Fanfic: Maldita Aposta AyD( romance/hot) FINALIZADA | Tema: Portinon

Dulce estava tentando não demonstrar seu nervosismo, mas por dentro sentia vontade de gritar. Sempre era uma coisa assustadora conhecer os pais de uma namorada.

Principalmente os de Anahí, que é a pessoa a qual Dulce mais sentiu-se apaixonada.
Nenhuma outra garota despertou o sentimento que Anahí desperta em Dulce.

– Podemos ir? Minha mãe está ansiosa para te conhecer.

Anahí apareceu no banheiro, onde Dulce se olhava no espelho a longos minutos. Anahí analisou sua namorada, ela conhecia bem Dulce para saber o quão nervosa ela estava.

– P-podemos.

Dulce praguejou-se por ter gaguejado. Não queria demonstrar nervosismo para Anahí.

– O que há de errado, huh? – Abraçou Dulce por trás, beijando sua nuca para relaxar a menor. E funcionou um pouco. – Meus pais não vão te trancafiar em algum tipo de calabouço, só vão te encher de perguntas.

– Sério?!

E voltou a se desesperar, Anahí riu e esticou o pescoço para beijar a bochecha de Dulce

– Provavelmente, mas fique tranquila. Eles só vão querer te conhecer.

Dulce não pareceu se convencer, então Anahí teve que usar e abusar de sua persuasão. E claro, alguns beijos também.
Dessa vez funcionou 100%, Dulce não podia raciocinar quando Anahí a beijava daquela forma tão avassadora.

**********

Anahí estacionou no quintal de sua casa. Colocou a mão sobre a coxa de Anahí e depois entrelaçou seus dedos com os de sua namorada. Sorriu para Dulce, soltou o cinto de segurança e nem se deu o trabalho de tira-lo de volta do seu corpo, inclinou-se para frente e beijou o rosto de sua garota.

– Relaxa, pequena. – Com a outra mão virou o rosto de Dulce para si. – Eles vão amar você. Na verdade já gostam apenas pelo fato de você estar colocando juízo na minha cabeça.

– Estou, é? – Sorriu para Anahí e capturou o lábio da namorada entre seus dentes, o sugou devagar sem desviar seus olhos dos de Anahí. – Achei que eu tirasse seu juízo.

Sussurrou sobre os lábios de Anahí, que arfou e puxou Dulce para um beijo. Não muito calmo, porém com o toque de romantismo e delicadeza necessária. Dulce enfiou seus dedos por entre os fios de cabelo de Anahí, puxando-os levemente conforme suas bocas se moviam em uma sincronia quase perfeita.

– Você tira meu juízo sim... Mas sabe como me fazer uma outra Anahí, eu sou melhor desde que você entrou na minha vida. E sabe o que? Eu gosto dessa nova Anahí que você descobriu.

– Bom que se sente assim, minha linda. Porque comigo aconteceu da mesma forma. E eu jamais imaginei que pudesse gostar tanto de alguém como gosto de você. 

– Estou tão apaixonada por você, minha menina.

– Sua menina?

– Minha.

– Só sua.

(...)

Quem recebeu as duas foi um Henrique bastante sorridente, ele agarrou Anahí e envolveu-a em seus braços, enchendo o rosto da filha de beijos.  Dulce olhava para aquela cena com um enorme sorriso no rosto, apesar do nervosismo, estava contente em ver seu sogro e a namorada daquela forma tão carinhosa. Lembrava a forma que seu pai a trata.

– O senhor está me sufocando, pai. - Anahí resmungou contra o peito de Henrique, que riu e soltou a filha. – Deixa eu te apresentar... Vem cá, amor. - Henrique sorriu para a forma que Anahí chamou sua namorada. Ele não pôde deixar de notar o brilho nos olhos de sua filha. – Pai, essa é a Dulce, minha namorada. Esse é meu pai, Henrique pequena.

Com as bochechas coradas, Dulce também recebeu um abraço de urso do sogro. Ela sorriu, sentindo um pouco do nervosismo se esvair.

– É um prazer finalmente conhecer a garota que está colocando Anahí na linha.

– Papai!

– Só disse a verdade. - Henrique se defendeu fazendo sinal de rendição, Anahí revirou os olhos e Dulce riu. – Entrem, Marichelo está terminando de arrumar a mesa do lanche.

Anahí deu as mãos para Dulce, passando um pouco de confiança para a namorada que tinha voltado a ficar nervosa. Conquistar a sogra era sempre a parte mais difícil, ela esperava que Marichelo fosse no mínimo legal.

– Cadê meu abraço, velha?

Marichelo quase derrubou o prato em suas mãos ao ouvir a voz de Anahí. Olhou na direção da filha e colocou o prato sobre a mesa, caminhou na direção de Anahí e lhe bateu com o pano de prato que estava em seu ombro.

– Me respeita que eu não sou tuas negas. 

– Mãe, onde a senhora aprende essas coisas?

– Com a Kristen e a Emma. - Anahí gargalhou, era óbvio que Marichelo aprendia aquelas coisas com suas amigas. – Que saudade, meu bebê.

Dessa vez foi Anahí quem ficou toda sem jeito, corando fortemente. Antes que pudesse repreender a mãe por chamá-la daquela forma na frente de sua namorada, Clara a puxou para um abraço.

– Também senti sua falta, mãe.

– Não acredito que permiti deixar você sair de casa. - Afastou-se de Anahí e olhou nos olhos da filha. – Você parece maior, está com um jeito de mulher agora. Quando foi que cresceu tanto?

– Mamãe, não vai chorar agora, por favor. - Anahí pediu agoniada, tanto por Dulce estar ali presenciando aquele momento quanto pelo fato de ver Marichelo quase chorar. Ela não gostava, mesmo quando era um chorinho de nada. – Quero te apresentar aquela pessoa.

Sussurrou para a mãe, Marichelo levantou as sobrancelhas e sorriu. Soltou Anahí e olhou para Dulce com os ombros encolhidos ao lado de Henrique

– Você deve ser a Dulce. - Foi até de Dulce, que engoliu seco. Marichelo a analisou de cima a baixo, sabia que Dulce estava nervosa e sorriu internamente. – Prazer finalmente conhecer a garota cujo o nome não saí da boca da minha filha.

"Tem outras coisas minhas que não saem da boca da sua filha também", Dulce pensou e quase sorriu. Quase.

–  Prazer, dona Marichelo.

– Sem essa de dona Marichelo, me faz parecer mais velha do que realmente sou. - Sorriu para Dulce que finalmente pôde relaxar o corpo quando a mulher mais velha a abraçou. – Seja bem vinda a família, Dulce.

Ela não tinha com o que se preocupar afinal... Tudo estava bem.

(...)

Os Portilla eram pessoas extremamente divertidas. Dulce sentiu-se totalmente em casa, eles a deixaram bastante confortável. A menor não pôde deixar de notar o quão feliz sua namorada parecia estar, Anahí não parava de sorrir e Dulce sempre a pegava olhando-a fixamente.

– Então Dulce... Já que estamos criando um tipo de intimidade, eu preciso perguntar. Quais suas intenções com a minha menina?

– Mamãe!

Anahí ralhou, quase encolhendo-se no sofá. Dulce olhou para Anahí apavorada, tentando descobrir se aquilo era sério ou uma brincadeira.

– E-eu... Bem... Quero fazer sua filha feliz? - Sorriu amarelo, o rosto ganhando uma coloração vermelha. Olhou para Anahí, perdeu as palavras ao admirar a beleza de sua namorada. Sua garota. – Minha meta é fazê-la mais feliz a cada novo dia, que ela se apaixone mais por mim a cada segundo. Minha intenção é cuidar da sua filha, Marichelo. - Olhou para a sogra, que a observava com curiosidade e admiração ao notar o jeito apaixonado o qual Dulce se referia a Anahí – Minhas intenções são as melhores possíveis, e nada nesse mundo vai me impedir de cuidar e fazer sua filha feliz, Marichelo. Acredite, tudo que eu quero é ela. Não existe algo que eu queira mais nessa vida.

A sala ficou em silêncio, algumas lágrimas desciam pelas bochechas de Anahí, estava surpresa com a fala de sua namorada. Henrique observava aquela cena admirado, sabia que daquela vez sua filha tinha escolhido a garota certa. Marichelo revezou o olhar entre Dulce e Anahí, então ela sorriu. Deu o maior sorriso de todos. 

– Era tudo que eu precisava ouvir. - Marichelo disse antes de levantar do sofá onde estava e ir até Dulce, fez a menor se levantar e abraçou. – Obrigada por cuidar da minha menina. Desejo tudo de melhor para vocês duas. - Se afastou dela e segurou seu rosto entre suas mãos. – Vocês tem a minha benção.

Dulce não poderia estar mais feliz com aquilo. Tinha a garota de seus sonhos e seus sogros já gostavam e confiavam nela ao ponto de terem certeza que Dulce faria Anahí feliz.

Ela não queria mais nada, apenas queria ficar ao lado de sua garota por tempo indeterminado.