Fanfic: Maldita Aposta AyD( romance/hot) FINALIZADA | Tema: Portinon

Anahí encarava Dulce sem piscar, tentava assimilar o que Dulce tinha lhe dito. Olhou volta e voltou a olhar para sua namorada.

- Você comprou? - Dulce assentiu, desviando o olhar de Anahí. - Sua mãe te ajudou?

- Um pouco. - Estava com receio de contar para Anahí de onde tirou o dinheiro, sabia que ela iria ganhar um esporro. - Na verdade ela só me deu a senha da minha conta no banco.

- Ah sim... - Dulce estava prestes a suspirar aliviada quando Anahí voltou a lhe olhar desconfiada. - Espera aí... Você não fez o que eu estou pensando, fez?

Dulce sorriu amarelo, uma mão em sua nuca alisando a região.

- Dulce! Você fez não fez?

- Olha, se te acalma eu não tirei o dinheiro todo. E não paguei a vista.

- Dulce, não acredito nisso. Você sabe que seu pai vai brigar com você, não sabe? Quero saber de onde você vai tirar dinheiro para repôr lá. Não deveria ter feito isso, Dul. Eu podia pedir ajuda aos meus pais, não precisava ter pegado seu dinheiro da faculdade.

- Minha mãe vai repôr o dinheiro.

- Sua mãe deveria parar de mimar você.

- Caramba, Anahí. Que saco. - Bufou irritada.

- Qualquer outra garota ficaria saltitando de felicidade. Olha esse lugar, é nosso. Mas não, você tem que ser a chata de sempre e estragar tudo.

- Ah! Eu sou chata agora? Quer dizer, eu estou aqui preocupada com o seu futuro e você me fala que eu estrago tudo quando eu só estou sendo realista? Nossa, Dulce. Sinceramente, você às vezes parece que não pensa nas consequências das coisas.

Dulce abriu a boca para rebater, mas preferiu se calar. Além do mais Anahí não estava errada, ela sabia que aquilo iria acontecer quando sua namorada descobrisse. Mas também não podia evitar estar chateada, esperava que Anahí ficasse no mínimo feliz com o que fizera.

- Isso tudo foi um erro. - Tirou as chaves do bolso. - Vamos embora, vou ligar para o corretor e cancelar.

Passou por Anahí sem olhar para o rosto dela. A garota suspirou, fechou os olhos e contou brevemente até 10. Odiava ver Dulce chateada, mesmo quando ela estava errada. Deveria ceder menos aos caprichos de Dulce, mas não sabia como.

- Dulce, espera...

- Não, agora eu quero ir embora.

- Você está agindo como uma criança mimada. - Encarou-a.

- Agora além de não ter juízo eu também sou criança?!? Você é incrível mesmo, senhorita certinha. Quer saber? Fica aí sozinha, não esquece de trancar a porta quando sair e a merda da senha é a data do seu aniversário.

Virou-se e abriu a porta para sair, mas antes que pudesse, Anahí cortou o espaço entre as duas e segurou em sua cintura. Dulce fechou os olhos ao sentir o calor do corpo da namorada.

- Onde pensa que vai?

- Me solta, Giovanna! Eu quero ir para a minha casa.

Anahí puxou Dulce para dentro com a mão esquerda, usou a outra para fechar a porta e em seguida pressionou a namorada contra a mesma. Jogou os cabelos de Dulce para o lado, inclinando-se para beijar a nuca dela.

- Eu achei que já estivéssemos em casa. - Dulce quase se rendeu, quase. - Poxa, amor. Tenta entender o meu lado. Você me conhece, sabe que preocupo com você. Nós tínhamos um plano. Você moraria comigo um tempo lá no apartamento e depois nós iríamos comprar a nossa casa juntas.

- Anahí.

- Shhh, deixa eu falar. - Usou as duas mãos para virar Dulce de frente para si. - Eu só estou preocupada com você e o seu futuro, você sabe que não consigo evitar cuidar de você. Dulce você precisa entender que vai sair de casa e não vai mais ter seus pais te dando tudo que você quer. É capaz deles cortarem muitas mordomias que você tem.

- Mas eles não vão.

- Está vendo, esse é o problema. - Levou uma mão até o rosto dela e acariciou. - Você é mimada demais. - Abriu a boca para responder, mas Dulce tapou-a com sua mão.

- Nem adianta tentar negar, você sabe disso. Olha como você está agindo. Eu disse que o primeiro passo era você entender que vai aprender a se virar sozinha quando sair de casa. Nós conversamos e você disse que iria saber lidar com isso.

- Mas amor...

- Sem essa, Dul. Vai ser só você e eu, ninguém mais. Precisamos estar em sintonia e não discutindo por coisas idiotas assim. E você precisa aprender a parar de ser tão impulsiva e pensar nas consequências. E se o seu pai não deixar sua mãe repôr o dinheiro da sua faculdade?

- Desculpa. - Abaixou a cabeça, envergonhada. - Eu não parei para pensar nisso. Você sabe que eu sempre tive a saída mais fácil para tudo.

- Eu sei disso. - Puxou-a para seus braços. - Eu também já fui assim, mas agora estou sabendo me virar sozinha. Ganho meu dinheiro, não é muito ainda, mas eu pretendo chegar lá. - Beijou a cabeça de Dulce. - Espero que você tenha entendido o que estou falando com você.

- Você é incrível sabia? - Afastou-se de Anahí e sorriu.

- Eu tento. - Puxou o rosto de Dulce para selar seus lábios aos dela. - Será que agora você pode me levar para conhecer o nosso apartamento?

E Dulce abriu um enorme sorriso ao ouvir aquilo, o coração voltando a acelerar dentro do peito. Se afastou de Anahí e segurou em sua mão antes de puxá-la pelo apartamento.
O clima entre elas melhorou totalmente assim que pisaram no quarto delas.

*****

Anahí estava sentada no peitoril da janela, era grande o suficiente para que ela pudesse ficar ali sem problemas. O vento adentrava o quarto através da janela aberta, ela tragava seu cigarro lentamente. Inspirando de olhos fechados e voltando a abri-los quando expirava. Dulce chegou por trás dela, enfiando a cabeça por debaixo do braço de Anahí, que sorriu para sua pequena e deu uma última tragada antes de jogar o cigarro pela metade janela a fora.

- Saudade? - Dulce assentiu, Anahí iniciara um delicado carinho em seu couro cabeludo.

- Achei que estivesse dormindo.

- Eu vim buscar você para me colocar pra dormir.

- Awn meu Deus, que dengo essa minha namorada. - Virou-se para sair dali, desceu do peitoril e abaixou-se para jogar Dulce sobre seu ombro. - Cuidado para não cair.

- Você é louca!

- Já me disseram isso. - Jogou Dulce na cama, a fazendo rir. - Mas você gosta.

- Eu adoro. - Abraçou o pescoço de Anahí, puxando-a para baixo. - Agora fica aqui deitadinha comigo e me faz carinho até eu dormir.

Anahí sorriu, não disse nada, apenas começou a dar beijos carinhosos pelo rosto e pescoço de Dulce. Não demorou muito para que Dulce pegasse no sono.

****

Anahí estava nervosa, Dulce por outro lado estava mais ansiosa do que tudo. Além da felicidade de ter sido aceita em 4 das 5 faculdades em que se inscreveu, ela iria comunicar hoje a seus pais sobre morar com sua namorada.

Ela não poderia estar mais feliz.
E Anahí não poderia estar com mais medo.

- Amor, não acha melhor a gente marcar um jantar em algum restaurante? Sabe, um lugar publico, com muitas testemunhas.

Anahí implorava pela milésima vez ao adentrar a rua em que os pais de Dulce moram. ri, sabendo que a namorada está morrendo de medo.

- Bebê, eles não vão tentar matar você. - Colocou uma mão na coxa de Anahí, acariciando-a. - Fica tranquila. Além do mais, você sabe que minha mãe desconfia.

- Desconfia? Ela deve ter descoberto já quando viu quanto dinheiro faltava na sua conta. - Resmungou e Dulce revirou os olhos.

- Não vamos começar com isso de novo. - Suspirou. Anahí estacionou o carro em frente a casa de Dulce. - Vamos logo, quero aproveitar e contar sobre a faculdade.

- Já decidiu qual você vai?

- Claro. - soltou seu cinto de segurança e inclinou-se para Anahí. - Vou ficar aqui mesmo, não quero ficar longe de você.

Anahí sorriu antes de beijar sua namorada. Ela não podia amar mais sua garota do que aquilo.

*****

Dulce e Anahí cumprimentaram os Savinõn já não era desconfortável para Anahí estar na presença de Fernando, embora ela soubesse que isso poderia mudar quando elas contassem que iriam morar juntas.

- Eu recebi as cartas das faculdades. -dulce revelou ao sentar-se no sofá.

- Sério? Foi aceita em todas? - Fernando perguntou brincando, mas era nítido o orgulho em sua voz.

- Quase todas, em quatro na verdade.

- Parabéns, filha.

Sua mãe parabenizou e fermento fez o mesmo. Dulce sorriu e agradeceu.

- Eu decidi ficar em Miami mesmo, é perto de vocês e eu não quero ficar longe de Anahí. - apertou a mão da namorada, que sorriu apaixonada e acariciou as costas da mão de Dulce. - Anahí e eu temos algo para contar.

Anahí arregalou os olhos e engoliu a seco. Suas mãos começando a suar e o coração acelerando. Olhou assustada para seus sogros, que encaravam curiosos as duas.

- Você não está grávida, está? - Blanca brincou para quebrar o momento de tensão, todos riram.

- Ainda não. - Dulce respondeu e dessa vez quem arregalou os olhos foi Fernando. - Ainda, papai. Não penso nisso tão cedo.

- Ufa! - suspirou aliviado. - Mas então, nos contem. O que tem de tão importante para nos contar?

Anahí e Dulce se entreolharam, e Dulce com um sorriso encorajador e Anahí exalando pavor.

- Nós conversamos bastante sobre isso, e como Anahí e eu vamos frequentar a mesma faculdade. - Olhou para os pais. - Decidimos morar juntas.

- O que?!? - Fernando e Blanca perguntaram juntos.

Anahí engoliu a seco outra vez, aquela seria uma boa hora para fugir. Apertou a mão de Dulce, dizendo silenciosamente para ela falar mais alguma coisa.

- Isso mesmo que os senhores ouviram. Mãe, Pai, vou ir morar com Anahí.

- Você! - Fernando saltou do sofá, as mãos em sua cabeça bagunçando seus cabelos. Anahí o observava apreensiva. - Não! Você só tem dezoito anos, não irá sair de casa. Ainda mais ir morar com sua namorada. Não mesmo, Dulce Maria.

Dulce respirou fundo e olhou para sua mãe em busca de ajuda, mas Blanca estava muito confusa para dizer alguma coisa.

- Papai, eu já não sou criança ent-

- Você não idade para sair de casa.

- Como não? - Dulce também levantou do sofá, impaciente pela relutância de seu Pai. - Como o senhor disse, eu tenho dezoito anos e não doze.

- Mas você ainda é uma adolescente, Dulce. Não tem emprego próprio, como irá se sustentar?

- O problema é esse? Eu posso arrumar um emprego.

- Ha ha. - Fernando debochou, sabia bem que Dulce não tinha experiência alguma em nada além de escrever muito bem. - e você vai trabalhar em que? Atendente de lanchonete?

- Fernando! - Blanca o repreendeu.

- Não acredito que você irá aceitar isso, Blanca. - estava incrédulo. - Vocês enlouqueceram, todas vocês. E você Anahí? Não vai falar nada?

Anahí suspirou alisando a nuca, olhou para Dulce e balançou a cabeça antes de ficar de pé. Foi até sua namorada e pegou em sua mão, entrelaçando seus dedos.

- Sr. Sacinõn. - iniciou formalmente. - Eu entendo que o senhor esteja preocupado com o bem estar da sua filha e com medo de estar perdendo ela. - olhou brevemente para Dulce e sorriu apaixonada. - Mas eu amo sua filha, e eu quero algo sério com ela. Sei que pode parecer que estamos nos apressando, mas queremos isso. E praticamente vivemos uma na casa da outra, pensamos que seria bom ter um lugar só nosso.

- Isso não está certo.

- Pelo contrário. Sem querer ser atrevida, não existe nada mais certo que sua filha e e eu. - suspirou, controlando o nervosismo. - Eu prometo que irei cuidar bem dela, e nada irá lhe faltar. Eu estudo ainda, mas falta pouco para eu me formar e eu tenho um emprego. Pode ter certeza, Dulce não ficará desamparada.

Blanca abriu um enorme sorriso, orgulhosa da pessoa que Dulce tinha escolhido.

Finalmente ela tinha acertado. Fernando ficou olhando para as duas, sentia vontade de gritar e impedir aquilo, mas, sentia mais vontade ainda de chorar. Era doloroso ver que sua filha estava finalmente amadurecendo e iria sair debaixo de suas asas.

- Eu não quero ficar longe de você, filha. - sua voz estava trêmula, Dulce sabia que ele iria chorar. Soltou a mão de Anahí e correu na direção de seu pai. - Você está crescendo muito rápido.

- Você não vai me perder, Papai. Eu vou vir te visitar sempre. - apertava os braços em volta de seu Pai. - Eu amo o senhor. Mas está na hora de eu viver minha vida, e minha vida é com ela.

- Você tem certeza disso?

Dulce se afastou dele para olhar em seus olhos.

- Absoluta.

- Então tudo bem, eu confio nas duas. - Puxou Dulce para seus braços outra vez, olhou para Anahí por cima do ombro de sua filha. - Acho bom cuidar da minha filha.
Ele sibilou e Anahí sentiu o corpo estremecer. Aquilo soou como um aviso.

- Eu estou tão feliz. - Blanca levantou para abraçar Anahí. - Finalmente uma nora decente.

Dulce riu, afastando-se de Fernando.

- Mas espera... Vocês duas vão morar aonde?

Anahí voltou a olhar assustada para Dulce, e a menor abriu um sorriso amarelo e olhou para seu pai.

- Então, Pai... Sobre isso, eu tenho uma coisa para contar.

****

2 meses depois.

Anahí equilibrava Dulce em seus ombros enquanto Dulce pendurava uma foto das duas na parede acima da televisão. Elas finalmente tinham terminado de mobiliar seu apartamento, com a ajuda dos pais de ambas, e agora estavam apenas o enfeitando.

- Amor, chega um pouco para a esquerda.
Com cuidado Anahí deu dois passos para a esquerda, segurando nos móveis para não se desequilibrar.

- Conseguiu?

- Sim. Pode descer.

Com cuidado ela tirou uma perna de Dulce de seu ombro e girou rápido o corpo, pegando a namorada no colo antes que caísse no chão. Dulce sorriu, colocou as pernas em volta da cintura de Anahí e abraçou seu pescoço.

- Ficou muito bom. - Anahí comentou olhando para a foto que as duas tiraram alguns dias atrás justamente para fazer um quadro e pendurá-lo na parede.

- Ficou mesmo. - Mordeu o lábio e voltou a olhar para sua namorada. - Finalmente está tudo no lugar, com a nossa cara.

Elas tinham doado os antigos móveis para um orfanato, pois Dulce e Anahí concordaram que o apartamento parecia sem graça demais. Precisava ter a cara das duas.

- Verdade. - Inclinou-se para cheirar os cabelos de Dulce. - Já vamos poder usar nossa cama nova.

- Que tal estrearmos, ou melhor, reestrearmos nossa casa?

- Hmmm. - Anahí gemeu caminhando em direção as escadas. - Acho uma ótima ideia.

- Bebê. - fez um som nasal para que Dulce falasse. - Eu sou muito sortuda por ter você. Sou a garota mais sortuda do mundo.

Declarou-se, um enorme sorriso em seus lábios. Anahí sorriu também, subindo as escadas devagar para não derrubar sua namorada.

- Eu que sou a mais sortuda, amor. E sabe? Agradeço todos os dias por ter achado aquela nota. Se o carro do meu pai não tivesse quebrado, eu jamais teria pegado aquele ônibus para voltar pra casa.

- E eu que estava odiando aquela história de aposta e anotar meu número em uma nota de cinco dólares. Não sabia que iria gostar tanto, e que isso me faria conhecer o amor da minha vida.

Lauren adentrou o quarto das duas e caminhou até a cama, deitou Dulce no colchão e deitou por cima. Roçou seu nariz no dela e sorriu.

- Nós duas somos sortudas, porque pertencemos uma a outra.
E ninguém pode mudar isso!

****

Eu confesso que vou sentir muita falta de escrever essa fic. Foi tão divertido escrever ela e ler os comentários de vocês, eu li todos e morri de rir. Sério, vocês são muito legais, e até um pouco engraçados sabe u-u

Eu sei que poderia ter ficado melhor, mas a rotina delas ta sendo essa ai mesmo. Uma briga ou outra de vez em quando todo casal tem né? Mas relaxem, elas não vão se matar.

Bem, é isso. Obrigada por quem me acompanhou nessa loucura aqui minha, quem chorou, quem riu, quem ficou querendo mais. É isso ai, nossa fic chegou ao fim, mas temos outras. (Nós no caso somos vocês e eu, porque sem vocês nada disso aconteceria)

Sou muito grata por cada leitor que curte e se emociona com minhas fanfics. Eu gosto de escrever porque me faz bem e me distrai, escrever é minha terapia e por isso eu nunca paro. Não me importo com milhares de favoritos e nem nada disso, não estou aqui por faminha e sim para me divertir e trazer diversão para vocês. minhas fanfics não tem grandes significados, mas são importantes para mim. Eu releio elas depois, fico rindo de mim mesma (sou doida né, eu sei) mas é isso ai. Obrigada por tudo, vocês não fazem ideia de como me fazem bem, sério.

To muito gay, nossa.

É isso ai pessoinhas, chegamos ao fim dessa jornada, mas no meu perfil tem outras. Dêem uma olhada nas outras histórias.

Amo vocês minhas lindas e lindos❤