Fanfic: Nas Mãos Do Destino AyA | Tema: AyA, Romance ,Época ,Adaptada

- Quebrou o braço – perguntou ele em tom preocupado.
Ela balançou a cabeça em negativa.
-Não , meu cotovelo está apenas machucado e ralado. Minha boca está sangrando?

Poncho acenou de modo afirmativo, o rosto pálido. Em pensamento, censurou-se por não tê-la ajudado. Ele e Harley deveriam ter dominado Clark, resmungou consigo mesmo.
Pegou um guardanapo de sobre as mesas, e limpou o sangue dos lábios e face de Anahí. O lado esquerdo do rosto começava a inchar e ficar escuro. 
Enquanto isso, em silencio , Grier tomava conta do bandido. Fizera-o encostar-se na parede, afastar as pernas, e estender as mãos para ser algemado.
Por fim falou com calma.

-Preciso de uma testemunha para comparecer diante do juiz e dar queixa do ocorrido.
- Aqui estou – prontificou-se Harley, limpando o sangue da boca, também com guardanapo – E creio que o senhor Herrera irá comigo.
- Pode apostar que sim- replicou Poncho – Mas primeiro preciso levar Anahí para casa.
- Não há pressa – disse Grier, segurando Clark pelo pescoço – Harley, sabe onde mora o juiz Burr Wiley? Vou levar este homem até ele.

- Sim, senhor. Irei direto para lá dar queixa, de modo que possamos prender este... cavalheiro – em tempo mudou de expressão que desejaria ter usado, por consideração a Anahí . Voltou-se para ela – Tudo bem com você?
Anahí estava tremula, e apoiava-se em Poncho.
- Claro – esforçou-se para sorrir – Vou ficar ótima.
- Vou pegá-los – vociferou Clark, olhando para Poncho e Anahí – Vou pegar vocês dois!
- Não agora – replicou Grier com paciência – Farei com que o juiz saiba de todas as acusações a seu respeito.
- Conte comigo – exclamou Anahí, fazendo uma careta ao sentir dor no queixo. 
- Mas não hoje a noite – interpôs Poncho, segurando-a pelo ombro de modo protetor – Vamos, meu bem. Vou levá-la para casa.

Seguiram Harley e Grier e seu prisioneiro. Os três entraram na viatura de policia, e Poncho e Anahí dirigiram-se para a picape.
Com delicadeza, ele a ajudou a subir o banco da frente, e só então Anahí notou que Poncho usava roupas e botas de trabalho.

- Deve ter vindo correndo para o Shea's – comentou.
- Estávamos levando gado para um novo pasto. Um dos touros escapou e tivemos de persegui-lo – Poncho examinou as botas enlameadas – Desejava ter vindo há mais de uma hora, mas não foi possível. Por coincidência cheguei ao mesmo tempo que Harley.
- Dois homens de Cy Park estavam no bar, mas quando Clark começou a me ferir, recuaram com receio que o louco me matasse.

Poncho tomou-lhe a mão. O lindo rosto de Anahí ficaria com um hematoma, e a visão do machucado o deixava furioso.

- Obrigada a todos vocês – disse ela.
- Harley e eu não ajudamos muito – replicou Poncho com um sorriso encabulado – Clark deve ter treinamento militar, mas por sorte não foi páreo para Grier. Foi como assitir a um filme de lutas marciais. Nem dava tempo de ver os pés de Grier se movendo.
Anahí só tinha olhos para Poncho e perguntou:
- Aquele brutamontes o machucou?
-Só no orgulho. Jamais fui derrubado com tanta facilidade.
- Pelo menos tentou – murmurou ela- Obrigada de novo.

- A culpa foi minha. Nunca deveria ter permitido que continuasse no Shea's
- Foi minha escolha.
Poncho beijou na testa.
- Não vou levá-la para sua casa nessas condições, porque Fred terá um colapso. Vamos para a minha, e de lá telefonaremos ao seu pai dizendo que houve um pequeno problema, e que irá se atrasar.
- Tudo bem – replicou Anahí, sem forças para resistir.

A casa estava deserta, e a única luz vinha da sala de estar. Poncho conduziu Anahí pelo vestíbulo até seu espaçoso quarto, fechou a porta com um gesto decidido, e a fez entrar no banheiro decorado com ladrilhos azuis.
As toalhas era felpudas, com listras brancas e azuis, e havia sabonetes expostos, de todos os tamanhos e cores.
Ele a conduziu ao armário de medicamentos e ergueu-lhe o queixo para ver seu rosto com clareza.

- Há um arranhão enorme aqui, murmurou, logo encontrando outro corte menor no canto da boca delicada.
AS mãos de Poncho deslizaram para a blusa de seda, e Anahí tentou impedi-lo de modo instintivo.
-Está tudo bem – assegurou Poncho.
Desabotoou a blusa atirando-a ao chão, procurando outras marcas. Uma mancha rocha surgia no ombro esquerdo. Tirou-lhe o sutiã e deixou que deslizasse também, ignorando os esforços de Anahí para reter a peça de roupa.
Havia uma escoriação sobre um dois seios brancos.
-Bastardo – resmungou Poncho. 
- Clark também teve sua cota de ferimentos por conta de Grier – confortou Anahí.
-Porém teria sofrido mais, se não houvesse me derrubado logo de saída – replicou Poncho, aborrecido consigo mesmo – Não me lembro de alguma vez ter sido surpreendido como hoje.
- Não se torture. Fique ainda mais machucada no mês passado quando caí do cavalo. 
Ele baixou-lhe o zíper da calça jeans, e Anahí entrou em pânico. A calcinha de renda surgiu, e Poncho a acariciou. Ignorando os protestos retirou também a presilha dos cabelos longos como uma cascata suave sobre os ombros nus.
- Posso tomar banho sozinha – protestou Anahí
Mas ele a tomou nos braços e colocou-a sobre a água quente, entregando-lhe uma blusa, antes de fechar a porta do Box e deixar o banheiro
- Vou por suas roupas na lavadora – avisou.
Anahí estava muito confusa para pergunta-lhe se ele sabia mexer nos botões da maquina.
Tomou banho e usou o xampo da prateleira, esfregando-se com a ducha até sentir o toque nojento de Clark desaparecer de sua pele.

Quando saiu do banho,enrolada em uma toalha e imaginando o que poderia vestir, Poncho surgiu com umroupão de veludo negro. Com gesto rápido tirou-lhe e estendeu a peça.
- Vista-se.
Anahí virou-se envergonhada e começou a vestir, percebendo que ele tambémtomara banho e usava um shorts.
- Agora vou cuidar de suas contusões e secar seus cabelos.
- São muito compridos e demorar a secar.
-Não temos pressa. Telefonei para seu pai e tratei de dar uma boa desculpa.
-Ele ficou preocupado?
- Apenas com sua virtude – brincou – Achou que a trouxe aqui para seduzi-la.
- E é verdade? – perguntou Anahí em voz baixa.
- Só se você quiser.
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