Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

Quando chegamos para tomar café da manhã, todos já estavam lá, conversando animadamente. Bom, menos Maite que realmente não parecia feliz em nenhum momento desde que entrou no avião para Seychelles. Paciência. Na hora certa conversaríamos sobre isso. Eu sabia que não se tratava de Dulce e eu, e minha irmã não se abriria facilmente. Me sentei ao lado dela, Dulce ocupando o outro lado e Pablo ficando ao seu outro lado.

Porra, eu podia aceitar numa boa os Boneta paquerando Dulce porque eu sabia que era brincadeira. Mas Pablo parecia mesmo decidido a conquistar minha mulher. Dava para ser mais ridículo?

Ficamos conversando e combinando sobre o que faríamos durante o dia. Lauro estava animado para conhecer uma ilha vizinha, e Dulce ficou mais que empolgada em ir também. Claro, ela adorava conhecer coisas novas. Ela tinha uma lista de lugares para conhecer antes de morrer.

Uma lista a qual eu iria realizar.

– Vai conversar com ela quando voltarmos pra casa, né? – Maite murmurou, virando o corpo para me olhar melhor. – Essa história de vocês já está indo longe demais. Você fez alguma coisa pra se divorciar, Uckermann?

Olhei para Dulce para ver se ela tinha escutado algo, mas por sorte ela estava muito envolvida na conversa com Anahí e os Boneta. Pablo Lyle, óbvio, babando por ela como um cachorrinho.

Patético.

Olhei para Maite novamente.

– Conversei com Andrei. Ele está à procura de informações que eu possa usar contra ela.

– Escuto esse papo há mais de três anos – Maite revirou os olhos. Imitei o gesto.

– Agora é diferente. Antes eu não tinha motivos pra querer ficar longe dela, afinal ela é a mãe das crianças. Tenho Dulce e a quero comigo, custe o que custar. Andrei instalou câmeras em casa, escutas em algumas bolsas e intensificou o pessoal que acompanha cada movimento que ela faz dentro e fora de casa.

– Você acha que isso vai dar certo?

– Vai ter que dar. Não posso arriscar perder a guarda das crianças, Maite. Eles são tudo pra mim. Ela não tem motivos pra ficar na Rússia se nos divorciarmos... Claro que ela vai voltar pra casa dos pais. Suécia. Longe pra caralho. E Richard vai me tirar da empresa. Não posso arriscar a falência da Uckermann Enterprises também.

Maite suspirou e balançou a cabeça. Eu sabia que ela estava sobrecarregada com isso também. Ela era do tipo que não apoiava essas causas e, definitivamente, sentia que também estava traindo Dulce.

Era engraçado, porque eu sentia que estava traindo Dulce, não Michelle.

–Chert, proklyat'ye, yebat' – Maite sussurrou com os olhos arregalados atrás de mim. – Puta merda! Ai, meu Deus.

– O que foi? – tentei me virar, mas Maite segurou com força meu braço. Olhei para sua mão e para seu rosto em seguida. Ela estava pálida, parecia estar vendo o próprio Lúcifer.

– Christopher... Puta merda! – ela engoliu em seco.

– Pelo amor de Deus – me virei pronto para ver Christian ou algo assim, mas a visão da figura que se aproximava congelou até minhas bolas.

Michelle, o próprio demônio caminhando com segurança até nós. Como ela sabia que estávamos ali?

– Oi, querido – Michelle beijou o canto da minha boca com um sorriso cínico no rosto. Pousou a mão na minha nuca como se fôssemos íntimos.

Toda a mesa se virou para nós, inclusive Dulce. Ela me olhava com puro choque. Completamente espantada. Houve um silêncio eterno, sem que eu conseguisse me recompor.

Mas que porra aquela mulher estava fazendo ali?

– Não vai me apresentar, querido? – Michelle sorriu para os integrantes da mesa. Continuei imóvel, sentindo meu corpo gelar mais ainda. Eu podia jurar que teria um infarto ali mesmo. Michelle riu. – Sou Michelle Trachtenberg-Uckermann, esposa de Christopher há doze anos.

PUTA QUE PARIU!

– Que maravilha – Astrid disse encantada. – Não nos disse que era casado, Christopher – me encarou com curiosidade.

– Verdade, amor. Fui até a sua empresa pra te procurar e não sabiam que sou a senhora Uckermann – o sorriso debochado de Michelle quase me fez voar em seu pescoço até matá-la.

Ainda estava olhando para uma Dulce muito pálida. O olhar de choque em seu rosto estava sendo substituído pela dor. Sua respiração estava difícil e só o que eu queria era sair dali com ela e explicar o que estava acontecendo.

Merda, as coisas não deviam estar acontecendo desse jeito.

– Bom, não importa – Michelle continuou e deu de ombros. – Vim vê-lo porque estava morrendo de saudades de você.

– Certo... – Ana Brenda se levantou rapidamente. – Preciso ir ao banheiro. Dulce, você pode vir comigo? Queria muito falar com você – ela sabia? Porra, ela sabia. Eu vi a reprovação em seu olhar quando ela me encarou.

– Eu vou também – Anahí levantou. Só então vi que Alfonso estava tão pálido quanto Dulce. Porra, ia sobrar para ele também.

Dulce não se levantou de imediato. Continuou me encarando incrédula, como se esperasse uma reação minha. Uma negação. Dizer que era tudo brincadeira. E o que eu podia fazer? Ana Brenda a cutucou de leve e ela piscou como se saísse do transe.

– Com licença – Dulce sussurrou se levantando, mas ninguém escutou, exceto eu.

– Obrigada, querida. Não se incomoda se eu pegar seu lugar, certo? – Michelle lançou um olhar duro para Dulce.

Mas que porra essa cadela estava fazendo?

Proooonto, a mulher apareceu. A senhora Uckermann, como ela mesma disse. 

Obrigada por não odiarem mais tanto o Christopher. Eu achei que tava criando um monstro, hahaha.

Comentem, mores!