Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

Eu não tinha entendido muito bem o que havia acontecido na limusine, só sei que foi arrebatador. De tirar o fôlego.

Isso estava ficando perigoso.

E a forma como Dulce atraía a atenção do pessoal que estava no evento foi simplesmente cativamente. Ela tinha uma energia tão positiva, o sorriso fácil e era tão inteligente que até mesmo eu fiquei preso aos seus encantos.

– Ei, quem é a sua acompanhante? – Pablo Lyle, filho do organizador do evento me perguntou assim que me alcançou no bar, apontando animadamente para Dulce.

– Minha secretária – respondi, ficando desconfortável com o interesse dele em Dulce. Completamente ridículo.

– E ela tem nome? – ele riu. Encarei-o sério, mas seu sorriso malicioso não morreu.

– Dulce María Saviñón – respondi mesmo sem querer.

– Ela... – aproximou-se para sussurrar num tom conspiratório. – Tem namorado?

Cerrei o punho, pu/to pelo interesse dele. Olhei para Dulce que estava sentada numa mesa conversando com os pais de Pablo e mais alguns membros importantes do evento.

– Isso não é da nossa conta, Lyle – peguei nossas bebidas e comecei a sair.

– Isso não é da sua conta, Christopher. Você é o chefe dela. Eu não – ouvi Pablo declarar com uma voz exageradamente empolgada atrás de mim. Pensei em voltar e dar um soco naquela cara debochada dele, mas encontrei o cara tranquilo que existia em mim, respirei fundo e continuei andando.

Dulce não parou de conversar depois que eu cheguei. Na realidade, ela parecia estar quase me evitando. Continuou conversando com Mauro Lyle, que parecia mais do que feliz em conversar com ela. Dulce pegou educadamente o drinque que eu tinha pego para ela e bebericou. Pablo se sentou à mesa, olhando para Dulce como um predador. Cristo, eu queria quebrar a cara dele.

– Sr. Uckermann, está na hora do discurso – a organizadora do evento sussurrou em meu ouvido. Assenti com a cabeça e ela saiu. Olhei para Dulce, que me encarava atentamente.

– Preciso ir fazer o discurso. Você vai ficar bem? – acariciei sua bochecha e seu corpo retesou, seus olhos arregalados. – O que houve?

Ela me olhou especulativa e balançou a cabeça.

– Você é uma péssima mentirosa – sorri e beijei sua testa. – Logo estarei de volta.

Fui até o palco e fiquei atrás de um dos fundadores que falava sobre os Uckermann e suas generosas doações para as instituições de vítimas de abuso, por fim, me apresentando.

– Boa noite – sorri e limpei a garganta. – Nos Estados Unidos, o abuso sexual na infância é uma realidade para uma a cada quatro mulheres e um a cada quatro homens. Dê uma boa olhada ao seu redor. Alguém da sua mesa pode ter sido uma vítima, ou então conhece uma. Essa é a inaceitável verdade...

E continuei falando. Quando meus olhos caíram em Dulce, vi que seus olhos estavam marejados e estava boquiaberta, o corpo tenso. Quando parei de falar, as pessoas aplaudiram emocionadas, inclusive Dulce. Saí com passos firmes decidido a saber o motivo de ela parecer tão desconfortável. Ela estava com o olhar vidrado e a postura estava rígida, quase na defensiva. Christian e Anahí praticamente correndo até ela. Anahí levou-a para fora dali e quando me aproximei para saber o que estava acontecendo, Christian se colocou em minha frente. Apertei a mandíbula.

– O que há com Dulce? – perguntei ouvindo o meu sotaque acentuar.

– Foi um bonito discurso, Christopher – Christian meneou a cabeça e cruzou os braços.

– O que há com Dulce? – rosnei e comecei a caminhar até o lado de fora para encontra-la, mas o amiguinho dela me segurou pelo braço. – Me solta, inferno. O que houve com Dulce?

Maite se aproximou confusa e segurou gentilmente os braços de Christian.

– Querido, está tudo bem? – ela perguntou para Christian.

Querido? Que po/ra era aquela de querido? Uma coisa é Maite e ele terem algo casual, mas "querido" com certeza não é algo casual.

– Querido? – perguntei com desdém. - Eu perdi alguma coisa aqui?

– Christopher... – Maite teve a audácia de parecer constrangida. Bufei.

– Onde está a Dulce? – perguntei novamente, próximo à porta da saída, mas nem sinal dela ou de Anahí. Pu/ta merda, que inferno aconteceu com ela?

– Olha, cara... – Christian passou a mão pela mandíbula. – O seu discurso a deixou comovida. Só isso. Ela não queria chorar na sua frente – desviou o olhar. – Desculpe.

– Ela foi embora?

– Não... Ela disse que veio com você, então voltaria com você. Só... – limpou a garganta. Merda. Tinha alguma coisa errada. – Só dê um tempo a ela, tudo bem? Ela vai voltar.

Christian não estava sendo ríspido como eu. Na verdade, ele estava implorando para eu dar um tempo. Provavelmente ele e Dulce tinham uma amizade de longa data e ele estava sendo cauteloso. Por mais que eu não gostasse da ideia dos dois juntos, eu vi que ele estava preocupado.

Por/ra, tinha alguma coisa errada.

Humm, batizaram a limusine.

Comentem, mores.

Beijos!