, enquanto o rapaz se sentava na cadeira que havia atrás do balcão.


- Olá, srta. Perroni. – o porteiro respondeu, com um sorrisinho cordial, e logo depois pousando seus olhos em mim. – Boa tarde, senhorita.


Sorri fraco pra ele e respondi seu cumprimento com um aceno de cabeça, com medo do que ele poderia pensar de mim. Não é normal uma mulher de 30 anos aparecer acompanhada de uma garota de 17, ainda mais no prédio dela.


- Esta é Dulce María, aquela minha sobrinha de quem eu te falei. – ouvi Maitê dizer, na maior cara de pau, me indicando com um gesto. – Este é Andy, o porteiro, como você já deve ter notado.


- Muito prazer. – Andy assentiu, aparentemente engolindo a mentira. Claro, a semelhança entre nós era inegável. Quem dera ser tão bonita quanto a srta. Perroni.


- Bom, até mais. – Maitê se despediu, me puxando pela mão até as escadarias do prédio.


- Bela desculpa, tia. – sussurrei, rindo enquanto subíamos os degraus depressa. Ela apenas me olhou, com um sorriso de canto e uma carinha de quem tinha aprontado.


Mais alguns degraus depois e chegamos ao seu apartamento, que ficava no primeiro andar. Não era um imóvel muito grande, mas era mais que suficiente pra uma pessoa só. Me surpreendi com a organização da casa, tudo estava arrumadinho demais pra um mulher que morava sozinha (o que só reforçou minha opinião de que Maitê era toda certinha).


- Só deixa eu colocar esse sorvete no congelador pra gente tomar depois. – ela pediu, correndo até a cozinha e me deixando na sala. Dei uma olhada rápida pelo cômodo, reparando nos detalhes básicos, tipo a decoração em tons de verde, e não demorei muito a sentir os braços dela envolvendo minha cintura por trás de mim.


- Gostei daqui. – eu murmurei, arrepiada da cabeça aos pés ao senti-la cheirar e beijar de leve meu pescoço.


- Esse apartamento é novo. – ela comentou, colocando o queixo em meu ombro. – Não faz nem dois anos que eu me mudei pra cá. É bem confortável, apesar de não ser tão grande.


Me virei de frente pra ela, abraçando-a pelo pescoço, e sorri, entorpecida por aquele perfume maravilhoso.


- Fiquei muito feliz pelo convite. – falei, recebendo um beijinho de esquimó dela. – Obrigada por me deixar conhecer sua casa.


- Acredite, a felicidade é toda minha por você estar aqui. – Maitê sorriu, me encarando profundamente. – Só de saber que estamos seguras, sem termos que nos esconder de ninguém, já é um alívio enorme.


Ela deslizou as mãos dos meus quadris até a lateral das minhas coxas, unindo nossas testas. Me apoiei em seus ombros, e num movimento rápido, envolvi sua cintura com minhas pernas, fazendo com que ela me carregasse. Sorrindo de um jeito danado, eu a beijei, enquanto ela dava alguns passos até me prensar contra a parede. Pressionando seu corpo contra o meu, Maitê parecia estar muito mais solta do que na escola, embrenhando suas mãos nos meus cabelos e agarrando-os com força.


Eu, em compensação, comecei a acariciar sua nuca com minhas unhas, e passei a distribuir beijos e chupões em seu pescoço. Maitê passou suas mãos por debaixo das minhas pernas, apertando o interior das minhas coxas e me puxando pra mais perto dela. Senti meu corpo todo arrepiado com a respiração quente dela tão perto do meu ouvido, parecendo gostar bastante do agrado.


- Se continuar caprichando assim eu vou cair, pequena. – ela sussurrou, e eu me afastei, recuperando o fôlego.


- Quer que eu pare? – perguntei, com um sorriso safado e uma sobrancelha erguida. Maitê fez cara de derrotada e rapidamente passou os braços por debaixo de mim, me carregando até chegar ao sofá.


- Eu ia te levar pra conhecer o meu quarto, mas parece que você tá com um pouco de pressa. – ela falou toda marota, me jogando no sofá. Pude ver seus olhos brilhantes correndo pelo meu corpo estirado entre as almofadas, e um sorriso mal intencionado surgiu naquele rosto lindo.


- A gente vai ter bastante tempo pra conhecer o quarto mais tarde. – sorri, sentindo meu coração acelerar só de observar seus seios realçados pela blusa branca justa que ela usava. – E depois o banheiro, a cozinha, o corredor…


Entendendo minhas verdadeiras intenções ao usar a palavra “conhecer”, Maitê abriu a boca, surpresa, e começou a rir, deixando seu corpo cair sobre mim devagar.


- Você sabe me provocar direitinho, mocinha. – ela murmurou, encaixando suas pernas entre as minhas e passando suas mãos por debaixo de mim, segurando firme em minha bun/da. Ela me beijou profundamente, e eu deslizei minhas mãos pelos ombros dela até alcançar suas costas. Comecei a puxar sua camisa pra cima, sentindo aquele conhecido calor entre minhas pernas, e Maitê interrompeu o beijo por dois segundos pra tirar a blusa.


Meu Deus do céu. Que corpo maravilhoso. O que ela fazia pra ficar daquele jeito? Devia malhar feito uma condenada, porque ninguém é gostosa assim naturalmente. Não que eu saiba. Como estamos falando de Maitê, nada segue os padrões, tudo nela parece ser anormalmente perfeito.


Eu deslizava minhas mãos por sua barriga, peitos, ombros e braços durante o beijo, sem saber de qual parte eu gostava mais. Maitê escorregou suas mãos geladas até as minhas costas, me arrepiando com cada toque, e respirava pesadamente. Não passava de um amasso como qualquer outro, fora o fato de Maitê estar sem blusa, mas estávamos tão mais tranquilas por estarmos totalmente sozinhas que cada movimento parecia mais excitante, mais caloroso, mais intenso.


Ela partiu o beijo, ofegante, e tirou minha blusa, sem precisar pedir minha permissão. Nem mil palavras descreveriam o jeito como ela observou minha barriga e meus peitos, erguendo seu olhar pra mim logo depois e sorrindo pervertidamente. Eu sorri de volta pra ela, do mesmo jeito danado, sentindo-a acariciar minha barriga de baixo pra cima e pousando suas mãos sobre meus seios, ainda parcialmente cobertos pelo sutiã. Maitê os envolveu com suas mãos e os apertou devagar, como se fosse pra verificar se aquilo estava acontecendo mesmo.


- Como você é linda. – ela disse baixinho, com os olhos brilhando.


- Só eu, né? – sorri, fazendo carinho em seus ombros. Ela sorriu de volta e me beijou, quase alcançando o fundo de minha garganta com sua língua. Baguncei seus cabelos com vontade, correspondendo ao beijo com o mesmo desejo. Maitê não tirou suas mãos de meus seios, apertando-os com mais força e gemendo baixinho com a boca colada à minha. Eu já começava a suar, arranhando as costas dela, quando a senti investir no fecho do meu sutiã.


*Ding dong.* 
Abri os olhos assim que ouvi o barulho da campainha, e me deparei com o olhar assustado dela bem perto do meu. Paralisamos, alarmadas, e Maitê se afastou, parecendo bastante incomodada.


- Que po/rra é essa? – ela sussurrou, bufando e saindo de cima de mim logo depois. Ela parecia ser o tipo de mulher que só fala palavrão quando está realmente pu/ta, o que me faria rir se eu também não estivesse puta com a interrupção.


- Você tá esperando alguém? – perguntei baixinho, pegando rapidamente minha blusa e vestindo-a enquanto ela fazia o mesmo.


- Claro que não! – ela respondeu no mesmo volume, se ajeitando rapidamente enquanto se dirigia à porta. – Se esconde num dos quartos, eu vou dispensar quem quer que seja.


Obedeci depressa, entrando no primeiro quarto que vi: o dela. Nem prestei atenção direito em nada, apenas fiquei parada na porta, ouvindo.


- Desculpa vir incomodá-la, srta. Perroni, mas é que encontraram um molho de chaves perdido no hall e eu queria saber se é da senhora. – uma voz familiar disse, e se seu dono não parecesse ser um cara legal, eu teria aparecido lá e dito umas poucas e boas pra ele por interromper nossas preliminares.


- Não é minha, Andy. – ouvi a voz de Maitê dizer calmamente, como se estivesse vendo TV ou fazendo algo bem zen antes de abrir a porta. – Mas obrigada por perguntar mesmo assim.


O barulho de porta sendo trancada com pressa ecoou pelo apartamento, e em menos de dois segundos já pude vê-la correr na minha direção.


- “Obrigado por perguntar mesmo assim”? – perguntei, inconformada. – Você tem noção do que a pergunta dele interrompeu?


- Eu tenho, mas é melhor ele não ter. – Maitê riu, me abraçando e afundando seu rosto em meu pescoço. – E se você quer saber, essa interrupção só serviu pra me deixar com mais vontade.


Sorri inevitavelmente com aquela provocação, enquanto recebia beijos e leves chupões atrás da orelha. Maitê me pegou no colo, me fazendo rir e agarrar seu pescoço, e me jogou na cama, logo caindo por cima de mim.


- Quem mandou você colocar a blusa de novo? – ela perguntou, recuando e fazendo uma cara chocada. Tirei a camiseta ainda rindo, enquanto ela tirava a dela, e puxei-a pela barra do short fazendo-a cair sobre mim pesadamente. Ela sorriu, satisfeita, e me beijou com urgência, tirando meu sutiã rapidamente. Maitê começou a descer seus beijos languidamente pelo meu pescoço e colo enquanto apertava meus seios, até alcançá-los com a boca. Ela os chupava lenta e delicadamente com os olhos fechados, concentrada em me dar prazer.


E estava conseguindo até demais.


Eu acariciava seus braços e costas, incentivando-a, e ela continuou descendo seus beijos pela minha barriga, segurando firmemente em minha cintura. Quando chegou ao cós da minha calça, ela me lançou um olhar determinado, como se nada fosse pará-la mais. Sem querer que ela parasse mesmo, joguei minha cabeça pra trás ao sentir suas mãos apertarem minhas coxas com força e logo subirem até o botão da calça. Cinco segundos depois, tanto a calça como a calcinha já estavam longe dali. Maitê abriu minhas pernas com cuidado, me observando de cima a baixo com os olhos ardendo de tesão.


Sem dizer uma palavra, ela deslizou suas mãos desde os meus seios até alcançar o interior de minhas coxas, e inclinou-se para alcançar minha intimidade com a boca. Agarrei os lençóis da cama quando senti sua língua me tocar, devagar a princípio, mas aumentando a velocidade e a intensidade aos poucos. Não aguentei e comecei a gemer, arqueando minhas costas pra cima enquanto ela me lambia e sugava.


Quando eu estava a ponto de go/zar, ela subiu até nossas bocas se encontrarem, e calou meus gemidos com um beijo calmo e profundo. Ao mesmo tempo, ela começou a me masturbar com os dedos numa velocidade incrível. Eu agarrei seus cabelos com força, sem parar de gemer nem durante o beijo, e pude senti-la sorrir. Não demorou muito e eu goz/ei, fazendo-a diminuir seus movimentos.


Extasiada, minhas mãos percorreram todo o seu tronco, desenhando suas curvas pelo trajeto, até alcançarem seu short. A empurrei, fazendo-a cair ao meu lado. Abri o botão de seu short e ela mesma o tirou, ficando apenas de calcinha. Passei uma de minhas pernas por cima dela, sentada sobre seus quadris, e comecei a acariciar seus peitos e barriga, olhando fundo em seus olhos. Ela havia me dado o melhor orgasmo da minha vida sem me penetrar, e eu pretendia satisfazê-la com a mesma intensidade.


Comecei a beijar e lamber sua barriga, sentindo seus dedos se enterrarem em meus cabelos. Fui descendo até alcançar sua calcinha, e a tirei depressa. Deslizei minhas mãos por suas coxas, sorrindo pra ela, e depositei meus dedos em sua intimidade. Demonstrando minha satisfação com o olhar, dei um beijinho em seu clitóris e o lambi lentamente, fazendo-a soltar um gemido rouco e fechar os olhos com força. Coloquei a boca em sua intimidade, e novamente ela segurou meus cabelos, orientando meus movimentos. Eu alternava a velocidade, fazendo-a gemer alto quando estava rápido e gemer mais alto ainda quando estava devagar, como se estivesse reclamando.


Tirei a boca após um bom tempo provocando-a, e a observei nua deitada na cama. Havia gotículas de suor por todo aquele corpo divino, e os cabelos dela começavam a grudar na testa. Maitê, com os olhos semi abertos, retribuiu meu olhar com um sorriso desnorteado, o que só me motivou a continuar. Comecei a masturbá-la rapidamente, deslizando minha outra mão por sua coxa e bun/da, e mordendo meu lábio inferior ao vê-la se contorcer de prazer. As mãos de Maitê apertavam fortemente minhas coxas, e suas veias do pescoço saltavam a cada gemido dela. Voltei a chupá-la com força, sem resistir, e me chamou, com a voz falha.


- Chega, pelo amor de Deus.


Olhei pra ela, tirando a boca de sua intimidade, ela me puxou e me virou, ficando sobre mim novamente. Se posicionou entre minhas pernas, e me lançou um último olhar radiante antes de me penetrar com força e de uma só vez com seus dedos. Nós duas gememos alto, e eu finquei minhas unhas em seus ombros. Maitê demorou alguns segundos antes de investir novamente, ainda se recuperando da primeira investida, e aos poucos aumentava a velocidade de seus movimentos.


Ela tentava me beijar, mas estávamos ocupadas demais com outras coisas pra sermos boas nisso. O máximo que conseguimos foi manter nossas testas unidas enquanto ela investia com cada vez mais força e me fazia arranhar suas costas sem nem pensar se estava machucando. Suadas e ofegantes, logo o cansaço começou a tomar conta de nós, mas não estávamos dispostas a parar. Maitê diminuiu os movimentos, como se quisesse que eu me segurasse por mais algum tempo, mas não demorou muito e eu go/zei pela segunda vez, fazendo-a desistir e logo depois, go/zar junto.


Soltei um suspiro exausto e relaxei, sentindo cada centímetro do meu corpo suado. Maitê desmoronou sobre mim e envolveu minha cintura com seus braços, totalmente esgotada. Eu a abracei pelo pescoço, dedilhando lentamente seus ombros, com um sorriso cansado no rosto. Tudo que eu senti por alguns segundos foi a respiração lenta de Maitê em meu pescoço, me arrepiando inteira, até ouvir sua voz doce murmurar:


- Pode ser um pouco cedo pra isso, mas… Eu acho que te amo, pequena.


Maitê se ergueu um pouco e me olhou, com uma expressão calma e um sorriso maravilhado. Tudo que consegui fazer foi encarar seus olhos brilhantes e sorrir de volta, sentindo uma felicidade imensurável tomar conta de mim.


- Eu amo você. – falei, baixinho, enquanto fazia carinho em seu rosto rosado. - Tenho certeza absoluta disso.


Vi o sorriso dela aumentar, e a abracei pelo pescoço ao receber um beijo tranquilo. Ficamos mais um tempo deitadas, abraçadas, conhecendo cada pedaço uma da outra, até acabarmos dormindo. O sono mais feliz da minha vida, sem dúvida.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 134



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  • AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20

    Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs

  • Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49

    aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!

    • Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17

      Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.

  • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30

    Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.

    • Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30

      entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.

    • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30

      Nunca escrevi negócio tão grande kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05

    que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21

      Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09

    eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58

    Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09

      Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16

    Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53

      É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48

    vou colocar a fic em dia....

  • MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13

    Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11

      Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs

  • Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09

    Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14

      Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs


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