Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

Preciso assumir que foi realmente uma ideia de gênio fazer esse jogo com Dulce. E sobre a bebida, o gênio fora ela. Dulce não tinha um sangue muito forte para álcool, então as chances de eu conseguir sexo com ela depois desse joguinho eram praticamente nulas. Mesmo assim, pude conhecê-la mais.

Foram coisas irrelevantes como: ela não gostava de cogumelos – cara, como assim? –, morava sozinha nos Estados Unidos desde os dezoito anos, que foi quando entrou para a faculdade, detestava que usassem o sobrenome Saviñón, então sempre que podia, pedia para que chamassem de Dulce Espinosa – fiz uma nota mental de voltar à essa história. Sobrenome do pai. Ela não tinha uma boa relação com o pai, nem vontade de voltar ao Brasil, era apaixonada por peixes e já teve três – todos morreram porque ela esqueceu de alimentá-los.

E coisas relevantes ou que me deixaram puto, como: ela perdeu a virgindade aos quatorze – caralho – com um maluco chamado Bruno, que foi o seu namoradinho babaca. Amava praia, mas queria conhecer alguma ilha para ver o nascer ou o por do sol – imaginei nós dois, na praia o que qualquer casal normal faria. Sexo. Até perdermos a consciência.

– Por que você foi tão resistente comigo? – perguntei. Ela arregalou os olhos. Estavam um pouco vidrados pela bebida. Seu rosto já estava mais corado. Linda. – Ainda mais no escritório. Nunca chegamos a batizar nosso sofá – provoquei.

– Você é meu chefe, Christopher – apertei seus quadris e ela deu um salto, caindo em meu colo de novo. Nós dois gememos e os olhos de Dulce escureceram, mas eu não cederia até descobrir que merda ela tinha passado para ser tão difícil comigo. – Você não vai me comer se eu não responder, certo?

– Essa é minha garota – sorri. – Exato. Quero saber tudo sobre você também, Dul.

– Meu problema não é com você, Christopher – ela sussurrou e seu tom não era mais de descontração. Desviou os olhos dos meus – Eu tenho... Problemas... Se você... Não percebeu, sabe? – forçou um sorriso.

Oh! Oh! Terreno delicado.

Mas Dulce estava tão vulnerável. E eu queria ser a pessoa que cuidaria dela.

E por que não?

– Eu posso saber o que houve? – comecei a acariciar suas costas e coxas, passando confiança. – Você sabe que pode confiar em mim, querida – certo, o "querida" saiu sem querer.

Ela me olhou, me olhou, pensando se devia abrir o jogo comigo ou não. Por fim, acabou cedendo.

– Eu já disse que meus pais são separados, certo? – assenti com a cabeça e prendi a respiração, com medo que qualquer movimento a fizesse desistir. – Minha mãe descobriu que estava grávida e foi contar a ele. Quando chegou na sala do trabalho dele, meu pai estava comendo a secretária na mesa – puta que pariu. – Foi horrível. Minha mãe abortou o bebê, se divorciou e nunca mais foi a mesma – ela me olha com estranheza e caralho, eu juro que gelei pensando que ela tinha descoberto que eu era casado. Seus olhos lacrimejaram e seu corpo tremeu levemente, mas eu estava simplesmente petrificado. Perdi todo o controle do meu corpo. – Ninel se enfiou nas drogas e todo dia tinha um namorado diferente em casa – seu corpo ficou mais rígido ainda, como se estivesse se lembrando de alguma merda. Cara... Lágrimas começaram a deslizar pelo seu rosto, mas ela não se preocupou em enxuga-las. E eu não consegui. – Ela foi presa há algum tempo e Angel está sozinha em casa, por isso não posso esperar que ela complete os dezoito...

Parei de escutar aí. Sinceramente, eu era um completo babaca. Empurrei a Dulce até a borda. Eu sabia que ela acabaria ficando comigo se eu pressionasse um pouco, e foi o que eu fiz. E ela tem traumas sobre isso. De repente tudo ficou claro: a sua relutância inicial em ficar perto de mim, a forma como ela ficou quando viu Michelle me ligando de madrugada – ela não achava que Michelle era uma ficante qualquer, ela suspeitava que ela era minha esposa. Puta que pariu. – A forma como ela ficava rígida quando eu me aproximava no escritório. Ela lembrava do maldito pai. Aquele filho da puta.

E ela só ficou parcialmente tranquila quando eu disse que não era casado. Cara, eu menti para ela. Se ela descobrisse, eu ficaria sem ela. Essa ideia me apavorou completamente. Eu adorava passar o tempo com ela, acordar com ela, ir dormir com ela, as conversas, o sexo, tudo com Dulce era incrível.

Saí da minha bolha de autopiedade quando os soluços de Dulce ficaram mais altos, as lágrimas rolando por seu rosto bonito e seu corpo tremendo violentamente. Meu Deus, que merda eu estava fazendo?

Incapaz de me afastar, abracei-a o mais forte que pude, murmurando que tudo ficaria bem. Ela colocou o rosto em meu peito e agarrou meu pescoço como se tivesse medo que eu fosse embora.

Quando seus soluços pararam, ela me olhou e me deu um beijo tão carinhoso, mas ainda assim cheio de desejo. Meu corpo respondeu a isso, mas eu estava determinado a simplesmente abraça-la e dormir. E depois decidiria o que aconteceria.

– Você vai buscar Angel comigo amanhã?

Puts, eu tinha prometido que iria buscar a irmã dela com ela. Em qualquer carro que não fosse aquela lata velha que ela tem coragem de dirigir. Tinha um certo receio em seu olhar, como se ela estivesse com medo de ter falado algo errado.

E o errado era eu.

– Claro, querida – sorri fracamente.

– Desculpa chorar como uma criança mimada. Eu não queria assustar você nem ficar me lastimando com minha vid...

– Para com isso – enxuguei algumas lágrimas que ainda caíam. – Você não me assustou. Agora eu entendo o motivo do seu medo e eu agradeço por ter confiado em mim.

Ela abriu um sorriso e assentiu com a cabeça.

– Christian está certo. Você não é como Fernando. Você não vai me decepcionar – me beijou de novo.

Caralho!

– Vamos pra cama, querida. Precisamos dormir – sem solta-la, me levantei do chão e fui até o quarto.

Tomei banho e dei um banho em Dulce, lavando cada parte do seu corpo, imaginando como uma mulher tão pequena pode ser tão forte. Sequei-nos e a deitei cuidadosamente na cama, desligando a luz e deitando em seguida. Passei a mão por sua cintura, aproximando-nos de forma que seus seios roçassem em meu peito. Nada de sexo. Era minha penitência pelo que eu estava fazendo com ela, mesmo que ela não soubesse.

Algum tempo passou e eu achei que Dulce já havia dormido, mas ela passou a mão por minha cicatriz suavemente. Não pude evitar de enrijecer o corpo.

– Não perguntei sobre isso, mas estou aqui pra você a qualquer momento, Chris. Sempre – sua voz estava sonolenta.

Peguei sua mão e a beijei, pousando-a em nosso meio. Não demorou muito para sua respiração tornar-se calma e regular. E eu soube que ela estava dormindo.

Eu, por outro lado, fiquei pensando num monte de merda até o sol raiar.

Gente, vocês estão muito revoltadas com o Christopher, hahaha. Tá tendo quase uma intervenção aqui contra ele.

Agora ele sabe da verdade, será que ele vai fazer algo a respeito?

Comentem, mores. Beijos!