Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

Acordei ouvindo gemidos fracos e fiquei imediatamente em alerta. Sentei na cama e vi que a luz do banheiro estava ligada, e a porta estava entreaberta. Levantei num salto e praticamente corri até lá, quase levando uma queda quando pisei num líquido no caminho.

Murmurei um palavrão enquanto me equilibrava, e abri a porta lentamente, encontrando Dulce de cócoras, com a respiração curta, o rosto pálido e suando. Precisei me esforçar para não entrar em pânico com aquilo.

– Dulce? – chamei-a calmamente, e ela virou a cabeça para me encarar.

– Liga pra doula, Christopher – sua voz saiu firme, em contradição com a sua expressão de dor.

– Dulce? – repeti.

– A bolsa estourou, querido. Liga pra doula.

– Dulce? – repeti mais uma vez. Eu estava tendo dificuldades de assimilar o que estava acontecendo.

– Liga pra porra da doula, Uckermann – grasnou, me fuzilando com os olhos. – Agora!

– O bebê vai nascer? – sussurrei cauteloso.

– Não se você ficar perguntando coisas idiotas. Ah, meu Deus – choramingou com as mãos na imensa barriga.

Aquilo foi o suficiente para me fazer agir. Liguei para a doula e para o obstetra que alegaram estar a caminho. Liguei também para Anahí, pedindo para ela ir buscar as crianças urgentemente. Jacob ficaria chocado ao ver o que o corpo de uma mulher era capaz de fazer. 

Não queria ficar preocupado, mas o parto estava previsto para a próxima semana. Eu não havia acompanhado a gravidez de Michelle, então não sabia o que aquilo podia significar.

Ignorando o desespero, voltei para Dulce, ajudando-a a vestir um top e um short, começando a fazer os exercícios que a doula havia nos ensinado.

Dulce havia optado por fazer parto humanizado em nossa casa. Eu não sabia muito sobre isso, mas ela insistiu que por melhor que fosse o atendimento hospitalar, queria ter o nosso bebê num ambiente que era familiar para ela. Não seria eu a discutir, ainda mais quando questionei e ela jogou o secador em minha direção.

– Eu não vou conseguir – ela choramingou enquanto subíamos e descíamos as escadas.

– Vai sim, querida. Você é uma guerreira.

A doula chegou, examinou Dulce rapidamente e alegou que o bebê não estava pronto para nascer, e precisávamos continuar fazendo os exercícios. Dulce quase chorou, e apertou minha mão com tanta força quando sentiu uma contração, que tive certeza que ouvi meus ossos quebrando.

– O que está havendo? – Jacob e Mimi apareceram sonolentos. Ao mesmo tempo Alfonso, Anahí e o obstetra chegaram. Deus do céu!

– Oi, meninos, por que não vão arrumar suas coisas e vamos lá pra casa? – sugeriu Anahí olhando para Dulce.

– O que está havendo? – Mimi repetiu, com seus recém doze anos completos, mais curiosa e afrontosa a cada dia. Assim como Dulce.

– O bebê vai nascer – Alfonso murmurou.

– Já? – Jacob arregalou os olhos e correu para o quarto, provavelmente para se trocar e ir embora. Mimi permaneceu parada, olhando surpresa para Dulce e Alfonso foi atrás de Jacob.

– Você vai deixar a gente? – Mimi sussurrou cautelosa e se aproximou de Dulce.

– O quê? – Dulce escondeu uma careta de dor, arfando como um cão. Ela segurou com força minha mão, e apertei os lábios. – Por que não me ajuda com um exercício enquanto conversamos sobre isso?

Mimi ficou frente a frente com Dulce, com as mãos na cintura.

– Pai, você pode me deixar falar com a Dulce? É pessoal. De mulher pra mulher. Preciso ficar sozinha com ela – Mimi me olhou cautelosa.

Abri a boca para protestar, mas a doula se aproximou de mim.

– Claro que sim, Mimi. Ajude Dulce a movimentar os quadris. Eu vou conversar com o seu pai na cozinha, tudo bem? – a doula sorriu para Mimi e olhou para as pessoas que estavam na sala, arrumando as coisas. – Deixem as meninas terem um momento.