Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni
ANAHÍ POV
Duas. Três. Quatro. Cinco da manhã. Mais uma vez eu acordava antes do nascer do Sol. Aquilo já estava me assustando, tenho que admitir. Sentei na ponta da cama e passei a mão pelo rosto. Mais um pesadelo desses e eu teria que tomar um tranquilizante de boi para dormir. Levantei calmamente e andei pelos corredores silenciosos do apartamento. Mari, Chris e Diana deveriam estar no 89º sono e eu aqui, vagando pela casa feito uma zumbi. Bebi um copo de água na cozinha e decidi prosseguir com meu ritual matinal. Ver o Sol banhar Manhattan.
Subi as escadas que davam para o terraço, mas me assustei ao ver uma silhueta deitada na espreguiçadeira. Como ainda estava escuro, não pude identificar quem era. Ou tinha realmente alguém ali, ou estava ficando louca e vendo coisas. Me aproximei lentamente e reparei que Diana dormia. Ela estava de baby doll e senti meu corpo queimar na mesma hora, a desgraçada além de ser bonita, tinha um corpo absurdo. Reparei um pouco mais em seus detalhes e realmente, ela parecia muito com Dulce. Eu só não podia deixar aquilo subir a minha cabeça. Sentei na espreguiçadeira ao lado da dela, mas a madeira fez um rangido que despertou Diana e ela olhou para mim assustada, mas relaxou em seguida, abrindo um sorriso sem graça.
- Desculpa te acordar, não era minha intenção. – me ajeitei um pouco na espreguiçadeira e ela levantou, encostando as costas no encosto.
- Tudo bem, é que costumo ter insônia. Dai, como não conseguia dormir com Mari roncando do meu lado, decidi vir pra cá. Parece um lugar tranquilo, apesar de ser Manhattan.
- Ela ronca? – gargalhei e Diana assentiu, rindo junto comigo. – Essa eu não vou deixar passar.
- Não fui eu quem te disse, em?!
- Nada disso, você?! Eu que passei pelo quarto e ouvi um trator lá dentro. – ela gargalhou, jogando a cabeça para trás e, por um instante, me lembrei de Dulce. Sorri e fitei o chão.
- Alguma coisa errada?
- Não.. é que você parece com uma pessoa.
- É bonita?
- Sim, é muito linda.
- Então tudo bem pra mim. – ela deu de ombros e eu não pude deixar de achar graça em seu jeitinho.
- Deixa eu te perguntar, quantos anos tem?
- Vinte e cinco. Por que?
- Não tem cara, parece mais nova.
- E você?
- Tenho trinta.
- Trinta?! – ela arregalou os olhos e eu dei uma risada nasal. – Para de zoar, Anahí.
- O que?! Estou falando sério, tenho trinta.
- Com essa cara de vinte e dois?! – cerrou os olhos em um semblante brincalhão e eu abri um sorriso pra ela.
- Você tem cara de quinze.
- Olha o exagero, né?! – ela fitou um ponto fixo à sua frente e eu observei o contorno de seu rosto. Ela era linda. Estupidamente linda. – Sempre vem aqui em cima essa hora?
- Assim como você, eu tenho muita insônia. Então criei um ritual de vir sempre nesse horário ver o Sol nascer. Claro, quando não está nublado, nem nada.
- Acho que ganhou uma parceira, porque eu provavelmente farei só isso enquanto estiver aqui. Em Madrid nós não moramos na cobertura, moramos um andar abaixo, acredita?! Tentamos comprar do velho rabugento que mora em cima, mas ele não quis. – Diana fez um biquinho, que se eu tivesse mais intimidade, morderia de tão fofo.
- Você trabalha com a Mari na Victoria’s Secret?
- Você não vê muitas revistas de moda, não é? – ri fraco e neguei com a cabeça, ela gargalhou jogando a cabeça pra trás e voltou a me olhar, mordendo o lábio inferior. – Eu sou modelo da Victoria’s Secret.
- Você é uma angel?! – quase gritei e ela revirou os olhos, como se eu tivesse falado algo estúpido.
- Digamos que eu sou uma angel só de fotografia. Meu corpo não me permite ser de passarela. Eu sou modelo fotográfica.
- Então, onde eu posso comprar seus catálogos?! – soltei uma piadinha e ela deu um leve tapa em meu braço, rindo junto comigo.
- Fala sério, Portilla!
- Estou falando!
- Depois eu autografo uma foto só pra você, tá bom? – seu olhar cheio de malícia fez meu corpo vibrar e eu corei na mesma hora.
- Tudo bem. Mas me conta, como conheceu a Mari?
- Mari desenha 60% das lingeries da Victoria’Secret. – abri a boca em sinal de surpresa. Quem diria que minha irmãzinha estaria criando algo tão impressionante. Convenhamos, não existe nada melhor que o desfile das angels e em pensar que Mari desenhou grande parte daquelas peças, já faz meu orgulho por ela aumentar. – Bom, ela me escolheu como modelo oficial das peças dela e eu praticamente tive um ataque cardíaco. Muitas meninas matariam para estar no meu lugar, mas ela me escolheu e isso deu uma guinada na minha auto estima.
- Você tem problema com isso?
- Costumava ter.
- Não deveria.
- Obrigada, Anahí. – ela abriu um meio sorriso, passando a mão pelos cabelos. – Uma noite nós saímos para tomar um drink e meu irmão me ligou, querendo encontrar comigo. Claro que na mesma hora que os dois se viram, rolou algo. Thor não parava de falar dela quando estava em casa e ela não parava de falar dele. Chegava a ser chato. Com o tempo, minha amizade com ela só foi crescendo, assim como o relacionamento dos dois. Mari me chamou para morar com ela, porque seria mais fácil dela criar seus modelos me tendo por perto. Isso só fez com que ela e Thor escolhessem de uma vez, oficializar o que tinham. Um belo dia, quando eu voltava do ensaio fotográfico, os dois estavam com cara de patetas e anunciaram o noivado. Foi lindo. – ela abaixou a cabeça novamente e fitou o céu, que já estava recebendo os primeiros tons de laranja. – Nunca fiquei tão feliz pelo Thor, ele merecia uma mulher especial e sinto que Mari é essa mulher.
- Obrigada por pensar assim da minha irmã, Diana. Fico muito feliz que tenha uma impressão tão boa dela. Espero conhecer o Thor em breve.
- Ele quis fazer uma surpresa pra Mari, disse que não poderia vir, mas está aprontando. Conheço meu irmão, nunca que ele deixaria que eu viesse com ela para conhecer a família e ele não.
- Aposto que ele vai infartá-la. Mari é muito emotiva.
- Sim, é verdade. Você precisava ver o quanto ela chorava depois de falar contigo no telefone, passei duas horas acalmando a peste. No voo eu quase dopei essa menina, ela te contou?
- Sim, contou. – ri fraco e ela me olhou da mesma maneira que no aeroporto. Não que aquilo me incomodasse, mas não sabia o que significava. O Sol já subia e dava bom dia a Manhattan. Nós nos olhávamos, mas não trocávamos uma palavra. – Ér.. eu vou tomar um banho, tenho que trabalhar. Fique à vontade, Diana.
- Obrigada, Anahí. – abriu um largo sorriso e voltou a deitar na espreguiçadeira. – Nos vemos mais tarde?
- Claro, eu ainda moro aqui.
Ela gargalhou e fez um ok com a mão direita, mas sem me olhar. Desci rapidamente as escadas e senti meu coração na garganta, o quão tenso tinha sido esse momento? Tudo bem, Anahí, ela só é uma Angel da Victoria’s Secret, cunhada da sua irmã e possivelmente bissexual, nada a temer. Tá brincando, né?! Eu estava era muito fud/ida e, pra piorar tudo, a maldita ainda parecia com Dulce.
Tomei um banho demorado e gelado, precisava esquecer um pouco dos pensamentos que rondavam a minha cabeça pelo menos por alguns instantes. Coloquei uma roupa mais simples dessa vez para dar aula. Uma calça jeans escura, saltos pretos e uma camisa justa branca. Guardei tudo que iria precisar dentro da bolsa e dei uma geral no quarto para ver se não esquecia de nada. Ótimo, agora era só tomar um café e ir para a Columbia. Tranquei a porta do meu quarto e andei para a cozinha, não deixaria minha porta destrancada com alguém que eu não conhecia dentro da minha casa. Mari, Chris e Diana conversavam animadamente em volta da mesa e me impressionei com tudo que tinha ali, eles fizeram o café inteiro enquanto eu estava no banho?! Que eficiência, isso me pouparia vários dólares de Starbucks.
- Bom dia, meus pupilos. – dei um beijo na testa dos meus irmãos e acenei com a cabeça para Diana, que mordia uma torradinha enquanto me olhava.
- Bom dia, Anie. – eles falaram em conjunto e eu me sentei à mesa.
- Então, quais são os planos de vocês para hoje? – colocava um pouco de café em minha xícara, evitando ao máximo de olhar para a angel na outra ponta da mesa.
- Eu e Diana vamos ver algumas coisas para o casamento e como minhas peças ficam nos manequins da Victoria’s Secret de Manhattan.
- Duvido que fiquem melhor neles do que em mim.
- Eu também duvido. – Chris falou rapidamente e todas nós olhamos para ele, que se encolheu na mesa com um pouco de vergonha. – Bom, eu vou até a Sony. Quero ver como estão os desenvolvimentos dos jogos por aqui.
- Que bom para todos vocês, mas eu tenho que trabalhar e não vou fazer nada legal.
- Anie, vamos fazer algo no fim de semana. – Mari tomava um gole de seu chocolate quente e eu fiz uma cara de pensativa, mas já sabia o que queria fazer.
- Vamos ver nossos pais. – Chris quase engasgou com o que estava tomando e Mari deu um berro que possivelmente toda Manhattan escutou. – Mari, pra que tudo isso?
- Eu te amo, Anahí! Eu não acredito que você vai dirigir até Miami só para nós visitarmos nossos pais! – ela batia palminhas e Chris ainda estava com cara de babaca, enquanto Diana só ria.
- Eu preciso vê-los também, Marichelo, já faz bastante tempo. – tomei mais um gole do café, terminando com todo o líquido e ela assentiu, segurando minha mão. – Viajaremos na quinta. Arrumem algo para fazermos lá nesse fim de semana, ficar só em casa é que eu não vou.
- Isso pode deixar comigo. – Diana se antecipou e eu olhei para ela com semblante de dúvida. – Já morei em Miami, sei o que tem de bom por lá. Fiquem tranquilos, vou arrumar um programa legal.
- Ok então, senhorita Diana Emden. Conto com você. – Mari abraçou a amiga de lado e eu sorri fraco, negando com a cabeça. – O que foi, Anie?
- Olha lá o que você vai arrumar. – levantei da mesa e peguei minha bolsa em cima da bancada. – Confio em você, Emden.
- Me chamando pelo sobrenome, Portilla? – ela cruzou os braços e me olhou com um sorrisinho sarcástico no rosto.
- Mania de professora. Tenham um bom dia, vejo vocês mais tarde. – nem esperei que todos se despedissem, saí com tanta pressa de dentro do apartamento que nem vi se tinha esquecido alguma coisa. Aquela menina estava me provocando e talvez já tivesse percebido que estava conseguindo. Eu não queria nem ver onde Diana nos levaria em Miami, preferia nem pensar nisso.
O caminho até a Columbia foi mais agitado que no dia anterior. Parecia que hoje tudo estava acomunado para me tirar a paciência ou o juízo. Era terça-feira e eu descobri que daria aula para o tal do Styles, o engomadinho que Dulce estava de palhaçada. Claro, que como boa professora que sou, testaria o máximo dele. Afinal, ele estava em Anatomia IV. Teria que saber tudo. Eu o faria chegar em seu limite e, provavelmente, ele me odiaria, coisa que eu desejei com todas as minhas forças.
Estacionei o carro na minha vaga habitual e caminhei tranquilamente pelo campus até alcançar o prédio. Não tive sinal algum de Dulce ou do garoto, o que eu agradeci, não estava afim de ter meu sangue esquentado por enquanto. O saguão estava com poucas pessoas, muito estranho para 07:00hrs. Será que estava tendo alguma palestra ou algo do tipo? Se teve, não fui avisada e não seria punida por isso. O elevador parou no térreo e um grupo de paramédicos saiu de lá, carregando um homem gordinho na maca. Reconheci imediatamente de quem se tratava. O Dr. Jones estava sendo levado com urgência para o hospital, por isso todo o lugar estava vazio. Malditos alunos curiosos. Entrei rapidamente no elevador e deixei que me levasse para o andar da sala dos professores. O clima por lá não estava dos melhores, todos com cara de enterro e quietos, encarando suas canecas de café. Guardei minhas coisas no armário, peguei meu jaleco e vi Jéssica encarando a janela. Me aproximei lentamente e coloquei a mão em seu ombro, ela virou para me olhar, ofereceu um sorriso fraco e colocou a mão por cima da minha.
- O que aconteceu?
- Ele teve um infarto. – ela abaixou a cabeça e soltou uma risada nasal. – Que irônico, não é? Ser um cardiologista e ter um infarto quase fulminante. – todo o corpo de professores estava mexido, afinal, o Dr. Jones era um homem excelente e muito educado, todos da Columbia gostavam e apreciavam sua companhia. – Bom, espero que ele fique bem. Agora vamos dar aula, os alunos não podem se dar bem por causa disso.
- Concordo com você. Hoje eu pegarei pesado.
- Alguns alunos já te odeiam e o período mal começou.
- Esse é o objetivo. – sorri vitoriosa e ela gargalhou, negando com a cabeça e pegando suas coisas em seu armário.
- Você não tem jeito, Anie. Vamos. – ela envolveu minha cintura com sua mão e saímos abraçadas da sala dos professores, mas esbarramos sem querer em alguém. Devo dizer que preferia não ter saído daquela maldita sala. Dulce e Styles estavam nos olhando. Ela com uma cara de poucos amigos e ele com um semblante assustado. – Bom dia, Savinõn. – Jéssica abriu um sorriso e Dulce sorriu para ela.
- Bom dia, professora Coch. – ela nem sequer me olhou, depositou um beijo na bochecha do garoto e virou as costas, indo para o elevador.
- Bom dia, professoras. – Styles sorriu para nós e eu franzi o cenho pra ele, que o fez engolir em seco.
- Bom dia, Harry, tenha uma boa aula. Tchau, Anie, nos vemos. – ela fez um carinho leve em minha bochecha e correu para pegar o mesmo elevador que Dulce.
- Já pra sala, Styles, não quero entrar junto com você. – falei no tom mais seco possível e ele ajeitou a gravatinha borboleta ridícula que usava.
- Mas, profes..
- Mas o que, Styles?! Vai de uma vez, vou pegar um pouco de café e quando voltar para aquela sala, te quero sentado na primeira fileira. – ele assentiu e saiu correndo pelo corredor. Respirei fundo e entrei novamente na sala dos professores para pegar um café. Todos me encaravam, mas não falavam nada. Aquele clima pesado estava me colocando para baixo. – Bom dia, pessoal, ele vai ficar melhor. – sorri e todos ficaram impressionados, provavelmente por me ver interagir e ainda sorrir para eles. Sai da sala e caminhei energeticamente para a sala de Anatomia IV.
Olhei pelo vidro da porta e percebi que Styles tinha me obedecido. Ele estava totalmente encolhido na cadeira, totalmente indefeso. Do jeito que eu gostava. Hoje seria divertido. Abri a porta e todos ajeitaram suas posturas, pareciam soldados em frente a um general tirano. Sorri maliciosamente para todos eles e coloquei minha bolsa em cima da mesa. Peguei o pilot azul e comecei a caminhar de um lado para o outro. O único som que se ouvia, era dos meus saltos contra o piso gelado de porcelanato. Todos os alunos me acompanhavam com o olhar, não ousavam nem ao menos mexer a cabeça com medo de uma possível reação negativa da minha parte.
- Muito bem.. – quebrei o silêncio e todos me fitaram com um olhar apreensivo. – Souberam do que aconteceu com o Dr. Jones, não é? – eles assentiram, mas não abriram a boca. Dei um riso fraco e coloquei as mãos para trás, continuando a andar em círculos. – Vocês estão em seu último período de Anatomia, devo presumir que sabem no mínimo de.. tudo! – alguns se entreolhavam e outros não tiravam o olhar de mim. – Escolherei alguns de vocês para me responder algumas coisas. Cuidado com suas respostas, posso retirar pontos ou dar pontos.
Na mesma hora, um clima pior que estava na sala dos professores se instalou. Todos os alunos apertaram seus lápis e canetas com força e se eu pudesse, conseguiria escutar o coração de cada um batendo forte, com medo de ser escolhido por mim para responder as questões. Mal sabiam eles, que eu já tinha a quem perguntar e era o que mais aparentava nervosismo.
- Styles. – ele me olhou assustado e se ajeitou na cadeira, desapertando um pouco a gravatinha vermelha. – Quero que me responda, o que é o pericárdio? – ele fez uma cara de dúvida e seus olhos se abriram em total surpresa, começou a suar frio e sua respiração acelerou gradativamente. – O que foi? Você já está em Anatomia IV, tinha que saber sobre isso, Styles.
- Eu.. eu estou pensando, professora.
- Não é pra pensar. Você será médico, precisa agir! Se aparecer algum paciente que precise de algo que envolva o pericárdio, como vai ajudar?! – parei na frente dele e cruzei os braços. O garoto se enfiava mais ainda em sua cadeira e gaguejava, tentando emitir algum som. Revirei os olhos e dei as costas para ele. – É impressionante uma coisa dessas. Um aluno de Anatomia IV, não saber responder na mesma hora o que é o pericárdio.
- Se a senhora é tão esperta, por que não responde?! – um garoto que estava sentado ao lado de Styles, loirinho, me desafiou e eu caminhei até ele com um sorriso no rosto.
- Qual o seu nome, querido?
- Liam Payne. – sua pose de superior me tirou completamente do sério e eu olhei no fundo de seus olhos, que o fez recuar um pouco.
- O pericárdio é a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas.– ele engoliu em seco e eu voltei a andar na direção da minha mesa. Encostei na mesma e cruzei os braços, ainda olhando para ele. – Ele consiste em duas partes principais, você pode me dizer quais são elas, senhor Payne?
- Eu.. é.. bom..
- Foi o que eu pensei. Essas duas partes são chamadas de pericárdio fibroso e pericárdio seroso. – todos abaixaram a cabeça e a sala voltou a ficar em um total silêncio. – Estou completamente decepcionada com essa turma, querem peitar a professora, mas esquecem que aqui, são apenas alunos e muito ruins por sinal. Quero um trabalho de quinze páginas sobre o sistema cardiovascular para a semana que vem. Não adianta copiar e colar da internet porque eu vou ver. Caso se deem mal nesse trabalho, considerem-se reprovados.
- Mas, professora.. – uma menina morena levantou a mão para falar e eu a olhei, dando permissão para que continuasse. – Nós não lembramos de muitas coisas.
- É mesmo, querida? Bom, serão médicos um dia. Não me interessa se não lembram de grande parte da matéria, sistema cardiovascular é extremamente importante, se não o mais importante de todos. Tenham isso em mente. Quinze páginas para semana que vem. É isso ou estão reprovados. – todos abaixaram a cabeça e assentiram, escrevendo o que eu comecei a colocar no quadro.
No final da aula, todos deixaram a sala rapidamente. Ninguém sequer olhava na minha cara e eu me divertia, do jeito que eu gostava. Quando o tal Payne passou por mim para ir embora, eu o parei e ele franziu o cenho para mim. Estava acompanhado do Styles e de uma menina que eu pensei já ter visto em algum lugar, mas ela desviou o olhar, saindo rapidamente da sala.
- Quero deixar uma coisa bem clara pra você, moleque, da próxima vez que tentar peitar o que eu pergunto, tenha em mente que terá que responder à minha altura. Entendeu?
- Sim, professora, eu entendi e me desculpa por aquilo. É que você estava intimidando meu amigo.
- Ele não é retardado, sabe se virar sozinho. Se não tem condições de lidar com pressões, que saia dessa faculdade. Medicina não é para mocinhas, e sim, para pessoas com pulso firme. Agora, fora daqui. – ele segurou o braço de Styles e deixou a sala. Fiquei sozinha mais um tempo olhando para alguns relatórios, quando senti uma presença na sala. Olhei de relance e vi Dulce escora na porta. – O que quer, Savinõn?
- Você não vai descer desse salto nunca?
- Volto a repetir, o que você quer, Savinõn? – ela se aproximou de mim, colocou as mãos na minha mesa e me olhou com um semblante irritado.
- Fazer a vida do Harry um inferno só porque não estamos mais juntas, não vai te levar a nada, especialmente quando você já está com outra pessoa.
- Posso saber qual outra pessoa? – entrelacei os dedos por cima da mesa e ela se levantou, cruzando os braços e dando uma risada sarcástica. – Qual a graça?
- Acha que eu sou cega?! Eu vi você e a Jéssica.
- Eu sei que você viu, nós esbarramos no engomadinho e em você quando estávamos saindo da sala dos professores. Se não visse, poderia julgá-la como cega.
- Eu não estou fazendo piadinha, Anahí.
- Muito menos eu, Savinõn. Já falei que não te dou intimidade para me chamar pelo primeiro nome.
- Você já me deu intimidade o suficiente pra te chamar por mais que seu primeiro nome. – eu levantei da cadeira e caminhei até a porta, trancando-a e voltando a fitá-la. – O que você está fazendo?
- Eu cansei de você. Cansei de você desfilar com esse engomadinho pra cima e pra baixo e fingir que eu não existo. Cansei de você me olhar como se nunca tivesse existido nada entre a gente. – joguei seu corpo na parede e ela mordeu o lábio inferior.
- Eu cansei de você agir como uma bela de uma filha da pu/ta, especialmente quando está com esse jaleco.
- O que tem o meu jaleco? – nós nos entreolhávamos e senti meu corpo queimar. A respiração dela batia contra meu rosto e Dulce fitava meus lábios.
- Sabe muito bem o que eu penso desse jaleco. – ela começou a passar os dedos lentamente pela barra do tecido e eu não conseguia tirar os olhos de seus lábios. Eu a queria, a desejava mais do que qualquer coisa. Mas se eu fizesse isso, seria pior para parar e eu não conseguiria. Como em um reflexo, me afastei dela e coloquei as mãos no rosto. – Anahí, o que foi?
- Sai daqui, Dulce.
- O que?!
- Sai agora daqui. Anda. – caminhei até a porta e destranquei a mesma, abrindo e fazendo um sinal com a mão para que ela saísse. – Vai encontrar o Styles, vai fazer seu relatório, some da minha frente.
- Ficou louca?! – bati a porta com força e voltei a trancar, segurei ela pelo rosto, a ergui na parede pelas pernas e ela gemeu fraco quando nossas intimidades se encontraram.
- Louca?! Eu já passei dessa fase a muito tempo! – passei levemente os dedos em sua intimidade por cima de sua calça jeans justa e ela arfou em meu ouvido. Quando Dulce encostou levemente os lábios no meus, me afastei e encarei seus olhos. – Mas eu não vou cometer a loucura de levar isso adiante, porque sei que não vou conseguir parar. – ela me olhou surpresa e eu a soltei. Fui até minha mesa, recolhi minhas coisas e passei por ela, que estava com o rosto enterrado nas mãos. – Me desculpa, Dulce, mas eu não vou me matar mais do que já estou morta por dentro e você não deve fazer isso também. Bom dia.
Praticamente corri daquela sala e senti meu coração bater na garganta, eu queria voltar lá e arrancar todas as roupas dela, queria fazê-la minha. Mas não podia. Dulce tinha que entender que aquilo era melhor, tanto pra mim, quanto pra ela. Não tive paciência para pegar o elevador e desci as escadas com pressa, afim de chegar mais rápido no térreo e ir para casa. Estava zonza, meu corpo quente, meus sentidos confusos e necessitava de um banho gelado para acalmar os nervos. Quando alcancei meu carro no estacionamento, vi Dulce sair correndo de dentro do prédio da Columbia e me olhar com um semblante irritado. Aquela tinha sido a troca de olhares mais intensa que já tivemos, ambas nervosas por terem seus desejos reprimidos e sabíamos que a culpa era inteiramente nossa.
Dirigi apressadamente por Manhattan e nunca cheguei tão rápido em casa. Passei como uma bala pelo porteiro e peguei o elevador, praticamente subindo pelas cordas do mesmo, afim de alcançar meu andar. Assim que as portas de aço abriram, corri para meu apartamento e nem quis saber de quem possivelmente estava lá. Fui arrancando peça por peça até o meu quarto, abrindo o chuveiro e soltando um gemido leve por conta da água gelada que batia na minha pele. Eu estava descontrolada, oficialmente, havia perdido o pouco de auto controle que me restava.
Sai do banho e coloquei um pijama folgado, deitando no sofá e buscando qualquer coisa na televisão para assistir. Peguei alguns relatórios e decidi corrigir, já que minha única distração era zerar o trabalho das pessoas. Cerca que quinze minutos depois, Mari, Diana e Chris apareceram pela porta da frente. Traziam várias sacolas e gargalhavam entre eles. Não me preocupei em cumprimentá-los, eles sabiam o quão concentrava eu ficava enquanto trabalhava. Mas uma pessoa não sabia disso.
- O que está fazendo, Portilla m? – Diana se jogou ao meu lado no sofá, fazendo com que uma pequena pilha de relatórios caísse no chão. – Opa, desculpa. – ela fez uma careta e pegou todos os papéis. Enquanto ela estava abaixada, olhei de relance para seu decote que gritava e me amaldiçoei por fazer isso, porque por mim, agarrava ela ali mesmo. Diana levantou e colocou a pilha ao meu lado novamente, sentou e dessa vez tomou cuidado para não derrubar mais nada.
- Obrigada. Estou corrigindo alguns relatórios dos alunos.
- Eles são inteligentes? – ela se esticou para ver e mais uma vez olhei para seu decote, a desgraçada fazia de propósito.
- Não, não são. Aposto que só estudam na Columbia porque os pais estão pagando. – ela gargalhou e eu sorri junto com ela. Senti meu celular tocando e pedi licença para ela, levantando e buscando o mesmo na bolsa que estava jogada no canto da sala. - Alô?
- Professora Anahí Portilla?
- Sim, sou eu. Algum problema?
- Aqui é da reitoria da Universidade Columbia. Gostaríamos de informá-la que o Dr. Jones faleceu e a faculdade não funcionará essa semana em luto.
- Ai, meu Deus. Tudo bem, obrigada por avisar. Mande condolências à família. – a mulher assentiu e desligou o telefone. Fiquei alguns minutos processando a informação e Diana levantou, ficando próxima demais de mim.
- O que aconteceu, Anahí?
- Um médico lá da faculdade faleceu hoje e a Columbia não funcionará essa semana.
- Ótimo! – olhei para ela incrédula e a mesma bateu com a mão na testa. – Não, não foi isso que eu quis dizer. É que podemos antecipar a viagem para Miami.
- Por que, Diana?
- Terá uma festa lá amanhã, não podemos perder!
- Qual festa?! – Mari e Chris apareceram e se jogaram no sofá, esperando por uma resposta de Diana, que respirou fundo e abriu os braços, com um largo sorriso nos lábios.
- Life In Color! – ela gritou e Mari começou a berrar. As duas esperneavam como duas adolescentes que acabaram de conhecer o ídolo de suas vidas. Revirei os olhos e voltei a sentar no sofá, enquanto Chris ligava um PS4 na televisão. – O que acha, Anahí? – ela sentou ao meu lado e mordeu os lábios.
- O que eu acho de que?
- Vamos!
- Negativo! Querem viajar hoje?! – os três assentiram com um sorriso e eu levantei as mãos para o céu em rendição. – Tudo bem, arrumem uma mochila. Nós vamos hoje e voltamos depois de amanhã.
- Obrigada, Anie! – Diana e Mari pularam em cima de mim e distribuíram beijos pelo meu rosto. Levantaram rapidamente e correram para o quarto para arrumar suas coisas.
- Elas não parecem que têm entre trinta e cinco e vinte cinco anos!
- Eu sei, mas com o tempo você se acostuma. Eu passei a manhã toda ouvindo sobre modelos de lingerie. Tem noção do quanto isso é chato?!
- Posso imaginar. Agora vamos arrumar nossas coisas, quero ir de uma vez. Quanto mais cedo sairmos, mais cedo chegamos à Miami e matamos mamãe e papai de susto.
- Fechado. – ele gargalhou e rumou para o quarto. Com certeza essa viagem mudaria alguns planos, por mais que seja só por dois dias. Peguei minhas roupas mais confortáveis e coloquei em uma mochila. Cheguei no corredor e tomei um susto ao ver a mala de Diana e Mari.
- O que é isso?! Estão voltando para Madrid?
- Claro que não, Anie, é que não sabemos o que vamos vestir na LIC.
- LIC?!
- Life In Color. – Diana falou com um tom óbvio e eu franzi o cenho. – Relaxa, Portilla alfa, vai ser divertido. – ela deu uma piscadinha pra mim e eu revirei os olhos, saindo de perto das duas.
- Chris, vamos embora!
- Estou pronto! – ele levava uma mochila simples e eu dei graças a Deus por ele não querer levar o bendito video game.
Depois de muita reclamação de quem ia na frente, que música colocariam e se pararíamos para comer, saímos de Manhattan rumo à Miami. A viagem foi animada, Chris foi ao meu lado e tivemos que colocar músicas pop atuais, coisa que agradava Mari e Diana. Agradeci aos céus que depois de duas horas de viagem, elas dormiram, deixando que eu aproveitasse a estrada e a música que eu queria. Nem percebi quando alcancei o portal da cidade que eu mais amava e me senti invadida por uma nostalgia absurda.
- Ei, chegamos! – dei um tapa na perna de Mari e ela soltou um berro agudo, que quase me fez bater por causa do susto. – Po/rra, Mari nunca mais faça isso!
- Me desculpa, Anie, é que eu estava morrendo de saudade desse lugar! Olha, Chris, está tudo aonde sempre esteve!
- Eu sei, Mari , estou sentindo o mesmo que você, a diferença é que estou surdo de um ouvido. – ele recebeu um forte tapa no braço vindo dela. Observei Diana pelo espelho retrovisor. Ela olhava tudo como uma criança, estava encantada com a cidade e eu achei aquilo muito fofo.
Depois de vinte minutos, chegamos na casa de nossos pais. Para nossa sorte, eles estavam, porque o carro estava na garagem. Eu nem poderia imaginar qual seria a reação dos dois ao ver seus três filhos novamente depois de quatro anos separados. Caminhamos lentamente até a porta e tocamos a campainha, queríamos que fosse uma total surpresa. Após dois minutos de espera, a porta foi aberta e dona Marichelo deixou o prato que estava em sua mão cair. Uma lágrima teimosa corria por sua bochecha e ela estava estática.
- Marichelo o que aconteceu?! – ouvi a voz do meu pai e ele, que estava com um copo na mão, deixou cair também. Os dois choravam, mas não conseguiam pronunciar uma só palavra.
- Oi, mãe, Oi, pai. – nós três falamos juntos e meus pais berraram, correndo para nos abraçar. Era um festival de lágrimas e eu só observava Diana rir, fazendo uma carinha muito fofa, apreciando a nossa felicidade.
- Eu não acredito. Eu.. meus filhos.. eu.. acho que.. – minha mãe chorava desesperada enquanto meu pai a levava para dentro. Buscamos nossas malas no carro e colocamos tudo em nossos antigos quartos. Observei cada cantinho daquele espaço que um dia foi tudo que eu tinha. Estava tudo no mesmo lugar que eu deixei e agradeci mentalmente à minha mãe por saber que eu privava minhas coisas do jeito que estavam.
Depois de um jantar animado, mais lágrimas e surtos da minha mãe e do meu pai por saber que Mari estava noiva, foi a vez de Chris se pronunciar. Acho que eu fui quem mais surtou com a notícia dele. O filho da mãe tinha sido promovido a vice-presidente da Sony e voltaria a morar em Miami. Claro que dona Mari chorou mais ainda e meu pai dava tapinhas nas costas dele.
- O papo está ótimo, mas eu preciso dormir. – me despedi deles e meus irmãos fizeram o mesmo. Se quiséssemos estar inteiros para a tal festa que Diana inventou, teríamos que dormir. Cada um foi para seu respectivo quarto e Mari puxou Diana para dormir com ela. Eu não reclamei, até agradeci por isso. Pensei em Dulce e no que tinha acontecido na faculdade, mas eu precisava esquecer, eu precisava ser forte. Fechei os olhos e, depois de cinco minutos, apaguei.
- Diana, para de correr, sua demente! – Mari gritava com a amiga que corria pelo espaço da festa. Estava começando a lotar e eu não sabia o que esperar disso. A música já tocava a todo vapor e muitas pessoas já estavam bebendo no gramado.
- Vem, gente! Vamos ficar perto do palco, quanto mais próximos, mais tinta!
- Tinta?! Está maluca?! – eu reclamava pela décima vez. Diana se aproximou de mim, segurou o cordão de cruz que eu estava no pescoço e mordeu o lábio olhando em meus olhos.
- Relaxa e aproveita, Anie, a noite é uma criança. – piscou o olho e saiu correndo, puxando a mão de Mari e obrigando eu e Chris a correr atrás delas. Essa seria uma noite daquelas.
Coloquem a música para tocar a partir de 01:02:30.
Quatro horas depois de chegarmos ao espaço da LIC, eu já estava coberta de tinta, assim como Chris, Diana e Mari. Não vou negar, aquela estava sendo a melhor noite da minha vida. Para melhorar mais ainda, começou a tocar Summertime Sadness da Lana e eu fui a loucura, cantando junto com a música enquanto era despejado mais tinta em nós. Olhei de relance para o lado e vi que Diana se aproximava. Ela me olhou e, sem pensar duas vezes, eu a agarrei. Nossas línguas dançavam e eu não me importava com a quantidade de tinta que tinha entre nós. Eu a queria e, pelo visto, ela me desejava. O lugar estava lotado e aproveitei para puxá-la mais para dentro da multidão. Minha mão escorregou para dentro de seu short e ela não reclamou. Diana estava de costas para mim, o que facilitava. O local escuro, somente as pinturas em neon apareciam. Meus dedos alcançaram sua intimidade e senti o corpo dela estremecer ao meu toque. Fui aumentando os movimentos à medida que as batidas da música evoluíam, Diana arranhava minha nuca e roçava suas nádegas na minha intimidade. A penetrei com um dedo e ouvi seu gemido rouco perto do meu ouvido, eu beijava seu pescoço e ela estava com os dedos enrolados em meus cabelos, aumentando o contato entre meus lábios e sua pele. Após mais duas estocadas, senti o corpo dela amolecer e ela se pendurar em meu pescoço. Eu tinha feito sexo com Diana no meio de uma festa, suja de tinta e ao som de Lana Del Rey.
Talvez ela não representasse meu fim e sim, um recomeço.
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Comentários da Fanfic 134
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AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20
Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs
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Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49
aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!
Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17
Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.
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MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30
Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.
Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30
entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.
MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30
Nunca escrevi negócio tão grande kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05
que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21
Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09
eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58
Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09
Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16
Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53
É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48
vou colocar a fic em dia....
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MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13
Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11
Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs
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Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09
Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14
Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs