Fanfics Brasil - Capítulo 19 segunda temporada My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada

Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni


Capítulo: Capítulo 19 segunda temporada

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- Você está agindo como uma criança mimada! 


- O que?! Como se atreve a me chamar de criança e ainda por cima, mimada?!


- É o que está aparentando. O quão ridículas têm sido as suas atitudes? 


- Eu me recuso a continuar essa conversa.


- Isso, faz como sempre, desliga essa merda de telefone. Estou de saco cheio. 


- Ótimo. – a ligação foi encerrada e me controlei para não jogar o aparelho na parede. Sentia meu sangue esquentar cada vez mais e o ar sair pesado de dentro dos meus pulmões, não aguentava mais.


Três anos haviam passado. Eu estava no último ano da faculdade e, por incrível que pareça, minha relação com Anahí só piorou. O ciúme e as desconfianças aumentaram gradativamente, ainda mais depois de eu ver a professora Boyer em uma conversa um tanto íntima com minha noiva certa tarde nos corredores da Columbia. Claro que estourei, mulher na TPM não costuma controlar seus nervos e, pelo visto, Anahí não conseguia entender tal coisa. De dois meses para cá, não mantínhamos uma conversa amigável por mais de dez minutos. O convívio se tornou insuportável e já não nos víamos com tanta frequência, apenas o necessário.


A cada briga nova, eu olhava para meu anel de noivado e milhões de perguntas invadiam a minha cabeça. Será que valia a pena continuar com isso? Se estava insuportável agora, imagina depois de subirmos ao altar. Eu não duvidava dos sentimentos que nutríamos uma pela outra, mas talvez, não fosse o desejo do destino que ficássemos juntas até que a morte nos separasse. Conversei diversas noites seguidas com Sandy e com as meninas, todas diziam sempre a mesma coisa. “Tenha paciência, isso é normal no início.”. Paciência?! Isso era uma palavra que, definitivamente, não se encaixava no nosso dicionário. 


Estava sentada na bancada, esperando que a aula de química da professora Boyer começasse. Era fim de ano e nevava bastante, toda Manhattan estava enfeitada para o natal e, é claro, na Columbia não era diferente. Eu desenhava coisas soltas pelo caderno, a maioria das vezes, eram olhos. Alguns olhavam para a direita, outros para a esquerda, fechados e abertos. Aquela mania estava constante e eu me perguntei se desenhar dessa maneira, tinha algum significado. Como a professora estava longe de chegar e eu adiantada dez minutos, peguei o celular e procurei na internet. “Quem desenha muitos olhos. Significado.”. Talvez não significasse nada, mas quem sabe eu não encontrava algumas respostas? Soltei uma risada nasal ao receber o resultado da minha pesquisa. Mais irônico, impossível. 


“Você é curiosa ou está procurando alguma solução para um problema se desenhar olhos. O sentido do olhar também é importante: para a esquerda, indica algo no passado; para a direita, mira o futuro. Se você estiver desenhado olhos fechados, é provável que não esteja querendo enfrentar uma situação ou não queira admitir algo cruel sobre si mesmo.” 


Procurando solução para um problema. Algo no passado e mirando o futuro. Não estou querendo enfrentar uma situação ou não admitir algo cruel sobre eu mesma. Definitivamente, aquela simples explicação sobre meus malditos desenhos, criaram incontáveis nós na minha cabeça. Não dava para negar que aquilo estava, de um todo, certo. Eu passava por tudo aquilo e nada me assombrava mais.


O problema que eu busco solução, é meio óbvio. Meu noivado com Anahí indo por água abaixo. O passado que eu via, também era fácil de saber. Nossa relação e a maneira que a felicidade era a única palavra no nosso dicionário. O futuro.. palavra assustadora, mas, para mim, era um completo breu. A única situação que eu não quero enfrentar, é saber que tudo que construí ao longo de quatro anos, está prestes a ruir. Algo cruel sobre mim.. bom, não existe adjetivo melhor que ciumenta. Por mais que detestasse enxergar, essa era a verdade.


- Bom dia. – uma voz preencheu o vazio da sala de química e olhei para frente, encontrando a professora Boyer com um sorriso simpático no rosto. – Por que chegou tão cedo?


- Caí da cama.


- Algo te perturba?


- Constantemente, mas não vem ao caso.


- Não quer falar, certo?


- Certo.


- Olha, sei que pensa que eu dei em cima da Anahí, mas isso..


- Professora Boyer, eu prefiro que você não comece com esse assunto. Meu humor matinal não costuma ser dos mais agradáveis e, sinceramente, não vai ser bom para nenhuma de nós iniciar uma breve discussão.


- Mas, Dulce..


- Savinõn. Não me chama pelo nome, intimidade é algo que não temos.


- Como desejar.


A conversa foi finalizada pelo alunos que entravam entusiasmados no que seria a última aula de química antes da prova final. Sandy correu para sentar do meu lado e parecia afobada, estava assim desde que começara a estudar. Bebia garrafas e garrafas de café e quase nunca saia do quarto. Uma rotina que se repetiu por todos esses anos e, é claro que no último, não poderia ser diferente. Ela parecia ansiosa e sua perna mexia freneticamente. Efeito da cafeína. Já perdi a conta de quantas vezes pedi para que ela diminuísse a dose, mas nunca adiantava e, sinceramente, aconselhar que parasse logo agora, seria inútil.


- Estou nervosa por você.


- Como assim? – Sandy me olhou curiosa, enquanto retirava o grosso caderno de dentro da bolsa.


- Está parecendo uma louca. Não come direito, se enche de café e fica trancada naquele quarto o dia todo. Vai acabar doente.


- Vira essa boca pra lá.


- É só um conselho. Sei que as provas finais te assustam, mas se comportar como uma lunática não vai te ajudar.


- Vou ignorar seu comentário. – revirei os olhos e me concentrei na explicação que a professora iniciara. Fórmulas e mais fórmulas. Química era algo que me enojava, mas não era um bicho de sete cabeças.


As horas passavam arrastadas, nada parecia me distrair, nem mesmo a certeza que daqui a duas semanas, eu estaria formada. Meus pensamentos voavam para longe, em outra época. Ensino médio, talvez. Tudo era tão fácil, a rotina não era de fato, cansativa. Em pensar que ainda vou passar pela residência e estagiar em um hospital enorme, sendo tratada como lixo por médicos mais velhos e que se acham os donos da razão. Meu estômago embrulhava só de imaginar.


Depois da aula, eu e Sandy caminhamos lado a lado até a cafeteria. Precisava de um expresso ou de um cappuccino, o resto do dia seria puxado demais. A decoração de natal da Columbia estava linda, era incrível o que os funcionários podiam arrumar de uma noite para a outra. Olhava para cada enfeite e abri um sorriso involuntário, que não passou despercebido pela pequena.


- Por que o sorriso bobo?


- Nada, eu fico assim no natal.


- Época maravilhosa, não é?


- Sim, recheada de lembranças. – suspirei e peguei os livros que ela carregava com dificuldade. – Me deixa te ajudar, sei que está pesado.


- Obrigada, Dul.


- Cadê o Harry?


- Eu não sei, não o vi até agora. Fiquei surpresa quando ele repetiu a última matéria de anatomia só para se formar com a gente.


- Fiquei chocada, isso sim. Achei loucura, mas se ele preferiu estar com a gente na formatura, não serei eu quem vai impedi-lo.


- Verdade. Ei, como está a Anahí?


- Não sei, Sandy. Sabe bem que durante alguns meses, a última coisa que sei, é como ela está. Não conversamos mais, Anahí não me conta sobre seu dia ou o que vai fazer. Estive pensando em qual momento eu permiti que nossa relação chegasse a esse ponto.


- Você sabe qual foi. Esse ciúme excessivo. Não só seu, é claro, mas dela também. Acho que vocês precisam conversar e resolver essa situação, ou..


- Ou o que?


- Dar um tempo e deixar a poeira baixar.


- Ficou louca?! – minha voz saiu um pouco alterada e Sandy abraçou os cadernos que estavam em seus braços. – Desculpa, é que essa ideia é um tanto absurda pra mim. Não consigo pensar em outra separação, acho que não aguentaria.


- Mas sejamos sensatas, Dul, vocês estão caminhando para isso.


- É.. eu sei.


A cafeteria estava cheia, mas por sorte, conseguimos uma mesa que tinha acabado de vagar. Colocamos nossas coisas em um cadeira vazia e fizemos os pedidos para um dos garçons. Essa era a parte boa da Columbia, você não precisava levantar para pedir nada. Nossos cafés não demoraram para chegar e assim que tomei o primeiro gole, senti o corpo esquentar. Reconfortante. Sandy revisava alguns conteúdos da aula de química e eu brincava com a colherzinha dentro da xícara. Enquanto me afogava em meus pensamentos, senti uma mão no meu ombro. Olhei de relance e encarei aquelas bilhas verdes, me fitando com receio.


- Eu.. preciso falar com você.


- Aconteceu alguma coisa?


- Vai acontecer.


- Como assim, Anahí?


- Aqui não. Vamos para a minha sala, está vazia. – virou as costas para mim e senti meu coração bater mais rápido que o normal, não suportaria outro término. Pedi licença para Sandy, que quase não prestou atenção no motivo de eu levantar e caminhei lentamente até a sala de anatomia. O cheiro forte de formol preencheu minhas narinas e me deixou tonta.


- Sente-se.


- Não quero me sentar, quero saber o que vai acontecer.


- Dulce..


- Anahí, fala agora ou eu saio dessa sala e dane-se o que você tem pra me contar. – cruzei os braços na altura do peito e ela suspirou. Passou a mão pelos cabelos e fitou as enormes janelas da sala.


- Eu vou viajar hoje.


- Por que?


- Preciso de um tempo.


- Está dando um tempo de nós?


- Talvez.


- Me dê um bom motivo.


- Precisamos nos afastar um pouco, ou nós vamos levar esse noivado à ruína. E, sinceramente, não é o que eu quero.


- Claro, até porque, dar um tempo e viajar vai resolver metade dos nossos problemas.


- Por que não consegue pensar?!


- Por que não consegue agir como adulta?! – minha voz saiu firme e Anahí parecia acuada no canto da sala. Mais uma vez. Mais uma maldita vez. – Não sei se posso aceitar isso.


- Amor, eu..


- Cala a boca e não me chama de amor. Quanto tempo vai ficar fora?


- Na verdade, vou viajar para a Grécia para realizar uma pesquisa biológica. Não vou à passeio. Fui convidada pelo presidente da Columbia, vai ajudar a faculdade e acrescentar muito nos meus conhecimentos. Sem contar que vai ser bom para a gente e..


- Não quero saber pra onde você vai e o que vai ganhar com isso, quero saber por quanto tempo vamos nos separar.


- Dois anos. – aquelas duas palavras me atingiram como uma bala certeira. Anahí ia viajar por dois anos e me deixaria sozinha, de novo. Meu corpo fraquejou e cambaleei para trás, me apoiando em uma das bancadas.


- Dois anos?! Anahí, isso é tempo demais!


- Eu sei, mas é uma oportunidade única. Por favor, tenta entender que vai ser bom pra gente. Não vamos romper o noivado, isso nem passa pela minha cabeça, mas..


- Mas o que?! Você vai pra Grécia por dois anos, o que eu vou fazer até lá?!


- Começar a trabalhar no hospital e construir sua carreira, que eu sei que será grandiosa. - ela se aproximou de mim e segurou meus braços, acariciando de leve. - Sei que você tem todos os motivos para detestar essa viagem, mas por favor, não fica chateada. Isso vai ser bom para nós, essa distância vai nos fazer bem.


- Isso é você quem está dizendo. - me desvencilhei dela e caminhei até a porta. - Faça boa viagem, mas não posso garantir que vou esperar você, já fiz isso por muito tempo.


Saí da sala dela e corri até a cafeteria, Sandy ainda revisava a matéria e eu não queria transparecer o rebuliço que acontecia dentro de mim. Conversaria com ela, mas não na faculdade. É incrível o que uma notícia pode fazer com a gente, seja ela boa ou ruim. Anahí ia embora por dois anos e, para falar a verdade, eu não via nada de positivo nisso. Sandy fez um movimento brusco e acabou derrubando todo o cappuccino em cima das suas anotações, o que causou um colapso nela.


- Pu/ta merda, eu não acredito. - seus olhos arregalados, observavam o papel branco obter uma tonalidade marrom. - Por/ra, não!


- Você falou mais palavrões agora, do que em toda a sua vida.


- Fo/da-se, Dul. São meus resumos para as provas finais e agora está tudo destruído! - um filete de lágrima rolou por sua bochecha e eu limpei com o dedão.


- Não se preocupe, vou te ajudar a recuperar tudo.


- Como?! Você não copia nada!


- Obrigada pela parte que me toca, mas vou te ajudar mesmo assim. Além disso, estarei estudando também e preciso ocupar minha cabeça com outras coisas.


- Por que essa vontade repentina de estudar? Tem haver com a Anahí?


- Tem sim, mas não quero conversar sobre isso agora.


- Tudo bem. Vamos, temos prova da Coach agora.


Eu não andava, apenas me arrastava. Fazer prova nas minhas atuais condições, me dava um calafrio, não queria levar bomba logo agora. Anatomia A era a matéria que eu mais me destacava, apesar da minha noiva dar a B. Jéssica tinha muito mais paciência que Anahí para passar o conteúdo e isso facilitava o aprendizado de todos. O problema, é que a notícia da viagem de Anahí para a Grécia, abalou não só o meu emocional, como meu psicológico. Era como se tivessem passado uma borracha em cima de tudo que eu já sabia. Estava ferrada.


À medida que nos aproximávamos da sala de Jéssica, meu coração começou a bater fraco, minha visão ficou turva e senti meu corpo amolecer. Sandy rapidamente me segurou e, antes que eu atingisse o chão, dois braços fortes me seguraram no colo. Não vi mais nada, apenas um breu total e conseguia ouvir algumas vozes distantes. Todo esse estresse antes das provas e a viagem de Anahí, fizeram meu corpo padecer. Eu precisava de repouso.


- Dulce? – uma voz calma falava ao pé do meu ouvido e eu abri lentamente os olhos, encontrando uma jessica preocupada. – Graças à Deus você está bem.


- Professora, me desculpa. Atrapalhei sua prova.


- Não, eu deixei a Anahí tomando conta da turma enquanto vinha pra cá.


- Ela não quis vir me ver?


- Na verdade, eu não contei a ela que era você a aluna que desmaiou.


- Por que?


- Porque eu sei que um dos motivos para isso ter acontecido, é ela. Me conta o que houve, talvez eu possa ajudar. – Jéssica segurou minha mão com delicadeza e ofereceu um sorriso terno, que me fez suspirar e tomar coragem para desabafar.


- Sabe, eu nunca pensei que ficaria noiva tão cedo e ainda por cima, de uma mulher. Eu amo Anahí mais do que um dia amei alguém, ela é tudo pra mim e quero passar o resto da vida ao lado dela. Mas parece que de uns tempos pra cá, não é assim que ela pensa. Anahí tem me evitado, brigamos constantemente, não trocamos mais do que cinco palavras que, logo depois, se transformam em uma discussão generalizada. Não sei o que está acontecendo ou em qual momento isso explodiu, mas está me fazendo muito mal. Isso não é nem o pior, porque depois disso tudo e nosso noivado estar passando por essa crise, Anahí inventou de viajar para a Grécia. Vai passar dois anos lá, trabalhando em um projeto idiota pela Columbia.


- Dois anos?!


- Não é um absurdo?! Eu sei que isso vai ajudar e muito na carreira dela, mas e a gente?! O que vai acontecer conosco, comigo, com ela, nesse tempo todo? Amor não se mantém com tanta distância, ela pode se apaixonar por alguém lá, já vi isso em muitos filmes. Não posso ser hipócrita em dizer que isso não pode acontecer comigo, porque pode. Isso é normal de qualquer ser humano, mas eu não quero que sejamos assim. Quero minha mulher comigo, vinte e quatro horas por dia. Não é pedir demais.


- Eu te entendo, pequena. Sei que não vai adiantar nada eu pedir para que você não fique assim, mas para o seu bem, é o único conselho que posso lhe dar. Anahí já tomou a decisão dela e nada vai fazer com que ela mude de ideia. Dulce, talvez isso seja realmente bom para vocês. Pensa no tempo em que terão para pensar e repensar em suas atitudes, só vai melhorar a relação.


- Você e Maitê passaram três anos enrolando o noivado e olha o que aconteceu. – as palavras saíram automaticamente e eu levei as mãos à boca, me odiando por ter falado isso. Jéssica respirou fundo e fechou os olhos, rindo fraco em seguida.


- Não pude controlar a Maitê. Ela me traiu porque sempre foi da sua natureza, desde os tempos da faculdade.


- Então por que ficou com ela?! Por que não procurou outro alguém?!


- Porque eu a amo. Independente de todos os erros e tropeços, Iglesias é a mulher da minha vida e sei que ela também me ama. Do jeito dela de demonstrar, mas ama. Não podemos decidir pelas pessoas quais caminhos elas devem tomar, precisamos deixá-las livres. Anahí nunca foi de trair, enganar, mentir. Ela é louca por você e se acontecer algo lá, duvido que ela não corra para ligar e contar tudo.


- Esse é o meu medo.


- Medo todos nós temos, basta saber lidar com eles e não deixar que isso te engula. Você é uma mulher agora, tem vinte e um anos e com uma carreira promissora pela frente. Sei que foi contratada pelo melhor hospital de Manhattan, não é?


- Sim, o New York–Presbyterian Hospital me convidou por causa das minhas notas, sei que é afiliado aqui da Columbia.


- Exatamente. Uma chance dessas não aparece todos os dias, você é uma menina especial. O Dr. Jones ficaria orgulhoso.


- Será?


- Depois da feira, ele rasgou elogios à você. Disse que seria uma excelente médica, não importaria qual área escolhesse. Claro que comentou que a cardiologia era o melhor caminho, mas que não faria pressão em você. Infelizmente, ele nos deixou e hoje, mesmo sem saber, você escolheu o que aquele velhinho simpático desejava.


- Fico feliz por isso, tira um pouco do peso que tenho nas costas. Todo mundo está apostando todas as fichas em mim e isso me assusta um pouco.


- Dulce, a vida é assim. Pessoas vão te cobrar de todos os cantos, você precisa ser forte para aguentar a pressão. Tenho certeza que vai tirar isso de letra.


- Eu espero.. – suspirei e olhei pela janela, flocos de neve caiam e formavam o belo tapete branco pelas ruas de Manhattan, não estava tão frio dentro daquele quarto de hospital. – Professora, como vou fazer a prova?


- Você tirou A+.


- Mas eu não fiz nada, desmaiei antes de entrar na sua sala.


- A professora sou eu e bom, tenho certeza que essa seria a nota que você ia tirar. É minha melhor aluna. – Jéssica abriu um enorme sorriso para mim e eu, sem pensar, a abracei. De início, senti seu corpo tensionar, mas logo relaxou e correspondeu meu abraço.


- Obrigada.


- Não precisa agradecer, mas só quero uma coisa em troca.


- O que?


- Que não desista jamais de seus sonhos e sua felicidade, por causa do amor. Sei que pode parecer clichê, mas deixe a Anahí livre, se ela voltar da mesma maneira que foi embora, não resta dúvidas que te pertence. Caso não volte, siga em frente e cabeça erguida. Combinado? – ela estendeu a mão para mim e eu apertei com força, fazendo com que ela desse um sorriso vitorioso. – Ótimo, agora vou me retirar, tenho um exame com o obstetra.


- Espera, obstetra. Você está..


- Sim, estou grávida de quatro meses.


- Ai, meu Deus, isso é maravilhoso. Parabéns! Vero deve estar encantada.


- Não para de babar um minuto sequer na minha barriga, parece que nunca viu uma mulher grávida. – Jéssica passou a mão levemente pelo ventre e sorriu. – Mal posso esperar para essa pessoa vir ao mundo, uma parte minha e da Maitê.


- Estou realmente feliz por você, quero saber de tudo!


- Pode deixar, pequena. Agora estou indo, cuide-se.


Ela se foi e eu fiquei naquele quarto branco, sozinha. Pensei no quão feliz Jéssica deve estar com essa gravidez e o quanto Maitê não merecia tudo isso, mas se fosse pensar bem, eu também não merecia metade da felicidade que tive. Sim, tive. Porque agora não tenho mais nada, nem sombra das emoções de três anos atrás. A boa notícia é que eu já tinha passado em Anatomia A. Por alguma razão, Deus estava aliviando a minha barra.


Cheguei em casa com a sensação de que um caminhão tinha passado por cima de mim, todo o meu corpo doía e nada parecia aliviar. Tanto Sandy, como Lauren, Camila e Harry, ainda estavam na faculdade fazendo suas provas e eu, como sempre, fiquei sozinha no apartamento. Olhei cada canto dele e me lembrei dos inúmeros momentos que tive com meus amigos bem ali. Rapidamente um estalo me despertou e eu lembrei que em menos de duas semanas, teria que me mudar. Como não pensei nisso antes?! Para onde eu iria agora?! O plano inicial era morar com Anahí, mas já que ela estava indo embora para a Grécia, não fazia o menor sentido ficar naquele apartamento enorme. Precisava de algo meu.


- Mãe?!


- Filha! Como está minha futura médica? 


- Um caco, preciso de colo.


- O que aconteceu? – contei toda a história da viagem de Anahí para ela, até a parte em que desmaiei e a conversa com Jéssica. Minha mãe ouvia tudo com muita atenção e só depois de um intervalo de um minuto em silêncio, resolveu falar. – Dulce, eu lhe disse para ter paciência. Você não me escuta. E agora?! Onde você vai morar? Não pode voltar para Miami, seu emprego é em Manhattan. 


- Eu sei, por isso te liguei. Estou completamente perdida e confusa.


- Roberto comentou comigo ontem, que o apartamento dele no Upper East Side, estava para alugar. Vou ver se você pode ficar por lá. Tenho certeza que aquele imóvel vai ser mais útil para você do que para ele. 


- Tomara que eu possa ficar lá mesmo, não tenho condições financeiras ainda de comprar ou alugar algo para mim.


- Espere um minuto, vou falar com ele. – ela deixou a chamada em espera e ouvi sua conversa com Roberto, que agora morava com ela em Miami. Minha mãe estava finalmente realizada. – Tudo certo, meu amor. Vamos até Manhattan amanhã para te mostrar o apartamento e te deixar as chaves, assim, você pode se mudar quando quiser. 


- É mobiliado?!


- Sim, terá tudo que precisa. Agora vou desligar, tenho que buscar a Cláudia na escola. 


- Tudo bem, mãe. Te quiero e agradeça ao Roberto por mim.


- Te quiero, filha. Pode deixar que falo com ele. Até amanhã. 


Cláudia. Que saudade eu tinha da minha pequena irmã. Depois de muitos argumentos, Enrique, pai de Anahí, conseguiu convencer minha mãe a assumir a presidência da Portilla’s Corp e assim, construir uma nova vida. Depois de comprovado que ela recebia um salário digno, não foi difícil para dona Blanca conquistar a guarda de Claudia novamente. Meu pai, senhor Fernando Savinõn, ficou furioso ao perceber que minha mãe não precisaria depender mais dele para nada e acabou sobrando até para mim. Eu, que já não falava com ele, me afastei mais ainda e cortei qualquer tipo de ligação. Uma pessoa que nunca compareceu na minha vida, não seria necessária agora.


Olhei para minha mão e brinquei com meu anel de noivado, girando-o calmamente no dedo enquanto o rubi reluzia. Eu estava morrendo de medo de tudo dar errado e eu perdê-la. Fui um pouco egoísta, como sempre, não aceitando que aquela era sim uma oportunidade de ouro para a carreira de Anahí. Minha raiva no momento foi tão grande, que não perguntei que horas ela ia, nem em qual companhia aérea. Eu precisava me despedir, precisava olhar nos olhos dela e mostrar que a amava acima de qualquer coisa. Alcancei meu celular novamente e disquei o número dela. Sete toques e nada. Liguei dessa vez para a portaria e o homem comentou que faziam quinze minutos que Anahí deixara o prédio em direção ao aeroporto. Olhei para as chaves do meu carro e nem pensei duas vezes, eu ia alcançá-la.


O trânsito de Manhattan parecia finalmente me favorecer, porque em vinte minutos, cheguei ao aeroporto. Estacionei o carro de qualquer jeito e corri em direção ao portão de embarque, procurei o voo dela no enorme telão e encontrei. Ainda não tinha chegado. Ótimo. Tentei ligar para o celular dela mais algumas vezes e nada dela atender, se isso era birra, só conseguiu me irritar mais. Eu precisava vê-la, jamais me perdoaria se deixasse que Anahí fosse embora pensando que eu não esperaria por ela. Meu desespero só aumentou quando a voz mecânica do aeroporto indicou que o avião dela estava em terra. Minha cabeça começou a girar e uma vontade de chorar me atingiu em cheio, tarde demais.


- O que faz aqui? – aquela voz grossa soou como música nos meus ouvidos e eu me virei para encarar uma Anahí confusa, com os olhos pesados e enormes bolas roxas em volta deles, indicando que havia chorado.


- Eu.. eu..


- Fala.


- Eu vim me despedir.


- Por que?


- Porque jamais me perdoaria se deixasse você entrar naquele avião sem saber de uma coisa.


- Que coisa? – me aproximei dela e abracei seu pescoço. Anahí não fugiu do contato, mas não correspondeu ao meu gesto. Suas mãos permaneceram em sua cintura e fitava um ponto à sua frente.


- Eu te amo e jamais encontrarei alguém como você. Meu medo de te perder me engoliu por um momento e fiquei cega ao saber que me deixaria para morar dois anos longe dos meus olhos. Entenda que não é desconfiança, é somente desespero. Não sei o que vai acontecer com a gente nesse período de tempo, mas não posso deixar você ir embora sem saber que eu te amo mais do que minha própria vida e que vou te esperar, não importa quanto tempo passe. – os olhos dela marejaram mais um vez, vi que se esforçava para não deixar que as lágrimas caíssem, mas estava falhando nessa tentativa. – Me desculpa por ter sido tão egoísta em não aceitar que você tem uma oportunidade única em mãos, me desculpa por só pensar em nós e não em você. Vai pra Grécia, aprimore seus conhecimentos e volte, mas.. volta pra mim.


Todo o saguão do aeroporto ficou em silêncio, eu não captava mais som algum, apenas da respiração rápida de Anahí contra o meu rosto. Abracei seu corpo e encaixei a cabeça embaixo de seu pescoço. Meu coração batia apertado, uma dor sem tamanho. Eu já estava morrendo de saudade dela antes mesmo de deixá-la ir. Anahí me afastou de seu corpo e limpou algumas lágrimas teimosas de sua bochecha, acariciou levemente meus cabelos e sorriu fraco. Fechei os olhos para sentir cada segundo daquele toque, que seria privado de mim por dois longos anos. A voz mecânica voltou a anunciar o voo e ela depositou um beijo na minha testa e, logo em seguida, selou nossos lábios. Um choque percorreu meu corpo e me permiti chorar.


- Eu volto.


- Promete?


- Prometo, sabe que não minto pra você.


- Me liga quando chegar, tá bom?


- Pode deixar. Eu te amo, Dul. Nos vemos daqui a dois anos.


- Boa sorte por lá, eu te amo.


Então ela se foi. Passou pelo portão de embarque e deu um sorriso fraco para mim. Não sei de onde tirei forças para me manter em pé no meio daquele saguão lotado de pessoas, mas minhas pernas me levaram automaticamente até meu carro, local onde deixei que meu choro acuado, fosse libertado. Soquei o volante diversas vezes e xinguei nomes até então, desconhecidos por mim. Dois anos. Eu teria que aguentar por dois malditos anos. Enquanto divagava sobre meu atual desespero, escutei meu celular tocar feito um louco. Revirei os olhos e atendi sem nem ao menos me preocupar com quem era.


- Dulcinha! 


- Oi, Harry.


- Nossa, que voz de enterro. O que aconteceu? 


- Anahí viajou a trabalho para a Grécia e só volta daqui a dois anos.


- Meu Deus. Onde você está? 


- Aeroporto, acabei de me despedir dela.


- Venha agora para a minha casa, Peter só chega à noite. Precisamos ter uma conversa e não quero saber de desculpas. As meninas estão vindo também e faremos um jantar entre amigos, nada de depressão, levanta essa cabeça. 


- Não estou com humor para jantares.


- Não perguntei sobre o seu humor. Vem agora para cá, quero um conselho de amiga e só você pode me dar. 


- Mas, Harry.. – eu nem terminei minha frase e o maldito havia desligado a chamada. Joguei a cabeça para trás e bufei, não tinha como fugir de Harry e, pelo seu tom de voz, era capaz de me buscar pelos cabelos caso eu não fosse até sua casa hoje. Bom, se não pode vencê-los, junte-se a eles.


O apartamento de Harry e Peter ficava muito bem localizado, era perto da Columbia e tinha bastante espaço. Os dois se juntaram logo após a formatura de Peter. Concluindo, eram praticamente casados. O lugar era modernamente decorado, para não dizer frescamente. Confesso que gargalhei bastante quando vim aqui pela primeira vez, porque o apartamento gritava que dois gays moravam nele. Harry não ligou, disse que era até bom saber que sua casa tinha a sua personalidade.


Ele me recebeu com um enorme sorriso. Vestia uma calça de moletom preta, uma blusa de lã de manga e uma touca ridícula de rena na cabeça. O apartamento estava decorado maravilhosamente para o natal, ele e Peter tinham um bom gosto gritante. Abracei Harry com toda força que consegui utilizar e ele entendeu que eu precisava daquilo, um conforto, sem ninguém para me julgar ou interromper.


- Vem comigo, vamos tomar um vinho para nos esquentar.


- Não quero beber.


- Não perguntei se você quer beber, disse que vamos tomar um vinho. Não é um convite, é uma ordem. Me dê seu casaco e coloque as botas ali no armário. – o chão do apartamento era aquecido, por isso não tinha problema em andar descalço. Guardei minhas botas e Harry colocou o casaco em um cabide dentro do mesmo armário.


- Estou cansada.


- Imagino. Eu aposto que seu cansaço não é físico e sim, emocional. Como foi a prova hoje?


- Tirei um A+.


- Isso é excelente, meus parabéns por passar na Coach.


- Não fiz a prova.


- O que?! – Harry abriu a boca em surpresa e quase deixou a garrafa de vinho cair no chão. – Como assim?!


- Eu passei mal antes da prova e não sei por quais motivos, a Coach me deu A+. Disse que com certeza essa seria a nota que eu ia tirar.


- Acho que vou começar a desmaiar pelos corredores, talvez consiga nota máxima também. – ele serviu duas taças e me entregou uma, fez sinal para que sentássemos no sofá da sala e me aconcheguei em uma das almofadas. – Conta, abre seu coração para o seu velho amigo.


- Virou psicólogo?


- Olha aqui, Sapavinõn, te jogo dessa janela agora mesmo. Estou tentando te ajudar e você vem ácida desse jeito?! Me poupa.


- Me desculpa, eu só não sei como lidar com tudo isso agora. Essa viagem da Anahí me pegou de surpresa, quer dizer.. a quanto tempo ela estava planejando isso?! Não pode ter sido da noite pro dia que surgiu essa oportunidade, entende?! Ficamos tanto tempo brigando, que nem nos preocupamos em avisar o que acontecia conosco uma para a outra. Aposto que Anahí tentou me contar, mas eu devia estar distraída demais surtando por algo fútil e sem fundamento.


- Quem é você e o que fez com a minha amiga?!


- Idiota.


- É sério, nunca te vi falando de uma maneira tão sensata e racional como agora. Pelo visto, essa viagem dela abalou toda e qualquer estrutura sua. Não quero te ver perturbada por causa disso.


- Desculpa te decepcionar, mas já estou. São dois anos, Harry, estou ferrada.


- Vai ficar no apartamento dela?


- Não, vou para o da Columbia e depois, me mudo para um no Upper East Side. É do meu padrasto e gostei da localização.


- Pelo menos, durma lá hoje.


- Para que?! Sofrer de saudade dela e depois ter vontade de me jogar do terraço?! – revirei os olhos e bebi metade do líquido que estava na taça.


- É verdade, ignore minha ideia. Mas veja bem, quando sentir muita saudade dela, durma lá. Pelo menos você cuida do apartamento, para não deixar empoeirar muito e estragar algo. Posso ir com você, se quiser.


- Desse jeito eu até aceito. – ele deu um beijo leve na minha mão e sorri fraco com aquilo, tinha que ser mais forte do que antes. – Harry, posso deitar um pouco? Quero descansar.


- Claro, o quarto de hóspedes é a segunda porta à esquerda. Durma, quando as meninas chegarem, acordo você para jantarmos.


- Obrigada, te devo uma. Que horas tem?


- Você me deve várias. São 14:30hrs. Por que?


- Daqui para Atenas são doze horas de voo. Ela chega lá duas horas da manhã. Bom, tanto faz, vou me retirar. – abracei meu amigo e levantei calmamente do sofá, me arrastando até o quarto de hóspedes. Só queria dormir.. e acordar daqui a dois anos.


Me joguei na cama e retirei o celular do bolso. Olhei para a foto que estava como proteção de tela e sorri fraco. Era a imagem de nós duas no dia do noivado, o momento em que Anahí me mostrou a aliança. Observei aquele sorriso estonteante dela e bloqueei a tela, não podia ficar sofrendo desse jeito. Ela volta. Eu sei que volta. Para mim, para nós.



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“Chamando a Dra. Dulce María Savinõn, emergência no sexto andar. Dra. Dulce María Savinõn, compareça ao sexto andar.“ A voz mecânica do hospital me chamava pela segunda vez. Estava deitada em um dos quartos onde os médicos podem descansar e abri lentamente os olhos, senti meu corpo doer assim que me sentei na ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 134



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  • AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20

    Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs

  • Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49

    aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!

    • Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17

      Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.

  • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30

    Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.

    • Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30

      entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.

    • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30

      Nunca escrevi negócio tão grande kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05

    que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21

      Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09

    eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58

    Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09

      Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16

    Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53

      É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48

    vou colocar a fic em dia....

  • MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13

    Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11

      Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs

  • Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09

    Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14

      Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs


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