Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni
ANAHÍ POV
Segunda-feira. Eu não via Dulce desde a noite em que pediu para que eu dormisse com ela depois que Demi foi embora. Eu realmente me senti bem com aquele contato, sentir sua respiração contra meu pescoço e seu coração batendo lentamente perto do meu, aliviou um pouco da dor que eu estava sentindo. Infelizmente, as coisas acabam mais cedo do que começam e quando percebi, já estava de manhã e ela tinha ido para a faculdade, deixando um bilhete ao lado da cama.
“Obrigada por ter passado a noite comigo. Espero que não pense que isso muda alguma coisa. Bom dia, Anahí.”
Claro que cada uma daquelas palavras acabaram com a ótima sensação que eu tinha sentido durante a noite, mas ela estava certa e eu não podia negar. Agora eu estava acordando de madrugada, como tenho feito desde aquele dia. Pesadelos atrás de pesadelos e a cabeça estourando em uma dor de cabeça interminável, parecia mais uma ressaca do que falta de sono. O relógio do quarto marcava 05:30hrs e isso significava que eu poderia fazer meu ritual matinal, ir até o terraço e acompanhar o nascer do Sol. Adorava ver a maneira que os raios dourados iam banhando a movimentada cidade de Manhattan e davam bom dia para pessoas irritadas, apaixonadas, atrasadas, acompanhadas, magoadas, sozinhas. Era incrível pensar em quantas pessoas estavam sentindo a mesma coisa que eu ou até mesmo pior.
Apoiei os cotovelos na mureta de cimento e fitei o horizonte, acompanhando o movimento do Sol enquanto ele ia aparecendo entre os enormes prédios daquela cidade recém despertada. Hoje seria o dia de encarar Dulce. Não tinha como fugir mais, eu precisava me fortalecer, mostrar para ela que também podia seguir em frente. Mas como eu faria isso? Eu não tinha forças nem para levantar da cama todos os dias, quem dirá bater de frente com Dulce. Tinha que tentar, tinha que ser forte, tinha que fazer por nós.
Desci os pequenos degraus da escada de mármore e caminhei lentamente até o banheiro, tempo ainda tinha de sobra. Tomaria um banho quente e iria até a Starbucks beber meu cappuccino. Aquela mulher provavelmente estaria lá e teria todo aquele clima. Bom, talvez eu devesse dar uma chance a ela. O que tem de mal em sair para beber algo com alguém diferente? Isso não significa que eu transaria com ela, mas.. quem sabe?! Dulce provavelmente já estava se esforçando para me esquecer, eu teria que fazer o mesmo.
Meu banho foi quente, demorado e reconfortante. Me senti literalmente uma outra pessoa, como se a água tivesse levado embora toda a tensão da semana que passara. Me enrolei na toalha e fui até o armário para escolher qual seria a roupa do dia, queria parecer confiante, como sempre fui. Calça jeans branca justa, uma blusa social preta com as mangas levantadas até os cotovelos, saltos pretos, um batom vermelho escuro e maquiagem leve, apenas destacando os olhos. Meus cabelos caiam suavemente pelas costas e me senti bem. Me senti forte, como a Anahí Portilla de um ano atrás. Enquanto guardava alguns papéis na bolsa, escutei meu celular berrando do outro lado do cômodo e não fiz esforço nenhum para correr e atender, aliás, não fiz nem questão em ver quem estava do outro lado da linha, apenas deslizei a tela e atendi.
- Bom dia, Portilla!
- Quem é?
- Como assim quem é?! Já esqueceu da voz da sua amada irmã?
- Mari! Meu Deus, sua voz está diferente e me chamando de Portilla. Como eu ia descobrir?! – ela soltou uma risada abafada e meu coração errou uma batida. Faziam quatro anos que eu não via minha irmã mais velha, ela tinha se mudado para fazer faculdade de moda em Madri e, desde então, não tínhamos muito contato. – Como você está?
- Eu estou ótima! Bom, tirando a saudade que eu sinto de você, tudo ótimo!
- Para com isso, não quero chorar.
- Você chorando?! Essa é uma novidade pra mim, o que aconteceu? Fizeram lavagem cerebral em você?
- Talvez tenham feito, Mary. – suspirei e fechei os olhos com força, sentia falta da minha irmã, precisava dela. – Quais são as novidades?
- Me diz você! Fiquei sabendo que namora uma aluna da Columbia! Pirou, Anahí?
- Mas como diabos você sabe disso?!
- Eu ainda falo com a Jéssica, se quer saber, ela que me falou.
- A sim.
- Nossa, quanta secura. Ainda está magoada por tudo?
- Não, é que eu não imaginava que você falaria com a Jéssica antes de falar comigo.
- Awwwnnn, Anie, para com esse ciúme besta. Você é uma mulher de trinta anos e muito bem sucedida.
- É, eu acho que sim. Mas não retiro o ciúme. Me conta alguma novidade sua.
- Deixa eu pensar.. – um breve silêncio se fez presente e eu comecei a ficar ansiosa, queria saber como ela estava, o que estava fazendo, mas essa mania de não falar nada me irritava. – Eu estou trabalhando na Victoria’s Secret, emagreci oito quilos, estou noiva, viajo para Manhattan hoje e quero te ver.
- Como é?! – ela falou tudo tão rápido que não tive muito tempo para captar tudo. - Noiva?!
- Eu falo várias coisas e você só presta atenção nisso?!
- Mas é claro! Como assim você fica noiva de uma hora pra outra e não me fala nada?! Mamãe e papai sabem disso?
- Sim, eles sabem. Você foi a última a receber a notícia.
- Como sempre. – sentei na ponta da cama e massageei a têmpora esquerda, eram muitas informações para se receber àquela hora da manhã. Meus pais com certeza não me falaram nada porque decidi me isolar do mundo por esses dias e não falava muito com ambos, mas isso era uma coisa que eu teria que correr atrás para mudar.
- Para com isso vai, não é assim também.
- Christofer sabe?
- Hamm… sim, ele sabe.
- Imaginei.
Ri fraco e ela bufou do outro lado da linha. Como era possível que meu irmão que estava morando no Japão, estava sabendo antes de mim?! Acho que nunca comentei sobre Christopher. Ele arrumou emprego em uma firma que produzia jogos para consoles e computadores, como cresceu muito dentro da empresa, foi transferido. Claro que estava feliz por ele trabalhar em algo que amava, mas era outro que me fazia muita falta. Meus pais literalmente não tinham nenhum de seus filhos por perto, só eu, que ainda morava em Miami, mas com a mudança para Manhattan, tenho certeza que os desesperou um pouco.
- Chegarei em Manhattan hoje de noite, provavelmente.
- Que horas é seu voo?
- Eu e Diana pegaremos o avião às 18:00hrs.
- Diana?! Quem é Diana? Mari...
- Não, Anahí, não é dela que eu estou noiva. Diana é a irmã do meu noivo e é minha dama de honra, quero que ela conheça meus pais, já que o Thor não vai poder ir.
- Mandou bem, irmãzinha, pegando o deus do trovão. O outro irmão dele se chama Loki?
- Cala essa boca, Anahí. – ela gargalhou do outro lado da linha e meu coração aqueceu. Mari estava madura, bem sucedida e noiva. Quanto tempo passou e eu não percebi as coisas ao meu redor?!
- Mari, preciso ir trabalhar. Mais tarde busco você e a sua amiga. Ficarão aqui em casa.
- Achou mesmo que eu ia para outro lugar, Anie? Nos vemos hoje à noite, eu te amo.
- Também te amo, Mari, até amanhã. – desliguei a ligação e respirei fundo. Tudo bem, eu teria duas mulheres dentro desse apartamento. Uma era a minha irmã e a outra uma completa desconhecida. Vou rezar para todos os santos possíveis para que essa tal de Diana seja gorda, esquisita, sem um braço ou perna. Assim me poupa das dores de cabeça.
Peguei minha bolsa, as chaves do carro e rumei para o elevador, que mais uma vez estava no andar. Só eu moro nesse bendito prédio?! Bom, melhor pra mim. Ao chegar no térreo, fui parada pelo porteiro, que me entregou a correspondência e me ofereceu um sorriso de bom dia. Acenei com a cabeça e rumei para a garagem, ainda eram 07:00hrs e minha primeira aula seria 08:00hrs. Para o meu azar, ou não, era a turma de Dulce. Saindo da garagem, meu celular apitou mais um vez, indicando uma mensagem. Puxei o freio de mão e deixei o carro no meio da rampa, alcançando o celular para ler.
“Como você está? Estou com saudade. Tenho grandes notícias para te dar, vou para Manhattan hoje. Eu te amo, Anie. – Christopher
Tudo bem, eu não vou chorar. Meus dois irmãos decidiram vir a Manhattan hoje, com certeza tinham combinado isso. Qual seria a notícia dele? Espero que não venha me dizer que serei tia, não estou preparada. Eu com certeza teria que levá-los para ver meus pais, seria uma ótima maneira de recuperar minha velha essência. Está decidido, nós iríamos para Miami no próximo fim de semana.
“Eu estou levando, a saudade atrapalha um pouco. Espero que sejam boas notícias, a da Mari me tirou um pouco do chão. Que horas chega? Tá sabendo que ela vem com uma tal de Diana? Te amo Christopher. – Anahí”
Travei a tela do aparelho e finalmente sai da garagem, rumando para a Starbucks. Estava morrendo de fome e precisava de um bom café para levantar meus ânimos, não que a surpresa da vinda de Chris e Mari não tivesse me animado, mas café é café. Parece que dessa vez Deus está me poupando, me dando um pouco de paz e tranquilidade. Estacionei o carro em frente ao estabelecimento e entrei, sentando-me em uma mesa próxima do balcão. Dessa vez, a loira não veio me atender, o que no fundo eu reclamei. Fiz o pedido para um menino moreno e retirei alguns relatórios da bolsa, afim de corrigir antes de levar para a aula. Um por um, os relatórios horrorosos iam me tirando a paciência, até que parei em um especial. O relatório de Dulce, como sempre, estava impecável. Sorri fraco e respirei fundo, estava na hora de começar a provocá-la. Ela não queria que eu a deixasse esquecer que me amava, não é mesmo?! Então eu faria ela lembrar da maneira que a fez sentir ódio de mim, para depois, me amar.
- Seu café, senhora. – não prestei atenção em quem estava ali, continuei fitando o relatório de Dulce e arrumando um motivo para praticamente zerá-lo.
- Obrigada, pode deixar aqui e.. – levantei a cabeça e a loira me olhava com um sorriso fraco no rosto. – Ah, é você.
- Desculpa se minha presença te desagrada, mas eu tenho que servir os clientes.
- Não, tudo bem. Olha, queria te pedir desculpa pelas grosserias. Eu estava um pouco irritada com algumas coisas, você não tem culpa. – ela deu de ombros, mas sorria mesmo assim, colocando as mãos dentro dos bolsos.
- É, não tenho mesmo. – dei uma leve risada e balancei a cabeça em negação.
- Quero me redimir, que tal tomarmos alguma coisa qualquer dia desses?
- Fala sério?!
- Por que eu mentiria?
- Não sei, por causa da sua namorada. – fez uma cara séria e eu abri um meio sorriso, dando uma olhada para o relatório de Dulce.
- Não tenho mais namorada. Nós terminamos. Quero saber se aceita tomar algo comigo qualquer dia desses.
- Bom, assim tudo bem. – retirou um bloquinho de papel de dentro do bolso e anotou algo com a caneta, me entregando em seguida. – Me liga quando quiser marcar, estarei esperando.
- Espera, você ainda não me falou o seu nome. – cruzei os braços em cima da mesa e a fitei, enquanto tomava um gole do cappuccino.
- Kelly. E o seu?
- Anahí. Prazer. – estendi a mão para ela, que apertou em seguida com um sorrisinho malicioso no rosto.
- O prazer é todo meu, Anahí. Nos vemos por ai, vou voltar a trabalhar. – virou as costas para mim e voltou ao balcão. É, talvez não fosse tão ruim tentar recomeçar, aos poucos, é claro.
Corrigi mais alguns relatórios, paguei a conta e rumei para a Columbia. O clima estava agradável e eu agradeci aos céus pelo trânsito estar controlado e sem muita movimentação. O campus, como sempre, estava lotado de alunos apressados entrando no prédio, carregando pesados livros de anatomia, alguns falando ao celular e outros apenas de papo nas mesas que a faculdade deixou depois da feira. Coloquei meu ray ban e desci do carro, sendo acompanhada por olhares maliciosos de muitos estudantes que passavam por ali. Caminhei lentamente pelo campus em direção ao prédio, mas quando estava perto da escada, olhei para uma das mesas e meu coração parou. Dulce estava abraçada com um garoto de cabelos bagunçados, sorriso encantador e olhos verdes. Então quer dizer que ela já tinha conseguido?! Menos de uma semana foi o suficiente para que Dulce arrumasse outra pessoa?! Então Maitê estava, de um todo, certa. Eu queria sair dali, mas meus pés estavam grudados no chão. Foi ai que ela me viu. Nossos olhares se cruzaram e ela arregalou um pouco os olhos, mas escondeu o rosto no pescoço do engomadinho. Meu sangue ferveu na mesma hora e senti vontade de andar até eles e quebrar o nariz daquele mauricinho, mas perderia minha razão.
Caminhei energeticamente para dentro da Columbia e alguns alunos me deram preferência para pegar o elevador, provavelmente com medo da minha cara fechada. Entrei na sala dos professores como um furacão, fazendo o olhar de todos os outros presentes se fixarem em mim. Coloquei minha bolsa dentro do armário, vesti o jaleco, peguei a pasta com os relatórios e sai batendo a porta. Não estava com nenhuma paciência para aturar quaisquer que fossem os comentários daquela gente. Hoje eu literalmente faria daquela aula de anatomia um verdadeiro inferno. Eles me achavam grossa, ignorante, rude?! Pois eu iria provar a eles que estavam certos. Dulce conseguiu despertar o pior de mim, aquela epopeia estava só começando.
07:50hrs. Abri a porta da sala com força e todos os alunos pularam de susto, mas Dulce estava de cabeça baixa, não me olhava e nem se mexeu. Escrevi algumas coisas no quadro, sem nem ao menos dizer bom dia para a turma e nem olhar para eles. Eu estava tremendo de raiva e queria enfiar aquele pilot azul na cara do engomadinho, mas teria que me contentar em torturar meus queridos alunos de anatomia. Acho que nunca escrevi e fiz desenhos de órgãos tão rápido quanto hoje, assim que terminei, coloquei o pilot em cima da mesa e me escorei na mesa, de frente para a turma. Cruzei os braços na altura do peito e respirei fundo, com um sorriso maldoso no rosto.
- Muito bom dia, meus queridos alunos. – eles levantaram seus olhares dos cadernos para me olhar e alguns engoliam em seco, mas Dulce continuava com a cabeça baixa. – Eu quero todo esse quadro copiado e um relatório sobre o sistema digestivo de duas páginas na minha mesa até o fim da aula. Agora. – eles rapidamente começaram a escrever novamente, mas fiz um pigarro e voltaram a me olhar. – Corrigi o relatório anterior de vocês e devo dizer que.. bom, estão horríveis. Como entraram nessa faculdade mesmo? – alguns se entreolhavam e outros respiravam fundo, provavelmente com vontade de voar no meu pescoço. Eu estava adorando tudo aquilo, mas Dulce não se mexia, nada estava me tirando mais do sério do que a posição dela. – Vou entregar o de cada um agora, continuem a escrever e espero que haja uma melhora, não quero sentir que estou dando aula para uma turma de ensino fundamental.
Dei a volta na mesa e puxei os relatórios da pasta, caminhei calmamente entre eles e fui entregando. Suas caras surpresas e felizes de alguns, me fez imaginar o que Dulce falaria ao ver o dela. Talvez não fizesse nada, o que eu muito duvidava. Mas eu estava louca para que ela surtasse, seria minha jogada de mestre. O último relatório a ser entregue foi especialmente o dela. Dulce pegou o papel e não me olhou, virei as costas para voltar para a mesa, mas sua voz me chamando, me fez parar no corredor.
- Com licença, professora. – sua voz sarcástica me fez virar imediatamente para ela e cruzar os braços. Seu rosto estava com uma coloração avermelhada e eu sabia que ela estava bufando de raiva.
- Algum problema, Savinon?
- Todo! Que nota é essa?! – ela apontou para o enorme F em sua folha. Soltei uma risada baixa, fitando o chão e andei calmamente até ela.
- Essa é a nota que você merece.
- Claro que não é! Você sabe disso! – Dulce aumentava gradualmente seu tom de voz e aquilo me divertia mais do que ela podia imaginar.
- Pelo seu tom de voz, dá pra ver que ficou aparentemente ofendida com sua nota. – ela cerrou os olhos e bufou. Levantou e ficou cara a cara comigo, sua respiração batia em meu rosto, mas não me abalou.
- Aparentemente?! – praticamente gritou e alguns alunos arregalaram os olhos, assustados com a atitude que ela estava tomando. – Você não pode fazer isso, Anahí!
- Senhora Portilla para você. Não temos intimidade alguma para que me chame pelo meu primeiro nome. – Dulce abriu um pouco os olhos em surpresa e eles marejaram um pouco. – Agora, sente-se e continue a escrever o que está no quadro. Ao invés de tentar bater boca com sua professora, se esforce para melhorar nos seus relatórios. Se continuar assim, não vai passar em Anatomia B. – virei as costas e abri um sorriso vitorioso, indo até minha mesa e sentando na mesma, olhando-a de relance. Dulce estava com a cabeça baixa e Sandy afagava seus cabelos, me lançando um olhar de ódio. Respirei fundo, fitei o teto da sala e reparei que toda a turma me olhava. – O que estão olhando?! Não era para copiar o quadro e entregar um relatório até o fim da aula?! Já se passaram vinte minutos. – rapidamente todos voltaram a escrever, mas Dulce estava imóvel. Continuou a segurar a cabeça com as mãos e fitava o papel com o enorme F.
No final da aula, cada aluno ia colocando seu relatório em cima da minha mesa e saindo da sala, desejando um bom dia pra mim. Claro que eu sabia que estavam todos com raiva, mas nenhum conseguia chegar aos pés de Dulce. Ela e Sandy estavam por último na enorme fila, mas não demorou muito para que ficássemos frente a frente. A pequena colocou dois relatórios em cima da minha mesa e foi puxando Dulce para fora da sala, que estava com uma cara péssima. Eu chamei ambas e Sandy revirou os olhos para me olhar, enquanto Dulce ficou parada na porta da sala.
- O que significa isso, Lima?
- São os relatórios que você pediu, professora. – ela cruzou os braços e eu rasguei o que estava com o nome de Dulce ao meio, o que fez a pequena explodir. – Ficou louca?! Para de levar isso para o lado pessoal.
- Eu sei que não foi ela quem fez esse relatório, a letra é a sua em ambos. Dulce vai levar outro F hoje. – ela abaixou a cabeça e a encostou na porta, deixando que uma lágrima rolasse pelo rosto. – Espero que melhore sua postura, Savinon. Esse trabalho é para ser feito individualmente, não por outras pessoas. Toma vergonha na cara, não está mais na escola.
- Você é uma idiota, Anahí. – Sandy me olhava com raiva e eu bati com uma mão em cima da mesa, fazendo a pequena pular de susto e Dulce nos encarar.
- Você não se meta na minha vida, Lima, dela cuido eu. Se a Savinon não passasse tanto tempo de agarração no pátio, teria tempo para fazer todas as suas obrigações. – guardei todo o material dentro da pasta e passei por elas, esbarrando em Dulce. – Tenham um bom dia.
Enquanto passei por Dulce, ouvi um sussurro quase inaudível vindo dela. Anahí, não. Eu estava destruída por dentro, mas ela não tinha esse direito. Dulce pediu por isso, pediu para que eu ficasse na Columbia. Foi para isso que ela quis que eu continuasse a dar aula? Para que a visse atracada com um garoto qualquer por ai?! Eu também sabia me defender, mas da minha maneira. Não ia fraquejar, seguiria em frente, assim como ela. O corredor estava bastante movimentando e alguns alunos me olhavam de relance, alguns assustados e outros, impressionados. Olhares de medo, desejo e raiva. Tudo que eu mais precisava, porque era assim que seria daqui pra frente. A sala dos professores estava vazia e eu agradeci por isso. Peguei um pouco de café na máquina e sentei em uma das mesas, fitando o pátio lotado de alunos aproveitando um pouco do Sol.
- Você anda tão distante. – uma voz familiar soou atrás de mim, me virei e Jéssica estava parada com um meio sorriso nos lábios, cheia de pastas na mão.
- Talvez eu esteja.
- Posso me sentar? – fiz um sinal com a mão para que ela sentasse na cadeira à minha frente e a mesma jogou todas as pastas em cima da mesa, suspirando. – Nossa, estou desgastada e com os braços doendo de tanto carregar pastas para cima e para baixo.
- Por que não deixa aqui na sala? Temos armários pra isso. – não olhava para ela, apenas fitava o pátio e tomava calmamente o café.
- Brigou com ela, não foi?
- Terminamos, Jéssica, não brigamos. Antes fosse uma briga.
- Terminaram?! Mas por que?!
- Porque a sua mulher veio até mim, encher a minha cabeça de merda. Bom, ela conseguiu o que queria.
- Maitê?! Por que ela iria querer separar você e a Dulce ?
- Porque ela não conseguiu que a Dulce aceitasse ser amante dela e ficou pu/ta quando ela terminou tudo pra ficar comigo. – parei por alguns segundos depois de perceber o que tinha falado e olhei para Jéssica, que estava estática. – Jéssica não é..
- Como é que é, Anahí?! Dulce era amante da Maitê ?! – ela estava com as duas mãos apoiadas na mesa e me fitava com ódio. – Anahí, fala pra mim que isso é mentira.
- Jéssica..
- Fala! – ela deu um berro e eu me ajeitei na cadeira. Terminei o café, entrelacei as mãos em cima da mesa e respirei fundo.
- Maitê dava aula pra Dulce, mas acabou se envolvendo com ela. Em momento algum teve a cara de pa/u de falar para a garota que estava noiva de você. Dulce só descobriu sobre isso, porque escutou uma conversa minha com Maitê, que ela pedia ajuda sobre o que fazer com você e com a Dulce. Claro que depois disso, ela terminou tudo com a Maitê. Por que acha que eu fui demitida daquele colégio e ela pediu as contas?! – Jéssica escutava tudo com muita atenção, mas não expressava nada. Raiva, mágoa, compreensão, nada. – Maitê falou com a diretora sobre o caso delas duas, só que tentou tirar o dela da reta falando que Dulce tinha inventado aquilo tudo, mas felizmente, tinham testemunhas e ela se ferrou. Bom, é isso.
- Eu não consigo acreditar nisso. – ela levantou da cadeira e caminhou até a janela, cruzando os braços na altura do peito e respirando fundo. – Como eu pude ser tão burra?
- Jéssica, ela te ama. Eu sei que a Maitê te ama e que está feliz com você agora.
- Não interessa, Anahí. Quem me garante que ela não está com uma aluna nesse momento?! Como eu vou confiar na Maitê a partir de agora?!
- Só não tira nenhuma conclusão precipitada, pode se arrepender depois.
- Eu vou me arrepender se não acabar com isso tudo. Esse casamento falso que nós temos, essa relação mentirosa. – seu tom de voz era calmo, ela estava controlada. Acho que essa era de uma das tantas qualidades que eu admirava em Jéssica, sua capacidade de ouvir e controlar os nervos. – Não sei o que fazer.
- Respira, sei que você é sensata e vai tirar isso de letra. Já passou tudo isso. – levantei e a abracei. Ela se aninhou em meus braços e ficamos assim por alguns minutos. – Estarei sempre aqui.
- Eu sei, Anie, obrigada por tudo. – me ofereceu um sorriso e eu dei um beijo em sua testa. – Agora deixa eu ir, tenho que dar aula pra turma da Dulce.
- Por favor, não desconta nela. Já estou cuidando disso.
- Sei ver quem errou, Anahí. Não farei nada de mau contra ela, não se preocupe. – assenti sorrindo e ela recolheu as pastas, saindo da sala dos professores. Passei a mão pelos cabelos e imaginei o tamanho da merda que aquilo ia virar, mas não quis saber, seria bom que Maitê recebesse seu castigo, mesmo que não fosse por mim.
O resto do dia foi como na manhã. Os alunos assustados comigo, relatórios mal feitos, olhares de ódio e sorrisos falsos. Tinha certeza que desse dia em diante, tudo seria assim. Recolhi minhas coisas e caminhei alegremente pelos corredores, claro que toda felicidade dura pouco. Dulce estava novamente agarrada ao garoto na cafeteria do andar da sala dos professores. Sandy estava com eles, assim como a tal Lauren e uma outra menina, que comprovei ser Camila. Estava na hora de brincar um pouco. Me dirigi em direção à mesa deles e Sandy arregalou os olhos ao me ver, assim como Lauren.
- Savinon. – chamei e ela virou para mim, fazendo uma cara de surpresa e engolindo em seco. – É por isso que seus relatórios ficam um lixo. Já vi que não vai passar.
- Boa tarde, professora. – o garoto abriu um enorme sorriso pra mim, que o olhei com a cara fechada.
- E você é?
- Harry Styles, eu sou seu aluno de Anatomia IV. Mal posso esperar para começar a ter aulas com você. Teria semana passada, mas a senhora não apareceu.
- Tive problemas. Bom saber que serei sua professora. – lancei um sorriso malicioso para ele, que abaixou a cabeça e sorriu. – Não esqueça, Savinon, foco. – virei as costas e sai dali, deixando todos na mesa com cara de paisagem, especialmente o mauricinho. Enquanto ia em direção à garagem, ouvi meu celular apitar. Duas mensagem.
“Garanto que são surpresas maravilhosas, Anie. Chego às 23:30hrs. Já estou sabendo que a Mari vai, combinamos de chegar mais ou menos nesse horário. Queríamos fazer uma surpresa. Nos vemos hoje e espero que me busque. Te amo. – Chris”
“ Anie , meu voo chega em Manhattan às 00:00hrs. Vai me buscar, né?! Até mais tarde, eu te amo. – Mari”
Agradeci aos céus que meus dois irmãos chegariam ao mesmo tempo praticamente, assim não precisaria chorar parcelado. Dirigi tranquilamente até em casa, curtindo as músicas que tocavam animadamente na rádio. Nada poderia estragar meu bom humor, nem mesmo as mancadas de Dulce. Eu vou reconquistá-la, ela não vai me deixar. Não mesmo. Cumprimentei o porteiro com um enorme sorriso e acho que nunca vi o homem ficar tão feliz, acho que ele esperava por isso desde que vim morar aqui. O elevador subia lentamente pelos andares e eu respirava tranquilamente pela primeira vez naquela semana.
O apartamento estava bastante iluminado, graças ao Sol que batia nas enormes janelas da sala. Larguei a bolsa e a pasta de relatórios em cima do sofá e rumei para o quarto de hóspedes, tinha que deixar tudo pronto para a chegada dos meus irmãos e da tal Diana. Como será que é essa menina? Sendo de Madrid, deve ser bonita. Espero que não, seria demais. Deixei os dois quartos prontos e decidi deitar para descansar, mais tarde teria que dirigir até o aeroporto e seria um saco com todo o trânsito na hora do rush. Mas quando fui fechar a porta do quarto para Chris, escutei um barulho. Olhei atrás da porta e vi um violão preto com algo escrito em prata.
“Uma hora ou outra, você encontrará esse violão. A música sempre foi meu consolo quando sentia falta da Demi, espero que seja pra você também. – Selena”
Abri um sorriso sem graça e carreguei o instrumento para meu quarto, não acredito que Selena deixou seu violão preferido de presente para mim. Deve representar tanto pra ela, mas preferiu deixar aqui, para que me ajudasse a passar por essa fase. Sentei na ponta da cama e comecei a dedilhar, tentando pensar em alguma música que não me deixasse pra baixo e consegui me lembrar de uma que meu pai sempre cantava para nós quando éramos mais novos, uma canção de Charlie Chaplin. Não existia letra melhor para mim do que aquela. Comecei a dedilhar os primeiros acordes e deixei que minha voz se soltasse.
Smile, though your heart is aching
(Sorria, embora o seu coração esteja doendo)
Smile, even though it’s breaking
(Sorria, mesmo que ele esteja partido)
When there are clouds in the sky - you’ll get by
(Quando houver nuvens no céu- você vai se virar)
If you smile through your pain and sorrow
(Se você sorrir durante a dor e a tristeza)
Smile, and maybe tomorrow
(Sorria, e talvez amanhã)
You’ll see the sun comes shinning through, for you
(Você verá que o sol vem brilhando, pra você)
A medida que a melodia ia evoluindo, eu fui sorrindo. Era como se aquela música me limpasse por dentro, como se fosse levando toda aquela dor que eu vinha sentindo e que estava entalada na minha garganta. Eu sabia que tinha feito uma das piores burradas da minha vida em terminar com Dulce, mas talvez tivesse sido necessário. Aquilo nos traria de volta uma para a outra, mais fortes.
Light up your face with gladness
(Ilumine o seu rosto com alegria)
Hide every trace of sadness
(Esconda todo rastro de tristeza)
Although a tear, maybe ever so near
(Embora uma lágrima, possa nunca estar tão próxima)
That’s the time, you must keep on trying
(Este é o momento, que você tem que continuar tentando)
Smile, what’s the use of crying?
(Sorria, qual a utilidade do choro?)
You’ll find that life is still worthwhile
(Você descobrirá que a vida ainda vale a pena)
If you just smile
(Se você apenas sorrir)
Lembrei de tudo que fizemos e de todas as juras, aquilo já não estava mais doendo. Eu estava sorrindo, tocava e cantava em meio a risadas. Finalmente a dor estava passando, por mínimo de tempo que pudesse durar. Queria fazer o tempo acelerar um pouco e já chegar a parte que tudo se resolvia, mas sabia que teria que usar minhas armas mais pesadas para tê-la de volta. Eu faria todo esse esforço valer a pena, eu provaria pra ela que não existia ninguém melhor que eu. Nem mesmo um filhinho de mamãe. Dedilhei as últimas notas e cantei baixinho a última parte, como se afagasse meu coração.
You’ll find that life is still worthwhile
(Você descobrirá que a vida ainda vale a pena)
If you just smile
(Se você apenas sorrir)
Acordei desesperada e olhei para o relógio. 22:30hrs. Depois de tocar o violão, caí em um sono profundo. Aquilo realmente tinha me feito bem, estava me sentindo mais leve. Tomei um banho correndo, coloquei um short jeans, coturnos, uma blusa branca soltinha e corri para buscar meus irmãos no aeroporto. Saí com tanta pressa da garagem, que quase arranhei a lateral do carro em uma pilastra. Meu coração literalmente foi na garganta por conta disso e eu decidi me acalmar. Ansiedade, saudade, pressa, tudo se misturava dentro de mim à medida que eu ia ganhando as ruas de Manhattan em direção ao aeroporto. Anos separados e agora eu teria meus dois bebês do meu lado, mesmo com a amiga de Mari vindo junto.
Estacionei o carro na garagem do enorme aeroporto e corri para o portão de desembarque. O relógio marcava 23:20hrs. Eu respirava com dificuldade e minhas pernas batiam com impaciência no chão. Chris passaria por aquele portão a qualquer momento e eu sentia que infartaria antes disso. Os minutos iam se arrastando e a essa altura eu já roía minhas unhas, ou o pouco que me restava. Finalmente anunciaram que o avião dele tinha pousado e meu coração começou uma dança frenética dentro do meu peito. Quase me esqueci que Mari também chegaria. Fui rapidamente verificar o painel de voos e ouvi uma voz grossa atrás de mim.
- Senhorita Portilla? – me virei rapidamente e Chris sorria. Estava enorme, encorpado e com uma barba mal feita na cara. Cabelos cortados, praticamente raspados. Corri para ele e o envolvi em um abraço apertado. Não aguentei e acabei chorando, não conseguia acreditar que ele estava mesmo ali. Pude ouvir que Chris também chorava, mas com toda pose de homem que tinha, duvido que me deixaria ver. – Ei, levanta essa cabeça e me deixa olhar pra você. – me afastei lentamente ainda secando os olhos e ele me analisou de cima a baixo, colocando a mão no queixo. – Gostosa como sempre.
- Cala essa boca, Chris. Você também está maravilhoso! Tinha que ser meu irmão.
- Modéstia parte, estou mesmo.
- Convencido. – ele me puxou para um abraço e fomos tomar um café, esperando o voo de Mari. – Chris, você já viu essa Diana em algum lugar?
- Olha, Anie, eu vi umas fotos dela e, pelo visto, é muito gata.
- Está falando sério? – fiz uma cara de desespero e ele franziu o cenho.
- Achei que fosse ficar feliz com a notícia da Mari não trazer mais uma de suas amigas esquisitas.
- Eu sei, mas não estou com clima para mulher bonita. Dessa vez, preferia que fosse esquisita. – virei o conteúdo da xícara e vi no telão que o voo delas tinha acabado de chegar. Pagamos a conta e corremos para o portão de desembarque.
- Estou louco para vê-la. Mari está maravilhosa!
Chris estava mais ansioso que eu, que assim como ele, não conseguia conter o nervosismo. As pessoas iam saindo e meu coração quase rasgava meu peito, quando a pequena loira surgiu entre os tantos passageiros e correu em nossa direção. Nós três nos abraçamos e foi aquele desespero. Marichelo estava com um corpo maravilhoso, um sorriso tão branco que poderia nos cegar e os cabelos loiros caiam até as costas. O anel de noivado gritava em sua mão direita e eu fiz um carinho em sua bochecha, que não estava tão apertável como antes.
- Eu estava morrendo de saudade de você, Mari.
- E eu né, Anahí?! Diana quase me dopou para que eu ficasse quieta durante o voo.
- É verdade, cadê essa menina?
- Estava pegando as malas e.. – Mari virou para trás e abriu um sorriso animado. – Ela está ali. Diana! – ela gritou para uma menina morena que vinha e meu queixo quase foi no chão ao vê-la. Ela.. parecia com a Dulce. Fisicamente era muito parecida. Não podia ser, estava indo tudo tão bem. – Anie, essa é a Diana. Diana, essa é minha irmã mais nova Anahí.
- Muito prazer, a Mari fala muito bem de você. – seu sorriso era lindo. Os cabelos castanhos ondulados caindo sob seus ombros, lábios carnudos, olhos castanhos e a pele levemente bronzeada.
- Prazer, bem-vinda à Manhattan. – apertei a mão dela e a mesma sorriu, cumprimentando Chris também. – Bom, vamos indo. Devem estar cansados.
- Com certeza e estou faminto.
- Quando você não está, Chris? – Mari revirou os olhos e nós rimos. Enquanto caminhávamos em direção ao estacionamento, vi que Diana me analisava e corei de leve.
Que isso seja apenas um olhar de curiosidade, ou eu teria grandes problemas.
Ah se teria.
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ANAHÍ POV Duas. Três. Quatro. Cinco da manhã. Mais uma vez eu acordava antes do nascer do Sol. Aquilo já estava me assustando, tenho que admitir. Sentei na ponta da cama e passei a mão pelo rosto. Mais um pesadelo desses e eu teria que tomar um tranquilizante de boi para dormir. Levantei calmamente e andei pelos corredores ...
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Comentários da Fanfic 134
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AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20
Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs
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Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49
aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!
Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17
Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.
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MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30
Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.
Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30
entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.
MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30
Nunca escrevi negócio tão grande kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05
que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21
Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09
eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58
Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09
Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16
Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53
É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48
vou colocar a fic em dia....
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MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13
Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11
Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs
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Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09
Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14
Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs