Fanfic: O Desconhecido | Tema: Vondy, CyD, AyD, MyD, DyC
Part 3
–Eu...Eu– começou ele e, em seguida, fechou os olhos, esfregando o rosto com a mão.
–Se você tiver certeza de que isso não será um problema... Eu ficaria muito grato. Estou tão cansado... – e isso era verdade, ele parecia totalmente exausto.
– Não é problema nenhum, eu garanto – respondeu ela, com o coração cantando por ele ter sido conquistado tão facilmente. Levantando-se do sofá, Dulce estendeu a mão para tomar-lhe o braço e conduzi-lo.
– Venha, vou mostrar onde fica o quarto. Você parece que vai dormir imediatamente assim que deitar a cabeça no travesseiro.
– Obrigado, muito obrigado, acho que é isso que vai acontecer, mesmo – respondeu ele, a voz suave, mas estranhamente ressonante. Ele se permitiu ser levado da sala. Era tanta emoção que Dulce mal conseguia falar enquanto acompanhava o seu inesperado hóspede ao andar de cima. Calma, disse a si mesma. Ele está muito cansado. Esta é apenas uma boa ação de uma boa samaritana. Nada mais do que isso. Nada vai acontecer.
–Existe algum lugar onde eu possa me lavar, por favor? –pediu ele, ao mesmo tempo que Dulce abria a porta do quarto de hóspedes, que estava sempre arrumado para ser ocupado. Nos dias que se seguiram à morte de Alfonso, sua amiga mais próxima, Anahi, muitas vezes tinha passado algumas noites ali para lhe fazer companhia, e Dulce então adquiriu o hábito de manter a cama feita.
– Não se preocupe, este quarto tem um pequeno banheiro anexo – ela acendeu a luz e apontou para a outra porta no quarto.
– Lá você vai encontrar toalhas, sabonete e tudo o mais que precisar. – E por alguma razão que ela não sabia explicar, talvez fosse alguma pego sentimental, não sabia, também havia colocado um ou dois itens de toalete de Alfonso no armário do banheiro. – Vou lhe trazer um dos pijamas de meu marido e um roupão. – Mas ele não vai se importar? – perguntou o desconhecido, parecendo de repente muito alerta e um tanto alarmado. –Não, tenho certeza que não. Se estivesse aqui...
–o hóspede pareceu ainda mais alarmado
. –Sou viúva, meu marido morreu há oito meses.
–Agora, o queixo do desconhecido havia caído e seu rosto era um retrato de angústia empática.
– Mas não se preocupe, o pior já passou – ela continuou, subitamente percebendo que naquele momento, tendo em conta todos os dias, isso era inequivocamente verdade.
– O tempo tem o hábito de fazer com que as coisas fiquem melhores. O desconhecido ainda parecia um pouco desanimado, mas, assim que ela se virou para ir buscar o pijama, ele se lançou à frente, agarrou a mão dela, ergueu-a até a altura de seus lábios e a beijou profundamente.
– Muito obrigado – disse ele e, em seguida, beijou-lhe a mão de novo antes de liberá-la.
– Você não sabe o que isso significa para mim. Eu não sei o que eu teria feito. Eu...
– Está tudo bem, vou buscar o pijama.
Dulce se virou e quase saiu correndo do quarto, de repente, com medo da dramática resposta que havia evocado nele. Ele era muito bonito mas, se fosse alguém sofrendo de amnésia, poderia ser mentalmente instável de outras maneiras. Ela perguntou-se de novo o que diabos era aquilo que havia começado.
Quando voltou com o pijama de Alfonso, de cor azul-escuro, e mais um roupão e chinelos, o quarto estava vazio, mas o redingote, a calça e a camisa estavam cuidadosamente dobrados sobre uma cadeira, com os sapatos colocados um ao lado do outro sob ela. Havia o som de água corrente vindo do banheiro. Ele está nu novamente, ela pensou, dando-se ao luxo de lembrar da cena no rio. Nu na minha casa, um homem tão jovem e bonito. Seu coração começou a bater e ela começou a se sentir meio tonta. O quimono de seda parecia fogo contra sua pele, e ela queria arrancar o robe porque o seu peso mínimo era sufocante. Uma grande onda, algo como destino ou inevitabilidade, parecia estar correndo em direção a ela.
Largando as coisas sobre a cama, ela correu para fora do quarto, quase com medo do que estava acontecendo com seu corpo. Estranhamente, logo recobrou a compostura. Deu uma geral na casa, trancando tudo e se preparando para dormir. Foi para seu próprio banheiro em seu quarto, escovou os dentes e penteou os cabelos. Então, viu-se passando um pouco de perfume, mirando-se atentamente no espelho, examinando-se para ver se não havia falhas ou qualquer coisa que pudesse... Pudesse o quê? ralhou consigo mesma, dando as costas para sua imagem no espelho e caminhando resolutamente para o quarto e em direção à fotografia de Alfonso. Deixar um amante mais novo para uma velha? O sorriso de seu marido na foto parecia saber das coisas, parecia encorajador. Quando colocou o retrato de volta no aparador, algum efeito da luz no vidro fez com que ele parecesse estar dando uma piscadela para ela.
Quando Dulce saiu para a varanda, o trovão retumbou. Estava longe agora, mas ainda poderoso e simbólico. Era isso! Lá estava sua desculpa, como se ela precisasse de uma... Seu hóspede tinha medo de tempestades, e os relâmpagos o assustavam.
Bom espero que alguem esteja gostando da historia e ficaria feliz se comentansem
Desculpem algum erro ortografico e proximo cap tem o primeiro hot do casal... amo vcs valeu
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Autor(a): beatris
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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CAPÍTULO TRÊS O HOMEM SEM NOME part 1 Ele estava acordado e sentado na cama, na verdade observando a tempestade. Já não parecia mais estar com tanto medo. – Olá, está tudo bem? – perguntou Dulce, espiando cautelosamente pela porta quando ele respondeu à sua batida ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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GrazihUckermann Postado em 14/11/2017 - 19:02:39
Estou amando *-* Bem que a Dulce podia dormir com ele para protege-lo dos raios neh.... :D Continua S2
beatris Postado em 14/11/2017 - 23:30:46
kkkk q bom q ta gostando linda, e que talvez ela faça uma visitinha p vê cm ele tá ;)
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GrazihUckermann Postado em 10/11/2017 - 20:01:15
Estou amando *-* Continuaaa
beatris Postado em 11/11/2017 - 14:52:00
ctn sim amore mais tarde tem mais