Fanfic: Womanizer - Vondy | Tema: Vondy

DULCE

Pela primeira vez, em um ano, eu realmente acreditava que Maite e Christian tinham acabado.

Ela poderia estar chorando rios agora, mas no futuro ela me agradeceria.

- Você pegou muito pesado, Dul - fungou, tentando recuperar seu celular de minhas mãos.

- Nada disso - desliguei o aparelho que não parava de tocar a meia hora - Deixe que ele ligue, você não atenderá. Onde já se viu dizer que estava doente? Nem uma desculpa descente ele foi capaz de inventar, você entende?

Engolindo em seco, ela asentiu.

- Você está certa. Mas eu gosto tanto dele, Dul - voltou a chorar.

Suspirando, eu a puxei para o meu colo na cama em um abraço desajeitado.

- Você precisa seguir em frente. É isso o que você quer para o seu futuro? Viver chorando enquanto Christian se diverte por aí? Mai, você tem que levantar as mãos para o céu por não ter ligação nenhuma com esse cara. Mostre a ele que você é mais que isso, se valorize, e aí sim, ele te dará valor.

Essas palavras, essas minhas últimas palavras, foram o que fizeram Maite reagir. Chama-se psicologia inversa.

Se você disser a uma mulher para esquecer e seguir em frente, entrará por um ouvido e sairá pelo outro. Agora, diga essas mesmas palavras, mas com a garantia de que ele voltará e a coisa mudará totalmente.

- Você está certa! - enxugou suas lágrimas, pegando o seu celular e bloqueando o número de Christian - Acabou para você, canalha!

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A segunda feira chegou e tinha tudo para ser normal, como todas as outras, exceto por um problema com a aluna nova.

Não era a primeira vez que eu tinha problemas com o horário da saída. No fundo eu sabia que a maioria dos pais não levavam o ballet a sério, que era apenas uma forma para manter os filhos longe por um tempo, mas eu não tinha obrigação nenhuma de ficar de babá depois do horário.

Mas acho que os Uckermann não pensavam assim, pois fazia mais de duas horas que Kimberly estava aqui.

- Dul, liguei em todos os telefones que Alexandra deixou para contato e ninguém atendeu - Maite entrou no salão com a lista de telefones nas mãos.

- Droga...- murmurei frustada.

- Ele me esqueceu outra vez - Kimberly disse, tristemente.

Ela estava sentada com "pernas de índio", uma mão apoiava o rosto enquanto a outra fazia círculos no chão.

Suspirei, levantando-me e indo até ela.

- Escuta, Kim, tenho certeza de que a sua avó teve um imprevisto muito sério para não ter chegado ainda. Ela nunca te esqueceria - sorri, puxando-a para sentar em meu colo no chão.

- Ela não, mas Christopher sim.

- Quem é Christopher?

- É o meu...

Ela não pode terminar a frase pois o ronco de uma moto irritantemente barulhenta estacionou em frente ao estúdio.

Pela vidraça eu pude ver quando o sujeito desligou a moto e retirou seu capacete preguiçosamente, se dirigindo até a entrada e desaparecendo de nossas vistas.

- É ele - ela disse e eu me levantei.

Esse Christopher devia ser um irmão mais velho irresponsável, que além de esquecer a própria irmã por duas horas ainda vinha busca-la em uma maldita moto.

Quando cheguei a recepção quase não acreditei em meus próprios olhos. O cara estava de costas para mim, então eu tinha a visão perfeita de Maite se derretendo por alguma coisa que ele estava lhe sussurando.

Pigarreei chamando a atenção dos dois e me esforcei para manter minha boca fechada.

Eu detectei a malícia de Christopher assim que nossos olhares se encontraram, suas pupilas praticamente faiscaram quando ele me viu.

- O senhor deve ser Christopher - eu quebrei o silêncio, agradecendo internamente por minha voz ter saído com firmeza.

Ela asentiu, abrindo suas fileiras brancas para mim enquanto se aproximava. Ele usava uma roupa inteiramente de couro, que fazia um barulho engraçado quando ele se mexia.

- Sou o pai da Kim - estendeu sua mão livre para mim enquanto a outra segurava o capacete.

Detalhe: somente um capacete!

Irresponsável!

Desta vez eu não pude segurar o meu queixo. Agora eu entedia de onde Kimberly havia herdado tanta beleza, se o pai já era assim, sua mãe deveria ser uma top model.

 -Você vai ver, Christopher, eu vou contar tudo para a minha avó que você me esqueceu! - Kimberly protestou ao meu lado.

- Desculpa, baixinha, eu tive...um imprevisto - disse sem nem tirar seus olhos gulosos de cima de mim.

Até imagino o imprevisto que ele deve ter tido, a começar por seu cabelo maravilhoso todo bagunçado.

Querendo acabar com aquele flerte ridículo, eu me dirigi até o balcão.

- Peço que o senhor tenha mais responsabilidade. Eu já tinha dito a sua mãe que nós não somos uma creche, temos nossas vidas também.

- Claro, senhorita...

- Savinon - o encarei, muito séria, sem responder ao seu sorrisinho sem vergonha.

- Peço desculpas. Terei mais cuidado na próxima vez.

Próxima vez?

- Sim, claro, tenha um bom dia - me despedi, querendo que aquela sujeito malditamente quente sumisse dali.

Christopher estreitou os seus olhos para mim, em uma rápida confusão, que logo sumiu dando lugar a outro sorriso que eu chamo de "arranca calcinha".

Eu conhecia bem o tipo do Uckermann, o tipo que tem problema escrito em negrito na testa e desses eu estava correndo sem nem olhar para trás.

Finalmente o encontro deles! Kkk parece que a Dulce não ficou muito impressionada kkk 

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