Fanfics Brasil - Capítulo 6 My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada

Fanfic: My biology ( Portinon e Savirroni) 1/2 temporada finalizada | Tema: Portinon e Savirroni


Capítulo: Capítulo 6

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Um mês e meio se passou desde a primeira vez em que dormi na casa de Maitê. E a cada vez que eu voltava àquele apartamento, as coisas melhoravam, o que eu achava ser impossível. Nunca pensei que pudesse me sentir tão feliz e completa com alguém como eu me sentia com ela, e eu sorria até nas aulas da Portilla, que agora me ignorava total e completamente. Só me dirigia a palavra quando era estritamente necessário falar comigo, e me tratava com indiferença, o que por mim, podia continuar assim pelo resto dos meus dias.


- Antes do fim da aula, eu quero lhes informar que houve uma pequena mudança quanto a excursão à reserva ambiental de depois de amanhã. – Maitê disse, durante os últimos minutos da aula de biologia, sendo fixamente observada por mim, claro. – Como vocês já sabem, a reserva fica a algumas horas daqui, então pode ser que a excursão só acabe pouco antes do anoitecer, e como de costume aqui na escola, vocês serão acompanhados por dois professores.


Como o final do bimestre estava próximo, os professores que já tinham dado todo o conteúdo previsto para aquele espaço de tempo costumavam marcar excursões com as classes, e pedir relatórios ou trabalhos sobre o que aprendíamos no passeio. Eu já estava sabendo dessa excursão, portanto nem me alarmei muito, só não sabia que pequena mudança era essa. E se eu soubesse que a resposta pra esse mistério me renderia maus momentos, preferia continuar não sabendo.


- Eu e a professora Boyer estávamos escaladas para acompanhar a classe de vocês. – Maitê prosseguiu, me lançando um breve olhar conformado, que eu devolvi com um pouco de tensão. – Mas a diretora resolveu fazer uma pequena alteração. De acordo com a nova escala, eu e a srta. Boyer acompanharemos o primeiro ano na excursão deles, que será amanhã, e quem irá acompanhá-los na excursão de vocês serão os professores Reid e a Portilla.


Acho que é agora que eu rodo a baiana, não é? Que papo é esse de ‘vou com as menininhas puti/nhas e o bando de testosterona ambulante do primeiro ano amanhã enquanto vocês sofrem na mão da pedófila nojenta e sem escrúpulos da Portilla’? Se ela achava que eu ia deixar isso passar em branco, estava muitíssimo enganada.


- Podem ir para o laboratório, até semana que vem e boa excursão. – Maitê encerrou, enquanto todos se levantavam com as mochilas nas costas rumo à aula da Portilla. Eu arrumava lentamente meu material, de cara fechada, esperando até o último aluno sair e me deixar sozinha com a Maitê. Assim que todos haviam saído, ela fechou a porta da sala e já começou a falar:


- Eu sei que você não gostou da notícia, mas…


- Mas o que, Mai? - cortei, inconformada, sem nem me mexer na cadeira enquanto ela se aproximava. – Por que você não me contou antes?


- Eu não pude evitar, só fiquei sabendo disso hoje! – ela explicou, agachando-se à minha frente. – Você acha que eu fiquei feliz de não poder mais ir com a sua classe?


Soltei um suspiro chateado e fechei os olhos. Ela realmente não tinha culpa, dava pra ver que ela estava sendo sincera. Voltei a encará-la, me imaginando naquela reserva ambiental tendo que respirar o mesmo ar de Anahí Portilla por mais de uma hora. O pior pesadelo que alguém poderia ter.


- Me desculpa, acho que eu surtei um pouquinho. – murmurei, sorrindo sem graça e colocando as mãos em seus ombros. – Mas é que ia ser simplesmente ótimo passar o dia todo com você, e além do mais, você sabe que eu odeio a professora Portilla.


- É, eu já notei essa birra que você tem com ela. – Maitê riu, erguendo as sobrancelhas.


- Essa birra que eu tenho com ela? – repeti, apontando pro meu próprio peito, um tanto incrédula. – Ela é que tem birra comigo e não é capaz de me dar uma nota justa pelos meus relatórios, você sabe bem disso!


- Eu também não entendo, mas não posso me meter no método de correção dela, já te falei milhares de vezes. – ela explicou, revirando os olhos. – Mas você bem que podia tentar ser gentil com ela… Quem sabe as coisas não melhoram, incluindo a sua nota?


- Você tá de brincadeira, né? – eu falei, rindo sarcasticamente. – Eu ser mais gentil com a Portilla? Mas nem morta! Eu me recuso a tratar aquela imbecil como algo mais além de uma verme inútil!


- Você não devia falar essas coisas dela. – Maitê retrucou, subitamente séria e parecendo ofendida. – A Anie é uma das minhas melhores amigas e é uma mulher muito legal. Não fale do que você não sabe.


Franzi minha testa, boquiaberta com aquela resposta, e assenti devagar.


- Acho que se tem alguém aqui que não sabe do que tá falando, esse alguém é você, Perroni. – murmurei, tentando conter minha raiva só de me lembrar de tudo que a Portilla já tinha me feito (ou tentado fazer) de mau. – Mas se você quer tanto defender sua amiga, não vou te impedir. Só não venha me dizer que não te avisei.


- Dul, espera. – Maitê pediu, me impedindo de levantar quando eu tentei ficar de pé, já com a mochila sobre um ombro. – Não precisa ficar brava, eu não quis te chatear…


- Me deixa levantar, por favor. – pedi, sem olhá-la, com um sentimento enorme de injustiça dentro de mim. A mulher que eu amava defendendo a canalha que vivia atormentando a minha vida e ainda me destratando por causa dela? E o pior de tudo, eu não podia simplesmente chegar contando tudo que a professora Portilla já tinha me feito sem ter como provar, Maitê jamais acreditaria. Ela era cega pela imagem de boa moça da amiga, já dava pra perceber isso há um bom tempo. Péssimo, horrível, deplorável, humilhante.


- Não, eu não vou te deixar ir embora brava comigo desse jeito, não sabendo que amanhã não vou poder te ver! – ela negou, ficando irritada. – Para de ser infantil, Dulce!


- Infantil? – perguntei, ainda mais inconformada, sem nem conseguir raciocinar direito. – Se eu sou tão infantil, por que quis ficar comigo? Se você não acredita no que eu digo, por que insiste em se desculpar? Se eu só falo mentiras sobre o que eu não sei, me deixa ir embora, afinal, eu tô perdendo a aula da sua tão querida melhor amiga, esqueceu?


Consegui levantar, apesar dos esforços dela pra que eu ficasse, e sem nem olhar pra trás, deixei a sala de aula, trêmula da cabeça aos pés. Apesar do medo de acabar ferrando tudo com aquela primeira briga, eu me sentia firme, agindo do jeito certo. Maitê não conhecia a amiga que tinha, e depois de tudo que aquela crápula me fez passar, eu não seria capaz de ouvir todos aqueles absurdos calada. Engoli em seco, levando a vontade de chorar e de voltar correndo pros braços de Maitê pro fundo do meu estômago, enquanto caminhava rapidamente em direção ao laboratório. 



(....)


- Ih, que cara é essa? – Demi perguntou, na hora da saída, quando se sentou ao meu lado na mureta que ficava em frente ao colégio. – A Portilla aprontou alguma?


Neguei com a cabeça, encarando o nada com a expressão fechada. Os 50 minutos da aula de laboratório tinham conseguido ser mil vezes mais tranquilos que os poucos minutos em que eu e Maitê brigamos na aula de teoria, fora meus olhares carregados de ódio pra Portilla durante sua explicação. O olhar sério de Maitê me censurando não saía da minha cabeça, e aquele sentimento de injustiça continuava dançando dentro de mim.


- O que foi então? – ela insistiu, e eu nem precisei responder. Assim que ela terminou de falar, Maitê saiu do colégio, e logo nossos olhares se encontraram. Seus olhos castanhos estavam sérios, e eu sustentava seu olhar, igualmente chateada. Maitê só tirou seus olhos dos meus quando foi atravessar a rua, e não ousou olhar na minha direção até arrancar com o carro e deixar a escola. Assim que ela sumiu de vista, abaixei a cabeça e soltei um suspiro triste, de olhos fechados.


- Acho que já entendi o que aconteceu por aqui. – Demi murmurou, ainda olhando na direção pra onde Maitê seguiu com o carro. – Vocês brigaram.


Quando abri a boca pra começar a contar, minha mãe chegou pra me levar pra casa. Apenas sorri fraco pra Demi, tentando não parecer tão arrasada, e balancei a cabeça negativamente.


- Depois a gente conversa. – murmurei, me despedindo dela e entrando no carro. 


(....)


Eu não tenho nada contra excursões escolares. Só odeio o tipo de organização que a minha escola usava. Nem pra ter um pouco de respeito por quem tá estudando nos andares de cima, sabe. A diretora tem que ficar berrando os nomes dos alunos naquele microfone ensurdecedor pra todo mundo ouvir, parece que é uma necessidade vital pra ela. Como se eu me importasse em saber se Drew Chadwick já estava na escola, francamente. Pra ser honesta, eu só me importava com uma coisa. Maitê Perroni!


Após um dia inteiro sem conseguir tirar aquele desentendimento da cabeça, refleti muito sobre como devia agir dali em diante. Ela até que podia estar errada, mas não era por maldade. Maitê realmente acreditava que a professora Portilla era uma pessoa legal, e eu não duvido nada que ela tenha seus meios de enganar os outros. Tava pra nascer mulher mais cafajeste que ela, fato. Soltei um suspiro arrependido, encarando vagamente a janela ao meu lado, de onde eu podia observar o pátio lotado de alunos do primeiro ano. Mal tinha começado a primeira aula e o professor de química já estava escrevendo na lousa, mas eu não me importava com o sr. Brown naquele momento. Outra professora estava prendendo minha atenção, e ela não parecia estar tendo a menor dificuldade em organizar a fila de pirralhos do primeiro ano que logo entrariam num dos enormes ônibus estacionados na frente da escola para passar um dia inteiro em sua companhia na reserva ambiental.


Continuei observando Maitê lá embaixo, ajudando o último aluno fora de sua fila a achar seu lugar, e assim que terminou, colocou as mãos nos quadris e jogou a cabeça pra trás, encarando o céu nublado. Estava doendo em mim vê-la pela primeira vez depois da discussão de ontem, e tudo que eu queria fazer era pular por aquela janela e me desculpar por tudo. Mas eu estava presa na aula de química, e ela estava presa àquela excursão idiota. Maitê lentamente se virou até ficar de frente para o prédio de onde eu a olhava, e pra minha surpresa, seus olhos não hesitaram em se cravar na janela da minha classe. A janela por onde ela podia me ver também, mesmo que de uma certa distância. Seu olhar, apesar de distante, conseguiu me deixar pior do que eu já estava. Sua expressão ao me encarar era séria, mas pelo menos ela não parecia tão brava quanto ontem. Por que eu tinha que deixar meu orgulho ser maior que o que eu sentia por ela? Você gosta de uma idiota, Perroni. Fato!


Mais atrás, a srta. Boyer já encaminhava alguns alunos na direção da saída da escola, e pude ver seus lábios chamarem o nome de Maitê. Voltei a encará-la, me odiando pra sempre, até que ela se virou na direção da professora Boyer e a ajudou com a organização dos alunos. Merda. Essa piranha ia ter seu dia de sorte hoje, passando o dia todo ao lado de uma mulher linda, perfeita e insatisfeita com a garota infantil com quem tinha escolhido se relacionar. Bela oportunidade de tirar uma lasquinha. Fechei meus olhos quando ela sumiu do meu campo de visão, tentando afastar o ciúme que ardia neles, e voltei a me concentrar na matéria de química.



(....)


- Você vai mesmo amanhã? – ouvi Demi perguntar, na hora da saída, e assenti devagar, observando os carros que passavam. Não tinha como não encarar o carro vazio de Maitê, estacionado no lugar de sempre, e não querer que ela subitamente saísse da escola, com seu sorriso habitual, e atravessasse a rua naquela direção.


- Tem certeza de que não vai mesmo poder ir? – suspirei, olhando pra ela com cara de nada. – Ter alguém com quem conversar ia me fazer bem… Eu acho.


- Não, minha mãe não quer que eu vá e acabe sendo atacada por mosquitos do tamanho de azeitonas ou coisas do tipo. – Demi respondeu, cruzando os braços e revirando os olhos – Você conhece minha mãe, super protetora até a medula.


Não deu pra não rir um pouquinho com aquele comentário mais do que verdadeiro. A sra. Lovato costumava ser bem enérgica quando o assunto era proteger Demi.


- Que exagero, mosquitos do tamanho de azeitonas só existem na África. – chutei, com um sorriso fraco no rosto.


- Eu sei disso, mas minha mãe não sabe. – Demi resmungou, um pouco irritada. – Já tentou dizer isso a ela? Vai entrar por um ouvido, ela até vai fingir pensar no seu caso, e depois vai sair pelo outro lado.


Ri mais um pouco, e ela logo caiu no riso comigo. Só ela mesmo pra me fazer rir naquele estado deplorável no qual eu me encontrava por dentro.


- Você falou com a Perroni hoje? – ela murmurou, voltando a ficar séria, e senti meu estômago revirar. Eu tinha telefonado pra ela na tarde anterior e tinha contado tudo que tinha acontecido depois da aula de teoria. Demi concordou comigo, e disse que eu devia contar tudo que a Portilla tinha aprontado, mesmo correndo o risco de Maitê não acreditar em mim. Durante o resto do dia, fiquei pensando no que deveria fazer, e decidi que iria seguir o conselho dela. Só não tive a oportunidade de conversar com ela ainda.


- Não. – respondi, sem olhar pra ela – Ela tá na excursão hoje, lembra?


- E amanhã é a sua. – Demi disse, e eu pude sentir seu olhar tristonho sobre mim. – Você vai à casa dela nessa sexta?


- Só vou se ela me chamar. – falei, dando de ombros tristemente. - Não vou simplesmente aparecer sem ter sido convidada.


Desde a primeira vez em que fui à casa dela, não tinha deixado de passar as tardes de sexta-feira lá uma vez sequer, nem que fosse pra ajudá-la com a correção de algumas provas e trabalhos enquanto conversávamos. Talvez essa fosse ser a primeira vez em que não nos veríamos, e era tudo culpa da minha imaturidade. Palmas pra mim.


- Eu acho que ela vai te chamar sim. – Demi me encorajou, deitando sua cabeça em meu ombro de um jeito carinhoso e até um pouco engraçado. – No mínimo pra vocês se resolverem.


- Assim espero. – sorri fraco, olhando vagamente os carros que passavam pela rua, com o pensamento a algumas horas de distância dali.


(...)



- Dulce María Savinon!!


Ergui minha mão assim que a diretora berrou meu nome no microfone, entediada e com todos os tipos de sentimentos negativos em relação àquela excursão idiota. Me senti ainda pior quando o professor Reid, com sua usual cara de quem tinha estrume de vaca debaixo do nariz, indicou que eu já podia ir para o ônibus com um aceno de mão. Ajeitando minha pequena mochila no ombro, andei vagarosamente até o veículo, como se eu pudesse evitar aquela tortura se andasse devagar. Como eu era tosca algumas vezes.


- Eu já mandei você escolher um lugar e se sentar, Keaton. – ouvi uma voz murmurar assim que me aproximei do ônibus, e quando cheguei à porta, vi a professora porrilla e o Stromberg conversando a uma distância menor do que a recomendada. E pela cara de dor de barriga dele, o clima não era dos melhores.


- Tudo bem, professora. – ele concordou, me lançando um olhar surpreso, e entrou no ônibus. A professora Portilla passou uma mão pelos cabelos, usando sua técnica mais que aprovada de me tratar com indiferença, e eu apenas a ignorei, entrando no ônibus logo depois.


Me sentei num dos primeiros assentos, evitando me misturar demais com o povo fútil que provavelmente começaria uma bagunça no fundo do ônibus. Peguei meu iPod de dentro da bolsa e coloquei a primeira música mal educada que achei no volume máximo, com uma cara espontânea de poucos amigos. Talvez porque eu realmente não quisesse estar ali, num ônibus cheio de gente que eu odeio, rumo a um lugar distante, cheio de mato, terra e bichos. Talvez porque tudo que eu quisesse era estar com Maitê e resolver as coisas entre nós, pra exterminar o aperto em meu peito que quase me sufocava.


Não demorou muito e o professor Reid entrou no ônibus, acompanhado da Portilla. Contaram rapidamente o número de pessoas, pra ter certeza de que todos estavam no ônibus, e assim que terminaram, fizeram sinal para que o motorista começasse a dirigir. Tirei um dos fones, entediada, para (infelizmente) ouvir o que a Portilla estava dizendo enquanto o veículo andava os primeiros metros em direção à reserva.


- Tentem não se afastar do grupo, o local é enorme e bastante confuso, portanto todo cuidado é pouco. – ela avisou, séria, e eu notei que seus olhos estavam especialmente azuis hoje, talvez porque estivessem realçados pela blusa da mesma cor. - Não se distraiam com os animais ou plantas exóticas que virem e prestem atenção nas explicações que os guias lhes darão, informações como aquelas não existem nos livros escolares. Qualquer problema, basta chamar o professor Reid ou eu.


Mudo, o sr. Reid apenas assentiu devagar para todos que o observavam, e os dois professores se encaminharam na direção de seus assentos. Que, por sinal, ficavam bem à minha frente. Eu já devia saber que aquela excursão seria ainda pior do que eu imaginava.


Coloquei os dois fones, batendo os pés de acordo com a bateria da música, e me contive a observar o céu nublado. Sem ter que aturar ninguém sentado no assento ao meu lado, silenciosamente ocupado pela minha mochila, não demorei muito tempo pra me distrair com os prédios e árvores que passavam rapidamente pela minha janela. Logo meu pensamento voou até Maitê, e me peguei pensando no que ela devia estar fazendo àquela hora. Dando aula, provavelmente. Tentei evitar que minha mente criasse qualquer tipo de imagem da excursão do dia anterior, ou de Maitê sendo consolada pela srta. Boyer, mas foi impossível. Deus, por que raios eu tinha que sentir ciúmes daquela mexerica desbotada? Ela ser bonita, atraente e um pouco viciada demais em testosterona (e progesterona) definitivamente não deveriam ser razões preocupantes o suficiente.


Algum tempo depois, senti uma mão tocar meu ombro devagar, e pulei de susto. Olhei na direção da pessoa, e dei de cara com Anahí Portilla. Tirei um dos fones contra a minha vontade e esperei ela falar.


- Trouxe celular, Savinon? - Assenti, sentindo um gostoso perfume invadir meus pulmões, e ignorei o fato de que só podia ser o dela. - Pode me passar o número? – ela perguntou, parecendo um pouco decente pela primeira vez na vida. - É pro caso de você se perder na reserva.


- Eu não vou me perder. – respondi, sem muita vontade de dar meu número de celular pra Portilla. – Pode ter certeza.


- Mesmo assim, são normas da escola. – ela insistiu, com um sorrisinho cordial, e eu tive que dar o número. Escolinha chata a minha, pelo amor de Deus. Assim que terminou de gravar meu número em seu celular, ela agradeceu rapidamente e voltou a se sentar ao lado do Reid. Mas esqueceu de levar uma coisa com ela. A porcaria daquele perfume.


Odores a parte, continuei a ouvir música e pensar em qualquer coisa que passasse pela minha cabeça (lê-se: Maitê Perroni) por todo o trajeto. Pouco tempo depois de deixarmos a escola, uma chuva fina começou a cair, explicando o céu nublado que já durava dois dias. E pelas nuvens negras que pairavam mais à frente, o tempo não melhoraria tão cedo.


- Pessoal, chegamos à reserva ambiental. - a professora Portilla disse algumas horas depois, enquanto o motorista entrava num grande estacionamento e eu guardava meu iPod na mochila. – Antes de sair, peguem as capas de chuva que trouxemos devido ao tempo chuvoso que estava previsto pra hoje. Eu vou distribuí-las na porta do ônibus.


Legal, ia ter que fazer contato com aquela idiota mais uma vez, e mal tínhamos chegado à reserva. Peguei minha mochila e a coloquei direito nas costas, com uma alça em cada ombro (diferentemente do que eu costumava fazer), já de pé. Esperei até que a aglomeração no corredor do ônibus diminuísse e me encaixei na primeira brecha que encontrei. 



- Capa de chuva, Stromberg. – ouvi a professora Portilla dizer assim que Keaton, que estava bem à minha frente, passou por ela. – Não vai querer que as horas arrumando o cabelo sejam em vão, vai?


Eu sei que a odeio e já cansei de expressar meu desprezo por ela, mas não deu pra não rir daquele comentário. Até que ela era engraçada quando tirava sarro das pessoas certas. E tinha um perfume viciante também. Não que isso importe. 


Ainda rindo disfarçadamente da cara de joelho do Stromberg ao pegar sua capa, peguei a minha, dobrada dentro de um pacote plástico, evitando contato visual com a srta. Portilla. Uma simples piadinha não a tornaria uma pessoa aceitável no meu conceito.


Burocracias à parte, logo estávamos dentro da reserva, ridiculamente iguais com nossas capas transparentes debaixo da chuva, que tinha aumentado consideravelmente. Aquele lugar era enorme, fato. Acho que nunca estive num lugar tão cheio de vegetação e terra na vida. O único cheiro que conseguia sentir era o de terra molhada, tão forte que minha cabeça doía um pouco. Um dos guias começou a nos levar reserva adentro, e eu apenas seguia o fluxo, já querendo que aquela excursão terminasse logo.


- Antes de começarmos a conhecer a reserva, vamos lhes mostrar um pequeno documentário sobre os efeitos do aquecimento global e da exploração prejudicial do homem à natureza, e também algumas medidas quem favorecem o desenvolvimento sustentável. – explicou o guia, quando chegamos a uma grande sala onde uma tela de cinema ocupava uma parede que ficava de frente para várias poltronas enfileiradas.


Eu realmente odiava vídeos assim, todo mundo já estava careca de saber de tudo que passava neles. Com cara de nada, apenas me sentei numa poltrona qualquer, numa das pontas mais próximas da porta de saída. Quanto menos eu tivesse que gastar energia ali, melhor.


O filme logo começou, e eu nem me dei ao trabalho de ouvir e/ou ver o que estava passando. Cutucando uma pele quase solta e dolorida que estava incomodando o canto da minha unha, esparramada na poltrona e com cara de mau humor, eu esperava ansiosamente até aquela porcaria acabar e podermos finalmente começar a observar as espécies exóticas de plantas e animais que existiam na reserva. Tudo ia relativamente bem, até que eu senti alguém se aproximar de pé ao meu lado. Não precisei nem erguer meu olhar pra saber quem era: o perfume (que não era de se jogar fora mesmo) já denunciava sua identidade.


- Dá pra parecer menos entediada? – ouvi a srta. Portilla cochichar entre dentes, abaixando um pouco seu tronco para ficar com a cabeça mais próxima de mim e se fazer ouvir. Revirei os olhos, de saco cheio, e me virei lentamente pra ela, até encontrar seus olhos.


- Dá pra fingir que eu não existo? – sussurrei, com uma expressão de desprezo sincera, e pude ouvi-la suspirar antes de se afastar, em tom de derrota. Isso mesmo, sai de perto. Seu perfume mais do que aceitável não vai me convencer.


Quinze minutos depois, eu ainda me encontrava naquela mesma posição, com a cabeça apoiada numa mão e quase dormindo. Olhei vagamente pra enorme tela à minha frente, tentando não adormecer, e vendo que não ia aguentar ficar acordada ali por muito mais tempo, resolvi tomar uma atitude drástica. Me levantei sorrateiramente, trazendo minha mochila comigo, e caminhei até o professor Reid, que estava sentado na primeira fileira ao lado da professora Portilla.


- Professor, posso ir ao banheiro? – falei, baixinho, fazendo cara de cachorrinho sem dono. – É urgente.


- Estamos na metade do documentário, Savinon. – ele murmurou, com sua habitual expressão afetada. – Tem certeza de que precisa ir?


- É realmente necessário. – respondi, ignorando o olhar da srta. Portilla praticamente me queimando de tão intenso. O sr. Reid ergueu uma sobrancelha, pensativo, e logo resmungou, derrotado:


- Saindo dessa sala, é a primeira porta à direita.


- Obrigada. – sorri, aliviada, e saí de fininho pela porta. A chuva tinha dado uma trégua mínima, deixando apenas uma garoa fina cair, o que já me dava uma certa liberdade pra respirar um pouco de ar fresco sem me molhar. Pelo amor de Deus, nunca mais pretendia voltar àquela reserva se fosse pra assistir a documentários como aquele. Fala sério, até uma criança de cinco anos sabe que a fumaça que sai das chaminés das fábricas prejudica a qualidade do ar.


Mais entediada do que nunca, peguei meu celular do bolso da mochila pra ver as horas, e meu tédio só aumentou quando vi que ainda faltava muito pra irmos embora. Lógico, sua anta, acabamos de chegar. Aposto que se Maitê tivesse vindo, tudo estaria sendo muito melhor, e eu estaria nas nuvens, sorridente e cheia de paciência pra aguentar qualquer chatice que aquele lugar me proporcionasse. Suspirei tristemente, tão a fim de ir embora que toparia voltar a pé pra casa, e tive uma ideia. Digitei rapidamente o número do celular de Demi e apertei o botão para chamar. Uns dois minutinhos de conversa ao telefone com alguém civilizado seria no mínimo revigorante. Assim que ouvi uma gravação da operadora dizendo que meu celular estava sem sinal, quase o deixei cair de susto por causa da segunda voz que surgiu atrás de mim.


- Não achou o banheiro, Savinon? – a srta. Portilla perguntou, irônica. Me virei depressa, cancelando a chamada, e logo seus olhos azulados entraram em foco.


- Que é, tá me seguindo agora? – rosnei, sem a menor paciência, e fazendo um breve silêncio ocupar nossos ouvidos por alguns segundos.


- Se eu não soubesse dessa sua… Simpatia com professores de biologia, suas respostas atravessadas seriam desanimadoras. – ela finalmente respondeu, com um cinismo impressionante no rosto, típico de alguém que sabia demais. Meus olhos se arregalaram um pouco sem que eu percebesse, minha garganta secou, meu coração acelerou, tudo ao mesmo tempo. Ela não sabia. Ela não podia saber.


- Do que você tá falando? – perguntei, usando toda a minha capacidade de mentir para controlar meus músculos faciais e não me entregar. A professora Portilla deu uma risadinha irônica e cruzou os braços.


- Ah… Você não sabe do que eu tô falando? – ela repetiu, com os olhos cravados nos meus e dando um passo na minha direção. – Então bastou uma briguinha pra Mai ser carta fora do baralho? Rapidinha você, hein.


Senti uma raiva imensa subir pela minha garganta, por pouco me fazendo voar naquela desgraçada. Merda, ela sabia. Provavelmente Maitê tinha lhe contado tudo, enganada por sua pose de boa moça. Até da nossa briga de dois dias atrás ela já sabia! Respirei fundo, controlando a fúria engasgada em minha garganta, e com a voz firme, retruquei:


- Me deixa em paz.


- Parece que agora você sabe bem do que eu tô falando. – a srta. Portilla sorriu, com um olhar no mínimo divertido. – Podemos conversar de igual pra igual.


- Eu nunca vou ser igual a você. – falei, quase esmagando meu celular em minha mão, que agora estava fechada num punho – Preferiria me matar a viver tendo nojo de mim mesma.


- Não venha se fazer de coitadinha, Savinon, eu sei muito bem as besteiras que você tem falado sobre mim. – ela disse, dando mais um passo na minha direção. – A Perroni me conta tudo sobre vocês, cada detalhe, cada palavra de cada conversa, e eu não gostei nada de saber que você anda colocando as garrinhas de fora.


- Garrinhas de fora? Eu? Tem certeza de que essa fala não era pra ser minha? – eu reclamei, inconformada, com a testa franzida e a voz um pouco mais alta. – Se alguém aqui anda aprontando alguma, esse alguém é você!


- Não sei se você sabe, mas é muito feio acusar alguém sem provas. – ela falou, com a expressão carregada e um olhar irritado. – Então eu acho melhor você ficar quietinha no seu canto se não quiser arcar com as consequências.


- E que consequências seriam essas? Por acaso você tem provas contra mim? – perguntei, erguendo as sobrancelhas num tom intimidador, e como ela não disse nada, deixei todo o ódio reprimido transbordar. – Na primeira tentativa de aprontar qualquer coisa, Portilla, eu simplesmente entro naquela porcaria de diretoria e conto tudo que você já me fez, e que se danem as provas. Acho que a diretora não vai gostar nada de saber das suas estripulias, e aí vai ser a palavra de uma aluna indefesa contra a de uma professora com fama de pedófila. Mesmo que não te expulsem daquela espelunca, sua imagem de boa moça não vai durar muito tempo.


Anahí ficou me encarando por alguns segundos, e eu senti em seu olhar ameaçador que tinha conseguido o que queria: deixá-la furiosa. Após longos segundos com o maxilar tenso, ela finalmente murmurou, cheia de raiva:


- Pode me ferrar, mas pode ter certeza de que eu levo sua querida Perroni comigo.


Engoli em seco. Não, ela não teria como incriminar a Maitê, tomávamos todas as precauções possíveis e imagináveis. Definitivamente ela estava blefando.


- Sabe o que eu acho? – perguntei, com um sorrisinho debochado e as sobrancelhas erguidas em tom de superioridade. – Que você tem inveja da Perroni.


A professora Portilla fez cara de incredulidade, como se Maitê fosse uma merda, o que só me fez continuar:


- É isso mesmo, você se morde de inveja dela. E sabe por quê? Porque você nunca foi, não é e nunca vai ser nem metade da mulher que ela é. E por ser tão mais mulher que você, ela não precisou nem suar pra conseguir a garota que você sempre quis, mas nunca teve decência suficiente pra conseguir.


Como eu previa, Anahi ficou com cara de nada, enquanto eu sorria maleficamente. Ela realmente era uma tosca, era fácil demais deixá-la sem resposta. Pra não ter que ficar aturando aquela bosta nem o documentário insuportável que passava dentro da sala, dei um passo em direção ao banheiro, mas assim que o fiz, senti sua mão firme envolver meu braço e me puxar devagar em sua direção até sua respiração bater em meu ouvido.


- Você vai se arrepender de ter dito isso.


Ergui meu olhar até o dela, desdenhosa, e ela me soltou violentamente. Anahí deu meia volta e entrou novamente na sala, me deixando trêmula de ódio. Até quando eu teria que aguentar as ameaças daquela idiota? 


Uma da tarde. A chuva tinha apertado ainda mais, e apesar das galochas que o pessoal da reserva tinha nos emprestado, a sensação de meus pés afundando na terra ensopada era a mais nojenta possível. Cada passo exigia um esforço considerável pra não afundar naquela papa marrom na qual o chão tinha se transformado. Quando meu estômago nervoso já começava a dar fracos sinais de fome, os guias nos encaminharam até o grande refeitório que havia na reserva, onde um almoço quase decente nos esperava. Comi um pouquinho de qualquer coisa, só pra não acabar desmaiando naquele chão pastoso, e logo voltamos a explorar aquela selva domada. Tudo que o guia explicava sobre as espécies de plantas e animais que encontrávamos eu já sabia, só nunca tinha visto exemplares vivos de alguns deles, o que não me interessava muito no momento. Por que eu paguei para vir a essa excursão mesmo? Ah, sim, porque uma certa professora estava escalada para me acompanhar e eu definitivamente pretendia passar meu dia inteiro com ela, e não com a palerma que a substituiu. Beleza, tudo estava indo de vento em popa na minha vida.


Enquanto caminhávamos por uma das vias de terra entre as árvores, eu, enjoada de ver tanto verde e marrom ao meu redor, acabei ficando entre as últimas pessoas do grupo, um pouco mais distante do guia e de sua voz irritante. Minha cabeça já estava doendo o suficiente com aquele cheiro insuportavelmente forte de terra e as preocupações que atordoavam minha mente, obrigada. Observando vagamente a vegetação ao meu redor, encontrei um pássaro lindo pousado sobre um galho, e um sorriso fraco surgiu em meu rosto sem que eu percebesse. Suas cores vibrantes não conseguiam camuflá-lo em meio às folhas da árvore onde estava pousado, e apesar da chuva fina, resolvi pegar meu celular na bolsa para fotografá-lo. Como se lesse minha mente, a ave ficou paralisada, e somente após umas três fotos, o animal finalmente levantou vôo. Seria interessante mostrar pra Maitê o quão lindo aquele pássaro era, caso ela não tivesse tido a oportunidade de vê-lo quando veio. Isso se eu voltasse a ter uma relação normal com ela, o que eu pretendia conseguir em breve.


Quando fui guardar meu celular irritantemente sem sinal num dos bolsos externos da mochila, percebi que meu chaveiro tinha sumido. Quem tinha me dado aquele chaveiro tinha sido minha avó, que já tinha falecido. Era uma bailarina linda com uma perna flexionada, e os pés firmemente curvados, numa ponta perfeita e postura igualmente correta. Aquele chaveiro sempre tinha sido meu xodó, mesmo antes da morte da vovó, e depois mais ainda. Me lembro bem de tê-lo visto quando peguei o celular pra ver as horas no almoço, e agora ele não estava mais lá. Ou seja, eu o tinha perdido pelo caminho. E eu não pretendia ir embora daquela reserva sem ele.


Dei meia volta, vasculhando aquele chão semi líquido em busca de algo rosa claro, mas não achei nada por perto. Alguns passos depois e ainda assim nada. Olhei pra trás e pude ver o grupo, distante, mas ainda visível, se afastando lentamente. Tranquila quanto a não me perder, continuei caminhando devagar na direção oposta, preocupada com meu chaveiro, até olhar para trás outra vez um tempinho depois e ver que o grupo tinha sumido. Legal, eles deviam ter virado em alguma curva sem que eu visse. Sem a menor intenção de me perder naquela pseudofloresta, mas sem a menor intenção de deixar meu chaveiro pra trás também, hesitei por alguns segundos antes de voltar a seguir o grupo. Achando-os, seria só uma questão de convencer alguém a me ajudar na busca pelo chaveiro.


Caminhei rapidamente na direção da minha turma, e logo pude ouvir a voz não muito distante do guia. Virei numa curva um pouco a frente, desatenta por ainda vasculhar o chão, e só deu tempo de frear bruscamente quando vi uma pessoa muito próxima vindo na direção oposta. Caraca, ela realmente estava me perseguindo.


- Eu falei pra não se afastar do grupo. – a professora Portilla rosnou entre dentes, recuperando-se rapidamente da quase trombada. – Dá pra fazer esse favor?


- Eu perdi meu chaveiro. – falei, encarando minhas galochas sem a mínima intenção de olhar pra ela, a pessoa menos adequada para me ajudar.


- E eu com isso? – ela perguntou, e eu pude ver aquela típica expressão de deboche em seu rosto. – Compra outro.


- Não dá, tem que ser aquele. – exclamei, assim que ela fez menção de me dar as costas e sair andando, e a vi voltar a me encarar, entediada. – Tem valor sentimental.


A srta. Portilla virou seu corpo totalmente na minha direção, e apenas me encarou por alguns segundos com os olhos brilhando de desdenho.


- Mil perdões, eu não sou a Perroni. – ela sussurrou, cínica. – E eu não dou a mínima pros seus sentimentos.


Ergui meu olhar pra ela, sem saber direito que cara fiz. Só sei que não deve ter sido das melhores, porque um sorrisinho vitorioso surgiu em seu rosto antes que ela se virasse e começasse a caminhar na direção do grupo. Lancei um olhar triste pra trás, tentando me conformar com a perda do chaveiro, e segui a mesma direção que ela, sem ousar olhar na cara daquela cretina. Meu dia estava sendo realmente ótimo.


 


 


 


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 134



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  • AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 16:01:20

    Perfeita! Isso descreve a fic. Eu já estava lendo no título de portisavirroni aí fiquei triste quando parou. Mas quando fui pesquisar denovo quase pulei de alegria com a continuação, e que continuação né?! Amei, principalmente porque sou do #TEAMPORTINON. Mas enfim foi tudo perfeito, mesmo com algumas brigas que só serviram para fortalecer e apimentar a relação delas. Bjs

  • Furacao Maite Postado em 11/01/2018 - 00:51:49

    aaaaah que fofinho! amei! Eu torciaa para savirroni no começo mas Jessyrroni é muito mais lindo kkkkkk Oooow, maei sua fic, primeiro pq teve muito jessyrroni e segundo porque vc escreve bastante!! ainda quero desenvolver esse dom seu! parabéns!!

    • Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 20:57:17

      Eu que amo suas fics. Adoro mesmo. Não importa se são capítulos grandes ou não. Mas acho que esse dom logo vc pega o jeito. E muito obrigada mesmo por gostar. E JESSIRRONI foi mesmo fofinho.

  • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 16:59:30

    Não taça comentando pq tava com preguiça. Mas agora eu tô aqui. Mulher não tem como não ficar indecisa.Primeiro: vc gosta de me deixar na curiosidade hein. Me fez acreditar que quando minha mãe dizia ALEGRIA DE POBRE DURA POCO era verdade e depois que elas se acertaram eu pensei que ela me fez de trouxa. Segundo: como vc me faz acreditar que estava tudo ótimo e BUUM começa um capítulo com uma briga daquelas!? Era só avisar que me queria morta seria menos trágico. Terceiro:Anahí adora uma janela hein. Quando Dulce menos espera ela brota lá no quarto gente que isso!? Quarto: vô para de enumerar pq tá chato (rimei). Adorei portinon maternal,não pq a criança dos outros sempre desperta vontade de ter filhos na gente,apesar de achar q eu não teria muita paciência e por último e mais importante: COMO TU PARA NUMA PARTE DESSAS? Concluindo eu não sei se estou mais revoltada,feliz,confusa,raivosa,curiosa ou ansiosa. E olha que eu nem sou de libra ein. Povo mais indeciso não existe.

    • Emily Fernandes Postado em 31/12/2017 - 14:37:30

      entendo, as vezes tbm fico assim, que nem da vontade de acordar. Eu nunca faço isso, mas realmente os capítulos estão terminando em momentos cruciais, fazer o que. Mães sempre tem razão, confie. A relação delas é uma montagem russa, porém acho que as brigas Jajá terão fim. Cara Anahí, é uma pessoa que realmente não curte portas, só espero que isso não ocorra com frequência, pq se não Dulce não vai mais ficar surpresa. Eu não tenho esse interesse maternal, nos filhos dos outros ainda, acho que é a idade. Porém confesso que crianças são minha perdição, acho que já está na hora delas começar a família. Mas vamos te tirar de libra pra vc continuar a leitura... E o que mais importa. Feliz ano novo. PS: Eu uma vez tbm, já deixei uma biblioteca, em uma fanfic que leio, e depois não consegui mais me conter em palavras. ahahahahahah.

    • MaryCR Postado em 30/12/2017 - 17:02:30

      Nunca escrevi negócio tão grande kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:14:05

    que up na vida hein? Dulce médica! E que viagem doida é essa de 2 anos! coragem!!! kkk

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:18:21

      Acho que a viagem venho a calhar, pq a insegurança e a rotina estava as afetando.

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 01:02:09

    eitaaaa, estava tudo bem agora já começa o capitulo com uma briga? (19) genteeee, que babado

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:58:58

    Ainda bem que a Dulce e Anahí brigaram mas fizeram as pazes no mesmo capitulo!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:17:09

      Sim, acho que elas combinam assim, mesmo. Acho que fica uma relação mais dinâmica. Kkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:55:16

    Sou do time da Marichelo! Sou team Jessica Coch kkkkkkkkkkkk Também acho que é dificil de encontrar outra igual a ela! Maite tem sorte kkkk Mas ainda bem que a mãe da Anahí aceitou a Dulce!

    • Emily Fernandes Postado em 29/12/2017 - 14:15:53

      É sim, digamos que Marichelo sempre adorou Jéssica, porém acho que Jéssica está ótima com Maitê não. Kkkk

  • Furacao Maite Postado em 29/12/2017 - 00:51:48

    vou colocar a fic em dia....

  • MaryCR Postado em 24/12/2017 - 02:41:13

    Pense em uma pessoa revoltada, pense em mim. EU VOU DA UMA VOADORA NA PERRONI sério. Eu vô e penso "até que enfim a perroni vai ajudar portinon" e fui TROUXA, ela fez exatamente o contrário. Dulce foi na casa da Portilla e huuum rolou uma putaria, eu pensei "agora o negócio vai" e fui trouxa denovo. Concluindo, portinon finalmente se acertou e a anie finalmente terminou com a Diana. Amém!! #revoltadaefeliz

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:49:11

      Meu Deus kkkk que pessoa indecisa. Bem mas eu Entendo seu drama. Maitê como sempre sendo Maitê, mas agora acho que o casal portinõn finalmente respirara mais aliviadas. Enfim um ótimo Natal pra vc . Bjs

  • Furacao Maite Postado em 23/12/2017 - 17:39:09

    Owwwnnnn que fofas!!! Achei q tdo estava perdido, q bom q deu tdo certo!!

    • Emily Fernandes Postado em 25/12/2017 - 12:47:14

      Sim, finalmente as coisas estão caminhando para Um finalmente sim. Kkk feliz Natal pra vc. Bjs


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