Fanfic: Em Meus Pensamentos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Anahí sabia que precisava manter um pé na frente do outro, continuar andando em frente até sair do celeiro e da vida dele.
Mas, mesmo quando ela tentava ir embora, ele continuava atirando mais e mais palavras na frente dela para causar o maior dano possível.
— O que você acharia se eu mudasse meu foco para consertar você, simplesmente por ser mais fácil do que consertar a mim mesmo?
A acusação a fez paralisar, mesmo quando ela sabia que devia sair correndo o mais rápido que pudesse, antes que ele pudesse magoá-la ainda mais profundamente.
Ele já a tinha machucado repelindo totalmente os sentimentos dela durante a tempestade no chalé. E muito.
E a fez duvidar dos próprios sentimentos, a fez se perguntar se realmente não passava da pessoa autocentrada que ele acreditava que ela fosse.
— Sabe o que eu vi no dia em que você bateu na minha cerca e afugentou minhas galinhas? — ele não esperou pela resposta dela, não parou para notar que estava sendo demolida a cada palavra dele.
Ou, se parou, claramente não se importou com a forma como a estava magoando.
— Vi uma garotinha assustada que sempre teve tudo o que quis, tudo o que precisou, tudo sempre entregue de bandeja. E então, quando encontrou o primeiro obstáculo na estrada, era tão mimada que a única opção que viu foi desistir. — ele colocou ambas as mãos nos ombros dela e a virou para encará-lo. — Se você é bailarina, então deveria estar dançando, droga!
Ela não conseguia impedir as lágrimas de rolarem pelo rosto, não porque ele estava apertando seus ombros com força suficiente para deixar manchas roxas.
— Não sou mais bailarina.
Ele a olhou por um bom tempo, as faíscas de calor e de raiva, e uma conexão inegável ainda pairava entre os dois, antes dele retirar as mãos dos ombros dela.
— Não. Obviamente você nunca foi uma bailarina de verdade, já que conseguiu desistir com tanta facilidade.
Ela não tinha que ficar ali ouvindo os insultos dele. Poderia trabalhar na fazenda de outra pessoa. Poderia limpar o banheiro de outra pessoa até ficar brilhando e poderia alimentar os porcos e as galinhas e cuidar dos legumes de outra pessoa.
É claro que não precisava do dinheiro, considerando que tinha bastante guardado por causa de trabalhos mais notórios. Mas não conseguia imaginar não ter nada para fazer, ficar sozinha com seus pensamentos o dia todo.
Até mesmo limpar o banheiro de um estranho era melhor que aquilo.
Sem dizer uma palavra, ela foi em linha reta para a casa da fazenda, limpando a poeira dos sapatos na varanda antes de entrar.
Só porque ela não iria limpar mais a casa de Alfonso não significava que precisava dificultar as coisas para a pobre pessoa que ficaria em seu lugar.
Só que, assim que entrou no quarto e pegou a mala debaixo da cama, ela ouviu um som que fez seu peito se apertar.
Foi correndo para a sala de estar, onde Docinho estava tossindo e tremendo em cima do cobertor.
Não, não agora!
Ela não ia conseguir lidar com aquilo também, não quando seu coração já estava aos pedaços.
Anahí pegou a gata nos braços, pressionando os lábios contra o espaço suave e sem pelo entre as orelhas dela.
— Pobrezinha... — ela disse ao niná-la em seus braços. — Pobrezinha! Você está sofrendo, não é? — ela a beijou novamente. — Também tive um dia difícil.
Alfonso entrou, mas ela estava tão preocupada com a gata, sua única amiga verdadeira na última semana, que mal registrou sua presença.
Enquanto Alfonso esteve, Deus sabe onde, a evitando nos últimos dias, Anahí passava muitas horas com Docinho dormindo aconchegada e ronronando em seu colo, acariciando as costas ossudas da gata enquanto tentava fazer com que ela comesse algo e bebesse o leite que trazia de tempos em tempos.
Ela estava prestes a partir para salvar o que ainda restava do seu coração, mas agora sabia que, não importava o quanto doesse ficar perto de Alfonso, precisava ficar para cuidar da única amiga que tinha feito naquela fazenda.
— Não se preocupe, Docinho. — ela disse à amiga peluda. — Não vou embora. Não enquanto você precisar de mim.
Quando Alfonso entrou na casa e viu Anahí com a gata nos braços, prometendo ficar não importasse o que acontecesse, o alívio foi tão grande que ele quase caiu de joelhos.
Antes da tempestade, antes de os dois irem parar no chalé, ele a queria. Mas, agora que havia tocado nela, sentido o gosto dela, ele percebeu que o desejo de antes transformou-se em pouco mais do que uma mosca zunindo em seus ouvidos.
Ele sabia que pagaria por aqueles momentos de fraqueza no chalé, e como pagaria. Afinal, como podia se arrepender de saber como Anahí era macia, como era doce em seus braços, como o som de seus gemidos, seus suspiros de prazer ao gozar eram surpreendentemente doces?
Agora, como ele poderia se perdoar pela forma como ele a açoitou, quando sabia que tudo o que ela estava tentando era ajudá-lo?
Especialmente quando ela disse que tinha vindo à sua fazenda para dar um tempo não somente da dança, mas também dos homens.
Ele sabia que não podia ser o que ela precisava, mas não devia machucá-la para provar isso.
— Anahí... — ele disse em voz baixa ao se aproximar. — Prometi que não iria fazer isso novamente. Quebrei minha promessa. — ele sentiu estar engolindo fogo ao dizer: — Desculpe.
Deus, ele desistiria de cada um dos seus alqueires apenas para vê-la sorrir para ele de novo, só para ouvi-la dizer "Você está perdoado novamente", como ela disse no dia em que Alfonso perdeu o controle por causa dos porcos e se ofereceu para levá-la para comprar botas de caubói.
Claro, ele sabia que isso não iria acontecer, não quando havia passado dos limites naquele momento, e como havia passado...
— Nós dois sabemos que você quis dizer cada palavra que dirigiu a mim. — ela respondeu em um tom equilibrado, apesar de seus olhos brilharem como fogo. — E eu quis dizer cada palavra que dirigi a você. Mas não se preocupe... — ela acariciou a pele malhada de Docinho com carinho e a gata ronronou delicadamente de alegria. — Assim que ela não precisar mais de mim, sairei do seu caminho. — Anahí espirrou antes de acrescentar. — Até lá, podemos ficar longe do alcance um do outro o máximo possível. — Anahí voltou a atenção total para a gata, e ele soube que estava dispensado.
Tão completamente que poderia nunca ter estado ali.
Sair. Ele deveria sair, voltar para o quarto, tomar um banho e dormir para compensar todas as horas de sono perdidas com Anahí a uma parede de distância à noite, com as visões de Anahí nua e linda por debaixo das cobertas, invadindo sua mente repetidas vezes até o nascer do sol.
Mas ele sabia que ela devia estar com fome depois do longo dia que tiveram, então, em vez de sair, Alfonso começou a preparar o jantar.
Meia hora mais tarde, depois de ter ouvido Anahí espirrar praticamente o tempo todo, ele tinha dois pratos de espaguete prontos.
— O jantar está pronto. — ele disse.
— Não estou com fome.
— Você trabalhou duro hoje. — Alfonso disse com voz suave. — E você costuma comer bem. Deve estar faminta. — ele colocou o prato na mesa de centro na frente dela. — Por favor, coma, Anahí.
Ela olhou do prato para ele, franzindo o cenho de tanta confusão.
Por um momento, ele pensou que Anahí fosse recusar sua oferta de paz, mas então ela disse:
— Eu realmente não entendo você, Alfonso.
Ele queria dizer que ela o entendia melhor do que ninguém, que tudo o que disse para ele estava certo.
Ele queria dizer que tinha agido errado tratando-a daquela maneira quando não era culpa dela que sua esposa tivesse morrido.
Ele queria dizer que não sabia como superar a culpa pela forma como seu casamento tinha desmoronado e se transformado em uma tragédia. Ele queria compensar todas as coisas ruins que tinha dito e feito.
Ele queria ouvir o belo som do riso dela e saber que a tinha agradado, em vez de constantemente ser a fonte de suas lágrimas.
Mas três anos de silêncio quase constante faziam as palavras se perderem dentro da cabeça dele muito antes de atingirem os lábios.
Alfonso levou o prato dele da cozinha, sentou-se na sala de estar e comeu em silêncio ao lado de Anahí e da gata.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Capítulo Quatorze — Você tem algo legal para vestir? Anahí estava no celeiro no dia seguinte, pegando outro saco de ração para as galinhas, quando Alfonso entrou e fez uma pergunta totalmente fora de contexto. Ela não conseguiu se esquecer do inesperado olhar profundo de desejo que ele lhe lançou quando entrou na sala ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:18:23
Que emocionante foi ver o Poncho pedindo perdão pra Leslie :))). Eu to td emocionada com o final, adotaram outro gato *-----*, e claro cada um tinha q escolher um nome né kkkk, mas Anahi juntou os dois dessa vez kkkk, e esse casamento eu não aguento aaaa =))). Ps: Agora sei pq é seu fav :)
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ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:33:25
Aaa amei saber o que o jacke fez :)) kkkk. Anahi enfrentando o nojento do Victor e demitiu ele, rainha . Os bichinhos tão sentindo falta da Anahi tbm *--* kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:05:34
Né KKKKKKKKKK Muito rainha :3 Fofos né? Aquele vídeo do menino com a galinha... KKKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 18/11/2017 - 13:48:37
Docinho se foi :((((, chorei. Poncho disse q ama ela *---*, e ela tbm falou aeee *---*. Sabia q os irmãos dela iam ficar de cara feia kkk. Ja quero deixar aqui meu agradecimento a Sophie e Jack pelo q fizeram com o Victor kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:05:52
Sim :'( SIMMMMMM agora é só love :3 Dá vontade de jogar um tijolo em tudinho... KKKKKKKKKKKK Sim, deixa descobrir oq eles fizeram... KKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 14:51:36
Eles na praia *---*. To amando ver eles assim. Ai a docinho :((((
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:31:03
Sim, só amor *---* Docinho :'(
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 12:43:07
Ai meu deus o Poncho conseguiu imaginar até uma filha com Anahi aaaa <3333. Poncho é insaciável kkk, os dois né :) kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:30:10
Sim *-------* AyA sempre sendo puro fuego KKKKKKKKKK
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emily.ponny Postado em 15/11/2017 - 23:17:08
Eu nunca fiquei tão emocionada com um hot como estou agora estou amando tanto eles dois que fico ansiosa demais pelo que vem ainda
Mila Puente Herrera ® Postado em 16/11/2017 - 12:33:11
KKKKKKKKKKKKKKKKK Eles são maravilhosos, e agora é só amor *---*
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ponnyforever10 Postado em 14/11/2017 - 15:50:17
Minha raiva pelo Poncho já passou, culpa dele por ser perfeito kkk *---*. Eles dançando eu me emocionei, Anahi tava tão feliz, ela precisava dançar novamente pra ela perceber o quanto a dança é importante e deixa ela feliz e q ela ainda ama dançar :)). Ela descobriu q ama ele aaaaa, tadinha saiu correndo mas ele foi atrás isso mesmo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 15/11/2017 - 22:37:10
KKKKKKKKKKK Não dá pra ficar com raiva dele por muito tempo :3 Sim, ele devolveu o amor dela pela dança *---* Todo mundo já sabia menos ela né? KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 13/11/2017 - 13:41:50
Eu queria matar o Poncho por td q ele disse pra Anahi. Anahi ficou pela docinho :), é mt lindo a maneira q ela trata ela *---*. Pelo menos Poncho se desculpou né, levou ela até o baile , isso vindo dele significa mt pra quem não gosta de sair kkk :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 14/11/2017 - 12:39:39
Sim a gnt fica querendo matar ele, mas temos que dar um desconto pq jaja ele fica perfeitinho :3 Sim, muito fofo as duas <3 EXATAMENTE isso é MUITO pra ele *--*
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ponnyforever10 Postado em 11/11/2017 - 12:17:11
Ai tava td bom demais mas Poncho parou... . Anahi e Poncho contando o que os levou a fazenda, eu concordo com Anahi a dor dos dois é similar :(
Mila Puente Herrera ® Postado em 13/11/2017 - 12:50:33
Pois é, ele *acordou* :/ Não tem uma dor maior que outra né? Dá vontade de jogar um tijolo nele por tá desprezando a dela :@
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ponnyforever10 Postado em 09/11/2017 - 19:44:36
O nome dos porcos kkkkk. Amei Anahi não saber andar de cavalo :) kkk, e amei mais ainda tem chovido "-" kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 10/11/2017 - 22:50:22
KKKKKKKKKKKK Louquinha ele... Hmmm gostou né? (Quem não?) Veremos se vai continuar amando...