Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Dulce

Por via das dúvidas, levei o notebook, o celular e os contratos, caso Christopher quisesse só falar sobre trabalho.

Christopher estava do outro lado do cômodo, sentado numa poltrona confortável, sem o paletó e a manga da camisa dobrada revelando seu antebraço. À frente dele havia uma mesa contendo alguns papéis e outra poltrona. Só quando fechei a porta ele levantou os olhos e me encarou. Foi como se eu estivesse queimando de dentro para fora.

Envergonhada com a forma como meu corpo estava respondendo a ele, comecei a observar o lugar. Era difícil me acostumar com a ideia de que dentro de um jato poderia existir um quarto tão grande quanto aquele. Olhei para a cama e imaginei o que poderíamos fazer nela enquanto estávamos voando.

Certo, isso não ajudava.

O objeto do meu desejo se levantou e caminhou até mim, pegou os documentos da minha mão e os colocou na mesa. Depois voltou e começou a acariciar meu rosto.

– O que há, kóchetchka?

Esse único toque ajudou a sossegar a minha ansiedade e a transformou num zumbido chato, fácil de ignorar sob a batida do meu coração. Isso era o que Christopher fazia comigo, surpreendendo-me sempre de uma maneira tão maravilhosamente deliciosa.

Mas logo meu nervosismo voltou e uma conversa casual idiota escorregou de meus lábios.

– Eu nunca vi algo assim antes. Nunca estive num jato particular e muito menos um quarto. É lindo aqui, querido. A cama parece ser tão confortável – Cristo, eu era péssima para disfarçar a tensão.

– Nem usamos a cama, kóchetchka – ele não demonstrou nenhuma reação ao meu apelido absurdo para ele.

– Mas pelo que já pude ver... – meus olhos percorreram o amplo quarto, observando nada, na realidade. – É incrível.

– Estou contente que você goste.

– É muito diferente do que eu esperava. Sabe, não que eu esperasse conhecer aqui, mas eu esperava que tivesse só uma cama de solteiro ou algo assim.

– Dulce.

Meu nome em sua língua junto ao seu sotaque acentuado enviou arrepios à superfície da minha pele. Como ele poderia continuar a fazer isso comigo ainda? Deixar-me tão confusa desse jeito, e tão facilmente? Por que eu estava confusa? E tensa?

– A mobília também é tão diferente. – o nervosismo me levou a falar, evitando a conexão que havíamos criado no final de semana. Andei em direção à poltrona e passei a mão através daquele caro estofamento.

– A mobília daqui é...

– Dulce...

Eu apertei forte o tecido da poltrona.

– É muito linda...

Christopher veio por trás de mim, seu calor emanando contra as minhas costas, embora ele ainda não tivesse me tocado.

– Dul, olhe pra mim.

Lentamente, eu me virei.

Ele levantou meu queixo com o dedo, obrigando-me a encontrar seus olhos.

– Você está nervosa. Não fique assim. Eu quero você aqui. Nós estamos bem.

Suas palavras eram o consolo de que eu precisava, enviando uma onda de calma sobre cada parte da minha preocupação, como se fosse um cobertor sufocando o fogo.

– Tem certeza? – isso tinha me acalmado, mas eu queria mais. Eu estava martelando o que Annie me disse e o perigo de confiar em um homem – É estranho, não é? A forma como está tudo acontecendo tão rápido.

Seu polegar acariciou minha bochecha, minha pele despertando sob sua carícia.

– É diferente. Nunca passei por algo assim, nem senti a necessidade de ficar perto o tempo todo, cuidar... É diferente, não estranho.

Fiquei excitada com a confirmação dele, mostrando que ele também sentia isso. Que eu não estava às escuras.

Seu olhar queimou dentro de mim. Eu poderia me perder ali, para sempre, sem grandes dificuldades. Antes que pudesse saber o que aconteceria, Christopher me agarrou e me girou deixando-me presa entre ele e a porta de entrada. Se Alfonso e Anahí não estivessem fazendo o mesmo que eu queria fazer com Christopher, com certeza eles tinham escutado aquilo. E Maite? Bom, mesmo com os fones dava para escutar aquilo.

Meu rosto ficou totalmente corado e minha respiração acelerou. Meus olhos ficaram arregalados.

– Christopher, por favor! – implorei sussurrando. Ele se aproximou reduzindo completamente a distância entre nós. Seus lábios muito próximos aos meus.

– Com medo? – seus olhos encaravam meus lábios.

Eu não estava com medo. Eu estava desesperada. Suas mãos prendiam as minhas acima da minha cabeça e eu me sentia totalmente indefesa naquela posição. Se bem que Christopher não precisaria de muito para me convencer a segui-lo em suas loucuras. Eu não queria que ele precisasse chegar a este ponto.

– Eles podem nos ouvir do outro lado. Anahí e Alfonso eu não sei, mas Maite ainda está lá fora e não parece estar bem. Por favor, não.

– Shhh! – ele fez ecoando em meus lábios. – Ela vai ouvir muito, com certeza. Vai ouvir seus apelos, porque vou fazê-la gritar, Dul. Vou fazer com que diga coisas que nunca pensou em dizer em voz alta.

Puta merda! Meu coração acelerou de uma forma absurda. Minha cabeça latejava dos lados e, minha calcinha... Caramba! Minha calcinha estava totalmente molhada.

– Não! – mas eu não tinha forças para impedi-lo. – Não faça isso comigo! – Eu queria poder esfregar minhas pernas uma na outra e acalmar o formigamento que dominava o meu centro, mas, uma de suas pernas estava entre as minhas e eu não poderia fazer nada com ele, tão perto.

– Por que não? Eu posso te punir ter fugido de mim tanto tempo. Mais de dois meses, kóchetchka.

– Eu faço tudo o que você quiser – murmurei baixinho disfarçando o pavor em minha voz. – Faço o que você quiser – enfatizei. – Mas, por favor, por favor, por favor, não me faça gritar – eu não conseguia mais evitar o pânico. – Por favor, Christopher – Ele parou, me observando, como se estivesse levando em consideração o meu apelo. O sorriso diabólico voltou aos seus lábios.

– Tudo o que eu quiser? – temi por ter feito a promessa. Fazer o quê? Sinalizei que minha oferta estava de pé. – Tudo bem! – soltou minhas mãos e se afastou um passo. Passando a língua nos lábios. – Tire a roupa – seus olhos me queimaram.