Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Dulce

O meu celular apita bem no meu ouvido e meu cérebro parece pronta para explodir.

Nunca mais eu vou beber.

E toda semana eu prometo isso.

Peguei o celular e meus sentidos ficaram completamente em alerta quando vi uma foto de Angel. Para uma chamada de vídeo. Angel odiava chamadas de vídeo.

Sentei-me com pesar e atendi.

– Oi, irmã – ela disse num suspiro e fez uma careta ao me ver. – Você está péssima. Atiraram um fuzil na sua cara e um caminhão te atropelou em seguida?

Forcei uma risada sem humor e me arrependi amargamente. A cabeça doeu.

– O que houve? Você não devia estar na escola? – resmunguei.

– Prova. Só faço e vou pra casa. Estive tentando falar com você, Dul... Estou com problemas.

Eu também.

– O que foi?

– Mamãe foi presa.

Arregalei os olhos e meu queixo foi ao chão. Completamente incrédula.

– O... O que... – balancei a cabeça procurando clarear as ideias em meio ao álcool que ainda tinha no meu corpo inteiro. – Que por/ra aconteceu, Angelique? – rosnei e fiz uma careta. Maldita dor de cabeça. Angel suspirou dramaticamente.

– O último namorado dela era um cara perigoso da outra comunidade. Estava sendo procurado e tudo mais, então a mamãe o escondeu aqui. A polícia chegou no sábado de manhã e levou ele. De quebra levou a mamãe como cúmplice e também por porte de drogas. Tinha um monte de maconha aqui. Heroína, crack.

Rangi os dentes. Como Ninel podia ser uma cadela tão irresponsável?

– Quando é a sua última prova?

– Hum... Na segunda semana de dezembro.

– Vou comprar uma passagem pra você – Angel enrugou a testa confusa. – Me passa o dia. Estou cagando se você só vai fazer aniversário no próximo ano, você vem morar comigo antes disso – meu celular apitou uma nova chamada e eu juro por Deus que eu quase desmaiei ao ver o nome de Maite na tela. De repente a dor de cabeça voltou com tudo e eu me dei conta de que não estava em casa. Pu/ta merda. Será que eu transei com o Christopher? – Angel, preciso desligar. Só me passa o dia da sua última prova e deixa que resolvo. Tchau – desliguei sem esperar a resposta dela.

Rezei pelo menos vinte Ave-Marias antes de atender a ligação.

– Dulce, você está bem? – ela berrou do outro lado. Gemi. – Ai, desculpa, você deve estar com dor de cabeça. Desculpa, desculpa, eu esqueci que você não tem o hábito de beber e ontem nós exageramos na dose.

Olhei as horas e quase tive um ataque do coração. Já passavam das dez. Uma hora de atraso. Pulei da cama, procurando freneticamente por minhas roupas.

– Maite, desculpa... Meu Deus, perdão pelo atraso. Isso não costuma acontecer. O Christopher vai acabar com a minha vida, meu Jesus eu vou ser demitida na primeira semana – fico balbuciando desesperada enquanto corria atrás das minhas roupas.

– Dulce, merda, me escuta – ela grita do outro lado. Ai. Minha. Cabeça. – Está tudo sob controle aqui. Relaxa. Christopher deixou aspirina pra você. Ele disse que está em cima do móvel ao lado da cama. Toma o remédio, um banho e vem pra cá com o meu carro. Pega um roupa minha, não tem problema.

Meu Deus, que mulher boazinha. Olhei o móvel que Maite disse e vi dois comprimidos, um copo com água e um bilhete.

– Ele vai me demitir? – pergunto temerosa. Pela risada que ela soltou, imaginei que estava tudo bem.

– Fica tranquila, Dulce... Christopher foi com a sua cara. Ele não vai te demitir. Agora vem logo pra cá, porque eu juro que se tiver que passar mais duas horas com ele, alguém vai morrer – e desliga.

Qual é o problema dessa família em desligar na minha cara?

Merda, que vacilo. Não lembrava de quase nada da noite anterior. A última lembrança era de vômito. Quer mais vergonha que isso?