Fanfic: Em Meus Pensamentos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Capítulo Cinco
Alfonso não conseguia acreditar no rumo que as coisas tinham tomado.
Anahí não apenas lidou bem com as galinhas, mas também limpou a casa como se tivesse sido faxineira em um hotel cinco estrelas a vida toda.
Ele vasculhou todos os cantos em busca de poeira, rezou para que pelo menos um travesseiro estivesse fora de lugar, mas não foi capaz de encontrar uma única coisa para reclamar.
E agora, baseado no estúpido trato que havia feito com ela, tinha que deixá-la ficar.
Ele não dividia uma casa com uma mulher há três anos, estava perfeitamente feliz em ter a sede só para si, até hoje, quando a bela estranha entrou de vez em sua vida como se fosse um furacão.
E agora tinha que suportá-la até que ela encontrasse um lugar, ou até que desistisse desse sonho ridículo de trabalho na fazenda.
Francamente, a essa altura, ele não tinha certeza do que viria primeiro.
Diabos, ele não pensou que Anahí fosse chegar tão longe.
Ele silenciosamente praguejou ao assisti-la brigar com as malas e teve que se esforçar para resistir à vontade de ajudá-la.
A última coisa que precisava fazer era facilitar as coisas. Ou, Deus o livre, deixá-la pensar que ele realmente quisesse ajudá-la.
Só porque ela era a coisa mais linda que Alfonso tinha visto, não significava que ele ia fraquejar na frente dela.
Muito pelo contrário, na verdade. Toda aquela beleza o deixou cauteloso, fazendo com que se lembrasse de outra bela mulher...
Ele não podia ir por esse caminho, não podia voltar às lembranças da sua mulher. Não naquela noite.
Não quando precisava ficar completamente sóbrio para ter certeza de que Anahí não ia entrar em sua vida de forma profunda.
A melhor coisa seria manter distância dela. Completamente. Mas, depois dela ter trabalhado o dia todo, sabia que tinha ao menos que alimentá-la.
O que significava dividir uma refeição juntos além de tudo, droga.
Ele ouviu a água correr no banheiro de hóspedes e apertou os olhos para dispersar a visão de Anahí tirando a roupa e entrando na banheira.
Mau, mau, mau. Aqueles pensamentos eram maus. Ele sabia disso, mesmo assim ainda era homem, um homem com necessidades.
Necessidades que ele fizera de tudo para ignorar por três anos, com apenas alguns momentos de prazer roubado pelo caminho quando sabia que não havia chance alguma de conexão séria nem de ligações prolongadas com as mulheres com quem dormira.
Ele também estava coberto de poeira, e teria ido para a suíte principal para tomar o próprio banho, mas pensar em ficar somente a uma parede de distância de Anahí enquanto os dois estavam nus causava-lhe coisas com as quais ele não conseguia lidar racionalmente.
Praguejando, Alfonso saiu da casa para usar o chuveiro de fora, instalado lá no final do celeiro.
A noite estava fria, e usar o chuveiro de fora nem de longe soava bem. Mas era isso ou lentamente perder a cabeça a cada som que ouvisse enquanto pensava em Anahí na banheira com sabão e... Merda.
Ele precisava parar de pensar nela dessa forma.
Tirou a camisa e a jogou na varanda, desafivelando o cinto ao passar pelos animais.
Até eles pareciam confusos com o que ele estava fazendo, saindo no escuro para se lavar no espaço deles.
Como, ele se perguntou ao arrancar a calça e as botas, pendurando-as na cerca de madeira que havia erguido para dar ao chuveiro de fora um pouco de privacidade, uma pessoa podia causar tanta confusão em apenas uma tarde tão curta?
Será que era porque tinha muitos irmãos? Será que estava com tanto medo de ser invisível que fazia de tudo para ser barulhenta, teimosa, simplesmente mais do que qualquer pessoa normal?
Enquanto se esfregava com uma barra de sabão, mantendo a água fria o suficiente para que a crescente excitação não viesse totalmente à tona, seu estômago começou a roncar.
Desligou o chuveiro e sacudiu o cabelo como se fosse um cão antes de pegar uma das toalhas que sempre guardava em um recipiente para ocasiões como aquela.
Estava planejando um bife para aquela noite, e legumes grelhados de acompanhamento. Se Anahí não gostasse de carne vermelha, azar dela.
Quando estava inteiramente seco, vestiu a calça jeans e enfiou as botas.
Ainda não conseguia acreditar que ela ficou andando por aí com os pés descalços.
Garotas da cidade como ela deveriam ter medo de sujar os pés, de estragar as unhas, ou, Deus proíba, cortar-se com algo pontudo, como a ponta de uma pedra.
Garotas mimadas não deveriam saber fazer faxina.
A única forma possível de lidar com Anahí por perto, mesmo pelo pouco tempo até ela desistir do plano louco e deixá-lo sozinho novamente, era vê-la como uma mulher mimada tentando se divertir no campo por alguns dias.
Ele queria muito que não fosse tão difícil ignorar as evidências em contrário.
Jantar. Era nisso que ele tinha de focar agora, em vez de no fato de que era bem provável que ela também estivesse se secando e espalhando creme em suas pernas macias e tonificadas.
Alfonso tirou as botas enlameadas na varanda, entrou na cozinha pela porta lateral e parou tão rapidamente que a porta bateu em suas costas.
— O que você está fazendo?
Anahí deveria estar em seu quarto, droga, não já fora do banho e na cozinha, parecendo mais linda e mais cheirosa do que nunca.
O cabelo castanho ainda estava molhado, caindo nos ombros e quase chegando até a cintura, e ela estava ali, na bancada da cozinha, cortando pimentão.
Vestia um jeans que fazia coisas chocantes com a sua bunda, e, apesar de a camiseta não parecer nada sexy, ele agora percebia que qualquer coisa que ela vestisse ficava sexy.
Diabos, ele podia dar um saco de estopa para ela vestir que ainda ficaria salivando pela curva do pescoço dela, pelo brilho nos pés dela, pela faísca que nunca saía de seus olhos azuis.
— Jantar. — ela falou sem se virar para olhar para ele, claramente ainda brava pela conversa sobre onde iria ficar.
E possivelmente pelo fato de que ele tinha sido um babaca não a ajudando com as malas.
Alfonso não esperava que ela fosse limpar a casa e fazer o jantar hoje, mas, agora que ela estava fazendo, ele certamente não ia reclamar.
A menos, claro, que ela não soubesse preparar uma refeição decente, e só estivesse fazendo aquilo para se vingar dele.
— Você sabe cozinhar?
Ela suspirou longa e profundamente diante da pergunta, parecendo estar pelo menos tão irritada quanto estava antes.
— Se não soubesse, não faria. — ela encontrou o bife que estava marinando e o picou, junto com os legumes. — Pensei em fazer uma fritada.
Como ele não respondeu, como ele não conseguia fazer a garganta funcionar corretamente, como ele parecia não fazer nada além de ficar ali como um tolo na soleira encarando-a, ela finalmente se virou para Alfonso.
— Olha só, estou morrendo de fome e não achei que fosse um problema se fizesse um jantar para a gen.... — as palavras dela desapareceram e os olhos se arregalaram quando finalmente olhou para ele.
Conforme seu olhar passeava por ele, Anahí lambeu os lábios e ele quase gemeu alto diante da visão da língua dela saindo para molhar os belos lábios.
Ela não estava mais maquiada, havia tirado tudo durante o banho, e, na verdade, estava ainda mais bonita do que antes, quando seus cílios estavam escuros pelo rímel e a boca brilhava por causa do batom.
— Alfonso... — o nome dele saiu como um pouco mais que uma respiração rouca de sua boca úmida. — Você está sem camisa.
Ele se esqueceu completamente que estava só de jeans, sem nem mesmo ter abotoado a calça, pelo amor de Deus!
Na defensiva, disse:
— Não era para você estar na cozinha.
— E não era para você andar por aí sem roupa. — ela rebateu.
Ele não deveria gostar da forma como ela olhou para ele, como se mal conseguisse se conter para não tocá-lo.
Mas, como ele não seria capaz de esconder o quanto gostou do olhar nos próximos dois segundos, ele finalmente fez seus pés obedecerem para que se movesse novamente e fosse em direção ao quarto.
Droga, ele pensou, mal conseguindo evitar bater a porta do quarto com força, precisava de outro banho frio, apesar de ter acabado de sair de um.
O banho fez muito bem, contudo bastou um olhar para Anahí, sentir o perfume do cabelo dela uma vez, sentir o aroma da pele limpa, a língua dela passando pelos lábios, para que ele se esquecesse de todas as regras pelas quais vivera nos últimos três anos.
Normalmente, Alfonso estava decidido a manter as lembranças profundamente enterradas.
Hoje, ele deliberadamente as trouxe à tona e forçou-se a encará-las.
Conhecera a esposa, Leslie, na faculdade, apaixonou-se por ela na primeira aula de Literatura Inglesa do primeiro ano.
Os dois eram o par perfeito, o especialista em finanças e a garota elegante que crescera em um mundo onde aprendera a ser anfitriã e arrecadadora de fundos.
Ela era uma mulher que nunca dizia coisas erradas, que sempre estava ao lado dele para qualquer coisa que precisasse.
Os anos da faculdade foram bons, mas, assim que eles conseguiram se formar e entrar no mundo real, os dois passaram a ser extremamente infelizes.
Embora o mundo das finanças não fosse nem de perto tão interessante quanto ele esperava que fosse, e ele sentisse falta de ficar ao ar livre por mais do que a uma hora diária de corrida pelo Central Park.
Alfonso trabalhava cada vez mais, tentando evitar ir para casa para os falsos sorrisos, para jantares perfeitos para os quais não tinha absolutamente apetite algum, para um evento após o outro cheio de gente que ele não conhecia... e não queria conhecer.
Em algum momento durante esse tempo, a esposa perfeita começou a beber. É claro que ela escondeu isso dele. De todo mundo.
Sim, ela tinha o espumante necessário à mão nas festas, mas, aos olhos inocentes, parecia que mal tinha bebido a noite toda.
Mais de mil vezes Alfonso desejou ter coragem para fazer Leslie conversar com ele antes de as coisas ficarem ruins. Mas ela era tão boa em se esconder da confusão do casamento deles, e das vidas deles, quanto o marido.
O dia do telefonema da polícia ficou para sempre gravado em sua mente.
Houve um acidente, só o carro dela em uma estrada solitária.
Leslie tinha bebido. Ela morreu no impacto.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Alfonso viu a foto da cena no jornal no dia seguinte, e a mesma bílis que tinha subido em sua garganta naquele dia, subia agora. Ele sofreu por Leslie, profundamente. Tinha plena certeza de que não estava mais apaixonado pela esposa quando ela morreu. Mas sempre foram amigos, e ele se importava com a felicidade dela, desejava que encontrasse um pouco de felici ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:18:23
Que emocionante foi ver o Poncho pedindo perdão pra Leslie :))). Eu to td emocionada com o final, adotaram outro gato *-----*, e claro cada um tinha q escolher um nome né kkkk, mas Anahi juntou os dois dessa vez kkkk, e esse casamento eu não aguento aaaa =))). Ps: Agora sei pq é seu fav :)
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ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:33:25
Aaa amei saber o que o jacke fez :)) kkkk. Anahi enfrentando o nojento do Victor e demitiu ele, rainha . Os bichinhos tão sentindo falta da Anahi tbm *--* kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:05:34
Né KKKKKKKKKK Muito rainha :3 Fofos né? Aquele vídeo do menino com a galinha... KKKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 18/11/2017 - 13:48:37
Docinho se foi :((((, chorei. Poncho disse q ama ela *---*, e ela tbm falou aeee *---*. Sabia q os irmãos dela iam ficar de cara feia kkk. Ja quero deixar aqui meu agradecimento a Sophie e Jack pelo q fizeram com o Victor kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:05:52
Sim :'( SIMMMMMM agora é só love :3 Dá vontade de jogar um tijolo em tudinho... KKKKKKKKKKKK Sim, deixa descobrir oq eles fizeram... KKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 14:51:36
Eles na praia *---*. To amando ver eles assim. Ai a docinho :((((
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:31:03
Sim, só amor *---* Docinho :'(
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 12:43:07
Ai meu deus o Poncho conseguiu imaginar até uma filha com Anahi aaaa <3333. Poncho é insaciável kkk, os dois né :) kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:30:10
Sim *-------* AyA sempre sendo puro fuego KKKKKKKKKK
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emily.ponny Postado em 15/11/2017 - 23:17:08
Eu nunca fiquei tão emocionada com um hot como estou agora estou amando tanto eles dois que fico ansiosa demais pelo que vem ainda
Mila Puente Herrera ® Postado em 16/11/2017 - 12:33:11
KKKKKKKKKKKKKKKKK Eles são maravilhosos, e agora é só amor *---*
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ponnyforever10 Postado em 14/11/2017 - 15:50:17
Minha raiva pelo Poncho já passou, culpa dele por ser perfeito kkk *---*. Eles dançando eu me emocionei, Anahi tava tão feliz, ela precisava dançar novamente pra ela perceber o quanto a dança é importante e deixa ela feliz e q ela ainda ama dançar :)). Ela descobriu q ama ele aaaaa, tadinha saiu correndo mas ele foi atrás isso mesmo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 15/11/2017 - 22:37:10
KKKKKKKKKKK Não dá pra ficar com raiva dele por muito tempo :3 Sim, ele devolveu o amor dela pela dança *---* Todo mundo já sabia menos ela né? KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 13/11/2017 - 13:41:50
Eu queria matar o Poncho por td q ele disse pra Anahi. Anahi ficou pela docinho :), é mt lindo a maneira q ela trata ela *---*. Pelo menos Poncho se desculpou né, levou ela até o baile , isso vindo dele significa mt pra quem não gosta de sair kkk :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 14/11/2017 - 12:39:39
Sim a gnt fica querendo matar ele, mas temos que dar um desconto pq jaja ele fica perfeitinho :3 Sim, muito fofo as duas <3 EXATAMENTE isso é MUITO pra ele *--*
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ponnyforever10 Postado em 11/11/2017 - 12:17:11
Ai tava td bom demais mas Poncho parou... . Anahi e Poncho contando o que os levou a fazenda, eu concordo com Anahi a dor dos dois é similar :(
Mila Puente Herrera ® Postado em 13/11/2017 - 12:50:33
Pois é, ele *acordou* :/ Não tem uma dor maior que outra né? Dá vontade de jogar um tijolo nele por tá desprezando a dela :@
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ponnyforever10 Postado em 09/11/2017 - 19:44:36
O nome dos porcos kkkkk. Amei Anahi não saber andar de cavalo :) kkk, e amei mais ainda tem chovido "-" kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 10/11/2017 - 22:50:22
KKKKKKKKKKKK Louquinha ele... Hmmm gostou né? (Quem não?) Veremos se vai continuar amando...