Fanfic: Em Meus Pensamentos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
— Qual lanche é a especialidade da casa?
Os olhos deles se arregalaram diante da pergunta, como se Anahí tivesse pedido a ele para responder como a terra gira em torno do próprio eixo em vez de frios e pão.
E, nossa, o rapaz estava se esforçando para manter os olhos no rosto dela em vez de deixá-los cair na direção dos seios, que estavam totalmente à mostra com aquela roupa.
Era tão fofo que ela queria saltar pelo balcão para abraçá-lo por fazer com que ela se sentisse atraente de novo, pelo menos por alguns segundos de adoração adolescente.
— Hum, eu não sei... — ele engoliu a seco antes de se virar para olhar o cardápio de lanches escrito a mão no quadro atrás dele. — Talvez o Muffuletta?
— Parece bom. — Anahí colocou as batatas no balcão e ele começou a registrar as compras dela. — Também vou querer uma xícara do café mais forte que você tiver.
Quem sabe quanto tempo ainda ela ficaria dirigindo pela zona rural até encontrar um lugar para passar a noite?
O carro estava alugado por um mês, afinal de contas.
Ele pegou o dinheiro dela com as mãos trêmulas, e Anahí perguntou:
— Você poderia me dizer onde fica o banheiro?
Ele derrubou tudo no chão, depois bateu a cabeça na gaveta da caixa registradora ao pegar o dinheiro que havia caído.
Obviamente sem confiar em si mesmo para falar dessa vez, o jovem apenas se ajoelhou no chão e apontou em direção ao fundo do estabelecimento, com a mão trêmula.
Anahí percebeu que seria uma boa ideia dar um tempo para ele enquanto preparava o lanche, ela odiaria que ele cortasse o dedo com a faca só porque ela estava perto demais, cheia de brilho e com uma roupa justa.
Depois, Anahí se olhou no espelho e teria rido se não tivesse ficado tão horrorizada com a bagunça que encontrou no reflexo.
Com rapidez e eficiência, ela arrumou o cabelo e a maquiagem.
Anahí sempre acreditou na ideia de que, caso sua aparência estivesse boa, você se sentiria bem, mas, naquele momento, sentia que rímel e brilho labial não iriam resolver muito.
Depois de sair do banheiro, ela esperou um pouco e deu uma olhada pela loja.
Pensando bem, o Armazém Geral era bem bonito por dentro, um supermercado da fazenda com mercadorias, roupas e ração para galinhas, e tudo tinha claramente a mesma importância para as pessoas dali.
Uma mesa mostrava livros dos autores locais, e ela parou para ver os livros de poesia, romance e alguns exemplares de técnicas de cultivo.
Os livros lhe deram uma noção da comunidade que a loja apoiava. Era bem provável que fosse constituída por fazendeiros e suas famílias que estavam ali há gerações.
Anahí fazia parte da comunidade da dança havia tanto tempo que nunca procurou fazer parte de nenhum outro universo.
Principalmente porque os eventos da família Portilla com a mãe e os sete irmãos aconteciam com frequência e tomavam o tempo livre que ela tinha.
No momento, até mesmo pensar em dançar revirava seu estômago. O ex a seduzira com a dança, e depois a traíra com isso.
Houve um tempo em que Anahí dançava por si mesma, pelo puro prazer que a dança lhe proporcionava. Até os últimos meses, quando passou a ser pouco mais que um fantoche de Victor, dançando para tentar agradá-lo.
Quando percebeu que nada o agradava, esqueceu-se de qualquer outra razão para dançar. E, no momento, parecia haver uma zona morta, adormecida, onde seu coração costumava ficar.
Com o tempo, ela encontraria outra comunidade para fazer parte.
Anahí estava prestes a voltar para o armazém para buscar o lanche quando percebeu um quadro cheio de anúncios.
Ela sempre se interessou pela vida de estranhos e devorava biografias tão rápido quanto sua irmã Sophie, a bibliotecária, lhe emprestava.
Olhar para o quadro de avisos da comunidade era a janela perfeita para vidas que jamais viveria.
E a verdade era que, enquanto tinha dirigido pela rua principal, ficara surpresa com o charme da cidade.
As fachadas das lojas tinham a graça do velho oeste, e Anahí passou por uma quitanda que parecia ter saído de uma revista.
No meio do quadro havia um pedaço de papel branco com as palavras "Precisa-se de Trabalhador Rural", com uma caligrafia forte e claramente masculina.
Nem por um segundo em sua vida ela pensou em trabalhar numa fazenda. Pois a vida toda ela sabia exatamente o que seria, bailarina.
Talvez, se tivesse conseguido dormir mais que algumas horas a semana toda, examinasse a decisão de forma mais clara e com a cabeça mais fria. Pois ela não estava procurando encrenca. Ela jurava que não estava.
A questão era que, pela primeira vez em muito tempo, Anahí sentiu uma agitação de entusiasmo. De ansiedade.
E uma emoção que a fez sentir como se estivesse com um pouco de medo.
Ela sempre gostava das montanhas-russas mais assustadoras dos parques de diversão, e era ela quem arrastava os irmãos para os filmes de terror.
Mas o que poderia haver de assustador no trabalho rural?
Especialmente quando já havia decidido que seria a melhor trabalhadora rural que o mundo já tinha visto. Sem tentar agradar a ninguém além de si mesma, sabendo que, no fim de um longo dia de trabalho na fazenda, teria feito um bom trabalho do qual se orgulharia.
Anahí arrancou o anúncio do quadro e colocou-o sobre o balcão, na frente do rapaz do Armazém Geral.
Ela era impulsiva, mas não estúpida, então perguntou:
— Você conhece o homem que anunciou isso? Ele é um cara legal?
O garoto assentiu.
— Claro! O Alfonso é legal!
Anahí gostou do som daquele nome.
Alfonso.
Provavelmente algum velho fazendeiro como aquele avô que ela tinha visto na calçada, que estava casado há cinquenta anos e precisava de uma ajuda extra com as vacas e as galinhas.
Ela não fazia ideia de qual seria a ajuda exigida, mas sempre foi o tipo de pessoa que aprendia rápido.
Ela sorriu e perguntou:
— Você pode me dizer como chegar à fazenda dele?
Aquele era exatamente o tipo de dia de que Alfonso Herrera mais gostava, silencioso e cheio de trabalho pesado do nascer ao pôr do sol, caminhando por seus cento e sessenta alqueires.
Quando comprou a fazenda em Pescadero, três anos antes, o celeiro estava à beira de um incêndio e a casa, infestada de ratos.
Havia cento e cinquenta anos o primeiro fazendeiro começou a trabalhar na terra e a administrou muito bem por um tempo, mas a última geração estava mais interessada nos carros luxuosos e nas propostas de venda do que no patrimônio que o avô passara a vida toda cultivando.
Alfonso passara sete dias por semana nos últimos três anos trazendo a fazenda de volta à vida.
Sua família chegou a pensar que ele estava louco quando se mudou de Nova York para o que eles chamaram de no meio do nada, apesar de São Francisco estar a apenas uma hora.
Não que ele tivesse ido à cidade.
Ele conhecia muita gente que voava de Nova York a São Francisco regularmente. Havia muitas possibilidades de encontrar alguém do passado.
Essa era uma das grandes coisas em uma fazenda, o passado não importava.
Tudo o que importava eram os animais que agora estavam com fome, e o futuro que poderia ser construído em um campo arado, com gado bem alimentado, com o tempo.
Na verdade, Alfonso passou a manhã ocupado, reformando o galinheiro, por isso as galinhas estavam no campo na frente da casa.
Ele estava martelando uma das últimas prateleiras para um novo galo quando ouviu o som de um motor de carro.
A casa e o galinheiro ficavam tão longe da estrada que não dava para ouvir os veículos passando por Pescadero, o que significava que o carro estava em seu território.
Alfonso cerrou os dentes diante da interrupção inesperada.
As pessoas na cidade sabiam que não deviam aparecer sem avisar.
Só muito de vez em quando um caminhão de entrega passava por lá com um pacote de Nova York.
Ele deixou o martelo de lado e virou-se para falar com quem quer que tivesse aparecido sem ser convidado, embora não tivesse reconhecido o carro.
O sol estava brilhando no para-brisa, então ele não conseguia ver o rosto do motorista, mas, pelo vidro aberto na lateral, viu cabelos longos e castanhos esvoaçando.
Uma mulher? O que uma mulher estava fazendo na sua fazenda?
Droga, aquela era a última coisa que ele queria, uma turista perdida no caminho da única pousada na cidade, em busca de orientações.
As galinhas não estavam acostumadas a ficar soltas com carros por perto, e a estranha vinha pela longa estrada de terra com tanta velocidade que uma de suas galinhas premiadas da raça inglesa Buff Orpington cacarejou e abriu as asas para fugir do veículo.
Infelizmente, a galinha quase foi fatiada debaixo dos pneus em movimento quando a motorista tentou desviar para a esquerda para evitar atropelá-la, e acabou batendo em uma parte da cerca novinha em folha.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Capítulo Dois A porta se abriu e a motorista saiu. — Ah, meu Deus, sinto muito! Aquela galinha veio do nada! Vou consertar a cerca. Alfonso ouviu o que ela disse, mas não conseguiu responder. Não quando não acreditava no que seus olhos viam. Ele nunca tinha visto uma mulher tão bonita em toda a sua vida. Cabelos compridos e cast ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:18:23
Que emocionante foi ver o Poncho pedindo perdão pra Leslie :))). Eu to td emocionada com o final, adotaram outro gato *-----*, e claro cada um tinha q escolher um nome né kkkk, mas Anahi juntou os dois dessa vez kkkk, e esse casamento eu não aguento aaaa =))). Ps: Agora sei pq é seu fav :)
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ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:33:25
Aaa amei saber o que o jacke fez :)) kkkk. Anahi enfrentando o nojento do Victor e demitiu ele, rainha . Os bichinhos tão sentindo falta da Anahi tbm *--* kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:05:34
Né KKKKKKKKKK Muito rainha :3 Fofos né? Aquele vídeo do menino com a galinha... KKKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 18/11/2017 - 13:48:37
Docinho se foi :((((, chorei. Poncho disse q ama ela *---*, e ela tbm falou aeee *---*. Sabia q os irmãos dela iam ficar de cara feia kkk. Ja quero deixar aqui meu agradecimento a Sophie e Jack pelo q fizeram com o Victor kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:05:52
Sim :'( SIMMMMMM agora é só love :3 Dá vontade de jogar um tijolo em tudinho... KKKKKKKKKKKK Sim, deixa descobrir oq eles fizeram... KKKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 14:51:36
Eles na praia *---*. To amando ver eles assim. Ai a docinho :((((
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:31:03
Sim, só amor *---* Docinho :'(
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ponnyforever10 Postado em 16/11/2017 - 12:43:07
Ai meu deus o Poncho conseguiu imaginar até uma filha com Anahi aaaa <3333. Poncho é insaciável kkk, os dois né :) kkk.
Mila Puente Herrera ® Postado em 17/11/2017 - 21:30:10
Sim *-------* AyA sempre sendo puro fuego KKKKKKKKKK
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emily.ponny Postado em 15/11/2017 - 23:17:08
Eu nunca fiquei tão emocionada com um hot como estou agora estou amando tanto eles dois que fico ansiosa demais pelo que vem ainda
Mila Puente Herrera ® Postado em 16/11/2017 - 12:33:11
KKKKKKKKKKKKKKKKK Eles são maravilhosos, e agora é só amor *---*
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ponnyforever10 Postado em 14/11/2017 - 15:50:17
Minha raiva pelo Poncho já passou, culpa dele por ser perfeito kkk *---*. Eles dançando eu me emocionei, Anahi tava tão feliz, ela precisava dançar novamente pra ela perceber o quanto a dança é importante e deixa ela feliz e q ela ainda ama dançar :)). Ela descobriu q ama ele aaaaa, tadinha saiu correndo mas ele foi atrás isso mesmo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 15/11/2017 - 22:37:10
KKKKKKKKKKK Não dá pra ficar com raiva dele por muito tempo :3 Sim, ele devolveu o amor dela pela dança *---* Todo mundo já sabia menos ela né? KKKKKKKKKKKK
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ponnyforever10 Postado em 13/11/2017 - 13:41:50
Eu queria matar o Poncho por td q ele disse pra Anahi. Anahi ficou pela docinho :), é mt lindo a maneira q ela trata ela *---*. Pelo menos Poncho se desculpou né, levou ela até o baile , isso vindo dele significa mt pra quem não gosta de sair kkk :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 14/11/2017 - 12:39:39
Sim a gnt fica querendo matar ele, mas temos que dar um desconto pq jaja ele fica perfeitinho :3 Sim, muito fofo as duas <3 EXATAMENTE isso é MUITO pra ele *--*
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ponnyforever10 Postado em 11/11/2017 - 12:17:11
Ai tava td bom demais mas Poncho parou... . Anahi e Poncho contando o que os levou a fazenda, eu concordo com Anahi a dor dos dois é similar :(
Mila Puente Herrera ® Postado em 13/11/2017 - 12:50:33
Pois é, ele *acordou* :/ Não tem uma dor maior que outra né? Dá vontade de jogar um tijolo nele por tá desprezando a dela :@
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ponnyforever10 Postado em 09/11/2017 - 19:44:36
O nome dos porcos kkkkk. Amei Anahi não saber andar de cavalo :) kkk, e amei mais ainda tem chovido "-" kkk
Mila Puente Herrera ® Postado em 10/11/2017 - 22:50:22
KKKKKKKKKKKK Louquinha ele... Hmmm gostou né? (Quem não?) Veremos se vai continuar amando...