Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

– Christopher, eu preciso que você seja um bom garoto, tudo bem? – minha mãe sussurrou em meu ouvido e beijou minha testa. Em seguida, olhou para Maite e a abraçou. – Vocês vão para o quarto e não saiam de lá até que alguém venha buscar vocês. Estão ouvindo?

– Quem são aqueles homens com o papai?

Minha mãe me encarou e não disse nada. Olhou para Maite, que começou a me puxar para dentro de casa mesmo sob meus protestos. Quando chegamos dentro do quarto de Maite, ela ligou a TV num volume muito alto e pegou um dos carrinhos que eu deixava em seu quarto quando decidíamos brincar juntos.

– Pega. Vamos brincar – ela me entregou o carrinho, sentando no chão.

– Quero água – pedi.

Maite suspirou e foi até a despensa que ficava anexo aos nossos quartos. Silenciosamente e o mais rápido que pude, saí do quarto e desci até as escadas, indo até a nossa garagem coberta, onde eu tinha visto alguns homens com meu pai antes.

– Cadê a por/ra do dinheiro, Uckermann – um homem todo de preto rosnou. Eu estava de lado e de onde estava não conseguia ver seu rosto. Só via algo apontado na direção dos meus pais. Uma arma.

– Adam, me dá umas semanas – a voz de Richard estava tensa, temerosa. – Só uns meses eu vou arranjar um terço desse dinheiro – o homem riu.

– Um terço? Está maluco? Eu quero os cento e quarenta bilhões na minha conta HOJE, por/ra. Será que dá pra entender isso? Você está me enrolando há quase dois anos. Eu não vou esperar mais por/ra de umas semanas. Você tem a grana ou não tem?

– Por favor... – minha mãe suplicou. Quase gritei quando senti uma mão me tocando, mas Maite tapou minha boca e fez um sinal para eu ficar quieto.

– Sinto muito, senhora. Seu marido não presta e o mundo não precisa de homens assim – o homem declarou friamente.

Então eu ouvi um disparo. E gritos. Ouvi minha mãe gritar "não" e em seguida seu corpo estava estirado no chão.

– Não – gritei desesperado, correndo até minha mãe e a sacudindo. – Acorda, mãe. Mamãe. Mamãe, por favor – minha vista estava embaçada pelas lágrimas e soluçava.

– Arrume a grana, Uckermann, ou seus filhos vão ser os próximos – o homem avisou.

Richard se jogou no chão e começou a gritar minha mãe. Maite provavelmente estava estática, sem reação pelo que acabara de acontecer.

– Mamãe – berrei. – Mãe acorda. Mamãe!

– Christopher... Christopher – uma voz doce me chamava e acariciava meu peito. – Christopher, por favor... Christopher... – a voz soava mais desesperada. – Acorde, por favor.

Mãe, por favor... Mamãe, acorde!

– Christopher, acorde – a voz gritou e eu abri os olhos, dando um salto.

Demorou alguns instantes que pareceram horas para ver que eu estava na casa de Dulce. Meu corpo inteiro estava suado e meu estômago se contorceu.

Pu/ta que pa/riu.

Corri para o banheiro e ainda bem que deu tempo de chegar ao vaso antes de colocar tudo para fora. Dulce veio atrás de mim e me olhava assustada.

– Christopher...? – ela sussurrou no batente da porta.

– Sai daqui – grunhi. Sua pele ficou mais pálida do que já estava e ela estremeceu. Droga, ela estava assustada. Mas aqueles olhos... Cara/lho, ela estava com pena. Além de enjoo, comecei a sentir raiva. – Sai daqui, por/ra – rosnei.

Ela prendeu a respiração e saiu do banheiro. Minha cabeça girou e o enjoo voltou com toda força, me fazendo vomitar de novo. E de novo. E de novo.

Quando enfim pareceu que eu tinha colocado até a minha alma para fora, dei descarga e lavei a boca. Queria um banho, mas eu precisava ir embora. Por isso eu não passava a noite com ninguém. Tudo o que aconteceu na Rússia até a minha adolescência ficava batendo na minha cabela constantemente. Droga! Agora Dulce ia morrer de pena, e uma coisa que eu nunca suportei foi pena.

Sem pensar duas vezes, voltei ao quarto. Dulce estava com uma camisola de seda que mal cobria o traseiro e respirei fundo. Estava sentada na borda da cama, as mãos segurando os lençóis, a cabeça cabisbaixa e a respiração rápida. Quando nossos olhos se encontraram, vi que ela lágrimas deslizavam por seu rosto.

Soltei um grunhido e vesti minhas roupas o mais rápido que consegui.

– Onde você vai? – ela sussurrou.

– Onde você acha que eu vou, cara/lho? Pra casa – rosnei.

– Christopher, não precisa fazer isso. É perigoso. Fica aqui pelo menos até amanhacer. Ainda são quatro horas, pode acontecer alguma coisa e...

– Inferno, eu já disse que vou embora – gritei, vestindo o smoking. Ela saltou com o grito e seus olhos ficaram imensos. Seu lábio inferior tremeu ligeiramente, mas ela não disse mais nada. – Não se intrometa no que não é da sua conta, Dulce. O nosso caso é profissional e sexual, mas só isso – ela apertou os lábios e os olhos em seguida e olhou para a parede à sua frente. Então acenou com a cabeça. – Coloque-se no seu lugar.

Incrivelmente possesso, peguei o celular que ficou jogado no chão e fui embora.

Para qualquer merda de lugar que me fizesse esquecer o dia em que minha mãe morreu. E o que se sucedeu depois disso.

Hum, clima tensão. O bicho pegou. Christopher agiu certo?

Comentem, mores. Beijos!