Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni
Respirei fundo e fechei os olhos com força, não queria pensar que estava delirando ou algo parecido. Com toda calma do mundo, me virei e dei de cara com um par de olhos verdes familiares. Meu coração começou a sambar dentro do meu peito e senti minha respiração falhando assim que ela abriu um sorriso de canto. Eu estava paralisada e não parava de abrir e fechar os olhos.
- Ei, Dul, pare com isso.
- Isso é real? Você não é uma alucinação?
- Se eu fosse uma alucinação, poderia fazer isso?!
Ela segurou meu rosto com a mão e me puxou para um beijo. Não era algo desesperado. Anahí passava a ponta da língua pelos meus lábios e tinha um sorriso malicioso no rosto. Eu estava tremendo, era como se nunca tivesse beijado alguém na vida. Diversos choques passavam pelo meu corpo à medida que ela se aproximava cada vez mais de mim, mas sem retirar seus lábios dos meus. Anahí aprofundou o beijo e sua língua buscou a minha com urgência, estava quente e ela parecia desenhar seus movimentos. Eu suava frio, parecia uma adolescente assustada a ponto de ter sua primeira vez no mesmo dia que acaba de dar o primeiro beijo.
- Ana.. Anahí?
- O que foi, Dul? – ela beijava o lóbulo da minha orelha e ouvi sua risada rouca ecoar nos meus tímpanos. – Ainda pensa que sou uma alucinação?
- Isso não me prova nada.
- O que quer que eu faça?
- Bom.. – afastei-a um pouco de mim e senti meu corpo pegar fogo assim que seus olhos encontraram os meus. – Faça o que sabe fazer de melhor.. professora. – mordi o lábio inferior e ela repetiu meu gesto. Era bom estar de volta.
Anahí voltou a colar nossos lábios, mas dessa vez, o beijo parecia mais desesperado e nos guiava para uma direção maravilhosa. Ela passou seus dedos pela lateral do meu corpo, por baixo da fina camisa de seda que eu estava usando. Meus pelos se arrepiaram quando alcançou o bico dos meus seios, que já estavam mais do que rígidos. Anahí massageou levemente um e começou a puxar minha camisa para cima, tudo com tanta calma que até me impressionei. Ela não estava com pressa e parecia querer aproveitar cada segundo.
Retirei a peça e Anahí abriu um sorriso. Seus olhos passeavam pelo meu torso nu e eu a puxei para iniciarmos um outro beijo. A língua dela parecia ainda mais macia do que antes e seus movimentos nunca se encaixaram tão bem com os meus. Suguei seu lábio inferior e a ouvi soltar um leve gemido. Enquanto a beijava, também retirei sua camisa, deixando-a apenas de sutiã. Seus seios estavam maiores e por incrível que pareça, mais rígidos. A água da Grécia deve ser milagrosa, agradeço à Poseidon por isso.
- Senti sua falta. – a voz dela cortou nosso beijo e eu a olhei. Seus olhos estavam marejados, mas um sorriso brincava em seus lábios. Me permiti chorar também, eram dois anos reprimidos. Estávamos com saudade do sexo, é claro, mas os beijos, carinhos, abraços e especialmente a troca de olhares, era o que mais nos faltava.
- Eu também senti a sua falta.
- Desculpa.
- Pelo que?
- Por demorar tanto tempo e perceber só agora, que não posso ficar tanto tempo longe da única coisa que realmente me faz feliz.
- E o que é? – ela fez um carinho na minha bochecha e limpou uma lágrima que descia.
- Você.
Não quis mais ouvir palavra alguma. Avancei em Anahí como se estivesse possuída por um espírito, ela pareceu não ligar, pois sua reação foi a mesma. O beijo tornou-se violento e pegava fogo. Não fui delicada ao retirar o sutiã dela, apenas puxei com tanta força que a peça arrebentou. Anahí jogou em qualquer lugar, assim como fez com seu short. Suas mãos utilizaram da mesma violência para arrancar o pequeno short do meu pijama, que foi isolado para algum canto do meu quarto. Ali estava ela, assim como eu. Apenas de calcinha, enquanto nossos olhos gravavam cada curva do corpo uma da outra.
Anahí voltou a atacar meus lábios, mas sua língua não estava mais interessada em apenas me beijar. Ela foi descendo, traçando um caminho quente pela extensão do meu pescoço e distribuiu pequenas mordidas na minha clavícula. Tornou a descer e alcançou meus seios. Enquanto sugava o esquerdo, sua mão massageava o direito. Me permiti soltar um gemido engasgado e enrolei algumas mexas do seu cabelo entre meus dedos. Anahí continuou seu caminho, distribuindo beijos e mordidas por todo o meu torso, até alcançar meu osso do quadril. Ela abriu minhas pernas e sua língua explorava cada parte da minha coxa com cuidado, enquanto seus dentes deixavam algumas leves marcas em minha pele.
Seus dedos buscaram a alça da minha calcinha e com força, Anahí arrebentou-as. Olhei incrédula para ela, que apenas abriu um sorriso saliente e voltou a desenhar na minha coxa com sua língua quente e veloz. Meu corpo estava pegando fogo e meus dedos apertavam cada vez mais seus cabelos. Eu ansiava por aquele contato a dois anos e estava tão próxima de tê-lo. Minha intimidade latejava e eu pude sentir meu líquido começar a escorrer.
- Anahí.. eu..
Ela não me deixou continuar. Passou levemente a ponta da língua em meu clitóris e joguei o pescoço para trás. Anahí explorava minha intimidade com sua língua e eu não conseguia mais conter meus gemidos, que já estavam um pouco mais altos que antes. Ela sugava cada vez mais e eu estava a ponto de arrancar seus cabelos por conta da força que estava apertando. Anahí iniciou movimentos rápidos com sua língua em minha intimidade e mordi o lábio inferior, enquanto apertava o lençol com toda a força que tinha. Senti que gozaria mais rápido que o habitual, mas parece que ela sabia disso, porque parou o que estava fazendo e começou a subir, sem tirar os olhos de mim. Anahí parecia uma felina, pronta para atacar. Suas bilhas azuis estavam em chamas e meu corpo inteiro se arrepiou assim que senti sua intimidade encostar na minha.
- Você é muito gostosa.
- Você é muito mais, Anahí. Eu.. – sem aviso prévio, ela me penetrou. Deixei um gemido alto escapar e ela pareceu gostar, pois sua risadinha não passou despercebida. Anahí não tirava os olhos de mim enquanto seus dedos me penetravam cada vez mais rápido. Estávamos suando mais que o normal, o ar condicionado do quarto parecia não ter efeito nenhum sob nós.
Consegui me controlar um pouco, enquanto ela diminuiu a velocidade das estocadas e apenas me masturbava. Empurrei Anahí para longe de mim e arranquei sua calcinha com a mesma ferocidade que ela fez com a minha. Eu sentia o líquido quente correr por minhas coxas e meu coração dançar feito louco dentro do meu peito. Olhei para Anahí e ela estava diferente. A pele branca era iluminada pela pouca luz que vinha da rua e suas curvas estavam mais acentuadas por conta disso.
Levantei com pressa da cama e a puxei, joguei seu corpo contra a parede e ela pareceu impressionada. Ataquei seus lábios e, em seguida, comecei a descer por seu pescoço, ouvindo pequenos gemidos dela. Meus dedos correram para encontrar sua intimidade e quando a encontraram, estava molhada. Abri um sorrisinho sarcástico e ela sorriu de lado. Penetrei Anahí com dois dedos e ela soltou um gemido rouco e arrastado, meus movimentos estavam rápidos e eu queria que ela goz/asse ali mesmo. Enquanto a masturbava, abocanhei um de seus seios e ela arranhava a parede em um esforço inútil para tentar se controlar.
Anahí pareceu retomar o controle quando mudou de posição comigo e me colocou sentada na minha antiga escrivaninha, jogando tudo que estava em cima, para o chão. Não sei como as meninas não acordaram, mas isso não estava perto de ser meu interesse ou preocupação no momento. Anahí abriu minhas pernas com violência e senti sua intimidade tocar a minha. Inclinei um pouco o corpo para trás e ela começou a rebolar, causando um atrito maravilhoso entre nós. Introduziu seus dedos em mim e eu gritei. Estava próxima de um orgasmo e ela sabia disso, porque o dela também estava.
Cravei minhas unhas nas costas de Anahí assim que ela desceu e começou a sugar e lamber minha intimidade. Não estava me importando sobre o volume dos meus gemidos ou da bagunça que estávamos fazendo, eu a queria dentro de mim. Senti meu corpo convulsionar e explodi em um orga/smo sobrenatural. Minhas pernas estavam bambas e puxei Anahí para cima, iniciando um beijo desesperado. Ela estava suando mais ou como eu e não ia deixar que somente eu tivesse prazer. Desci da escrivaninha com dificuldade e joguei Anahí de volta para a cama. Minha língua alcançou a intimidade dela e a ouvi gemer alto. Suas mãos buscaram meus cabelos e ela os entrelaçou em seus dedos, pedindo com urgência por mais contato. Chupei e lambi, Anahí estava com a respiração rápida e seu peito descia e subia rapidamente. Introduzi um dedo e depois de alguns segundos, o grito dela, seguido de seu líquido quente em minha boca, haviam indicado que ela tinha chegado ao org/asmo.
Subi lentamente, distribuindo beijos por seu torso suado e deitei em cima dela. Retirei os cabelos suados de seu rosto, vi que suas bochechas estavam coradas e os olhos brilhando. Anahí sorria de uma maneira diferente, era um ar tranquilo e satisfeito, assim como o meu. Dei um beijo em sua testa e deitei ao seu lado, passando a perna por cima dela. Ela virou para me olhar e ficamos nesse jogo por alguns minutos, apenas esperando a respiração de ambas estabilizar, para só então, conversarmos. O quarto tinha um cheiro doce e o ar condicionado finalmente começou a fazer efeito. Passei o lençol por cima de nós e ela suspirou.
- Eu te amo, Dul.
- Eu te amo, Anahí.
- Desculpa por não te avisar que estava voltando, queria fazer uma surpresa.
- Claro que eu te desculpo, tem surpresa melhor que essa? Sabe o que isso tudo me lembrou? – eu fazia um carinho em seu rosto e ela sorria.
- O que?
- Daquele dia do baile. Lembra? Quando você deixou o Stromberg plantado em casa e veio até aqui.
- É verdade. Eu quase quebrei a coluna nesse dia quando tive que pular a janela. – soltei uma gargalhada e ela fez um bico. – Não ria, foi desesperador. Achei que sua mãe nos pegaria no flagra.
- Eu estou rindo agora, na hora eu fiquei desesperada. Falando em pular a janela, como chegou até aqui se a janela está fechada?!
- Você deixou a da sala aberta de novo.
- Droga, tenho que prestar mais atenção nas coisas.
- Tem mesmo. Dulce, que tal tomarmos um banho?
- Segundo round? – abri um sorriso malicioso e ela negou com a cabeça. – O que?
- Eu não estava pensando nisso, mas não é má ideia. Vamos.
Anahí levantou com pressa e me puxou para o banheiro. Transamos por cerca de uma hora dentro daquele chuveiro, minha mãe com certeza ia estranhar o valor da conta de água. Eu não me importava, poderia pagar quantas contas ela quisesse, se todas as vezes eu pudesse ter uma noite dessas com Anahí. Estávamos de volta aonde tudo começou e isso me fez ter diversos déjà-vus. Pensei também em qual seria a reação de Demi e Selena quando vissem Anahí aqui. Eu precisava estar acordada.
- Acho que posso ficar meses sem ir à academia depois de hoje. – olhei para ela e gargalhei. Anahí estava deitada, usava uma cueca boxer preta e uma camisa larga. Eu optei por uma camisola de seda simples, não queria ter muito trabalho caso acontecesse sexo matinal.
- Só você?! Eu tenho certeza que minha barriga e coxas estão torneadas. – me aninhei a ela na cama e Anahí começou a fazer um carinho em meus cabelos, enquanto eu podia escutar seu coração bater tranquilo. – Nem acredito que você está mesmo aqui.
- Também não acredito que estou aqui. Morro de medo de dormir e quando abrir os olhos, estar de novo naquele navio e sem você.
- Anahí... – minha voz saiu falhada, o sono estava me levando, mas eu também estava com medo de que tudo não passasse de um sonho. – Não dorme.
- Eu não.. não vou dormir. – a voz dela também estava fraca e nós duas estávamos à beira de apagar. – Se isso foi um sonho, mal posso esperar pela realidade.
- Faço das suas palavras, as minhas. – acabamos dormindo, mas eu sentia uma aflição familiar. E se eu despertasse e tudo não passasse de mais um dos meus sonhos eróticos que tive ao longo de dois anos com ela? Estava cansada de imaginar.
- Bom dia, vamos acor.. Ai, meu Deus! – levantei da cama em um pulo e vi Demi boquiaberta na porta do meu quarto. Eu ainda estava um pouco zonza e demorei para recobrar os sentidos. Olhei para o lado e vi Anahí. Não foi sonho, ela estava mesmo ali comigo. – Anahí!
Demi, pulou na cama e abraçou minha noiva, que despertou com um susto. Ela levou a mão ao peito e também precisou de alguns segundos até perceber aonde estava e quem havia pulado nela. Ao me ver, abriu o mais bonito dos sorrisos e atacou meus lábios, iniciando um beijo apaixonado.
- Vou deixar o casal, o café da manhã está na mesa. Não demorem ou mando Cláudia subir. – Demi saiu do quarto e ouvi o soluço de Anahí.
- O que foi?
- Isso.. não é sonho. Você está aqui, eu estou aqui. Somos nós de novo. – ela gargalhava e chorava. Não consegui evitar de fazer o mesmo e selei nossos lábios. – Dois anos acordando todas as manhãs e tendo as mesmas decepções de não ter você comigo. Não consigo acreditar que estou realmente na sua frente.
- Passei dois anos me afundando no trabalho, era uma maneira de distração para conseguir me manter sã. Mudei tanto nesses anos, me segurei a cada esperança que eu tinha de que você ia voltar logo e tudo daria certo. Mas.. ontem eu juro que cheguei a desconfiar de você.
- Por que?
- Keaton apareceu no meu apartamento.
- Stromberg?! O que aquele fedelho queria?
- Me mostrou cinco fotos de você com uma mulher. O nome dela é Ryan e trabalha em um grupo de acrobatas em Atenas. Pode me explicar o que significa isso ou.. era invenção dele? – Anahí começou a gargalhar e eu franzi o cenho em dúvida. Não estava achando a menor graça. – O que foi? Acha engraçado?
- Ryan foi quem me ensinou a música que cantei pra você, tem outra coisa sobre ela que eu vou te contar, mas agora não é a hora certa.
- Você me traiu com ela?!
- O que?! Claro que não!
- Anahí..
- Não acredito que está pensando nisso. – ela levantou da cama e passou a mão pelos cabelos. Sentei no colchão e fiquei com pernas de índio, abraçando o travesseiro dela e sentindo seu cheiro. – Depois de tudo que eu fiz, aparecer aqui, chorar só de te ver. Depois de ter te ligado, aprendido um música por você, ter feito aquele vídeo. Por que ainda pensa que eu possa ter te traído?! Só porque o Stromberg te mostrou algumas fotos? Aposto que foi no dia em que eu e Ryan nos encontramos para falar de algumas coisas. Ela é casada e não me parece ser a mulher que trai. Caramba, Dulce, o que eu faço pra você se tocar que eu não preciso de mais ninguém, além de você?!
- Me desculpa. – abaixei a cabeça e afundei o rosto no travesseiro, sentindo algumas lágrimas molharem a fronha. Anahí se aproximou e levantou meu rosto, fez um carinho leve na minha bochecha e sorriu fraco.
- Você pode ter crescido, mas continua a mesma Dulce que eu conheci no colégio. Até mesmo na teimosia. Não precisa se preocupar, estou aqui agora e não vou mais embora.
- Promete?
- Está vendo esse anel no seu dedo? – ela segurou minha mão direita e passou o dedão por cima da aliança de noivado. – Ele era da minha avó e meu pai ia dar ao Chris. Não sei porque, mas no dia em que ele veio para o meu aniversário, deu para mim. Disse que sentia que eu merecia mais, porque finalmente tinha encontrado a pessoa certa. Você é essa pessoa, entende? Eu esperei todos esses anos por você. Posso te dizer quando foi que me apaixonei?
- Quando?
- No dia em que você cravou aquela caneta no meu braço. Fiquei encantada com a sua ousadia e me apaixonei na mesma hora. Sabia que você era diferente e que não encontraria mais ninguém assim. – passei a mão lentamente pela cicatriz no braço dela e dei um beijo em cima. – Você está marcada em mim, por dentro e por fora.
- Amo você, professora Portilla.
- Também amo você, Savinõn. – encostamos nossas testas e ficamos apenas nos olhando, enquanto sorríamos feito duas patetas.
- Agora vamos descer, antes que a Claúdia apareça aqui e comece a fazer milhões de perguntas.
Fiz um rabo de cavalo e Anahí me seguiu até a porta do quarto, mas antes de sair, ela me prensou contra a parede e atacou meus lábios. Senti o velho calor começar a correr entre as minhas pernas e sabia onde aquilo ia dar se ficasse mais cinco minutos ali. Empurrei seu corpo para longe de mim e abri a porta, correndo para o corredor. Anahí me alcançou e grudou em minhas costas. Senti sua intimidade bater contra a minha bu/nda e gemi franco. Ela me colocou na parede e começou a distribuir beijos pela minha nuca, eu queria que acontecesse, e o perigo de ser pega só aumentava meu tesão.
- Dulce, eu.. vão para um quarto! – Cláudia apareceu na ponta da escada e cruzou os braços, abrindo um sorriso enquanto olhava para o lado. – Não sou obrigada a ver isso no corredor.
- Desculpa, Cláudia, estávamos descendo.
- Sei. Só se for descendo a calcinha até o chão, né? Vamos logo, Demi e eu queremos ir ao shopping.
- Quando se tornou tão abusada?
- Quando se tornou tão safada? – dei a língua para ela e minha irmã desceu as escadas novamente. Anahí estava rindo e com as bochechas vermelhas. Dei um tapa no braço dela e a mesma continua gargalhando, enquanto massageava a área atingida.
- Está vendo o que você faz? Olha o mico que eu paguei!
- Fala sério, Dul. Sua irmã não é mais criança e ela sabe muito bem o que você sempre fez comigo. Vamos logo, estou faminta.
Quando chegamos no andar de baixo, Demi e Cláudia estavam com sorrisos maliciosos para nós duas. Revirei os olhos e me sentei à mesa, mas Anahí foi direto dar um abraço apertado em Demi e um beijo na minha irmã. Parecíamos uma família feliz, mas meus pensamentos foram cortados pelo celular de Cláudia que berrava do outro lado da sala. A pequena levantou correndo para atender e pediu licença, indo para a área externa da casa.
- Quanto tempo eu dormi? – observava minha irmã gesticulando e andando de um lado para o outro, enquanto colocava café em uma xícara.
- Precisamente um ano e meio. – Demi mordia uma torrada e Anahí sorriu, tomando um gole de seu chocolate quente. – Quando você chegou, Portilla?
- Ontem de noite.
- Como eu não vi?!
- Era madrugada. Peguei um táxi no aeroporto e vim direto pra cá.
- Como entrou?! Tem a chave?
- Dulce deixou a janela da sala aberta de novo. – olhei com cara de poucos amigos pra ela e tomei um gole do café, sentindo meu corpo inteiro esquentar.
Cláudia entrou novamente e seu sorriso estava a ponto de rasgar o rosto. A pequena deixou o celular em cima da mesa e suspirou. Eu bem conhecia isso, minha irmã possuía os meus trejeitos quando tinha a idade dela. Estava apaixonada e não consegui evitar uma pontada de ciúme e curiosidade para saber quem era.
- Quem era, Cláudia?
- Ninguém importante. – ela colocou um pouco de chocolate quente em sua xícara e tomou um pouco.
- Está querendo enganar quem?! Anda, quem é o sortudo?
- O nome dele é Scott.
- Isso me lembra whisky e também me lembra que eu preciso comprar uma garrafa. – Anahí comentou e Demi levantou a xícara, como se estivesse aprovando o pensamento dela. Cláudia revirou os olhos e eu ri baixo. – O que foi?
- Estou tentando falar sério aqui.
- Ui, olha só quem está tomando atitude. Gostei de ver.
- Para, Anahí. Deixa de ser implicante! – Cláudia deu mais um gole e colocou a xícara de lado. Entrelaçou os dedos em cima da mesa e suspirou olhando para mim. – Ele é muito legal. É um dos melhores alunos da escola, super educado e me respeita bastante.
- Esse menino é real?
- Muito real. Por isso estou com medo, pode ser só uma primeira impressão.
- Basta tomar cuidado e não se deixar levar por qualquer coisa que ele disser. Faça as coisas quando estiver preparada, ok? – fiz um carinho leve na mão dela e Cláudia sorriu, assentindo.
Depois de tomar café, Demi estava aflita para ir até o shopping. Eu particularmente não entendi o motivo para tanto desespero, tudo bem que já passava das onze da manhã e que todas nós acordamos muito tarde, mas sair logo agora, estava fora de cogitação. Cláudia parecia nervosa, não parava de tagarelar que precisava ir também. Quase mandei as duas irem sozinhas, mas Anahí fez questão de levá-las.
Assim que entramos no enorme shopping, Demi e Cláudia correram em uma direção, deixando eu e Anahí com cara de paisagem. Ela sorriu fraco, deu de ombros e entrelaçou nossas mãos. Caminhamos calmamente pelos corredores, observando algumas lojas e comentando sobre algumas pessoas. Era tão bom tê-la de volta e dessa maneira. Enquanto passávamos em frente a uma loja de produtos para crianças, meu celular tocou e vi o nome de Harry no visor. Revirei os olhos e sorri fraco, atendendo a ligação. Mas o que eu ouvi não foi nada agradável.
- Por favor, você precisa voltar!
- Harry, calma! O que aconteceu?
- Você está sozinha?!
- Não, a Anahí está aqui. Pelo amor de Deus, criatura, o que houve?! – já estava desesperada e foi fácil para Anahí perceber. Ela se aproximou de mim e me olhou com cara de dúvida. – Fala, Harry!
- Me deixa falar com ela, agora!
Passei o telefone para Anahí e fiquei olhando com expectativa. Não conseguia decifrar o que Harry possivelmente queria com ela, mas as feições dela indicavam que não era nada bom. Anahí passava a mão pelos cabelos, sinal claro de nervosismo e ansiedade. Ela suspirou e depois de se despedir de Harry, me passou o celular. Me aproximei dela e vi seus olhos banhados de lágrimas.
- O que aconteceu?
- Você.. pre.. precisa voltar.
- Por que?! Estou de férias. Anahí, você está me assustando.
- A je.. Jéssica. Você precisa ajudá-la.
- O que tem a Jéssica?
- Se você não operá-la, ela e o bebê podem não resistir. Estão transferindo-a para o hospital hoje à noite. Por favor, Dul. Salva ela.
Senti meu mundo girar e os olhos de Anahí imploravam por uma resposta. Fiquei um pouco tonta e me apoiei nela, abraçando-a e sentindo seu coração bater acelerado. Cláudia e Demi apareceram com duas sacolas, mas pararam de sorrir ao perceber que algo estava errado. Minha irmã me tirou do abraço de Anahí e me encarou com dúvida.
- O que foi?
- Vou voltar para Manhattan hoje. Tenho uma operação para fazer, e se eu não tiver sucesso.. não vou me perdoar.
- Tudo bem, eu fico com a Demi, mas.. você volta?
- Volto. Agora tenho que ir para o aeroporto. Anahí, você vai comigo?
- Vou. Vamos deixar as meninas na sua casa e pegar nossas coisas. Temos dez horas para fazer tudo. – ela suspirou, aproximou-se de mim e deu um beijo na minha testa. – Obrigada.
Saímos com pressa do shopping e Anahí dirigiu como uma louca até chegar em casa. No percurso eu imaginei milhões de possibilidades e comecei a suar frio. Não queria falhar, não podia falhar. Não tinha só uma vida em minhas mãos, era Jéssica e seu bebê. Eu a salvaria hoje, devia isso a ela depois de tantos conselhos e ajudas que me ofereceu por tanto tempo. Olhei de relance para Anahí e ela mordia impacientemente o polegar, tirando um pouco de pele e causando um leve sangramento. Segurei sua mão e ela sorriu fraco. Beijei a ponta de seu dedo e ela suspirou, entrelaçando nossas mãos. Hoje muita coisa ia mudar, inclusive a nossa história.
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Comentários da Fanfic 134
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AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20
Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs
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Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49
aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!
Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17
Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.
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MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30
Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.
Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30
entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.
MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30
Nunca escrevi negócio tão grande kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05
que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21
Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09
eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58
Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09
Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16
Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!
Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53
É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk
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Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48
vou colocar a fic em dia....
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MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13
Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11
Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs
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Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09
Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!
Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14
Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs