Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Dulce

– Dulce, você vai passar mal desse jeito. Respira e expira comigo – Christopher me virou para ele e segurou meus braços, respirando e expirando exageradamente para eu acompanha-lo.

Desde sempre eu tive problemas com ansiedade. Quando meus pais se separaram, só piorou. Quando entrei na faculdade, comecei a tomar remédio e fazer acompanhamento, mas dois anos depois, como havia conseguido melhorar, abandonei o remédio. A terapia eu ia vez ou outra.

– Eu não a vejo há quase sete anos, Christopher. Meu Deus, ela deve estar tão crescida – meus olhos lacrimejaram. – Ai, meu Deus, e se ela não me reconhecer?

Christopher riu.

– Claro que ela vai reconhecer. Vocês se falam com frequência, menina bonita. Sem falar que esses cabelos cor de fogo, eu iria reparar em qualquer lugar. Tenho certeza que Angelique também.

Me derreti com seu tratamento carinhoso. Desde a noite anterior, em que eu tinha falado sobre meus pais ele estava diferente. Havia feito um café da manhã maravilhoso, sempre atento a mim, procurando por qualquer resquício de tristeza.

– Você está me deixando sem graça – senti o rosto corar e olho através dele. Ele riu baixinho e alegando ir buscar café, saiu.

Fiquei esperando impacientemente e quando eu vi de longe Angelique com suas malas, um nó se formou em minha garganta. Ela estava absurdamente magra e muito pálida. Sempre que eu perguntava a ela, ela dizia que provavelmente era a iluminação ou a qualidade da câmera.

Angel largou as malas e veio correndo até mim. Mesmo tão magra, senti o baque quando ela se chocou contra mim, e começamos a chorar abraçadas, soluços copiosos saindo dos nossos lábios. Cristo, como eu sentia falta dela. Tanta falta. Ela era a minha garota, e ir embora sem ela foi o que partiu meu coração.

Depois de incontáveis minutos eu a afastei um pouco, mas segurei seus braços, fazendo uma vistoria geral nela. Ela não parecia com uma jovem de dezessete anos. Seu rosto estava tão envelhecido, com algumas marcas. E ela estava mesmo muito magra. Eu iria ter um longo trabalho pela frente.

– Você vai praticar muito seu inglês agora – abracei-a novamente, mas falei em português. Ela riu.

– Você está linda, Dul – ela falou em português também. – Vamos pra casa? Estou morta e foi um voo cansativo.

Assenti com a cabeça e pegamos suas malas. Quando me virei, vi Christopher segurando dois copos da Starbucks e um carrinho para as malas, assistindo-nos com um sorriso sutil em seus lábios. Christopher CEO Uckermann estava de volta. Ótimo. Aproximamo-nos dele.

– Senhor... – limpei a garganta, jogando as malas no carrinho. Certo, não precisava de tantas formalidades. – Christopher essa é a minha irmã, Angelique Espinosa. Angel, esse é... Hãm... Ele é... – o cara que eu transo? Meu chefe? Quase namorado? O que ele era afinal?

– Dulce trabalha comigo – acho que o termo certo seria "para mim", afinal, eu era sua secretária, mas uma onda de decepção passou por mim por ele ter se mantido no profissional. Estendeu a mão para Angel, que a apertou embasbacada. – É um prazer enfim conhecer você, Angelique. Dulce me falou muito sobre você.

Erro total ele ter dito isso.

– Vocês conversam sobre coisas pessoais no trabalho? – ela arqueou uma sobrancelha. Claro, Angelique via maldade em tudo.

– Temos horários de almoço, Angelique – ele riu suavemente e os dedos dos meus pés se curvaram. – Ou alguns outros momentos.

– Tratando com informalidade – Angelique assentiu com a cabeça lentamente, típica pose de quem já estava imaginando um monte de coisas. – Vai ser um prazer ter você como cunhado – piscou.

– Angelique – rosnei, sentindo o meu rosto em duzentos tons de escarlate. Angelique sempre foi muito... Sincera com as coisas. – Pelo amor de Deus.

A mandíbula de Christopher se contraiu, mas ele não disse nada. Certo, essa não era exatamente a reação que eu esperava dele, mas eu resolveria isso depois.

Christopher nos deixou em casa e nos ajudou a subir com as malas. Angelique não tinha muitas coisas, mas fez questão de trazer todas as coisas que eu deixei para trás quando eu fui embora. Completamente desnecessário. Depois de mostrar o quarto para Angel – teríamos que dormir juntas por enquanto –, fui pegar água para os três. Christopher me acompanhou.

– Sua irmã é bem direta, não é? – ele cruzou os braços, a expressão impassível.

Qual é a dele?

– Desculpe por isso – fiz um gesto vago para o quarto. – Ela é assim mesmo. Vou conversar com ela.

– Jante comigo hoje – ele pediu, seu sotaque acentuado. Parei e o encarei perplexa. Que porra de jogo era esse que ele estava fazendo?

– Angelique está aqui. Não posso deixa-la sozinha.

– Vou passar o final de semana com as crianças, Dulce. Quero você hoje. Angel vai ficar permanentemente com você, amanhã vocês matam saudades e conversam sobre o que vocês precisam.

– Só pode estar brincando – entreguei uma garrafa de água para ele, fechando a geladeira com os quadris. – Christopher, minha. Irmã. Está. De volta – falei pausadamente. – Ela nunca esteve aqui.

– Chame Anahí – Angelique surgiu do buraco dos infernos, me assustando. – Estou louca pra conhecê-la.

– Ótima ideia. – Christopher concordou e sorriu satisfeito. – Passo aqui depois do trabalho pra te pegar.

– Negativo – entreguei uma garrafa para Angel, lançando um olhar rígido para ela. Ela simplesmente deu de ombros. Vaca. – Anahí tem namorado e hoje é sexta. E eu preciso voltar ao trabalho também, esqueceu?

– Estou te dando folga. Fique com sua irmã.

– Ele é seu chefe? – Angel riu.

Puta que pariu.

– Christopher – comecei a empurra-lo até a saída e abri a porta, enxotando-o. – Imbecil.

– Fale com Anahí. Já estou mandando uma mensagem para Alfonso. Passo pra te pegar às sete!

Fechei a porta sem dar resposta, e quando me virei, me preparei para o questionário infinito de Angelique.

Obrigada, Christopher. Muito obrigada!

Gente, calma, não odeiem tanto o Christopher. Ele só tá com medo kkkkkk

Mozão (que me ajuda a escrever as cenas hot, aplausos pra ele) e eu desejamos um feliz natal, bebês. Esperamos que todas tenham comido que nem peoas, como se fosse o último dia de vossas vidas (eu fiz isso e tô passando mal até agora).

Comentem, mores.

Beijos!