Fanfic: Em Meus Pensamentos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Sua mãe a criara para ser mais que isso, mas crescer em uma família com irmãos tão dinâmicos e inteligentes fez com que Anahí precisasse trilhar o próprio caminho muito cedo.
Mazinha foi o apelido que seu irmão Chase lhe dera há tantos anos, e ela se esforçou para honrá-lo desde então.
O cabelo, a maquiagem, as roupas sempre foram selvagens e sensuais. Ela era o tipo de pessoa que só saía de casa se estivesse simplesmente fantástica, até mesmo para pegar o leite e o jornal.
Quando as pessoas olhavam para ela, Anahí se certificava de ter feito o olhar valer a pena. E as pessoas sempre olhavam.
Ali, na fazenda de Alfonso, foi a primeira vez em sua vida adulta que ela renunciou ao secador de cabelo e deixou a pele do rosto nua ao sol, sem ao menos um rímel ou blush ou batom. Ela vivia de jeans e camiseta.
A única parte da vida antiga que ainda mantinha eram a renda e a seda por debaixo das roupas.
O problema era que colocar tanto a dança quanto a sedução de lado a fizeram sentir como se estivesse tentando segurar o ar que lhe escapava por entre as mãos.
A dança e o amor sempre caminharam juntos para Anahí, desde a primeira paixão, quando garotinha, pelo adolescente na aula de balé que a erguia tão alto, sem esforço algum.
Na vida adulta ela tinha se apaixonado por bailarinos e coreógrafos ao rodopiar e balançar em seus braços sobre o chão de madeira batida dos estúdios de dança ou dos palcos.
Só que, quando seus erros com Victor a fizeram parar de acreditar no amor, ela também perdeu o amor pela dança.
E não fazia ideia de como recapturar esses dois amores.
Ela nunca se sentiu indefesa antes, e se recusava a se sentir indefesa agora, ao ficar em pé e ajeitar a postura para olhar as colinas que se estendiam até o mar.
Estava chocada de admiração mais uma vez pela beleza do lugar, pelo silêncio, pelas cores que não paravam de mudar em toda a paisagem, até mesmo as nuvens que estavam escuras agora, cobrindo todo o céu, que antes era azul.
De súbito, um raio surgiu no céu e Anahí virou o rosto para as nuvens escuras assim que se abriram.
Não devia fazer nenhum sentido ela sentir tanta alegria pelas gotas de chuva congelantes que batiam nela. Qualquer um com um mínimo de bom senso iria sair correndo para se proteger da força dos elementos da natureza, mas ela não conseguia conter o riso.
Anahí abrir os braços e se esticou para receber tudo, para deixar a força da tempestade cair sobre ela, o riso súbito juntando-se aos trovões e aos raios.
A chuva estava surpreendentemente fria sobre sua pele nua, que rapidamente ficou ensopada embaixo da camiseta e do jeans, mas ela jurava que sentia a água limpando seu corpo, caindo sobre seus braços onde Victor um dia a tocou, molhando os lábios que Victor um dia beijou.
Ela se achava tão livre, tão selvagem a vida toda, mas, toda vez que voltava para Victor depois que ele a magoava, muros começaram a crescer ao redor do seu coração, subindo alguns centímetros por vez até a deixarem presa por dentro.
Agora, a cada barulho dos trovões, a cada disparo dos raios, as paredes começavam a ceder.
Só mesmo ouvir Alfonso reclamar poderia ser mais alto do que o som da sua risada ou o som da tempestade.
Anahí ainda estava sorrindo quando olhou para ele, ainda perdida na imensidão que circundava os dois.
Além disso, estava começando a se acostumar com a cara brava de Alfonso.
Ela estava até começando a pensar que a cara era meio fofa, como se ele fosse apenas um garotinho que não estava conseguindo exatamente o que queria na hora em que queria.
Tarde demais, ela percebeu que ele já tinha guardado as ferramentas dele, e as dela, nos alforjes, e segundos mais tarde subiu nas costas do cavalo.
De cima do cavalo, ele esticou a mão para pegá-la. Subitamente, ela pôde vê-lo como ele teria sido centenas de anos atrás, um guerreiro montado em seu cavalo, grande e forte.
Um homem que podia proteger uma mulher, não importando a situação.
Mas suas visões românticas foram desviadas um segundo mais tarde quando ele abaixou o corpo e a pegou em seus braços tão rapidamente que ela nem mesmo teve a chance de lutar contra ele.
Ele a agarrou, trazendo seu corpo perto do seu, e, com nada mais do que um braço, ele a colocou em seu colo, suas pernas sobre as dele, e então cavalgou com ela.
Não era para ser sexy nem romântico, droga, e ela também não deveria ter ficado excitada por sentir os músculos dele, ou pela forma como a costura da calça roçava na calça dela do jeito certinho, bem onde ela se sentiu superaquecida desde a primeira vez em que bateu os olhos naquele rosto bonito demais e naquele corpo perfeito demais.
Não.
Em vez de ficar excitada com o comportamento bárbaro, ela precisava se sentir ultrajada pela forma como ele a puxou para cima do cavalo com ele.
Só que, assim que estava prestes a abrir a boca para dizer umas poucas e boas por cima do som da chuva que os castigava, outro disparo de relâmpago clareou o céu, perto o suficiente para os dois verem o raio bater com força em uma árvore a poucos metros de distância.
O trovão vibrou imediatamente depois. O cavalo recuou quando começaram a escorregar na cela.
Anahí automaticamente segurou-se em Alfonso com mais força, prendendo-se a ele firmemente com os braços e pernas.
Ele reclamou novamente ao se esforçar para mantê-los estáveis, segurando na cintura dela com mais força para que ela não escorregasse.
— Não vamos conseguir voltar para casa! — ele gritou por cima da chuva ao mudar rapidamente de direção, indo mais para o rumo do mar do que de volta para a sede da fazenda. — Tenho que tirar Diablo da tempestade!
Claro que ele iria pensar em levar o cavalo de volta em segurança. Ele claramente amava o cavalo, e planejava ficar com ele para sempre.
Ao passo que Anahí sabia que ela não passava de uma amolação para ele, que não via a hora de se livrar dela.
Mesmo assim, Alfonso estava tão quente apesar do vento frio que Anahí não conseguia evitar aninhar o rosto no peito dele e respirar fundo.
Nenhum homem nunca cheirou tão bem quanto ele, como sabão e suor que vinham do trabalho duro, como grama verde, como a terra, e como a doce e limpa chuva.
Quando uma gota grossa escorreu pelo queixo até o pescoço dele, que outra coisa ela poderia fazer senão lambê-la para saboreá-lo da forma que vinha secretamente desejando o tempo todo?
Mais um calafrio percorreu sua língua ao se encontrar com a pele dele, e ela finalmente descobriu como o gosto dele era bom.
Só que dessa vez não tinha nada a ver com frio... e tinha tudo a ver com o desejo desesperado que ela jurou que não ia se permitir sentir.
Quando ela veio para Pescadero, pensou que estivesse morta por dentro, mas Alfonso a fez sentir de novo, na mesma hora, mesmo sabendo que não devia.
E agora o problema ainda maior era que Anahí não fazia ideia de como manter alguns de seus muros internos enquanto outros desmoronavam.
Tudo o que ela podia fazer era deixá-las cair, uma a uma, e rezar para que seu coração fosse forte o suficiente para suportar estar aberto aos sentimentos novamente.
É claro que não era com o coração que ela estava pensando ao sentir o gosto dele mais uma vez.
Ela nunca teve medo da sua sexualidade natural, e não sabia como abafá-la agora. Não quando estava dolorosamente faminta pelo toque de Alfonso, por imaginar-se sendo a outra metade dele ao sentirem prazer juntos.
Anahí sempre esteve em sintonia com seu corpo, sempre traduzia automaticamente em dança tudo o que sentia, tudo o que via.
Até as coisas com Victor ficarem tão ruins que ela acabou se esquecendo de ler ou falar naquela linguagem.
A chuva se transformou em partículas de luz caindo do teto de um auditório sobre os bailarinos vestidos de azul do céu e de verde dos gramados e de vermelho, laranja e amarelo das flores.
Cedendo à tempestade, eles dançaram, de forma bela e selvagem.
Ela podia ver um homem solitário movendo-se entre eles, sólido apesar do poder da tempestade ao vir em busca de uma bailarina, que era uma flor selvagem colorida que acabava de se soltar para sair voando para longe, para longe, para longe.
A imagem da dança que Anahí estava pintando em sua mente era tão clara que ela sabia que o bailarino ia enganchar-se na bailarina, segurá-la de forma estável... e então finalmente soltá-la para deixá-la voar novamente quando ela estivesse mais forte e a bela tempestade selvagem tivesse diminuído o bastante, ficando seguro deixá-la livre novamente.
Assim como a flor selvagem em seus sonhos, conforme o vento chicoteava seu cabelo e a chuva caía sobre seu corpo enquanto Alfonso a mantinha estável e segura em cima do cavalo que se movia rapidamente, Anahí sentia como se ele tivesse lhe devolvido a liberdade que ela tinha medo de ter perdido em Chicago.
Perdida em suas visões, Anahí ficou surpresa ao perceber que o cavalo tinha parado de galopar e Alfonso estava no chão.
Ela imediatamente sentiu frio sem os braços dele ao redor dos seus.
Felizmente, não precisou esperar muito para que ele a tocasse novamente, pois as mãos enormes pegaram em sua cintura para tirá-la do cavalo e colocá-la no chão.
Por um momento tudo ficou confuso em sua cabeça, misturando o homem com quem ela estava vivendo por quase uma semana com o homem da dança em sua visão.
Quando seus pés tocaram o chão novamente e ela olhou para ele na chuva, o mundo parou de girar.
O olhar dele era sombrio e misterioso, como sempre.
Só que dessa vez, em vez de se afastar, ela estendeu a mão e acariciou sua face. Precisava sentir com as pontas dos dedos o que tinha acabado de saborear há alguns minutos.
Ela observou o fogo acender nos olhos dele, sentiu a vibração do seu gemido, sentiu o calor e a pureza do seu desejo pelo gesto dela em relação a ele quando ele virou o rosto e levemente o pressionou contra a sua mão.
Mas, logo em seguida, ele se afastou dela:
— Entre no chalé enquanto eu cuido do cavalo!
As palavras dele foram altas o suficiente para serem ouvidas sobre a tempestade. Foram ríspidas também. Tão ríspidas quanto qualquer coisa que ele tivesse dito.
Embora ela pensasse estar fazendo um bom trabalho bloqueando os rosnados e as caretas dele, aquela única frase a machucou.
E machucou bastante para que ela não quisesse outra coisa além de sair de perto dele por alguns minutos para tentar recobrar a compostura.
E parar de vê-lo da forma que o viu em sua visão da tempestade-transformada-em-dança, forte, gentil e protetor.
Ela já tinha sido estúpida muitas vezes com os homens antes, tinha deixado o corpo e o coração seguirem um caminho que na verdade devia ter sido trilhado na direção oposta.
Não ia fazer isso de novo. Principalmente, não com Alfonso.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Capítulo Onze Alfonso tirou a cela de Diablo e o escovou, depois pegou madeira da pilha debaixo do telhado e levou um pesado lote para dentro da casa. O tempo todo ele se recusou a permitir-se lembrar da sensação da língua de Anahí em sua pele. Ou da forma como suas curvas flexíveis se encaixaram ao corpo dele enquanto as pernas f ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:18:23
Que emocionante foi ver o Poncho pedindo perdão pra Leslie :))). Eu to td emocionada com o final, adotaram outro gato *-----*, e claro cada um tinha q escolher um nome né kkkk, mas Anahi juntou os dois dessa vez kkkk, e esse casamento eu não aguento aaaa =))). Ps: Agora sei pq é seu fav :)
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ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:33:25
Aaa amei saber o que o jacke fez :)) kkkk. Anahi enfrentando o nojento do Victor e demitiu ele, rainha . Os bichinhos tão sentindo falta da Anahi tbm *--* kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:05:34
Né KKKKKKKKKK Muito rainha :3 Fofos né? Aquele vídeo do menino com a galinha... KKKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 18/11/2017 - 13:48:37
Docinho se foi :((((, chorei. Poncho disse q ama ela *---*, e ela tbm falou aeee *---*. Sabia q os irmãos dela iam ficar de cara feia kkk. Ja quero deixar aqui meu agradecimento a Sophie e Jack pelo q fizeram com o Victor kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:05:52
Sim :'( SIMMMMMM agora é só love :3 Dá vontade de jogar um tijolo em tudinho... KKKKKKKKKKKK Sim, deixa descobrir oq eles fizeram... KKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 14:51:36
Eles na praia *---*. To amando ver eles assim. Ai a docinho :((((
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:31:03
Sim, só amor *---* Docinho :'(
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 12:43:07
Ai meu deus o Poncho conseguiu imaginar até uma filha com Anahi aaaa <3333. Poncho é insaciável kkk, os dois né :) kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:30:10
Sim *-------* AyA sempre sendo puro fuego KKKKKKKKKK
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emily.ponny Postado em 15/11/2017 - 23:17:08
Eu nunca fiquei tão emocionada com um hot como estou agora estou amando tanto eles dois que fico ansiosa demais pelo que vem ainda
Mila Puente Herrera ® Postado em 16/11/2017 - 12:33:11
KKKKKKKKKKKKKKKKK Eles são maravilhosos, e agora é só amor *---*
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ponnyforever10 Postado em 14/11/2017 - 15:50:17
Minha raiva pelo Poncho já passou, culpa dele por ser perfeito kkk *---*. Eles dançando eu me emocionei, Anahi tava tão feliz, ela precisava dançar novamente pra ela perceber o quanto a dança é importante e deixa ela feliz e q ela ainda ama dançar :)). Ela descobriu q ama ele aaaaa, tadinha saiu correndo mas ele foi atrás isso mesmo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 15/11/2017 - 22:37:10
KKKKKKKKKKK Não dá pra ficar com raiva dele por muito tempo :3 Sim, ele devolveu o amor dela pela dança *---* Todo mundo já sabia menos ela né? KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 13/11/2017 - 13:41:50
Eu queria matar o Poncho por td q ele disse pra Anahi. Anahi ficou pela docinho :), é mt lindo a maneira q ela trata ela *---*. Pelo menos Poncho se desculpou né, levou ela até o baile , isso vindo dele significa mt pra quem não gosta de sair kkk :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 14/11/2017 - 12:39:39
Sim a gnt fica querendo matar ele, mas temos que dar um desconto pq jaja ele fica perfeitinho :3 Sim, muito fofo as duas <3 EXATAMENTE isso é MUITO pra ele *--*
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ponnyforever10 Postado em 11/11/2017 - 12:17:11
Ai tava td bom demais mas Poncho parou... . Anahi e Poncho contando o que os levou a fazenda, eu concordo com Anahi a dor dos dois é similar :(
Mila Puente Herrera ® Postado em 13/11/2017 - 12:50:33
Pois é, ele *acordou* :/ Não tem uma dor maior que outra né? Dá vontade de jogar um tijolo nele por tá desprezando a dela :@
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ponnyforever10 Postado em 09/11/2017 - 19:44:36
O nome dos porcos kkkkk. Amei Anahi não saber andar de cavalo :) kkk, e amei mais ainda tem chovido "-" kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 10/11/2017 - 22:50:22
KKKKKKKKKKKK Louquinha ele... Hmmm gostou né? (Quem não?) Veremos se vai continuar amando...