Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Dulce

O apartamento da Maite era incrível. Não era escandalosamente grande como eu imaginava, mas era bem espaçoso e tinha o seu luxo. Ela morava no Upper East Side, na cobertura de um prédio incrível, preciso dizer.

Ela disse que pediu comida italiana para comermos enquanto tomamos vinho. Alfonso, Anahí e Christian deviam chegar a qualquer momento. Graças a Deus um momento de normalidade no meu dia de merda.

Um piano Bosendorfer em perfeito estado chamou a minha atenção. Ele ficava escondido no canto da sala. 

– Você toca? – aponto para o instrumento, indo até ele.

– Eu não – Maite ri. – Da minha família, só quem toca é o Christopher – meu sorriso morre um pouco, mas tento me recompor. Deus me livre Maite perceber que falar do meu próprio chefe me deixa incomodada. Sento no banquinho do piano e toco algumas teclas. Bem, nunca aprendi a tocar. Triste. – E falando em Christopher – ela senta ao meu lado e me empurra com os ombros de brincadeira. – Como ele foi hoje? Muito chato? Insuportável? Você acha que dá pra aguentar?

Nem consegui disfarçar a minha surpresa com a pergunta. Ai, meu Deus, será que ela estava desconfiada? Pu/ta merda, eu não podia perder aquele emprego.

– Eu trabalho no RH, Dulce – ela sorri, me tranquilizando. – Preciso saber se você acha que vai conseguir sobreviver. Eu sei que Christopher é difícil de lidar, tem a cabeça dura e não aceita um “não”, mas, por favor, tente sobreviver a ele. Ele tem um gênio difícil, mas é só consequência do que ele já passou – fica séria e com certeza me deixa curiosa.

O que aconteceu com ele? O celular de Maite apita e ela responde alguma coisa.

– Christian chegou – sorriu. – Ele já está subindo.

– Maite, quanto ao Christopher... – pigarreei sem graça. – Eu posso saber o que houve? Ou me dá uma luz, porque ele definitivamente tem um gênio difícil – pois é, curiosidade bateu com força. Maite suspirou e tocou alguns acordes melancólicos demais para o meu gosto.

– Olha, Dulce... – começa sem deixar de tocar. Para quem disse que não tocava, ela mandava muito bem. Melhor que eu, pelo menos. – Mas posso dizer que ele precisa de alguém que não abaixe a cabeça pra qualquer merda que ele faz – ouvi o elevador abrindo. – Eu já percebi que você é dura na queda. Acho que é disso que ele precisa.

Fiquei morrendo de vontade de perguntar se ele era casado, mas fiquei com medo de querer entrar num assunto mais pessoal do que o normal. Se ela dissesse que sim, ia entender que eu tenho interesse nele e não seria legal.

Eu nunca disse que coragem era o meu forte.

– Olha se não são as mulheres mais bonitas da minha vida – Christian dá um beijo molhado em nós duas.

– Hey, lindo – Maite roça os lábios nos dele. Certo, acho que perdi alguma merda.

Logo em seguida, Alfonso e Anahí também chegaram com a comida. Eu estava morta de fome. Anahí e Alfonso sentaram-se em uma namoradeira, Christian e Maite em outra – nem quero imaginar o que rolou entre os dois –, e eu, como sempre segurando vela, optei por me sentar no tapete felpudo caríssimo e delicioso dela.

Estávamos comendo, tomando vinho, ouvindo música e conversando. Uma programação bem empolgada para uma segunda-feira, né?

O elevador apitou e os pelos da minha nuca eriçaram. Todos pararam de falar e esperaram. Quando as portas abriram, eu jurei que estava entrando em colapso.