Fanfic: Michigan - AyA DyC RBD | Tema: Ponny,Vondy,Bruxas ,RBD

Maite: Esta tão magoada agora, mas não ficou quando vi o acidente né?
Josi: Porque podíamos perder o controle se víssemos sangue, esqueceu? - rebateu brava.
Maite: E que culpa eu tenho se o Alfonso foi o primeiro a sair pra salva-la e se encantou por ela? Sabia que ao contrário das outras pessoas ela não nos vê como uma ameaça e não tem medo da gente?
Christopher: Você ainda é nova nisso, já te explicamos que precisamos ser hostis com as pessoas para ficarmos longe delas e elas entendem isso se afastando de nós. - respondeu calmamente.
Maite: Eu sei, mas não acho justo brigarem comigo porque Alfonso gostou dela e quis salvar sua vida.
Alfonso: Já chega! - esbravejei furioso me levantando da mesa e a vi passando furiosamente por ela.

Eu queria era ficar sozinho e nunca mais ver aquela garota na minha frente, se Mai não tivesse previsto que ela sofreria um acidente eu não teria me responsabilizado a salvar a vida dela por ser o mais veloz da minha família conseguindo chegar a tempo. Mas salvar a vida dela não foi nada, meu erro foi ter tocado nela, encarado seus olhos azuis e lido seus pensamentos descobrindo assim seu segredo. Nesse momento nos ligamos de uma forma que ela não tem idéia e isso pode estragar tudo fazendo a história se repetir e isso era a última coisa que eu queria que acontecesse, tinha que ficar longe dela o máximo possível, ou faria uma besteira e não estava falando de beber o sangue dela, a besteira a qual me refiro era bem pior que isso. Se ela fizesse idéia das coisas que provavelmente vão acontecer com ela daqui pra frente, iria embora imediatamente, mas talvez ela soubesse e por isso estivesse mentindo sobre ela mesma, mas isso seria inútil se ela tivesse contato com os demônios, eles descobririam rapidamente o que ela é e a ligação que ela tem com a profecia. Isso me fazia pensar que talvez ela não soubesse de nada ou nunca teria vindo pra cá. Agora a decisão estava nas minhas mãos contar tudo pra ela e convence-la a ir pro mais longe possível, ou protege-la o máximo que conseguisse sem que ela desconfiasse de nada, fazendo o possível pra não me envolver com ela e repetir a história da minha família, de qualquer forma já estávamos ligados sabe-se lá até quando se não para sempre.

Quando entrei no pátio e vi Alfonso se levantar furioso da mesa e passar por mim sem me encarar percebi que seus olhos novamente estavam da cor ocre, ele devia estar furioso e alguma coisa me dizia que era comigo. Fiquei olhando pra onde ele estava indo até Dul me cutucar e cochichar:
- A família dele esta olhando pra você, se fosse você parava de olhar pra onde o Alfonso esta indo.

Olhei pra frente e vi na minha direção a mesa onde Maite, Christian, Josi e Christopher estavam. Agora mais próximo deles percebi que eles também tinham a pele branca e eram todos muito bonitos. Christian tinha um cabelo louro muito bonito e um rosto penetrante, era de se imaginar porque Mai e ele estavam casados, ambos eram muito atraentes. Josi tinha os cabelos curtos na altura da orelha repicados e era muito bonita também, mas o olhar sério dela na minha direção me dava arrepios e fascínio. Christopher o mais forte de todos empatava em beleza e elegância com Alfonso, parecia o tipo super atraente que todas as garotas se apaixonavam. Levei outro cutucão de Dul quando ela disse:
- Agora é sério Any, vamos sair daqui antes que eles nos ataquem.
Any: Não foi vc quem disse que eles não atacavam pessoas? Pra mim eles são atraentes, bonitos e sérios nada mais do que isso, eles não me assustam. - respondi tranqüilamente sabendo que eles podiam estar me ouvindo e Maite confirmou minha suspeita quando vi um sorriso se formar no rosto dela e incrivelmente no rosto de Christopher e Christian também, já Josi estava mais séria depois do meu comentário.

Dul: Ok, mas vamos logo embora, porque eles estão botando medo em mim me encarando como seu eu fosse uma bandeja de comida super apetitosa. - falou me arrastando e vi dessa vez os quatro sorrirem.
Any: Dul sabia que eles podem ouvir o que estamos falando? - disse quando sentamos em outra mesa.
Dul: Podem é? - me perguntou assustada.
Any: Sim, esta escrito no livro que você me deu? Esqueceu dessa parte foi? - apoiando o queixo nas mãos.
Dul: Merda. - respondeu ficando vermelha. - Será que ficaram bravos?
Any: Acho que acharam graça, afinal deve ser o que a maioria pensa deles né? Devem estar acostumados.
Dul: Tomara. - respondeu sem jeito.
Derrick chegou nesse momento e perguntou:
- Posso me sentar com vocês?
Dul: Claro senta ai. - respondeu sorrindo.
Derrick sentou entre eu e Dul e me encarando disse:
- Fiquei surpreso que você tenha ficado pra assisti as aulas, acho que no seu lugar teria ido embora.
Eu sorri sem graça e respondi abaixando a cabeça:
- Achei melhor ficar e enfrentar as perguntas de uma vez. - sorri ao terminar de falar.
Derrick sorriu de volta pra mim e perguntou:
- Fez bem, mas e ai? Muitas perguntas?
Any: Não, pensei que seria pior. - forcei um sorriso.
Derrick: Às vezes é viu, talvez as pessoas estejam com medo de falar com vc porque foi o Herrera quem te salvou.
Any: Ah me lembre de agradecer ele por isso então. - respondi com alivio.
Derrick: Eu não agradeceria por ter as pessoas afastadas de mim, ele a família fingem que não se importam, mas deve ser muito ruim não poder contar com ninguém, nem ter amigos além de seus pais e irmãos.
Aquilo me pegou de surpresa e eu fiquei sem ter o que responder, pois, entendia o que ele e a família passava. Dul deu um cutucão em Derrick perguntando brava:
- Você não fala mais comigo não é?
Derrick: Desculpa Dul. - pediu se virando pra ela.

Propositalmente fiquei quieta pra não ser incluída no assunto, não estava muito a fim de papo, então comecei a observar as pessoas. Havia um grupo de branco sentado numa mesa vazia, como se fossem médicos e eles conversavam com serenidade, senti um conforto e uma calma estranha quando os vi, me perguntando quem eram aquelas pessoas e como podiam transmitir tanta paz. Em pé próximo a esse grupo de branco havia outro grupo eles riam e faziam brincadeiras, pareciam os mais animados e outras pessoas conversavam em suas mesas. Sem resistir olhei a mesa da família de Alfonso, ele estava sentado lá e me perguntei quando voltara. 

Alfonso conversava com Josi enquanto Maite e Christian se beijavam de uma forma que me deixava constrangida, mas que não parecia afetar os outros que estavam na mesa com eles. Já Christopher encarava a minha mesa seriamente, pensei que ele olhava pra mim e me assustei, mas me surpreendi quando vi que ele olhava pra Derrick e Dul que conversavam. Eu estava ficando louca, ou ele olhava os dois enciumado?

Ouvi um grito e arregalei os olhos vendo fogo. Senti um arrepio na espinha e uma sensação de pânico, olhei em volta e todos estavam tensos e com muito frio como se de repente estivéssemos no Alasca em plena nevasca. Meus dentes bateram enquanto o vapor saia da minha boca de acordo com a respiração ofegante. Vi de relance quando o grupo de branco ficou de pé rapidamente e o outro grupo que se divertia perto deles, parou encarando uma direção, vi a mesa onde Alfonso e a família estava e todos estavam sérios. Era como se por algum motivo estranho os três grupos em pé estivessem prestes a atacar. Então vi que encaravam o mesmo lugar, o lugar por onde um grupo de dez pessoas se aproximava todos vestidos de preto, um garoto que andava na frente, provavelmente o líder me encarou e senti um arrepiou pior e mais gritos. 

Vi que todos estavam de pé e fiz o mesmo depressa pra não me destacar, num piscar de olhos o grupo de preto estava parado no meio do pátio entre a minha mesa e de Alfonso e encaravam seriamente o grupo de branco que se colocara a sua frente. Encarei Derrick que apertava a borda da mesa sério e Dul que ofegava como quem esta com medo e morrendo de frio. Ouvi outro grito, mas ignorei assim como o frio que sentia prestando atenção no que estava acontecendo perto de mim, sem entender nada.

O líder se aproximou mais do grupo de branco e disse:
- Nós queremos passar não vêem? - sua voz era calma, melodiosa e medonha.
- Então pare de exercer o poder de vocês sobre as pessoas. - respondeu um rapaz do grupo de branco, sua voz era calma e tranqüila e senti uma paz percebendo que o mesmo acontecera a todas as pessoas presentes, só não pareceu fazer efeito sobre a família de Alfonso que ainda estavam sérios.
- Sabe que não posso fazer isso Gabriel. -respondeu o líder. - É um dom natural. - respondeu sorrindo.
Gabriel: Isso que chama de dom é uma maldição e podem parar se quiserem Kuno, é só fechar as mãos.
Kuno estreitou os olhos e fechei os meus colocando as mãos no ouvido para abafar outro grito que ouvi, quando os abri Kuno e todo seu grupo me encaravam curiosos, aquilo me fez ofegar, mas o temor foi maior quando o líder se aproximou de mim e sussurrou me causando arrepios:
- Você tem fortes lembranças certo?

Ele estreitou os olhos negros e eu cai sentada no banco ouvindo novamente os gritos sentindo aquele medo e muito frio novamente. Ouvi um barulho, todos prenderem a respiração e Alfonso me encarava mostrando os dentes afiados. Achei que ele me atacaria, mas ele se virou pra Kuno rosnando. Eu estava entendendo mal ou ele estava me defendendo? 
Uma luz forte nos cegou e Alfonso se agachou abaixando a cabeça escondendo o rosto entre os braços e vi quando voltou à mesa num disparo, Josi me encarou séria e Kuno gemeu se virando pra Gabriel, o mesmo estava sério, os olhos brancos assim como o restante do grupo. Kuno sorriu com desdém e disse:
- Ok Gabriel, ok nós vamos... Mas ainda não se livraram de nós.
Gabriel voltou à cor de olhos azuis e deu espaço pra que o grupo de Kuno passasse. Eu sentei gemendo sabia o que estava por vir e acertei. Gabriel se aproximou de mim e perguntou serenamente:
- Esta bem? Ainda esta ouvindo alguma coisa?
Só consegui negar com a cabeça confusa, Gabriel sorriu me deixando boba, era injustiça dois caras tão lindos como ele e Alfonso me encararem assim e eu não conseguir fazer nada de útil pra me sentir atraente. Por fim Gabriel sorriu e se afastou, mas um anjo apareceu e disse:
- Oi Any, eu sou a Angelique!
Any: Bonito nome. - respondi sorrindo invejando a beleza dela e seu olhar sereno.
Angelique: Beba isso, vai se sentir mais tranqüila.
Any: Ta querendo dizer que eu vou dormir com isso? - apontando o copo.
Angelique: Não, apenas vai se sentir mais calma e isso também impede que você tenha pesadelos à noite.

Any: Entendi. - forçando um sorriso e bebi o conteúdo do copo que parecia água. A última coisa que queria eram demônios invadindo meus sonhos, pra me fazer ter pesadelos com fogos e gritos.
Angelique: A gente se vê por ai. - sorrindo e se afastou.
Respondi com um sorriso me sentindo mais tranqüila, sabendo que poderia dormir ali mesmo como um anjo, mas Dul se aproximou de mim e sorrindo disse:
- Você não esta mesmo com sorte hoje!
Any: Não me diz que estão todos olhando pra mim?

Dul assentiu sorrindo e eu voltei a gemer, querendo sumir. Mas que se dane as perguntas dos outros, eu agora é quem tenho perguntas a fazer. E comecei tentando esquecer que todos olhavam pra mim.

- Quem são eles Dul? Os de branco e os de preto?
Dul: Bom os de branco são arcanjos e anjos, como percebeu eles podem transmitir calmaria e paz às pessoas e são os únicos capazes de destruir os Demônios, que são o grupo de preto, por isso assim que eles chegaram os arcanjos e os anjos se aproximaram pondo-se em seu caminho.
Any: Sim, mas porque a angústia? Você também ouviu os gritos?
Dul: O que você sentiu foi uma revivência de sua pior experiência, ou uma delas, é isso que os demônios provocam nas pessoas, fazer elas reviverem os piores momentos de sua vida e podem enlouquece-las com essas visões ou leva-las a loucuras penetrando em seus sonhos, são os piores seres que existem na face da terra e são inimigos mortais dos anjos e arcanjos, toda a vez que eles aparecerem surge com ele a sensação de medo que você e todo mundo sentiu, é o jeito deles dizerem "boas vindas". - respondeu fazendo aspas.
Any: E por que ele veio em cima de mim?
Dul: Não sei, alguma coisa muito forte chamou a atenção deles, só algo muito forte mesmo pra atrair a atenção do líder... Realmente não sei o que você tem pra atrair...
Any: Coisas ruins também queria saber. - completei mal-humorada.
Dul: Nem tão ruim assim vai, mas fiquei intrigada com uma coisa: Os arcanjos teriam te defendido e Alfonso sabia disso, então porque ele se colocou entre você e o Kuno do mesmo jeito?

Any: Ta ai uma coisa que eu queria saber. - respondi desanimada.
Sem me conter olhei a mesa da família de Alfonso e vi com espanto que enquanto todos conversavam ele me encarava com seus olhos esverdeados de uma forma que não tinha visto antes, com preocupação.

Fiquei encarando Anahí pra ter certeza de que ela estava bem, Mai e Chris voltaram aos beijos e eu não queria conversar com Josi e Ucker porque certamente eles iriam reprovar o que eu fiz e iam me pedir uma explicação. Mas como eu iria explicar pra eles, a besteira que tinha feito? 

Todo mundo, inclusive eu sabia que os arcanjos iriam defender o pátio inteiro, então porque eu não fiquei quieto quando vi Kuno indo pra cima dela? No fundo eu tinha a resposta, tive medo de que Kuno encarando Anahí a fizesse reviver seu passado e assim descobrissem o que ela é e de que forma esta ligada à profecia, foi isso que me fez interferir, somente entrando na frente da vitima pode-se bloquear o poder que os demônios exercem sobre ela. Mas por que diabos tive que mostrar a ele que se metendo com ela, estaria se metendo comigo? Isso pode estragar mais ainda as coisas. Agora tenho mais um motivo pra querer que Anahí vá embora. Ela me faz perder o controle e fazer besteiras. Três horas na convivência dela e fiz mais besteiras do que nos meus 112 anos de existência.

À noite em casa depois de ver tudo o que tinha acontecido comigo torneia abrir o livro que ganhara de Dul e pulando a parte que falava dos Mutantes,cheguei a parte que falava sobre os Arcanjos e Anjos.

Arcanjos e Anjos: São seres divinos que transitam entre humanos, seresmísticos e o céu. Aparentam forma humana, mas se vestem apenas de brancotransmitindo paz e calmaria por onde passam. Não se alimentam, nem bebemqualquer tipo de coisa. São bonitos, imortais e estão sempre serenos como sesorrissem. Têm o dom de detectar e distinguir as pessoas ou seres bons dosruins e grande capacidade de aconselhar. São inimigos mortais dos demôniossendo os únicos que podem destruí-los. A diferença entre um anjo e um arcanjo éque os mesmos podem conversar com as pessoas que já morreram e às vezestransmitir alguns recados delas aos seus parentes ainda vivos ou vice-versa,mas isso acontece em raras exceções. Arcanjos também ajudam a decidir se umapessoa vai ao céu ou inferno e possuem contato com santos e divindades. Já osanjos não podem fazer tais coisas e aperfeiçoam seus dons com os arcanjos,podendo se tornar um.

Aquilo realmente me deixou impressionada e por um segundo me perguntei o queuma pessoa precisava fazer pra conseguir se comunicar com um parente que jámorreu. Seria tão bom se eu pudesse... Chega de sonhar Anahí, me recrimineichacoalhando a cabeça e girei as páginas do livro, entrando numa página negra comletras garrafais dando a descrição dos piores seres do mundo. Respirei fundo ecomecei a ler:

Demônios: Chamados também de Seres do Mal parecem com os humanos, maspodem influenciar negativamente as pessoas e nos casos mais graves leva-las, aosuicídio ou loucura. Vivem de preto para absorver as energias em torno deles edas pessoas. Alimentam-se datristeza e da raiva dos seres humanos e não-humanos, podendo penetrar em seussonhos ou para enlouquecê-las com visões horrendas ou para que pensemexatamente o que eles desejam. São capazes de hipnotizar as pessoas quandomudam a cor dos olhos de castanhos para um vermelho intenso. São fáceis de seridentificados, pois, quando estão perto das pessoas transmitem sensação defrio, medo e terror, podendo provocar diversas visões nas vitimas. Os únicosrelativamente imunes aos demônios são os vampiros que não são considerados nemvivos nem mortos. Os maiores inimigos dos demônios são os arcanjos e anjos, osúnicos capazes de matá-los.

    Quando terminar de ler aquilo tentei me enganar dizendo que estava com sono e queria dormir, virei de lado, mas a única coisa que veio na minha cabeça foram aquele par de olhos esverdeados no rosto branco que me encararam assim que salvaram minha vida. Foi pensando nele que acabei pegando no sono.