Fanfic: Em Meus Pensamentos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Capítulo Treze
Anahí entendeu o que Alfonso queria que ela fizesse. Ele queria que ela o deixasse sozinho.
Ele queria fingir que nunca havia lhe contado nada sobre o passado.
Ela não o viu desde o dia anterior, quando ele a levou para o chalé de madeira na tempestade.
Não tinha certeza da hora exata em que ele finalmente entrou em casa para dormir, ou se simplesmente dormiu em outro lugar para não ter que falar com ela.
Apesar de ter entendido o que ele queria dela, Anahí sabia que manter toda essa dor dentro dele por tanto tempo não poderia ser saudável.
Talvez, ela vinha pensando nisso o tempo todo nas últimas vinte e quatro horas, se ele finalmente colocasse um pouco para fora, talvez pudesse começar a seguir em frente novamente.
Não necessariamente longe da fazenda, dava para ver que ele amava verdadeiramente seu lar ali e a forma como ganhava a vida com os animais e a ASC, mas ela não o viu interagir com ninguém mais além dela mesma e Eric.
Aqueles deveriam ser os melhores anos da vida de Alfonso. Ele deveria estar tirando o melhor proveito disso.
Todas as coisas que não se encaixavam, por que um homem lindo, próspero, no auge da sua vida, teria escolhido viver no meio do nada tendo apenas os animais como companhia, faziam muito mais sentido agora.
Mas não é porque faziam sentido que estavam certas.
Anahí tinha se tornado uma ajudante muito melhor do que era a princípio, mas sabia que ainda não tinha sido capaz de ajudá-lo muito até o momento.
Talvez, se pudesse ajudá-lo com sua dor, então ter ido até lá teria valido a pena. E ela saberia que teria feito pelo menos uma coisa digna em sua vida.
Cheia de propósito, assim que terminou as tarefas mais importantes e o sol estava começando a se pôr como uma bola de brilho vermelho e laranja caindo pelas intermináveis colinas verdejantes, ela foi procurá-lo.
Não demorou muito para encontrá-lo nos estábulos.
Alfonso não viu quando ela entrou, mas Anahí percebeu que seus ombros tensionaram de leve.
Era tentador virar-se e sair novamente, esconder-se de uma conversa que ela sabia que não seria nada boa.
Mas ela devia isso a ele, devia a chance de finalmente se livrar do peso que vinha carregando há tanto tempo.
Só que ela não conseguia decidir como começar, então se aproximou para admirar o cavalo que ele estava tratando.
— Você realmente tem os mais belos cavalos.
Ele não disse nada, mas ela não esperava que dissesse. Pelo menos, não por enquanto.
— Há quanto tempo você cavalga?
Claro que, em vez de responder uma simples pergunta, ele ficou bem onde estava, atrás dos flancos do animal.
— Você precisa de alguma coisa, Anahí? A sede está pegando fogo? Ou você acidentalmente deixou uma raposa entrar no galinheiro?
O sarcasmo dele doía, mas ela se recusou a deixá-lo afastá-la facilmente.
Não quando ela imaginava que aquela era a forma como ele lidava com o mundo desde a morte da esposa, ficando cada vez mais longe até que ninguém mais ousasse se aproximar.
Sentindo-se muito mais corajosa ao redor do cavalo desde que sobrevivera à cavalgada no dia anterior, ela gentilmente passou a mão no pelo macio do animal e ganhou força com os enormes olhos castanhos que a encaravam.
Engraçado que ela nunca percebeu o quanto amava animais até a semana passada.
Se ao menos não viajasse tanto, ela iria querer pelo menos um cão e um gato quando voltasse para casa.
Contudo, se não fosse voltar a dançar...
Espere aí, ela não tinha vindo ao estábulo para entender a confusão da sua vida. Estava ali para ajudar Alfonso. Para fazê-lo ver que podia confiar nela o suficiente para se abrir.
Ela foi para a lateral do cavalo para poder ver o rosto de Alfonso.
— Meu pai morreu quando eu tinha dois anos. Ele tinha quarenta e oito anos e minha mãe ficou sozinha para criar os oito filhos. Eu subia na cama dela para ficar agarradinha algumas noites, e o travesseiro dela estava todo molhado, e ela me abraçava até nós duas dormirmos.
Dava para saber, sem Alfonso dizer a ela, que ele não tinha contado a ninguém sobre a morte da esposa.
Se tinha, ele se afastou dessas pessoas antes que pudesse ficar mais próximo.
— Sei como é duro perder alguém...
— Você não sabe nada!
A explosão dele foi tão alta que o cavalo, que antes estava calmo, se assustou e começou a andar para trás.
Alfonso tirou Anahí do estábulo antes que ela tomasse um coice na cabeça.
A expressão dele era tão ameaçadora, ele a segurava pelo braço com tanta força, que ela teve que obrigar a si mesma a não se encolher de medo.
Alfonso precisava dela, ela sabia que sim. Com certeza era por isso que se esforçava tanto para mantê-la longe.
— Sei que o que aconteceu ainda deve ser extremamente doloroso. Você já conversou com alguém sobre isso? Você tentou entender a sua dor? Porque, se não fez isso, então talvez você possa falar comigo, eu poderia ajudá-lo...
— Ajudar? — ele cuspiu a palavras ao mesmo tempo em que soltou o braço dela com tanta rapidez que ela quase foi girando para o estábulo em frente. — Ajudar é tudo que você vem tentando fazer desde que chegou aqui! Tentando com tanto afinco...
— Estou tentando, Alfonso, e tenho feito um trabalho muito bom com tudo. — ela interferiu. — Mas acho que a razão de ter vindo parar aqui, na sua fazenda, não era porque eu precisava aprender a trabalhar no campo. Talvez... — ela se forçou a continuar apesar da cara de fúria dele. — Talvez eu tenha vindo aqui porque você precisava de mim.
Ele riu, mas não era um riso de alegria. O som era duro e irritadiço, longe de qualquer riso verdadeiro que ela já tinha ouvido.
— Tudo o que você fez desde que chegou aqui foi arruinar as coisas! Forçar sua presença onde não deveria estar! — os olhos dele eram verdes e duros. — Tudo o que você fez foi ir aonde você não é desejada.
Santo Deus, ele era mau.
Até pior do que o seu ex quando ela finalmente disse o que pensava dele e da dança e da sua interminável escalada profissional.
Até pior do que tinha sido quando ela acidentalmente deixou a porca Sophie escapar até os morangos.
Mas, quando alguém provocava demais, ela também sabia ser má, ser cruel o suficiente para lembrá-lo.
— Você me desejou bastante ontem à noite.
— Então isso faz de nós dois idiotas.
O olhar dele era quente o suficiente para iniciar um incêndio no feno solto sobre o qual estavam.
Ele percorreu os olhos pela extensão do corpo dela e ela de fato se sentiu suja na hora em que se olharam.
— Você pode tirar a roupa toda bem aqui que eu não serei mais estúpido a ponto de cometer o mesmo erro novamente.
Não, droga, ela não ia deixar outro homem lhe dizer que não era boa o suficiente.
Não ia deixar mais ninguém feri-la até transformar suas entranhas em uma bola de tristeza!
— Não se preocupe... — ela respondeu no mesmo tom brusco. — Não vou cometer o erro de tentar ajudá-lo novamente. Se você quer definhar de dor, deixando-a consumir sua vida toda e o seu futuro, pode ir em frente. Pensei que você fosse digno de ajuda, e que talvez houvesse um ser humano real, um homem com um coração batendo, por trás de toda essa fúria e essa maldade. Mas agora você me ajudou a ver que não é digno de absolutamente nada!
Ela se virou para ir embora dali, mas, antes que pudesse sair para remoer toda a sua tristeza até o final dos tempos, ele disse:
— Em vez de me importunar com suas perguntas, você deveria perguntar a si mesma que diabos está fazendo ao se esconder na minha fazenda. Nós dois sabemos que você não pertence a este lugar, Mazinha...
Deus, como doeu ouvir aquilo dele, atirando-lhe em seguida o apelido que a família lhe dera, apelido que ela sabia que jamais deveria ter dividido com ele, como se estivesse inteiramente maculada.
"Impossível de ser amada."
Se ela não pertencia àquele lugar com os animais, a terra e o céu azul brilhante, e se ela não mais pertencia ao mundo da dança, então qual era o seu lugar?
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Anahí sabia que precisava manter um pé na frente do outro, continuar andando em frente até sair do celeiro e da vida dele. Mas, mesmo quando ela tentava ir embora, ele continuava atirando mais e mais palavras na frente dela para causar o maior dano possível. — O que você acharia se eu mudasse meu foco para consertar você, simpl ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:18:23
Que emocionante foi ver o Poncho pedindo perdão pra Leslie :))). Eu to td emocionada com o final, adotaram outro gato *-----*, e claro cada um tinha q escolher um nome né kkkk, mas Anahi juntou os dois dessa vez kkkk, e esse casamento eu não aguento aaaa =))). Ps: Agora sei pq é seu fav :)
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ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:33:25
Aaa amei saber o que o jacke fez :)) kkkk. Anahi enfrentando o nojento do Victor e demitiu ele, rainha . Os bichinhos tão sentindo falta da Anahi tbm *--* kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:05:34
Né KKKKKKKKKK Muito rainha :3 Fofos né? Aquele vídeo do menino com a galinha... KKKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 18/11/2017 - 13:48:37
Docinho se foi :((((, chorei. Poncho disse q ama ela *---*, e ela tbm falou aeee *---*. Sabia q os irmãos dela iam ficar de cara feia kkk. Ja quero deixar aqui meu agradecimento a Sophie e Jack pelo q fizeram com o Victor kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:05:52
Sim :'( SIMMMMMM agora é só love :3 Dá vontade de jogar um tijolo em tudinho... KKKKKKKKKKKK Sim, deixa descobrir oq eles fizeram... KKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 14:51:36
Eles na praia *---*. To amando ver eles assim. Ai a docinho :((((
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:31:03
Sim, só amor *---* Docinho :'(
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 12:43:07
Ai meu deus o Poncho conseguiu imaginar até uma filha com Anahi aaaa <3333. Poncho é insaciável kkk, os dois né :) kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:30:10
Sim *-------* AyA sempre sendo puro fuego KKKKKKKKKK
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emily.ponny Postado em 15/11/2017 - 23:17:08
Eu nunca fiquei tão emocionada com um hot como estou agora estou amando tanto eles dois que fico ansiosa demais pelo que vem ainda
Mila Puente Herrera ® Postado em 16/11/2017 - 12:33:11
KKKKKKKKKKKKKKKKK Eles são maravilhosos, e agora é só amor *---*
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ponnyforever10 Postado em 14/11/2017 - 15:50:17
Minha raiva pelo Poncho já passou, culpa dele por ser perfeito kkk *---*. Eles dançando eu me emocionei, Anahi tava tão feliz, ela precisava dançar novamente pra ela perceber o quanto a dança é importante e deixa ela feliz e q ela ainda ama dançar :)). Ela descobriu q ama ele aaaaa, tadinha saiu correndo mas ele foi atrás isso mesmo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 15/11/2017 - 22:37:10
KKKKKKKKKKK Não dá pra ficar com raiva dele por muito tempo :3 Sim, ele devolveu o amor dela pela dança *---* Todo mundo já sabia menos ela né? KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 13/11/2017 - 13:41:50
Eu queria matar o Poncho por td q ele disse pra Anahi. Anahi ficou pela docinho :), é mt lindo a maneira q ela trata ela *---*. Pelo menos Poncho se desculpou né, levou ela até o baile , isso vindo dele significa mt pra quem não gosta de sair kkk :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 14/11/2017 - 12:39:39
Sim a gnt fica querendo matar ele, mas temos que dar um desconto pq jaja ele fica perfeitinho :3 Sim, muito fofo as duas <3 EXATAMENTE isso é MUITO pra ele *--*
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ponnyforever10 Postado em 11/11/2017 - 12:17:11
Ai tava td bom demais mas Poncho parou... . Anahi e Poncho contando o que os levou a fazenda, eu concordo com Anahi a dor dos dois é similar :(
Mila Puente Herrera ® Postado em 13/11/2017 - 12:50:33
Pois é, ele *acordou* :/ Não tem uma dor maior que outra né? Dá vontade de jogar um tijolo nele por tá desprezando a dela :@
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ponnyforever10 Postado em 09/11/2017 - 19:44:36
O nome dos porcos kkkkk. Amei Anahi não saber andar de cavalo :) kkk, e amei mais ainda tem chovido "-" kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 10/11/2017 - 22:50:22
KKKKKKKKKKKK Louquinha ele... Hmmm gostou né? (Quem não?) Veremos se vai continuar amando...