Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Dulce

Eu sinceramente não sabia como ainda não tinha matado Christopher. Ele era um cara complicado, reclamava da minha comida, invadia meu espaço sempre que podia, era louco e nunca, nunca ficava bêbado. Isso me dava nos nervos.

Mas nos últimos três anos, o cara tinha batalhado para me fazer confiar nele mais uma vez. Depois do primeiro ano, decidimos que era melhor morarmos juntos de uma vez, já que Angel estava cursando Design de moda na Brown, e tinha definitivamente se mudado para os dormitórios.

Acho que, de tudo, o que Christopher mais teve dificuldades foi a questão de termos filhos. Realmente me apavorava a ideia de perder mais uma criança, mas Mimi e Jacob não escondiam que queriam irmãos, e os olhos de Christopher brilhavam toda vez que passávamos numa loja de bebê, ou quando corríamos pelo Central Park e víamos pais brincando com seus filhos.

E era exatamente por isso que eu precisava contar a novidade para ele de uma forma que eu sabia que seria inesquecível.

Mimi e Jacob já estavam no jardim. O piquenique já estava arrumado, assim como eles já estavam mais que prontos para me ajudarem com a notícia. Eu estava feliz em tê-los para me ajudar com isso. Os garotos eram como meus filhos. Jacob ficava rindo da minha incapacidade de tocar piano, e Mimi estava tentando me ensinar russo. Nada fácil!

– Querida? – Christopher apareceu no batente da porta. – Está tudo bem?

– Claro – agarrei sua camisa, beijando-o. – Como está Alfonso?

Alfonso tinha me ajudado a tirar Christopher de casa. Ele havia dito que precisava de ajuda, mas não me disse com o quê. O que importava era que ele ficou fora tempo o suficiente para arrumarmos as coisas.

– Bem. Precisei ajudá-lo com uma coisa – puxou-me pela cintura para mais perto.

– Hum, e que ajuda seria essa?

Ele riu.

– Você vai saber, amor. Tudo na hora certa. A casa está silenciosa. Onde estão as crianças? – agarrou minha bunda, prensando-me na parede.

– Sinto muito, elas estão aqui e acordadas. Nada de rapidinha. Eles estão te esperando no jardim.

Ele fez um beicinho e beijou meu pescoço.

– Essa noite, vamos sair pra jantar. Quero você pronta às sete – deu um tapa na minha bunda e saiu me puxando.

Minhas mãos começaram a suar e a bile ameaçou subir, mas eu não passaria mal. Eu tinha que ver a reação de Christopher ao saber que eu estava carregando um filho dele. Mais uma vez.

Como combinado, as crianças estavam em pé no gramado, segurando as plaquinhas. O piquenique estava arrumado bem ao lado deles e meu coração deu um salto de tanto amor que eu sentia por aquelas crianças.

Christopher diminuiu os passos quando os viu, e parou quando leu o que dizia na plaquinha. Mimi segurava: Promovidos a irmãos mais velhos, e Jacob segurava um desenho da nossa família, em que eu estava grávida, já que ainda não sabíamos o sexo do bebê.

– Dulce...? – Christopher virou para mim com os olhos arregalados, e sua voz não era mais que um sussurro.

– Oi... – sussurrei, sentindo meus olhos lacrimejando. Ah, merda, não era para eu chorar.

Malditos hormônios!

– Isso é... – apontou para as crianças e limpou a garganta. – Isso é sério?

Confirmei com a cabeça, porque se eu falasse, com certeza começaria a chorar. E muito. Mais do que eu havia chorado quando fui pegar o exame e li “positivo”.

Christopher confirmou lentamente com a cabeça, provavelmente digerindo essa informação.

– Nós vamos ter um filho? – sussurrou. – Isso não é uma brincadeira sua, é?

Eu ri.

– Não, querido. Vamos ter um filho. Ou filha – droga, minha voz saiu embargada.

Christopher começou a rir, me abraçou e me encheu de beijos.

– Vamos ter um filho – riu, beijando minha testa e me abraçando com força. – Um filho, kóchetchka. Uma mistura de Saviñón e Uckermann. Brasil e Rússia – gargalhou. – Eu vou ser pai de novo – gritou, salpicando beijos por todo o meu rosto.

Então envolveu minha cintura com um braço, e nos virou para as crianças. Abriu o braço livre e as crianças se jogaram nele, nos derrubando no gramado. Mimi chorava, o que me surpreendeu, e Jacob estava com um sorriso bobo no rosto.

– Vocês tramaram tudo isso? – Christopher beijou as crianças. – Não acredito que conseguiram me enrolar.

– Papa, não foi difícil – Mimi gabou-se e Christopher arqueou uma sobrancelha e aquilo em seus olhos...

– Você está chorando? – perguntei incrédula, enxugando as lágrimas do meu rosto. Christopher disse que chorou quando soube que perdemos nosso primeiro filho, mas nunca o vi chorar, de fato. – Você está chorando, Christopher?

Christopher riu e apertou as crianças contra si.

– Eu amo vocês, crianças. Vocês são tudo pra mim – beijou as crianças e me olhou novamente. Notei que suas mãos estavam trêmulas. – E você, kóchetchka, é a mulher da minha vida. Obrigado por trazer o sol pra minha vida – me beijou, deitando-me no gramado e ficando por cima de mim.

Escutei um barulho de nojo vindo das crianças e passos se afastando.

– Você assustou as crianças – bati em seu ombro de brincadeira e enxuguei suas lágrimas.

– Obrigado por isso, Dul. Eu amo você. Amo pra caralho.

Sorri e aproximei seu rosto do meu.

– Te amo, russo! – sussurrei.

Alá, parece que nosso casalzão vai ficar junto de vez, hehe!