Fanfics Brasil - Metido em uma "saia-justa" A Impostora

Fanfic: A Impostora | Tema: Avril Lavigne


Capítulo: Metido em uma "saia-justa"

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N/A: Oii gente, tudo bom?


Meu nome é Anna Cecília e eu sou novata no site....


Resolvi criar uma conta aqui porque estava pesquisando lugares pra colocar fanfics que não fosse o wattpad e o socialspirit e achei o site, gostei, e bom... Aqui estou! Então, essa aqui é a minha primeira fanfic no site (eu já escrevia a uns 4 anos atrás) e como dá pra ver é sobre a Avril Lavigne.


Nos primeiros capitulos ela é contada em narração por terceira pessoa, mas depois quem vai contar a história é a Melissa, uma das personagens


Eu espero que vocês gostem dela tanto quanto eu estou amando escrever.


 


♥♦♣♠


 


 


As lágrimas daquela mulher de cabelos loiros escorriam, ela havia tentado outra vez, e falhado em sua tentativa, só para variar. Já estava cansada de tanto tentar e nada acontecer, fazia anos que tentava engravidar e nada acontecia. Segurava em mãos mais um dos muitos testes de gravidez dos que fez, e mais um dos muitos cujo resultado dera em negativo. Olhou-se no espelho, contemplando sua face de olhos azuis, que no momento encontravam-se inchados; e o rosto, normalmente branco como a lua, estava vermelho por conta do choro.


Ela se perguntava em seu interior, por que? Por que nunca conseguia engravidar? Já havia tentado de tudo, desde recomendações de uma parteira experiente até crenças religiosas populares. – Fazia algum sentido, ao menos para ela, seguir crenças religiosas para engravidar, já que ela fora criada por uma família católica, e levara essa crença para a sua própria família. – Havia tentado até inseminação artificial, por várias vezes, mas nenhum dos tais métodos adiantou. Estava perdendo as esperanças.


Você deve estar se perguntando: “se ela não engravida, então por que não adota uma criança?” eu lhe respondo dizendo que, sim, ela tentou adotar, conseguiu uma criança, que amava muito, lógico, seu nome era Matthew; porém, nunca havia tido um filho vindo de seu próprio ventre, e apesar de saber que era estéril, ela queria tanto engravidar, que, como eu já disse, tentou a inseminação artificial, tendo o esperma doado pelo próprio marido e sob garantia do melhor médico da cidade onde vivia, de que sim, ela iria engravidar, mas, como se percebe, a garantia do melhor médico não foi o suficiente para que realmente acontecesse. Amava muito a crianças que conseguira adotar, amava como se fosse sua, e tinha orgulho de si mesma por ser capaz de dar a ele, o que sua mãe biológica não foi capaz, por alguma razão, porém, queria saber a como era engravidar, esperar por uma criança, dar à luz a uma.


Dá para ver até então, que falta de tentativa não foi. Lavou o rosto e secou-o tentando se acalmar, não era a primeira vez que dava negativo; já devia estar acostumada, era isso que tentava dizer a si mesma, na esperança de que aquilo finalmente entrasse em sua mente.


Ouviu alguém bater na porta do banheiro.


– Judy? – Seu marido chamou – Judy, está tudo bem, querida? Você está aí há horas...


Fungou, sem querer e praguejou mentalmente após fazê-lo, pois sabia que seu marido podia ouvi-la através da porta.


– É... Estou, estou bem sim, querido. Já vou sair. – Respondeu, pouco hesitante.


– Judith. Você hesitou. – Ela odiava saber que ele a conhecia tão bem àquele ponto. – Tem certeza de que está tudo bem? Não quer que eu entre?


Judith destrancou a porta do banheiro, abrindo-a em seguida.


– Estou bem. – Afirmou. – Eu estou...


Então ela mostrou a ele o teste de gravidez, indicando pela faixa vermelha em seu visor que o teste dera negativo, mais uma vez. – Acho melhor pararmos de tentar ter filhos, e adotarmos um cachorro. Eu nunca vou conseguir engravidar.


Seu marido a abraçou, afagando seus cabelos enquanto ela desatava a chorar outra vez.


– Estou cansada de tentar, Jean-Claude, eu não consigo te dar um filho, e isto é estressante, porque eu também quero uma criança. – Reclamava, entre soluços.


– Judith, você me deu um filho, temos uma criança linda, Matt é nosso presente. – Disse tentando acalma-la. – E mesmo que ele seja um, eu o amo como se eu tivesse ajudado a gerar.


– Sim, eu sei, eu sei, e eu o amo tanto quanto você, mas quero mais um filho, e queria que esse viesse do meu ventre.


 – Entendo... – Ele passou a mão pelos cabelos. – Olha, podemos tentar uma barriga de aluguel.


Ela olhou para ele, quase que o condenando por ter dito aquilo, barriga de aluguel era considerado crime, e os dois poderiam ser presos se fossem pegos.


– Desculpe sugerir isso, mas... você quer muito ter um filho, não quer mais adotar, e já sabemos que também não quer mais tentar inseminação artificial. – Respondeu ele, tentando se redimir.


– Sim, eu não quero mais ter decepções quanto ao assunto tentar ter filhos.


– Então... – Ele sorriu. – Uma barriga de aluguel nos daria essa garantia, ela pode ser usada em casos como o nosso, podemos provar que tentamos de tudo ao governo, e as mulheres que engravidam, sabem porquê e para que fazem, elas sabem que geram um bebê que não é delas.


– Isso me parece cruel...


– Judy, você quer um filho ou não? – perguntou.


– Quero.


– Então... não temos nada a perder. – Jean-Claude tentava a todo custo convencer sua esposa, pois, ele já tinha tudo preparado, até mesmo a mulher que engravidara.


Judith ponderou, parecia estar considerando a ideia, para felicidade e alívio de seu marido.


Jean-Claude havia encontrado uma saída para seu “problema”. E que problema era esse? Mais para frente vocês saberão.


– É... podemos tentar. – O sorriso do homem ia de ponta a ponta do seu rosto. – Mas... vai dar trabalho, temos que saber se algum dos nossos amigos nos ajudaria a fazer isso e...


– Não se preocupe com isso, eu já tenho tudo preparado. Até mesmo a mulher que vai nos ajudar.


– É mesmo?


– Sim... – Ele sentou-se na cama, puxando sua mulher para perto. – Eu andei conversando com uma das minhas colegas de trabalho sobre o assunto, ela notou que eu andava meio frustrado e acabei contando o motivo. Ela disse que ficaria feliz em poder ajudar, até foi ela quem sugeriu a barriga de aluguel.


Judith sorriu.


– Então, quando poderei ir vê-la?


– Vou falar com ela, vamos marcar para você conhece-la, provavelmente em um fim de semana.


– Eu vou poder ter um filho...vou poder ter um filho!


Jean-Claude beijou sua esposa, aliviado de poder manter seu segredinho sujo, mas... por quanto tempo será que ele conseguiria?


 


 


♥♦♣♠


 


 


Longe dali, em um outro bairro da província canadense de Ontario, na cidade de Belleville – Ok, isso foi muito detalhado e desnecessário, mas continuando. –  Mais uma mulher fazia um teste de gravidez, porém, diferente de Judith, o seu teste retornara positivo. E ela estava feliz, pelo menos era o que parecia aos que a viam.


Ela já sabia que estava grávida muito antes de fazer o teste, seu corpo a avisara, dera sinais, só estava fazendo o teste apenas para confirmar. Contou sobre sua suspeita a seu parceiro, esperando que este tivesse uma reação boa, a julgar por todas as juras e promessas de amor que havia feito, mas para sua decepção, a reação não foi muito boa.


Na verdade, havia sido desastrosa, e ela lembrava naquele momento, ao passar a mão pelo ventre.


Os dois estavam em um restaurante, em uma das mesas privadas, daquelas que precisa de reserva para ser usada. o lugar era lindo, a paisagem era de tirar o fôlego de qualquer um, o clima estava propício e construído para romance. Jantar à luz de velas, os dois de mãos dadas, e ele, como sempre, falava coisas que ela nunca imaginou ouvir de homem nenhum.


Claro que agora, depois que tudo havia acontecido, e principalmente, depois desse dia que eu estou contando agora, ela sabia que eram mentiras que ele contava para ela se sentir amada e cuidada e caísse em sua lábia.


Ela sabia agora, que ele não passava de um sedutor barato, e se perguntava quantas mulheres já tinham caído naquele papo-furado antes dela, havia a esposa dele, coitada... iria se sentir um lixo – para não usar palavra mais baixa, – quando descobrisse a verdade sobre o homem que dormia do seu lado toda noite; levasse o tempo que levasse.


– Eu preciso te contar uma coisa... – Ela estava um pouco apreensiva, hesitante, mas animada, sempre quis ter um filho, e estava feliz que ele fosse ser o pai.


– Pode falar. – Ele sorriu de volta, fazendo o coração dela acelerar e suas pernas ficarem bambas abaixo da mesa. Ele sempre conseguia esse efeito nela, e ela se perguntava porque, por mais que no fundo, não quisesse saber de verdade, apenas aproveitar.


Ela respirou fundo e alargou o sorriso antes de falar. – Eu acho que... acho que estou grávida. Grávida de um filho seu.


Ouvir aquilo foi como uma bomba para ele. Um filho, um filho, um filho! F – I – L – H – O. Aquilo não havia sido planejado, claro que não, ele estava frito. Se soubessem... ah, se soubessem... ele era um membro respeitado na igreja onde congregava, se aquilo caísse na boca das pessoas na igreja, ele estaria arruinado, sua reputação de bom moço iria por água a baixo, e ele não queria isso.


Inconscientemente, ele parou de segurar as mãos da mulher a sua frente, e a expressão no seu rosto, que antes era serena como o vento, agora se tornara uma expressão de puro horror. Ele imaginava como ficaria mal falado na sociedade.


– É... eu sei que é assustador, eu também estou morrendo de medo, mas, estou animada, vamos poder ter uma família juntos! E eu com certeza posso te dar filhos.


– Hãan... – Ele tentava falar, mas nada saia.


– Jean-Claude?


– Isso é... um filho...? Tem... tem certeza? – Perguntou ainda perplexo.


– Bom, certeza eu ainda não tenho, porque não fiz o teste, mas tenho quase cem por cento de certeza de que estou. – Respondeu. Toda a sua animação agora se transformava em medo; medo do que ele diria, aquela não era a reação que ela estava esperando, com toda certeza. Ela não sabia se ele estava animado, e esperava ter ajuda para criar a criança.


– Ótimo! - Disse.


– O que é ótimo, eu estar grávida? – Ela deu um gole na água que se encontrava pousada em cima da mesa.


– É... o fato de você não saber se está.


Ela engasgou com aquilo, após recuperar o fôlego, disse, o fuzilando com o olhar e massageando o próprio peito, que ardia.


– Como é?


– Elise... eu amo você... de verdade, te amo muito, mas... – Suspirou e fechou os olhos, como se procurasse as palavras certas para dizer algo que ela não gostaria nem um pouco de ouvir.


Mas àquela altura, ela já sabia que o que viria a seguir não seria nada agradável de se escutar, não seria agradável para ninguém.


 – ..., mas, eu tenho uma mulher e um filho que amo muito, e não vou abrir mão deles para criar essa criança com você. Desculpe-me. – Concluiu, concretizando o que a mulher já estava esperando.


 – Então toda aquela história de se divorciar da sua esposa, porque ela não estava te fazendo um homem feliz era mentira, eu presumo.


– Não, não era. Eu ainda quero me divorciar dela. – Mentira. – Mas, isso é... trata-se de um filho, uma criança! Isso muda tudo.


Ela não estava acreditando no que estava ouvindo, não estava acreditando que aquele ali, aquele que estava na sua frente naquele momento era o homem por quem ela havia se apaixonado, porque não parecia. Não mesmo.


 – Muda o quê?! – Ela quase gritou, mas eles ainda se encontravam em um lugar onde haviam muitas pessoas tentando ter boa noite com a família, ou amigos, ou até mesmo seus maridos e namorados – claramente, não era o caso dela, pelo menos não era mais. – Mas, ela ainda queria respeitar as outras pessoas no local, e por isso, por aquelas pessoas, que não sabiam nem precisavam saber o que acontecia entre os dois, ela iria se controlar.


 – Isso muda o quê? Pode me dizer? – Perguntou ela, apertando o copo com água nas mãos como uma forma de buscar o autocontrole. – Muda que se alguém descobrir que você estava tendo um caso extraconjugal você vai deixar de ser visto como bom moço, não é mesmo? Muda que você vai deixar de ser o marido cuidadoso e que provê do bom e do melhor para a sua família e passar a ser o cara que pulou a cerca com uma vadia qualquer, não é? Porque é isso o que a sociedade vai pensar de mim, que eu sou uma vadia. O que vai mudar, vai ser que o seu ego vai ser ferido se alguém descobrir que você estava comigo quando na verdade deveria estar viajando para cuidar da sua empresa. Mas você acha que eu ligo?! Acha mesmo que eu ligo para o que pensam de mim? De nós?


Ele não sabia o que dizer, e mesmo que soubesse, nada do que ele dissesse, nenhuma desculpa esfarrapada que tentasse dar importaria naquele momento, porque ela tinha razão em tudo o que estava dizendo, ele não queria que soubessem, ele não queria ter o ego ferido, porque aquilo seria demais para ele. E ela continuou falando.


. – ..., tudo com o que eu me importo, ou melhor, me importava, era ser feliz do seu lado, eu queria mesmo ter uma família com você, porque eu acreditei em tudo o que você me disse sobre não estar feliz e sobre querer ter um filho, mas eu aposto que a única que realmente quer ter um filho é a sua mulher, que está em casa agora, cuidando do seu filho adotivo, enquanto você está aqui se divertindo com a sua outra mulher. Porque com certeza é isso o que eu sou para você, “a outra”. – A expressão no rosto da mulher era de escárnio, de nojo, nojo completo. – E o pior é que eu fui burra de acreditar. Mas, me deixe te dizer uma coisa antes de sair daqui e te deixar livre de mim, e eu espero que você preste muita atenção no que eu vou dizer.


Ela se aproximou dele, ficou muito perto, tão perto que dava para sentir sua respiração, que apesar daquela situação constrangedora, estava calma, como se já soubesse que era aquilo que o aguardava.


 – Você vai me ajudar com essa criança assim que ela nascer, vai sim. Ou eu farei questão de fazer você passar vergonha diante da sua mulher, do seu filho e da sua igreja. – Ela falou aquilo de forma muito pausada, saboreando cada uma daquelas palavras como se fosse seu doce favorito, depois levantou da cadeira onde estava e saiu andando pelo restaurante como se nada tivesse acontecido, porém, lembrou-se de algo, então voltou até onde Jean-Claude ainda estava sentado processando tudo o que havia acabado de acontecer.


– Eu vou confirmar se estou grávida ou não, então te ligo, até lá, dê um jeito na sua vida, porque eu falei muito sério. – Dito isto, ela virou-se e foi embora, deixando-o no restaurante para pagar a conta e tentar resolver a situação que ela o havia colocado.


Ele pagou a conta do restaurante e foi para casa pensando em como faria, pois, se ele conhecia aquela mulher como achava que conhecia, ele sabia que ela estava mesmo falando sério, ela é do tipo que não gosta de ser contrariada, e se isso acontece, ela se vinga da pessoa que a contrariou da forma mais humilhante possível, ele já havia visto aquilo acontecer, e não queria que acontecesse com ele.


Flashes do que aconteceria caso ele não assumisse aquela criança com ela passavam em sua cabeça, ele não queria ser humilhado, ele não queria ter seu ego ferido.


Note que, para Jean-Claude, o mundo girava em torno do seu umbigo, tudo tinha que ir de acordo com o que ele queria e de acordo com o que ele planejava, ele era igual a pessoa com quem se envolveu, e por isso os dois acabaram se envolvendo.


Então, enquanto ele passava em frente a uma loja de departamentos especializada em bebês, uma luz se acendeu em sua mente.


Ela seria uma barriga de aluguel! Aquilo iria funcionar, claro que iria, TINHA que funcionar, e ela havia de concordar.


Chegou em casa, cumprimentou seu filho que tentava montar um quebra-cabeça daqueles de mil peças na mesa de centro da sala de estar. O garoto já estava ficando impaciente por não conseguir encaixar as peças minúsculas nos lugares certos, então, prometeu a ele que o ajudaria a terminar assim que tomasse banho e comesse algo, e subiu as escadas para encontrar sua mulher. Cumprimentou-a com um beijo – diga-se de passagem, um beijo demorado, provavelmente por estar com medo do que lhe aconteceria caso seu plano não desse certo. E começou a tirar a roupa para ir tomar banho.


Enquanto tomava banho, lenta e minuciosamente, o plano tomava forma em sua cabeça. Ele conversaria com a (ex) amante e a faria aceitar o plano, que era o seguinte. Ela geraria a criança, e ele esperaria até que ela nascesse, ajudaria no pré-natal e tudo o que ela precisasse durante a gravidez, pagaria os melhores médicos, pediatras e obstetras para ter certeza de que tudo correria dentro dos conformes durante a gravidez, mas assim que a criança nascesse, ela sumiria do mapa, ele daria um jeito para que isso acontecesse, e então ele criaria a criança junto com sua mulher, como se fosse dela e dele, e a criança em questão nunca iria saber quem é sua mãe, de fato, assim como, a mãe biológica da criança não a conheceria, infelizmente, entretanto, ela teria a garantia de que o pai a estaria criando com tudo do bom e do melhor.


Para ele, era o plano perfeito, e ele já sabia como fazer para que sua mulher aceitasse, já que era verdade o fato de que ela queria uma criança, entretanto, era estéril e não podia conceber, ele daria um jeito para que ela aceitasse a barriga de aluguel. E daria um jeito para que sua amante aceitasse participar do seu plano, nem que para isso tivesse que desembolsar uma grande quantia em dinheiro.


Naquele momento, ele percebeu, dinheiro! Dinheiro era a chave de tudo, isso o ajudaria a convencê-la. Dinheiro seria sua garantia, ele estava com a amante na palma das mãos. Ele tinha a chave que a ajudaria a resolver a maior das suas preocupações; tudo o que ela precisava fazer como condição, era aceitar ser a barriga de aluguel e depois sumir da vida do bebê.


Ele iria conseguir o que queria, tinha certeza disso.


 



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Autor(a): milorde

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