Fanfic: Nas Mãos Do Destino AyA | Tema: AyA, Romance ,Época ,Adaptada

- Grier?- Esperou um instante, e depois continuou – Ouça Anahí Puente está dirigindo um carro esporte em alta velocidade. Está aborrecida, e a culpa é minha. Tem algum policial na estrada Victoria que possa dete-la ? Sim . Obrigada.
Desligou, praguejando.
- Vai ficar furiosa se souber que mandei a policia vigia-la , mas não quero que se machuque.
- Pareceu-me muito calma quando saiu daqui- replicou Joe- E ela não precisa espalhar boato algum , pois a cidade inteira sabe que gosta de você, de maneira simples e inocente.
Com o coração pesado, Poncho deu de ombros e murmurou:
- Por favor avise-me quando minha encomenda chegar.

Saiu da loja e entrou na picape, a mente em Anahí. O que dissera a ela fora muito cruel. Expressara sua raiva como se tudo fosse culpa da pobre garota.
Realmente os comentários de Marilee sobre amiga o haviam deixado muito irritado, entretanto Anahí nunca fizera nada para aborrece-lo, pensou. Seu único crime fora levar muito a sério um simples beijo.
Riu consigo mesmo . Bem, a garota tinha direito de construir castelos no ar. Afinal, era ingênua e recebera uma rígida educação.
Então perguntou-se Poncho, por que de repente mudara de atitude de modo tão radical e começara a contar mentiras pela cidade? De súbito lembrou-se de tê-la visto um dia ralhando com uma mulher, por que falara mal de outra. Anahí dissera, na ocasião , que espalhar boatos era o mesmo que envenenar o ar.
Limpou o suor da testa. Odiava-se por ter dito o que dissera na loja. Não queria que Anahí se iludisse, porém haviam métodos mais gentis de fazê-la entender seus sentimentos. Jamais esqueceria o olhar do belo rosto, quando se voltara e a vira. Isso o assombraria para o resto da vida, admitiu com tristeza.

Anahí quebrara recordes de velocidade na estrada de Victoria. Já ultrapassara a saída para a fazenda de seu pai em Jacobville, mas sentia-se confusa e triste demais para raciocinar direito.
Como Poncho poderá pensar coisas tão horríveis ao seu respeito? Jamais falara de seus sentimentos com ninguém, a não ser Marilee, mas recusava-se a julgar sua melhor amiga.Por certo fora algum inimigo que espalhara aquela mentiras. Entretanto, ponderou enquanto dirigia, não tinha inimigos.
As lágrimas embaçavam-lhe os olhos, e sabia que dirigia depressa demais. De modo vago, pensou que precisava desacelerar antes de bater em uma cerca. Então ouviu o som de uma sirene e viu luzes azuis pelo retrovisor.

- Ótimo – resmungou – Era só o que faltava! Vou ser pressa por excesso de velocidade. 

Parou o carro no acostamento e baixou o vidro da janela, tentando enxugar as lágrimas, enquanto o policial se aproximava.

Porém ficou surpresa ao constatar que não era ninguém conhecido. Esse policial tinha olhos e cabelos negros amarrados em um rabo de cavalo e usava uma insígnia de ajudante.

- Senhorita Puente?
- Sim?
-Sou Cash Grier , novo assistente do delegado – policial apresentou-se
- Prazer em conhecê-lo . Lamento que seja em circunstância tão ruim – Estendeu os pulsos em um gesto engraçado – Quer colocar algemas?
O rapaz apertou os lábios, mas não parecia achar graça na brincadeira.
- Estava dirigindo em alta velocidade, mas como é a primeira vez, só recebera uma advertência. Porém tome cuidado , não se esqueça.
- Obrigado por ser tão compreensivo e gentil.
Cash deu de ombros.
- Todos cometemos erros de vez em quando. E não sou gentil nem bonzinho- Ergueu um dedo junto ao nariz de Anahí – Não corra mais.
- Juro- exclamou ela.

- Estava procurando por você – foi logo dizendo Harley, com um sorriso – O Baile dos Vaqueiros é no sábado e não tenho par. Sei que é muito tarde, mas que tal ir comigo? A não ser que já tenha companhia , claro .
Anahí sorriu.
- Não tenho, e papai viajara a negócios. Não irá comigo esse ano ao baile.Mas comprei um lindo vestido e estou louca para usá-lo. Adoraria ir com você , Harley.
- Verdade?

O rosto de Harley pareceu iluminar. Como todos sabia Anahí gostava de Poncho Herrera, e não queria vê-la triste.

- Sim – replicou Anahí- A que horas virá me buscar?
- As seis e meia. O baile começara as sete, mas gosto de chegar na hora.
- Perfeito, Harley. Obrigada.
- Até sábado

Anahí o viu partir. Não desejava mais nada, a não ser ir no baile e mostrar a Poncho como estivera errado ao seu respeito. Harley era jovem, bonito, simpático e educado. Iriam se divertir muito.
Sorriu de modo maquiavélico. Poncho Herrera jamais esqueceria aquela festa, prometeu a si mesma.

Capítulo III

- Procurando alguém?- perguntou Poncho distraído 
- Sim. Anahí me garantiu que não viria, mas não foi isso que sua cunhada Tess, acabou de me contar.
- E o que Tess disse?
- Que Harley vai trazê-la – replicou Marilee com voz preocupada.
- Harley?

O rapaz não parecia estar envolvido com nenhuma moça da cidade, pensou Poncho. Mas não passava de um capataz, concluiu com certo menosprezo. O pai de Anahí podia estar passando por dificuldades financeiras no momento, porém os Puente eram fundadores da cidade de JAcobsville e tinham muito prestígio. 
Sem dúvida Fred e sua irmã Lydia deviam querer o melhor para Anahí. È claro que o fato de ela vir acompanhada ao baile por Harley não significava que estavam namorando, mas ...
Marilee interrompeu-lhe os pensamentos

-Harley é simpático. È o principal capataz de Cy, e todos comentam que em breve terá suas próprias terras.

Marilee deixou de contar que já a convidara para sair diversas vezes , e que recusara, por considera-lo inferior.
Entretanto acabara se arrependendo um pouco, por que Harley era muito seguro e atraente. Por certo Poncho era um ótimo partido, pensou, mas sentia-se tão culpada ao seu lado, por causa de Anahí, que não conseguia se divertir.
Caso Anahí aparecesse e a visse ao lado de Poncho , seria um desastre, concluiu apavorada.

-Qual o problema- quis saber Poncho ao ver sua expressão preocupada.
-Anahí jamais irá me perdoará caso me veja com você aqui- replicou a jovem com franqueza_ Não parei para pensar como seria se...
- Não sou propriedade de ninguém – exclamou Poncho com raiva – E é bom que Anahí saiba disso. Portanto, caso nos vejo juntos, tanto faz!
Marilee suspirou.
-Isso me preocupa.

-Não faz sentido se esconder- murmurou-lhe ao ouvido, em tom de provocação.

Marilee suspirou com resignação.
- è verdade 

Caminhavam lado a lado, e Anahí logo os vi. Por um instante a dor brilhou em seus olhos. Se não bastasse o discurso cruel que ouvira de Poncho na loja, no momento precisava enfrentá-lo como acompanhante de sua melhor amiga. Marilee mencionou o tempo todo pretendera vir ao baile com ele... Não era de admirar que estivesse tão estranha nos últimos dias, concluiu com amargura.
E de repente, tudo fez sentido. Fora Marilee quem enchera a cabeça de Poncho com mentiras para poder conquistá-lo. Assim pensando Anahí sentiu-se uma completa idiota, mas ergueu o queixo , sem sorrir. Seus olhos pareciam duas esmeraldas em fogo quando encarou a outra, que a saudou contrafeita.

- Olá Anahí! Pensei que não viesse ao baile.
- E não pretendia vir. Mas Harley me convidou- Anahí fitou o jovem alto ao seu lado e sorriu-lhe com afeição- Não danço há anos.
- Mas vai dançar hoje meu bem – redargüiu Harley, apertando-lhe a mão e fitando Marilee, que desviou o olhar, engolindo em seco.
- Não sabia que dançava, Harley- a moça comentou envergonhada. 
Ele ignorou e dirigiu-se a Poncho, semicerrando os olhos. 
- Que surpresa para vocês, não é? 
-Sim- retrucou Poncho sem sorrir – Ainda não vi seu patrão no baile.
-Seu filho pequeno está resfriado – fitou Anahí de modo deliberado – Cy é um homem de família, e o casamento lhe fez muito bem.
-Para alguns é assim- retrucou Poncho com secura.
Sem se importar, Harley sugeriu a Anahí:
- Vamos dançar. Estou ansioso para treinar uns passos novos que aprendi.
- Com licença- murmurou ela, cheia de cerimônias com aquela que fora sua melhor amiga.
Sentiu o coração apertado e frio ante a traição de Marilee, que fingira "ajudá-la"com Poncho.
A outra tentou detê-la 
- Anahí, por favor... Deixe-me explicar.
Mas ela não estava disposta a ouvir desculpas falsas e nem presenciar lágrimas de crocodilo.

- Foi um prazer revê-la Marilee. O mesmo digo a seu respeito senhor Herrera.
Com satisfação, notou que Poncho enrijecera o corpo, aborrecido. 
- Por que o chamou de senhor – perguntou Poncho, quando se afastavam. 
- É muito mais velho que nós – respondeu em voz bem alta para que Poncho ouvisse - Quase de outra geração.
- Tem razão.
Quando os dois se distanciaram, Poncho tomou mais um gole do seu drinque, com evidente irritação, quando os observava.
- Ela nunca mais ira falar comigo- gemeu Marilee.
- Não sou sua propriedade – repetiu Poncho com frieza – Nunca fui. E não é sua culpa se Anahí andou espalhando boatos e se gabando por aí.
Marilee estava a ponto de chorar, mas Poncho não notou, pois tinha os olhos cravados em Anahí e Harley, que dançavam.
_ Não quero nada com a pequena Puente- sussurrou entre os dentes cerrados- Que me importa se gosta de outro?

Parece que temos alguém arrependida ou não ? Oque vocês acham ?

Poncho com ciúmes hahaha Amo.

No próximo Capítulo o Poncho vai descobrir a cobra que Marilee é .

Spoiler do Próximo Capítulo :

    - O que está fazendo Poncho Herrera? Largue-me!
Mas ele a ignorou. Conduziu-a até o pátio florido, fechou a porta de vidro e empurrou-a para detrás de umas plantas.
- Quero falar com você- começou, tentando clarear as idéias confusas por causa do álcool.
Anahí tentou se afastar.
- Eu não quero conversar com você! Volte ao salão e fique ao lado de sua acompanhante! Afinal, trouxe Marilee ao baile!

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