Fanfic: Maldita Aposta AyD( romance/hot) FINALIZADA | Tema: Portinon

"É agora que eu perco meus dedos... Pior, capaz de perder a vida". Anahí pensava apavorada. "Ele vai me matar"

- O que houve, amor? Que gritaria é essa? - Blanca surgiu atrás de Fernando confusa. Ao deparar-se com a cena a sua frente logo soube do que se tratava. - Candy...

A mulher mais velha suspirou, negando com a cabeça. A meses vinha alertando Dulce para tomar cuidado com o que faria com Anahí caso ela fosse em sua casa. E pior, Fernando tinha pegado elas no meio do ato. Era nítido tanto pelo cheiro no quarto, os lençóis bagunçados quanto as duas agarradas no lençol.

- Que pouca vergonha é essa dentro da minha casa?

- Papai, eu...

- Vocês duas estavam... - Passou as mãos no rosto, com tanta força que a marca dos dedos ficaram marcadas em sua pele. - Eu. Vou. Matar. Você.

Era óbvio que Fernando sabia que Dulce tinha uma vida sexual ativa. Ele mesmo foi quem a levou no ginecologista, até chorou quando soube que sua pequena filha já era uma mulher. Mas ele tentava não pensar nisso, e ver aquela cena apenas foi como esfregar na cara dele que sua filha não era inocente. Que outras pessoas a tocavam nela com outras intenções.

Anahí arregalou os olhos ao ver Fernando avançar em sua direção. Sem pensar duas vezes, correu para fora da cama, nem ao menos lembrando de sua nudez. Dulce gritava para o pai parar, com agilidade Anahí conseguiu entrar no banheiro e trancar a porta.

- Eu to muito fodi/da.

Sussurrou para si mesma ouvindo as batidas fortes na porta e a voz raivosa de Fernando. Sua respiração estava descompassada. O coração parecia querer sair do peito.

- Dulce veste sua roupa, pega as roupas da Anahí e manda ela se vestir também.

- Anahí? Você conhece ela? Sabe dessa sem vergonhice dentro da nossa casa desde quando?

- Fernando, por favor. - Massageou as têmporas, buscando paciência. - Vamos esperar elas na sala. Agora, Fernando!

Ordenou com a voz firme, Fernando suspirou e lançou um olhar sombrio para Dulce. Tanto que ela quase estremeceu, não sabia dizer se seu pai estava com raiva ou de alguma forma desapontado. Ela sabia que provavelmente ele deveria estar debatendo consigo mesma. Porque afinal, nenhum pai quer pegar a filha nua em cima de uma cama com uma pessoa que ele não conhece.

- Mer/da. - Dulce saltou da cama e começou a pegar as roupas dela e de Anahí. Vestiu-se com rapidez e foi até a porta do banheiro. - Anahí.

Demorou alguns segundos para a porta ser aberta. Dulce esperou a namorada aparecer, nunca tinha visto Anahí tão branca em todos esse tempo que se conheciam. Sentiu dó do olhar assustado da namorada.

- Eu vou morrer, não vou?

- Não, amor. - Deixou as roupas caírem no chão e segurou o rosto de Anahí em suas mãos. - Fica tranquila, meu pai não vai te encostar a mão, mamãe não vai deixar.

- Ele quase fez isso. Cara/lho, eu pensei que ele iria me matar de verdade.

- Mas ele não vai fazer isso. O máximo que ele vai fazer é gritar e gritar até se acalmar e provavelmente ir para o escritório refletir sobre os acontecimentos.

Dulce conhecia o pai, sabia como ele superprotetor e a forma que ele sempre ficava depois de perder o controle como ele perdeu. Mas ela não podia culpar o pai, provavelmente faria a mesma coisa se estivesse no lugar dele.

Chegaram na sala de mãos dadas, Dulce apertou a mão de Anahi para deixa-la ciente que estava ali com ela. Seus pais estavam sentados no sofá. A mãe de um lado e Fernando em sua habitual poltrona de couro.

Ele estava com um copo de uísque em sua mão, olhava para o tapete e parecia imerso em pensamentos.

- Mãe, pai, eu...

- Quanto tempo vocês duas tem escondido isso de mim? - Fernando cortou Dulce. Olhou de sua esposa para a filha, sentada ao lado da garota desconhecida. - Quem é você, garota?

"É agora que eu me fo/do de vez", Anahí pensou engolindo seco.

- Eu-eu... Sou a namorada dela.

Sua voz quase não saiu. Fernando apertou a mandíbula, o copo em sua mão sendo apertando com tanta força que graças ao silêncio na sala foi possível ouvir o vidro estalando. Anahí prendeu a respiração e encolheu os ombros, esperando que aquele copo voasse em sua cabeça.

- Namorada?! Desde quando você namora e não me conta nada, Dulce María? - Olhou severo para a filha. - Vocês duas estavam... - Pressionou os lábios e fechou os olhos, tentando esquecer a imagem daquela garota pálida completamente nua sobre sua filha. - Na minha casa, sem a minha presença. A quanto tempo isso vem acontecendo? Quanto tempo você e sua mãe tem escondido isso de mim?

- Fernando, elas começaram a namorar tem pouco tempo.

- E a quanto tempo elas se conhecem? Você costuma vir na minha casa quando eu não estava? - Olhou para Anahí. - Estou falando contigo, garota! Ficou muda?!

Anahí apenas negou com a cabeça. Sentia suas mãos suando frio.

- Papai, não adianta o senhor ficar gritando. - Dulce respirou fundo. - Anahí e eu estamos namorando, nos conhecemos a quase sete meses.

- Isso é tempo suficiente para você trazer uma desconhecida para a nossa casa?

- Anahí não é uma desconhecida, papai. Ela é minha namorada.

- Vocês...

- Sim, pai. Nós estávamos transando sim. O senhor não deveria ter visto, mas acabou vendo. Eu peço perdão por isso, mas não vou me sentir culpada por estar com a minha namorada na minha casa.

- Minha casa, Dulce María.

- Fernando.

Blanca o repreendeu. O homem grisalho fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás. Dulce negou com a cabeça, não adiantaria nada ficar discutindo com o pai.

- Dul, vai dar uma volta com a Anahí, eu vou conversar com seu pai. Depois iremos ter uma conversa, as duas.

Anahí e Dulce assentiram, as duas levantaram do sofá e ainda de mãos dadas foram em direção a porta. Quando finalmente ganharam o quintal, Anahí pôde enfim respirar aliviada. Não tinha sido tão ruim quando ela pensou.

- O que está fazendo?

Dulce perguntou confusa depois que Anahí soltou sua mão e começou a tocar em seu próprio corpo.

- Conferindo se estou mesmo inteira.
Dulce acabou rindo da namorada, só mesmo ela para fazê-lá rir depois de um momento tenso.

- Você é uma figura.
Voltou a pegar na mão da namorada e saiu arrastando-a em direção ao carro.