Fanfic: Função CEO – Vondy (Hot) | Tema: Vondy; Hot

Christopher

Assim que cheguei ao resort, fui recepcionado por Lauro e Astrid, que estavam conversando entre si. Pareciam preocupados.

– Onde está Dulce? – perguntei sem rodeios.

O casal se entreolhou, deixando todos os meus sentidos em alerta. Não vinha boa notícia por aí. Prendi a respiração, esperando que eles falassem.

– Dulce está no avião – Astrid disse.

Que porra?

– Avião? Como Dulce está no avião? – tentei soar casual, mas tenho certeza que falhei miseravelmente.

– Ela não estava se sentindo bem e teve alguns problemas pessoais, Christopher. Ela tinha um voo às três horas, mas se recusou a voltar pra cá, então achei melhor ela ir no meu jato logo, já que o Diego me disse que ela estava péssima. – Lauro murmurou. – Anahí as roupas dela. Você entende, não é?

Ele estava me testando. Vendo se eu seria um bom patrão. Não, porra, eu não entendia. Passei as mãos nos cabelos e respirei fundo.

– Entendo. Mais tarde ligo pra ela e vejo se ela está melhor – disse a contragosto.

Lauro sorriu fracamente e bateu gentilmente em minhas costas, guiando-me para a piscina.

– Dulce vai ficar bem, Uckermann. Eu sei que você se preocupa com ela.

– Na realidade, justamente por me preocupar com ela eu preciso voltar pra casa – recuei, decidido a entrar no maldito jato o mais rápido possível.

Lauro virou o corpo para mim e estreitou os olhos, me avaliando. Eu estava louco para ir embora logo, por isso peguei o celular e mandei uma mensagem ao meu piloto, pedindo para ele estar no aeroporto pronto para partirmos em duas horas. Era muito tempo, mas eu precisava falar com Maite antes e arrumar minhas coisas. Além de levar as coisas de Dulce também. Anahí não levaria nada. Eu levaria.

– Você sabe o que aconteceu com ela, não sabe? – Lauro especulou e enfiou as mãos nos bolsos. Tirei os olhos do celular e encontrei o olhar suspeito dele. Porra! – Você sabe a razão de ela ter ido embora.

Eu não só sabia a razão por ela ter ido embora, mas também era o motivo de ela ter partido.

– Lauro, deixe o garoto – Astrid segurou o braço do marido e me olhou complacente. Ah, sim, eles desconfiavam. – Se souber dela, nos dê notícias, tudo bem?

Assenti com a cabeça e saí o mais rápido possível de lá. Arrumei minhas malas rapidamente, numa bagunça sinistra, ignorando as ligações de Maite e Alfonso nesse meio tempo. Quando estava tirando as minhas coisas do banheiro, alguém bateu à minha porta. Pensei em ignorar, mas as batidas ficaram mais insistentes.

– Porra – rosnei, indo abrir a porta. Alfonso entrou como um furacão, Maite logo atrás. – O que vocês estão fazendo aqui?

– O que você está pensando que está fazendo? – Alfonso grunhiu. – Astrid nos disse que você está indo embora.

– E estou. Vou atrás da Dulce – passei por eles, terminando de arrumar minhas coisas. Desistir não era uma opção. Dulce teria que ver que eu não desistiria da gente.

– Você está maluco? – Maite murmurou incrédula. – Não pode fazer isso.

– Observe e você vai ver como eu não só posso, mas vou fazer isso.

– Cara, você é inacreditável. Qual parte de "respeite o tempo da Dulce" você tem dificuldades para entender? Porra, Christopher.

– Não vou abrir mão disso, Alfonso – olhei para ele e passei as mãos pelos cabelos. Droga, eu não estava pensando direito e sabia disso. Dulce havia me deixado completamente fora dos eixos. Porra, ela estava grávida e nós nem tínhamos desconfiado. Ela devia estar se sentindo sozinha. Eu a conhecia bem. E ficaria ao lado dela. – Vou ficar com ela.

– Por que isso agora, inferno?

– Porque eu a amo – fechei a boca, surpreso com a minha resposta tão sem hesitação. Claro, eu sabia que estava apaixonado, mas era realmente chocante assumir isso com tanta facilidade. Alfonso e Maite me olharam com os olhos arregalados. – Eu estraguei as coisas, agora preciso consertar tudo isso.

– Você não está pensando direito, Christopher – Maite sussurrou, apoiando-se na cabeceira da cama.

– Eu preciso dela.

– Você vai encontrá-la e vai dizer o quê? – Alfonso cruzou os braços. – Desculpe, querida, não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Será que podemos começar do zero?

– Não é uma má ideia – era sim, mas era mais do que eu tinha planejado. Eu nem sabia o que diria a ela.

– Você quer se redimir com ela? Comece com o divórcio. Anahí terminou comigo por sua causa, por ter ficado ao seu lado, mas chega, Christopher. Seja a porra de um homem. Você é a droga de um advogado de divórcios, não pode chegar na sua amante e pedir que ela te perdoe por você ser casado. Peça. A. Merda. Do. Divórcio – Alfonso grunhiu.

– Michelle vai levar as crianças pra Suécia, porra! – gritei. Pelo canto do olho vi Maite se encolhendo. – Não quero meus filhos de um país a outro. Eles odeiam a mãe, será que você não entende isso? Mimi quase teve a porra de uma crise de ansiedade quando teve que voltar pra Rússia.

Alfonso me olhou desafiador. Seus olhos não suavizaram com a minha declaração. Ele estava em sua postura advogado. Puta que o pariu.

– Não posso perder meus filhos – sussurrei e me sentei na cama, apoiando os cotovelos nas coxas e escondendo o rosto nas mãos. – Perdi um filho com Dulce, não quero perder meus filhos que já estão aqui também.

– O quê? – Maite soluçou, e só quando ergui a cabeça vi que ela não sabia da gravidez de Dulce. – Dulce... Vocês... O quê...?

– Dulce perdeu o bebê, Maite. Não sabíamos – murmurei derrotado.

– Pra mim chega – Alfonso se virou para sair, mas segurou a maçaneta e me encarou. – Decida, Christopher. Mas chega de magoar Dulce. Eu perdi a minha namorada por sua causa, então assuma a droga da consequência ou faça alguma coisa a respeito. Mas chega de só pensar nos seus impulsos e pense no que é melhor para ela – e saiu.

Grande frase de efeito.