Fanfic: Em Meus Pensamentos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Capítulo Seis
Até parece que tudo ia estar melhor pela manhã.
Apesar de Alfonso deixá-la dormir até depois do nascer do sol, quando Anahí saiu da cama para ir ao banheiro, ela ficou chocada ao perceber que tudo doía.
Dançara por horas todos os dias por quase a vida toda, e ainda assim sentia muita dor por ter limpado, esfregado e ajoelhado no chão.
Tudo por alguém que não apreciava nada disso, e que claramente nunca pronunciara a palavra "obrigado" antes.
Por que ela pensou que seria boa ideia recomeçar em Pescadero?
Em vez de alugar um carro no aeroporto e ir para um lugar remoto e isolado, ela podia ter pegado outro avião e ido para o Havaí.
Poderia estar deitada na praia nesse exato momento, tomando uma bebida debaixo do guarda-sol com o som das ondas calmantes amenizando sua tristeza.
Só que ela sempre odiou ficar deitada na praia. Além disso, teria ficado absolutamente louca no Havaí com todos aqueles casais felizes em suas luas de mel e aniversários de casamento, andando de mãos dadas e se beijando sob a luz da lua.
Ela não tinha secado o cabelo ontem à noite depois do banho. Poderia tomar outro banho rápido e secar o cabelo, mas por que fazer isso quando ia ficar toda suja e suada de novo limpando, cozinhando e cuidando de galinhas?
Era muito mais fácil apenas escovar o cabelo e prendê-lo em um rabo de cavalo.
Pensou novamente se deveria tirar a maquiagem da mala, mas para quê se maquiar? Os animais da fazenda não iam se importar com a aparência dela.
E ela certamente não estava tentando atrair Alfonso.
Na verdade, seria melhor se não ficasse bonita. Dessa forma, ele não teria ideias erradas sobre ela, passando a olhá-la como uma mulher em vez de uma trabalhadora rural.
Mesmo assim, era estranho desistir da maquiagem, considerando que, mesmo quando os irmãos a levaram para acampar algumas vezes, ela sempre carregava consigo o básico.
Mas, enquanto Anahí se analisava no espelho, ficou surpresa ao perceber que não parecia tão mal com o rosto perfeitamente limpo, apesar do fato de seus olhos ainda estarem um pouco vermelhos e inchados.
Ainda não conseguia acreditar que tinha chorado na noite anterior, que ela de fato deitou na cama de hóspedes e soluçou no travesseiro para ter certeza de que o som não se alastrou para o restante da casa.
Sua irmã gêmea, Sophie, era a chorona, chorava porque o livro era triste ou porque alguém se machucou ou até mesmo quando um de seus irmãos fazia algo muito bom quanto vencer a Série Mundial de Beisebol ou ganhar um Oscar, mas Anahí nunca chorava.
Ela preferia abraçar, beijar ou dançar. Qualquer coisa menos chorar.
Anahí tentou dizer a si mesma que eram lágrimas de raiva. Lágrimas de frustração. Lágrimas de exaustão. Mas era inútil.
Ela sabia que havia muitas lágrimas de autopiedade misturadas também. E essas eram as lágrimas que ela não iria admitir absolutamente.
Anahí Portilla não era alguém que sentia pena de si mesma. Ela não tinha tempo para esse tipo de bobagem.
Movendo-se rapidamente, ela vestiu o jeans e a camiseta que usara na noite anterior e examinou os sapatos na mala.
A maioria era de salto alto. O mais próximo que ela tinha que podia ser adequado à fazenda eram sapatilhas de balé.
Ela suspirou só de pensar na rapidez com que certamente ficariam arruinadas com a poeira, a lama e a grama, mas as calçou de qualquer forma.
Só então, finalmente olhou pela janela do quarto e ficou sem fôlego diante da visão das terras de Alfonso à luz da manhã.
Meu Deus, como era bonito ali.
Ela percebeu a beleza no dia anterior, claro, mas todo momento desde que entrou no avião em Chicago parecia uma batalha, e ela estava tão cansada que realmente não tinha visto Pescadero com clareza.
Com admiração, ela absorveu o céu aberto, a grama tão verde que quase fazia os olhos doerem, e... Ah, meu Deus...
Alfonso estava trabalhando sem camisa, o suor brilhava pelos músculos incríveis conforme ele cortava a madeira sem fazer grande esforço.
A beleza natural da fazenda era de tirar o fôlego, mas, assim que o avistou, não conseguiu desviar o olhar.
Ele era o homem mais perfeito que Anahí já tinha visto.
O que era dizer muito, considerando que, como coreógrafa e bailarina, ela trabalhava diariamente com homens surpreendentemente bem formados.
E então, subitamente, Alfonso parou e virou o rosto na direção da janela dela, pegando-a com água na boca e com o corpo reagindo ao dele mesmo a distância.
Normalmente ela teria pensado que ficar presa com um belo homem como aquele era um adicional. Mas agora, em vez de ser um bônus, a aparência de Alfonso era um enorme ponto negativo.
Graças a Deus ele tinha uma personalidade tão rude, caso contrário, ela estaria totalmente encrencada.
De qualquer forma, ela decidiu quando se forçou a sair da janela que estava determinada a ser positiva dali em diante.
Chega de autopiedade. Chega de lamentar sobre as decisões ruins tomadas no último ano, especialmente as que envolviam Victor.
Ela ia entrar de cabeça no novo começo sobre o qual decidira no dia anterior.
Morrendo de fome, quando ela entrou na cozinha não viu evidência alguma de que Alfonso já tinha comido, então decidiu fazer café da manhã para os dois.
Quando o bacon estava quase crocante e os ovos estavam quase prontos para serem retirados da frigideira, ela abriu a porta e gritou:
— Café da manhã! — da mesma forma que fizera a infância inteira quando era hora de seus irmãos e irmã virem para a mesa.
Todo mundo em sua família tinha uma tarefa. Ela era responsável por preparar o café da manhã, chamar todo mundo para a mesa e limpar a cozinha depois.
Essa habilidade veio a calhar muitas, muitas vezes na vida adulta. Não somente quando teve convidados que dormiram em sua casa, mas também quando estava em turnê com um grupo de bailarinos.
Ela se recusava a deixar qualquer um que dançasse para ela passar fome, pois precisava deles em sua melhor forma, e seduziu mais de uma bailarina preocupada com a aparência com panquecas de mirtilo e limão, que eram sua marca registrada.
Estava terminando de servir o suco de laranja recém-espremido nos copos quando Alfonso entrou.
Ele estava suado e tinha lascas de madeira presas ao cabelo e nas roupas, mas pelo menos estava usando camisa, graças a Deus.
Anahí não conseguiria dar conta de mais um close de toda aquela perfeição masculina não antes de conseguir sustentação para construir algum tipo de resistência, de qualquer forma.
Ele não disse nada, nem "Bom dia" ou "Obrigado pelo café da manhã". Apenas se sentou e começou a comer.
Revirando os olhos, ela fez o mesmo.
Na noite anterior, a refeição silenciosa dos dois foi perfeitamente boa para ela. Estava cansada e sem humor para conversar. Mas ficaria louca com refeições silenciosas para sempre.
Claramente, se ela quisesse começar uma nova tendência para o horário das refeições, teria ela mesma que dar o primeiro passo.
— Eu adoraria saber mais sobre a sua fazenda.
Ele a ignorou e continuou comendo, mas Anahí havia crescido com seis irmãos mais velhos. Não ficava nem um pouco intimidada ao ser ignorada.
— Você é especialista em quê?
Ele tomou um longo gole de suco de laranja antes de responder.
— Administro uma ASC.
— Estava lendo um artigo sobre Agricultura Sustentada pela Comunidade no avião ontem.
Alfonso lançou um olhar para ela, que percebeu que acidentalmente tinha falado demais.
— Alguns dos meus irmãos são membros de ASC's. Então as pessoas vêm aqui uma vez por semana para pegar frutas e legumes?
— Ninguém vem aqui.
Uau, aquilo soou um pouco sinistro.
"Ninguém vem aqui."
Caramba, ele agia como se estivessem em um romance gótico.
Anahí se esforçou para mandar embora o calafrio diante da obscuridade do tom dele.
Certa de que tinha saído com mais força do que ele pretendia, Anahí perguntou:
— Então como as pessoas recebem os seus alimentos?
Naquele momento Alfonso parecia um pouco mais do que irritado com as perguntas intermináveis dela, mas, se ela ia trabalhar com ele, tinha que entender como o negócio funcionava.
— Eric pega as caixas. As pessoas vão à fazenda dele uma vez por semana para pegar os alimentos.
— Mas no artigo que eu li — Anahí disse, com honesta confusão. —, parecia que os fazendeiros vendem diretamente de suas próprias fazendas, e a maioria até tem lojas nos celeiros, aonde as pessoas vão durante a semana se precisam de algo extra.
— Não é assim que eu faço as coisas.
Mas Anahí já estava dois passos à frente pela ideia excitante que acabara de ter.
Sem dúvida que Alfonso estava simplesmente muito ocupado na fazenda e na produção dos alimentos para sua ASC, por isso não tinha horas suficientes para as coletas semanais da comunidade. Mas ela poderia mudar tudo isso.
— Agora que estou aqui, posso cuidar das coletas e assim você não precisa que o seu amigo faça isso na fazenda dele. — ela instantaneamente adorou a ideia.
Assim conheceria todo mundo da cidade. Era dessa forma que sua vida e sua casa sempre foram, uma porta aberta para amigos e família. Talvez ela estivesse errada sobre a vida na fazenda ser tão isolada.
— Eu até poderia abrir uma loja da fazenda para você!
Os olhos de Alfonso estavam frios quando os dois se entreolharam.
— Eu disse que não é assim que eu faço as coisas.
Dessa vez as palavras dele foram altas o suficiente, e duras o suficiente, para que ela não deixasse de entendê-las bem.
Ele não estava fazendo as coisas dessa forma porque estava muito ocupado. Ele fazia tudo especificamente de forma que não precisasse lidar com pessoa alguma.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:18:23
Que emocionante foi ver o Poncho pedindo perdão pra Leslie :))). Eu to td emocionada com o final, adotaram outro gato *-----*, e claro cada um tinha q escolher um nome né kkkk, mas Anahi juntou os dois dessa vez kkkk, e esse casamento eu não aguento aaaa =))). Ps: Agora sei pq é seu fav :)
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ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:33:25
Aaa amei saber o que o jacke fez :)) kkkk. Anahi enfrentando o nojento do Victor e demitiu ele, rainha . Os bichinhos tão sentindo falta da Anahi tbm *--* kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:05:34
Né KKKKKKKKKK Muito rainha :3 Fofos né? Aquele vídeo do menino com a galinha... KKKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 18/11/2017 - 13:48:37
Docinho se foi :((((, chorei. Poncho disse q ama ela *---*, e ela tbm falou aeee *---*. Sabia q os irmãos dela iam ficar de cara feia kkk. Ja quero deixar aqui meu agradecimento a Sophie e Jack pelo q fizeram com o Victor kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:05:52
Sim :'( SIMMMMMM agora é só love :3 Dá vontade de jogar um tijolo em tudinho... KKKKKKKKKKKK Sim, deixa descobrir oq eles fizeram... KKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 14:51:36
Eles na praia *---*. To amando ver eles assim. Ai a docinho :((((
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:31:03
Sim, só amor *---* Docinho :'(
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 12:43:07
Ai meu deus o Poncho conseguiu imaginar até uma filha com Anahi aaaa <3333. Poncho é insaciável kkk, os dois né :) kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:30:10
Sim *-------* AyA sempre sendo puro fuego KKKKKKKKKK
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emily.ponny Postado em 15/11/2017 - 23:17:08
Eu nunca fiquei tão emocionada com um hot como estou agora estou amando tanto eles dois que fico ansiosa demais pelo que vem ainda
Mila Puente Herrera ® Postado em 16/11/2017 - 12:33:11
KKKKKKKKKKKKKKKKK Eles são maravilhosos, e agora é só amor *---*
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ponnyforever10 Postado em 14/11/2017 - 15:50:17
Minha raiva pelo Poncho já passou, culpa dele por ser perfeito kkk *---*. Eles dançando eu me emocionei, Anahi tava tão feliz, ela precisava dançar novamente pra ela perceber o quanto a dança é importante e deixa ela feliz e q ela ainda ama dançar :)). Ela descobriu q ama ele aaaaa, tadinha saiu correndo mas ele foi atrás isso mesmo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 15/11/2017 - 22:37:10
KKKKKKKKKKK Não dá pra ficar com raiva dele por muito tempo :3 Sim, ele devolveu o amor dela pela dança *---* Todo mundo já sabia menos ela né? KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 13/11/2017 - 13:41:50
Eu queria matar o Poncho por td q ele disse pra Anahi. Anahi ficou pela docinho :), é mt lindo a maneira q ela trata ela *---*. Pelo menos Poncho se desculpou né, levou ela até o baile , isso vindo dele significa mt pra quem não gosta de sair kkk :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 14/11/2017 - 12:39:39
Sim a gnt fica querendo matar ele, mas temos que dar um desconto pq jaja ele fica perfeitinho :3 Sim, muito fofo as duas <3 EXATAMENTE isso é MUITO pra ele *--*
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ponnyforever10 Postado em 11/11/2017 - 12:17:11
Ai tava td bom demais mas Poncho parou... . Anahi e Poncho contando o que os levou a fazenda, eu concordo com Anahi a dor dos dois é similar :(
Mila Puente Herrera ® Postado em 13/11/2017 - 12:50:33
Pois é, ele *acordou* :/ Não tem uma dor maior que outra né? Dá vontade de jogar um tijolo nele por tá desprezando a dela :@
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ponnyforever10 Postado em 09/11/2017 - 19:44:36
O nome dos porcos kkkkk. Amei Anahi não saber andar de cavalo :) kkk, e amei mais ainda tem chovido "-" kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 10/11/2017 - 22:50:22
KKKKKKKKKKKK Louquinha ele... Hmmm gostou né? (Quem não?) Veremos se vai continuar amando...