Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

Nove e quinze da noite e Dulce ainda não tinha voltado para casa. Ela saiu às seis e cinco da empresa.

Saí da empresa um pouco depois que ela saiu para almoçar. Não fui fazer nada interessante, mas eu precisava descontar a minha raiva em alguma coisa, então fui para a academia e lutei até ficar esgotado. Não satisfeito, fiz três sessões dos meus exercícios diários e ainda estava puto.

Muito puto.

O segurança da portaria me avisou quando Dulce saiu acompanhada do senhor Lyle então fui para casa, conversei um pouco com as crianças e fiquei desde às sete esperando qualquer sinal de Dulce perto do seu prédio, vestido como um traficante para não ser reconhecido. Na porra do Bronx. 

Ela queria me matar. Eu sabia disso. E ela ia conseguir.

Às dez e meia comecei a ficar nervoso com duas possibilidades: ou ela tinha ido para a casa de Pablo, ou ele tinha a sequestrado.

E eu não sabia qual opção era a menos ruim.

Às onze e sete um carro, um Lexus, parou em frente ao prédio dela e ficou parado lá um tempão, sem ninguém descer. Só podia estar zoando a minha cara. Eu estava começando a enxergar vermelho quando vi uma Dulce demasiadamente contente saindo do carro. Ele falou alguma coisa que arrancou uma risada muito, muito gostosa dela.

E de repente eu queria ser o cara que iria arrancar essas risadas dela.

Ela esperou o carro ir embora e entrou no prédio. Eu precisava ver mais de perto que ela estava bem e tirar satisfações, então logo fui atrás. Abri a porta com tanta força que ela gritou, mas antes de ela conseguir se virar eu a segurei com força, batendo suas costas na parede e tapei sua boca com uma mão para que seus gritos não fossem tão altos.

Seus cabelos ficaram bagunçados, a sua respiração muito acelerada e seus olhos eram puro horror. Tirei o capuz que cobria a minha cara com a mão livre e seu horror deu lugar ao ódio. Dulce começou a se debater furiosamente, tentando se livrar do aperto em sua boca, soltando gritos abafados.

– Shhh – rosnei. – Eu vou te soltar e você não vai gritar. A única coisa que quero ouvir da sua boca é a justificativa pra você estar chegando tão tarde em casa depois do seu maldito encontro. Ficou claro?

Ela não fez nenhum movimento para concordar ou discordar, mas seus olhos também não suavizaram.

Mau sinal.

Dulce tinha o sangue latino. Essas mulheres são estouradas. Pavio curto. Tive exemplo vivo com Maite.

Quando tirei a mão de sua boca e me afastei, ela começou a me bater e me amaldiçoar em outra língua, provavelmente português. Eu entendia muito mal essa língua.

– Seu desgraçado, filho da puta. O que te deu na cabeça? Ficou maluco? Você quer me matar, porra? Eu pensei que fosse algum assaltante ou algum estuprador – a cada palavra ela socava meu peito. Segurei seus pulsos e ela continuou se debatendo.

– Eu perguntei por que você voltou tão tarde da porra desse encontro – grunhi. – O que vocês fizeram?

– E o que você tem a ver com isso, inferno? – ela retrucou.

– Você é minha, caralho – rezinguei. Seus olhos se arregalaram em choque e houve um silêncio.

– Nem no inferno – ela berrou e começou a tentar se soltar de novo. Prensei novamente seu corpo contra a parede e segurei suas mãos com uma única minha acima de sua cabeça. – Me solta, Christopher, ou eu vou gritar – avisou.

– E vai dizer o quê? Que você está transando com o seu chefe e agora ele puto por você ter saído com outro? Vá em frente, eu não ligo – ela me olhou com estranheza.

– Eu não sou sua, Uckermann – cuspiu. – E de qualquer forma, eu só estou me colocando no meu lugar. Foi o que você pediu, então me solta e sai daqui. Vai pra sua casa!

– Por que você tem que ser tão difícil de lidar, cacete?

Seus olhos ficaram furiosos de novo. Sua mandíbula apertou e ela tentou dar uma joelhada nas minhas bolas. Golpe baixo. Afastei o quadril, mas mantive o aperto firme. Me aproximo novamente e prendo suas pernas com as minhas.

– Pare de lutar comigo.

– Me solta – ela sibilou e eu vi que ela estava cega de raiva.

– Puta que pariu, Dulce.

E a beijei.