Fanfics Brasil - part 4 O Desconhecido

Fanfic: O Desconhecido | Tema: Vondy, CyD, AyD, MyD, DyC


Capítulo: part 4

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Part 4


O desconhecido acordou na escuridão e, pela primeira vez em horas – ou dias, ou semanas? – suas emoções predominantes não eram o terror e uma vaga sensação de deslocamento. Sua primeira pergunta não era a angustiante” Quem sou eu”? A questão agora era outra, e ele percebeu. Quem é ela? Ele estava deitado em uma cama larga e confortável, envolto em lençóis limpos frescos, que tinham o cheiro floral de algum amaciante de roupas, e vestindo um pijama de algodão igualmente limpo, mas um pouco largo demais. Ao lado dele estava uma mulher, profundamente adormecida.


E ele tinha lembranças! Recentes, porém, mas ainda assim lembranças que o preencheram daquele tão esperado contentamento.


 – Dulce – disse em voz baixa, não querendo acordá-la. Sim, o nome dela é Dulce. Ele se virou para sua companheira, que estava dormindo, e descobriu que ela era bonita. A luminosidade do amanhecer filtrava-se através das cortinas e caía sobre um rosto de traços bem definidos e sereno, e moldurado por um cabelo longo e com várias mechas de tons de ruivo, cabelo denso e de boa textura, com um corte bem feito. Sentando-se com muito cuidado, ele olhou para ela. Tinha minúsculas linhas nos cantos dos olhos, a marca de um sorriso nos cantos da boca e, embora não fosse uma jovem garota, era requintada e não aparentava a idade. O lençol afastado para o lado revelava seus lindos seios bem arredondados. Nós fizemos amor, pensou ele, reflexivo. Então sorriu, sentindo – sabendo, na verdade–com satisfação que o sorriso que brincava nos cantos de seus lábios se devia a ele. Sua vontade era a de beijá-la, mas parecia um crime perturbar seu descanso. Ele queria fazer amor com ela, mas preferia que a mulher estivesse acordada e realmente o desejando quando a penetrasse. Não queria roubar o prazer como se fosse uma criança surrupiando doces da lata. O aposento acolhedor em torno dele parecia familiar apenas no fato de que era onde havia adormecido. Esta era a casa de Dulce, sabia disso. Lembrou-se de chegar ali ontem à noite, lembrou-se de uma tempestade, e de uma horrível crise cegante de pânico, que parecia mais como a resposta de um animal aos elementos do que a de um ser humano racional. Lembrou-se do calor de Dulce e de sua bondade, e de seu tesão imediato e bastante alarmante ao vê-la. Mas, quando tentou visualizar o que havia além do quarto e da casa, o medo e a sensação de vazio se fecharam novamente em torno de sua mente. Havia apenas fragmentos confusos disponíveis, e a maioria trazia dor em seu rastro. Apenas uma lembrança era agradável.


Lembrou-se de estar ao lado de um rio e vendo a luz solar refletindo na água. Com a imagem da luz dançando no rio veio uma curiosa sensação erótica. Teve um desejo selvagem de rir, mas colocou a mão na boca para contê-lo, não querendo acordar sua linda Dulce de seu sono. Ele sorriu, no entanto, lembrando-se do que tinha feito e sentido às margens daquele rio. Era estranho como o sexo parecia tão definitivo, tão constante, tão reconfortante, quando tudo o mais no seu presente e no seu passado se mostrava insubstancial, na melhor das hipóteses, e efetivamente inexistente, na pior. Ao experimentar o prazer – e dá-lo também, reconheceu com um sorriso – ele tinha substância, sentia-se ele próprio. Um homem. Uma pessoa. Mesmo que não tivesse a mínima ideia de quem pudesse ser essa pessoa. Cobriu o rosto com as mãos. Uma coisa que tinha aprendido durante aquele emaranha do de horas passadas foi que, quando ele se forçava, se pressionava duramente para lembrar de alguma coisa, sempre se sentia pior – e terrivelmente cansado. O cansaço de repente se abateu sobre ele novamente, e, nesta cama macia e convidativa, parecia não haver nenhuma razão sobre a face da Terra para resistir a seu chamado.


Tinha muito menos medo da inconsciência agora, percebeu, quando se deitou de novo e virou a cabeça no travesseiro para encarar a amante que também era, literalmente, sua salvadora. Ele poderia não ter um nome, mas pelo menos agora não estava mais sozinho.


– Dulce – suspirou, depois se uniu a ela no reconfortante domínio dos sonhos.


 


por enquanto é só até pq o mundo dos sonhos tbm me chama bjs



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Autor(a): beatris

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • GrazihUckermann Postado em 14/11/2017 - 19:02:39

    Estou amando *-* Bem que a Dulce podia dormir com ele para protege-lo dos raios neh.... :D Continua S2

    • beatris Postado em 14/11/2017 - 23:30:46

      kkkk q bom q ta gostando linda, e que talvez ela faça uma visitinha p vê cm ele tá ;)

  • GrazihUckermann Postado em 10/11/2017 - 20:01:15

    Estou amando *-* Continuaaa

    • beatris Postado em 11/11/2017 - 14:52:00

      ctn sim amore mais tarde tem mais


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