Fanfics Brasil - part 2 O Desconhecido

Fanfic: O Desconhecido | Tema: Vondy, CyD, AyD, MyD, DyC


Capítulo: part 2

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Part 2


 


 Com o coração batendo tão alto quanto os punhos desconhecidos que esmurravam a porta, Dulce arrancou os dedos da virilha e saltou sobre seus pés, quase derrubando o copo de vinho com esse movimento. Ela olhou para o relógio. Eram quase 10. Quem diabos estava tentando derrubar sua porta a essa hora da noite? Fechando as duas partes do robe e atando-o protetoramente, ela disparou para o corredor e ficou ali a tremer. Outro trovão rebentou e, por cima do som do vento que crescia rapidamente, o som das pancadas nos painéis da porta redobrou. Ela soube instintivamente quem é que estava do lado de fora.


 Isso é loucura, pensou, enquanto caminhava de pés descalços ao longo do corredor. Ele poderia ser perigoso. Violento. Homicida. Estes poderiam ser os seus últimos momentos de vida. Ignorando tudo isso, ela girou a maçaneta e abriu a porta.


 E lá, com seu cabelo castanho selvagem voando em torno do rosto por causa do vento forte, seus impressionantes olhos castanhos arregalados de medo e vestindo a mais bizarra e inesperada combinação de roupas que ela já tinha visto, estava seu enigmático e encantado desconhecido do rio.


 – Por favor, me ajude! – gritou ele freneticamente, no mesmo instante em que outro repique dos trovões e relâmpagos bifurcados de um azul elétrico rasgaram o céu, parecendo vir na direção deles.


 E então, acompanhados por seu grito de puro terror, seus olhos giraram para cima e ele desmaiou.


 Inclinando-se para a frente, ele desabou como uma trouxa de roupas nos braços de Dulce. Sem tempo para ficar fazendo perguntas a ele, ou a si mesma, ela o agarrou e, pressionada por aquele peso, sentou-se no piso do corredor. Por sorte, ela conseguiu de algum jeito dobrar as pernas sob o corpo, e acabou meio sentada e meio ajoelhada sobre o capacho, com a cabeça do desconhecido acomodada em seu colo. Maravilha, Dulce, pensou ela. Agora você se superou.


 E então, que diabos pretende fazer com ele?


Ela observou aquele rosto familiar, embora desconhecido. Olhando assim mais de perto, aquele refugiado errante parecia um pouco mais velho do que ela havia imaginado de início. Ao redor dos trinta anos, estimou, um pouco mais. Mais novo do que ela, mas não muito.


Não muito para quê? perguntou aquele advogado do diabo dentro dela, surpreso com o fato de que ela ainda podia estar mantendo pensamentos eróticos com o pobre homem quando ele estava lá fora, com frio. E, no entanto, ela estava sim mantendo esses pensamentos eróticos.


 Não dava para controlar. A cabeça dele, coroada por aquela tempestade de cachos, estava aninhada muito perto do púbis, e ela podia sentir o hálito quente do desconhecido em sua coxa através do fino tecido do robe. Assim como suas ruminações em frações de segundo sobre a idade do desconhecido, ela também percebeu que ele tinha uma aparência muito melhor quando visto mais de perto.


 O cabelo era muito macio e seu rosto inconsciente parecia tão sereno quanto o de um arcanjo. O homem certo na hora errada, pensou melancolicamente, seus dedos pairando timidamente sobre seus lábios esculpidos e a mandíbula forte. Ou, acrescentou ela, o homem errado na hora errada, o que continuava sendo ruim... Mas essa coisa de hora, era sempre a hora certa ou a errada?


 Cedendo à tentação, Dulce acariciou a cabeça dele, deixando que seus dedos penteassem suavemente aqueles cabelos e afastassem os cachos da testa, de forma que pudesse examinar o ferimento dele. Quase que imediatamente ele respondeu, mexendo-se um pouco e gemendo baixinho.


 – Tudo bem, tudo bem – disse Dulce, tentando acalmar o homem e agarrando seus ombros.


– Você está bem, está em segurança. Ninguém vai machucar você. Afastando-a com facilidade, o desconhecido sentou-se com os olhos ainda fechados, enquanto tentava cautelosamente sentira sua cabeça. Quando um relâmpago brilhou novamente, ele soltou um grito de medo e se jogou de volta para os braços de Dulce.


–Ei, ei, ei – disse ela suavemente, acariciando as costas do homem e deslizando seus dedos sobre o casaco de veludo negro que ele estava vestindo.


–Não se preocupe, não está assim tão perto – mentiu. –Estamos bem seguros aqui


– a forma como o desconhecido continuava a tremer indicou que ele não acreditava totalmente no que Dulce estava dizendo. Apesar de seus esforços contínuos para acalmar o recém-chegado, ela sentiu-se bem longe de estar calma. Alies tava ela, sentada na porta de casa, nos primórdios de uma tempestade que estava prestes a desabar, com seu quimono de seda deixando metade dela despida, segurando contra si, firmemente, seu novo objeto de desejo. Ele tinha balbuciado apenas quatro rápidas palavras para ela, mas Dulce já tinha o rosto trêmulo dele ligeiramente pressionado intimamente contra a curva nua de seu seio.


 – Calma, está tudo bem – repetiu novamente, sem saber direito o que fazer em seguida.


 Havia coisas que ela queria muito fazer, como beijá-lo e tocá-lo muito, muito, mas isso vinha de seus sonhos, e o que estava acontecendo agora era muito real. Um trovão ressoou de novo e o homem em seus braços gritou.


–Não! Oh, não!–e tentou cobrir seus ouvidos com as mãos, desarrumando o quimono de Dulce ainda mais com seu movimento brusco. Bem inutilmente, ela tentou fechar a peça, sem afastar seu recém-chegado em pânico.


–Não! Não!–gritou ele, balançando a cabeça como se o trovão estivesse dentro de seu crânio e ele estivesse procurando ejetá-lo. Por um momento fugaz, os lábios entreabertos do homem roçaram a pele de Dulce.


Eles não poderiam ficar mais tempo onde estavam, porque a chuva, fria e refrescante, começara a cair pesadamente agora. Assim, ainda puxando seu quimono, ela conseguiu de algum jeito ficar de pé, tentando ao mesmo tempo ajudar o desconhecido a se levantar. – Venha! Vamos entrar, vamos? –  sugeriu Dulce a ele, alarmada pelo modo como ele estava agitado. Ele parou por um instante, as mãos pressionadas sobre os ouvidos e os olhos fechados com força, e então pareceu que tinha conseguido se recompor, e assentiu silenciosamente com a cabeça.


 Depois de empurrar a porta e fechá-la atrás dos dois, Dulce ficou aliviada ao notar que o homem a seguiu ao longo do corredor até a sala de estar. Surpreendentemente, quando chegaram até, “Un bel di” ainda estava tocando. Toda aquela cena melodramática na porta de entrada não deveria ter demorado mais do que um minuto.


–Sente-se aqui – disse ela a seu inusitado refugiado, apontando para o sofá, e ele atravessou a sala e sentou-se obedientemente. Inclinando o corpo para trás, ele fechou os olhos e suspirou, cansado, o peito arfando como se tivesse acabado de completar uma maratona. Dulce apenas ficou olhando para ele.


 Quem é você? Era a pergunta que ela queria fazer, mas ele parecia estarem tal estado de choque e de angústia que seria indelicado interrogá-lo imediatamente. Mesmo assim, ela quase deixou escapar a pergunta sobre a maneira como ele estava vestido. Perto do rio, Dulce tinha ficado tão extasiada com aquele homem nu que tinha prestado apenas atenção superficial às roupas dele espalhadas na margem e sobre as pedras. Mas, agora, suas estranhas vestimentas a intrigavam. Aquilo que ela havia tomado por um paletó era de fato um longo casaco eduardiano de veludo negro, que ele usava combinando com uma calça cinza, com um colete de brocado listrado de preto e cinza e uma camisa de colarinho alto que estava desabotoada e mostrava seu peito. Ao redor do pescoço se via uma tira bastante descaracterizada de seda cinza escuro, que parecia ser o que sobrara de uma gravata. O conjunto todo estava bastante amassado e empoeirado, especialmente a camisa, e havia restos de grama presos a suas calças, mas ele ainda projetava uma aura de desamparada elegância. Não, ele não podia ser um desses viajantes da Nova Era. Parecia mais um fugitivo do Museu Victoria e Albert, ou um manequim do Madame Tussaud, tocado por Deus e ganhando vida.


 De repente, ele sentou-se e então estremeceu mais uma vez, como se aquele movimento tivesse feito sua cabeça doer.


 – Eu... Sinto muito – murmurou. – Estou sendo um intruso... Melhor eu ir embora e... Ele fez uma meia tentativa de se levantar, mas começou a oscilar perigosamente de novo e deixou se cair. Dulce correu em sua direção e ajoelhou-se a seu lado.


–Você se machucou– disse ela, observando seu rosto. Ele estava claramente muito confuso, mas continuava parecendo angelical. Dulce desejou que ele abrisse os olhos novamente, mas o homem parecia estar entrando e saindo de um estado de consciência. Ela tocou em seu braço.


– É melhor eu chamar uma ambulância, um médico... Alguma coisa, você precisa de cuidados. Ele abriu os olhos de novo. Eles eram de um castanho ,forte, quase chocolate, e, quando se fixaram nela, uma pontada de prazer se agitou dentro dela.


– Por favor, não se envolva em problemas, por favor, eu imploro. – Ele cobriu a mão dela com a sua e a pontada de prazer tornou-se uma serpente retesada de desejo.


–Eu vou ficar bem... Só preciso de um momento para ficar sentado e... Vou embora logo, não vou incomodar mais. Dulce mordeu seu lábio quando ele desabou novamente, as pálpebras tremendo quando fechadas. Era evidente que ele precisava de auxílio médico, mas no fundo do seu coração ela realmente não queria telefonar pedindo ajuda. Ela queria ficar sozinha com ele, só ele e ela, pelo menos por mais um pouquinho de tempo. Queria ficar olhando e desfrutando daquele deleite precioso. Mentirosa, disse a voz da luxúria serpenteante. Você não quer ficar só olhando! Você quer tocá lo! Quer fazer amor com ele! Tirar proveito de sua beleza enquanto ele estiver vulnerável! Pare com isso, ordenou ela a suas emoções subversivas, mesmo sabendo que aquilo que a voz lasciva tinha dito era verdade.


 –Posso lhe oferecer alguma coisa? –perguntou ela em voz baixa. Olhando para a garrafa de vinho, percebeu que álcool não seria uma boa opção naquele momento. – Café? Um copo de água? Uma xícara de chá? Os olhos castanhos se abriram novamente e fizeram parte de um dos mais doces sorrisos que Dulce já tinha visto, um daqueles de fazer derreter o coração. – Chá seria maravilhoso – respondeu ele, em tom sincero. – Eu adoraria um pouco de chá... Por favor. –É pra já –disse ela, levantando-se um pouco trêmula. –Você quer que eu desligue a música? – perguntou, enquanto ele parecia prestes a cochilar mais uma vez. –Oh,não...–murmurou o homem, abrindo os olhos novamente e olhando para ela, suplicante.


 – Eu gosto muito. É uma de minhas... – ele parou de falar, franzindo a testa. – Eu adoraria ouvir “Un bel di” outra vez... Se você não se importar, claro. Ainda se recuperando mentalmente daquele sorriso, Dulce teria cantado a ária inteira para ele se tivesse voz para tanto, mas se contentou em pôr para tocar novamente.


Ainda sentindo-se um pouco confusa por conta daquilo tudo, ela o deixou ouvindo a música e se dirigiu para a cozinha. Essa deve ser a coisa mais idiota que já fez em sua vida, disse a si mesma, enquanto fervia a água na chaleira e montava as coisas para o chá. Convidou um desconhecido para entrar em sua casa à noite, e, mesmo que não seja um assassino ou um estuprador, acaba de deixar esse desconhecido completamente sozinho em uma sala cheia de antiguidades e coleções valiosas.


 A esta altura, ele já pode ter fugido com aquele vaso Moorcroft ou a caixa de rapé de casco de tartaruga, a favorita de Alfonso. Pode ser que ele goste de coisas mais modernas, e dê sumiço em seu aparelho de som Bang Olufsen! Ora, não seja ridícula, rebateu a si mesma imediatamente. Ainda se podia ouvir claramente o lamento daMadame Butterfly! Colocando a louça de porcelana chinesa, leite, açúcar e alguns biscoitos em sua melhor bandeja de prata, Dulce encontrou-se de repente suspensa entre a realidade e seus sonhos. Ela estava preparando o chá como se a esposa do vigário a estivesse esperando na sala de estar, enquanto, na verdade, seu convidado era um homem cujo nome ela não sabia e sobre o qual nunca


tinha posto os olhos antes desta tarde, quando ela o vira pelado no rio, esfregando seu pênis sensacional até chegar ao clímax.


 Dulce não conseguia imaginar uma situação mais bizarra. No entanto, quando voltou para a sala de estar, seu convidado ainda estava lá, embora agora parecesse ter caído no sono novamente. Tinha tirado seu par de sapatos modernos e bem desgastados, que não pareciam fazer parte daquele extravagante traje que vinha usando, e estava enrolado em posição fetal no sofá, com as mãos apertadas debaixo da bochecha, como um querubim cochilando. Deve haver uma relação inversa entre a vulnerabilidade e a sensualidade, pensou Dulce, querendo tanto tocar nele que balançou a bandeja nas mãos e as xícaras e colheres sacudiram violentamente. A música ainda estava tocando ao fundo, mas o barulho da louça acordou o dorminhoco.


 – Oh, puxa... – disse ele suavemente, endireitando-se e deslizando seus pés calçados com meias pretas de volta para os sapatos.


 – Sinto muito, devo ter cochilado. Perdoe-me, por favor.


 –Está tudo bem–respondeu Dulce, apoiando a bandeja na mesa e de repente muito consciente da maneira como seu quimono era capaz de flutuar e de revelar partes de sua pele nua enquanto se movimentava. Além disso, a seda era tão fina que seus mamilos se destacavam claramente.


 –Você... Você está obviamente exausto. Refugiando-se nos pequenos rituais de uma cerimônia de chá tipicamente inglesa, ela não sabia mais o que dizer. Será que podia perguntar diretamente se ele era algum vagabundo que vivia pelas ruas? E, caso ele não fosse, como poderia perguntar o que ele estivera fazendo no rio naquela tarde sem revelar o fato de que estivera por ali, espionando? Aquela pobre alma não estava dando explicações sobre si mesma pela simples razão, suspeitava Dulce, de que estava muito abalada e confusa demais para perceber que isso lhe seria exigido. Decidiu, então, não tocar no assunto, por enquanto.


 – Leite e açúcar? – perguntou. Em vez da resposta direta que ela estava esperando, o desconhecido aparentemente teve que pensar muito sobre a maneira como ele tomava o seu chá. Cerrou os punhos contra as coxas e olhou fixamente para o nada por alguns segundos, e, em seguida, voltou para ela seu bonito rosto ferido, com perplexidade.  


– Não sei... – respondeu finalmente, balançando a cabeça e fazendo com que seus cachos macios balançassem.


Dulce olhou para ele e teve um pressentimento de algo inquietante. Poderia ser realmente isso? Poderia este adorável e confuso rapaz ser vítima de algo tão sério e assustador?


 – Experimente apenas com leite e veja se gosta – disse ela, derramando o líquido na primeira xícara de chá e oferecendo-a a ele.


Enquanto ela o observava tomar um gole e suspirar com apreço, como se fosse a primeira bebida decente que havia provado em um milênio, a mente de Dulce retrocedeu ao longo dos anos de sua infância, até um incidente que tinha ocorrido durante suas primeiras tentativas de aprender a montar um cavalo.


 Ela tinha sido uma cavaleira natural, praticamente desde nascença, mas um dia ficou muito segura de si e foi lançada longe, caindo de cabeça no chão. Felizmente não sofreu nenhuma fratura, e nenhum dano permanente, mas por uma quinzena verdadeiramente aterradora ela não tinha a menor ideia de quem era, e nenhuma lembrança de sua vida antes da queda. A sorte tinha estado do lado dela, no entanto, e, após essas duas semanas de terror, ela acordara uma manhã e de repente lembrara-se de tudo, voltando ao normal.


 Bebendo um pouco de chá e observando o desconhecido agarrar sua xícara e olhar para ela, como se alguma profunda e eterna verdade pudesse ser encontrada boiando no chá inglês, ela considerou a importância daquele feio machucado na testa, parcialmente oculto pelos cachos dependurados.


 Será que aquele seu lindo homem do rio estava sofrendo de amnésia? E, caso fosse isso, o que ela poderia fazer para ajudar? Ajudá-lo? Você deve estar brincando! O que você pretende é estuprá-lo! Sentindo-se horrorizada com suas vontades sediciosas, mas também reveladoras, ela olhou para as longas pernas vestidas pelas calças cinza vincadas. Suas coxas eram fortes e ágeis, ela as tinha visto. E, em seu ápice, o pênis era vital e tentador.


 Oh, Deus, foi tudo tão repentino. Ela havia começado o dia de hoje na mais perfeita normalidade, não se sentindo tão mal sobre si mesma e sobre sua viuvez, e agora era uma predadora erótica à espreita. Ou quase isso. E fora ele, seu lindo desconhecido, bastante confuso e vestindo roupas antiquadas, o catalisador de tudo aquilo. Dulce nem ousou levantar os olhos, porque seu sexto sentido a tinha avisado de que agora ele estava olhando para ela. Mas, que diabos. Seus olhos se encontraram com os dele. Ela estava certa o rapaz estava olhando para ela.


–Você é muito gentil – disse ele, dando-lhe um pequeno mas, mesmo assim, excepcional sorriso.


 – Este chá está maravilhoso, exatamente o que eu precisava. Eu... Eu não percebi quanto gostava disso. – Seus olhos brilhantes se nublaram outra vez, como se ele estivesse pensando. –Você está se sentindo bem? – perguntou Dulce, colocando a xícara na bandeja e se levantando, para se aproximar dele como uma mariposa atraída pelo perigo de uma chama. –Não pude deixar de notar que você machucou a testa. Está sentindo dor de cabeça?


– ela sentou-se ao lado do homem no sofá e, antes que pudesse se conter, já estava afastando o cabelo da marca na testa. Dessa vez foi ele que deixou tremer a xícara no pires.


–Desculpe–disse Dulce, puxando sua mão de volta.


–Não queria assustá-lo, mas esse machucado parece bem desagradável... Deve doer.


 –Está tudo bem, obrigado – disse ele, colocando a xícara e o pires na mesa e, em seguida, fazendo menção de se levantar.


– Você está sendo muito gentil – continuou. – Mas eu não devo abusar mais de sua bondade.


 Não. Você não pode sair daqui, gritou Dulce em silêncio, enquanto, na realidade, disse:


– Imagine, não é abuso de forma nenhuma. Ele estava já meio que levantando, mas ela o pegou pela manga de veludo e o puxou para baixo novamente. Ele a obedeceu com um pequeno e perplexo contorcer dos lábios lindamente modelados.


–Na verdade – continuou Dulce, sem vontade de nem mesmo largar a manga do casaco –,você está obviamente muito cansado. Devia descansar um pouco..


.–Aqui vamos nós. Diga, Dulce, fale, pensou ela.


 – Por que você não passa a noite aqui? Eu tenho um quarto de hóspedes que está sempre arrumado. Você será muito bem-vindo se quiser dormir lá


. Uma sucessão de emoções atravessou o rosto dele : tentação, medo, gratidão, outras menos definíveis.



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Autor(a): beatris

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Part 3  –Eu...Eu– começou ele e, em seguida, fechou os olhos, esfregando o rosto com a mão. –Se você tiver certeza de que isso não será um problema... Eu ficaria muito grato. Estou tão cansado... – e isso era verdade, ele parecia totalmente exausto. – Não é problema nenhum, eu garant ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • GrazihUckermann Postado em 14/11/2017 - 19:02:39

    Estou amando *-* Bem que a Dulce podia dormir com ele para protege-lo dos raios neh.... :D Continua S2

    • beatris Postado em 14/11/2017 - 23:30:46

      kkkk q bom q ta gostando linda, e que talvez ela faça uma visitinha p vê cm ele tá ;)

  • GrazihUckermann Postado em 10/11/2017 - 20:01:15

    Estou amando *-* Continuaaa

    • beatris Postado em 11/11/2017 - 14:52:00

      ctn sim amore mais tarde tem mais


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