Fanfic: Womanizer - Vondy | Tema: Vondy

CHRISTOPHER

- Por favor, Ucker, não esqueça! Kimberly. Buscar no balett. Às cinco - repetiu pausadamente, como se eu fosse algum demente.

- Eu já entendi, mãe - revirei os olhos.

- Falar de boca cheia é falta de educação, Christopher - Kimberly chamou minha atenção ganhando um olhar de aprovação do veado do Christian.

- Pode deixar, tia, que eu mesmo vou me encarregar de lembrar o cabeça de vento do Ucker.

Minha mãe asentiu, olhando-o desconfiada. Ela sabia o quanto Christian poderia ser pior do que eu.

- Será só na segunda, Chris. Eu queria ir mas tenho que estar na igreja à essa hora. Acabei esquecendo - suspirou.

- Deixa comigo, dona Ale - pisquei.

Ainda com o semblante preocupado, minha mãe levou Kimberly para o quarto alegando estar na hora de dormir. Apesar de protestar, a baixinha não teve escolha.

- O que foi? - perguntei ao Christian que xingava o próprio celular.

- É a Mai, cara - negou com a cabeça.

- Quem?

- A assistente - revirou os olhos e eu me recordei.

Christian e eu tínhamos meio que um sistema: não identificavamos as mulheres pelos nomes e sim por sua profissão ou algo que seja ligado a ela. Chamar pelo nome significava que aquela mulher fazia parte de nossas vidas para valer e, quase nunca era o caso.

- Eu esqueci completamente que a gente ia sair ontem. Ela está puta.

- Você anda há mais de um ano com essa assistente. Já está na hora de apresentar para a família - ri, pegando uma garrafa de whisky.

- Nem pensar - fez careta - Apresentar para a família significa relacionamento sério e Christian Uckermann não namora. É a lei.

- Então porque está se desculpando? - apontei para o seu telefone.

- Não estou - sorriu, brincando com o seu piercing da língua - Você sabe, eu estava doente ontem.

- Ah, claro - virei o meu copo - Acha que ela vai cair nessa, de novo?

- Eu não acho, tenho certeza - pegou a garrafa de minhas mãos, tomando direto - Maite é louca por mim.

- Cuidado para não se apaixonar, priminho - zombei.

- Paixão...- riu - Ela é apenas uma foda a longo prazo. Muito boa, por sinal.

Gargalhamos e ele bateu sua garrafa em meu copo, fazendo um brinde. Seu celular vibrou e, ainda rindo, ele desbloqueou.

- O que foi? - perguntei pela segunda vez, ao ver sua cara de cu.

Sem dizer nada, ele virou o seu celular para que eu pudesse ler a mensagem. Era a assistente.

"Doente? Não ficaria surpresa se fosse uma DST.
Obrigada por não vir, agora me dei conta de que não preciso das suas migalhas quando tenho quem me oferece banquete.
Adeus, otário."

Acho que nunca tinha rido tanto na minha vida. Ver Christian se gabar e logo depois levar um esculhacho foi a melhor coisa daquela noite.

- Ela não me atende! - exasperou voltando para cozinha, eu ainda ria - Será que voce pode calar a maldita boca?

- E é por essas e outras que eu não me envolvo. Nunca - enchi meu copo novamente, recuperando o fôlego.

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