Fanfic: De volta para casa | Tema: vondy

-Tem certeza disso??- perguntei mais para mim do que para a linda mulher agarrada em meu corpo.

-Claro, meu bem.- seus lábios carnudos se moveram lentamente como se dançasse com cada palavra.

Conheci Belinda em um Bar local que ironicamente se chama “O Bar”, as coisas foram rápidas e em menos de uma hora já estávamos na cama. Claro que na hora não sabia em o que se resumia o “trabalho” Dela mas nunca fui de julgar, cada um faz o que sabe.

Em toda a minha vida fazer parte do esquema não foi um plano mas como papi disse “A habilidade está em seu sangue “ e sim a habilidade estava presente. Tentei resolver meus problemas financeiros honestamente mas no mar não há lugar para peixe pequeno, então aceitei a proposta de Belinda.

Lembrava-se daquele dia. A loira sorria e batia os cílios quando comuniquei que faria o trabalho, embora ela não seja uma má pessoa. Tem algo intrigante e Extremamente atraente em sua alma.

Rapidamente expus minhas três regras básicas que foram aprendidas após anos convivendo com meu pai.

-Sem arma.- ergui um dedo sinalizando.

Os parceiros de Bel pularam de homens sorridente para tensos. O clima ficou denso por segundos até que a mulher que surpreendentemente mandava neles abriu um sorriso e assentiu.

-Ninguém ferido.- mostrei outro dedo.

Dos três homens ali sentados apenas Chris concordou veemente no mesmo instante. Já os outros Caleb e Alex olhando para a loira como se não gostasse da ideia, a índole dos dois é de fato duvidosa.

-Não sejam pegos.

Nessa ultima regra, todos riram e assentiram como se ser pego não fosse algo possível.

-Vamos para outro lugar, meu bem.

Deus, como essa mulher é quente.

Aqui estamos nós. Sentados em meu apartamento um dia antes do grande plano entrar em ação. Confirmando e passando o plano para não haver erros pelo menos deveria ser isso mas trouxeram cervejas e ligaram o som e então meia dúzia de pessoa apareceram e acho que estou em uma festa ou algo do tipo.

-Papai.- virei ao ouvir a voz do pequeno Alexander.

Sorri com a imagem do meu filho no colo de Chris. Jogando bolhinhas em copos de cerveja e se me lembro bem se acertar deve beber o conteúdo do copo.

-Está tentando embebedar meu filho?- perguntei com um sorriso nos lábios. Pegando Alex de seu colo.

-Parece que o pequeno Alex puxou ao pai, ruim de mira.- soltou uma gargalhada mais que escandalosa.

Com uma mão livro o empurrei. Antes de sair peguei uma bolsinha e acertei exatamente no copo.

Conheci Chris a alguns meses quando comecei a sair com Belinda mas poderia dizer que sinto como se nos conhecêssemos a anos.

-Hora de ir para cama garotão.

Alex foi a melhor coisa que já fiz em minha vida, seus traços parecem tanto com os meus que em certos momentos me vejo em seu corpo. A mãe dele se foi a muito tempo, no dia em que nasceu. Uma prostitua, bom não era uma quando nos conhecemos mas se tornou uma tão rápido como um piscar de olhos.

Abracei o pequeno corpo de Alex antes de colocá-lo na cama, acariciei seus cabelos e beijei sua testa.

-Papai...-Chamou.- poo.

Procurei o poo pelo quarto em uma simples olhada. Não se lembrava onde enfiara o pequeno coelho azul.

-Papai já trás.- beijei sua testa e sai do quarto para procurar o coelho.

Ter tantas pessoas em casa não facilita minha busca.

-Alguém vou um coelho azul??- gritei.

Todos pararam e olharam-me antes de caírem na gargalhada. Alguma se deram ao trabalho de responder, expulsaria todos naquele instante.

-Meu bem.- minha loira encaixou-se em meu corpo ficando bem próxima da minha orelha.- Que tal irmos para o quarto??

Exatamente como disse. Essa mulher é quente.

-Preciso achar o urso.

Ela se afastou com um olhar incrédulo. Como se o fato de eu procurar o urso do meu filho invés de ir para um quarto fosse ultrajante, perceberá essa atitude há alguns dias. Precisava conversa com ela. Seu sorriso mais bonito se abriu.

-Não irei há lugar nenhum.- sussurrou.

Quente, intrigante e atraente. Que deus me ajude Caralho.

-Já olhou na lavanderia?? – a pergunta de Chris pegou-me de surpresa.

-Que?

-O coelho. Deve procurar na lavanderia.- Franzi o semblante antes de entender a dica.

Sera que Chris tem filho ou algo do tipo? talvez perguntasse em outra ocasião

Bati em suas costas em forma de agradecimento e corri para fora. Descendo as escadas em velocidade luz, parei na soleira da lavanderia de supetão quando vi a moça sentada em uma das máquinas de lavar com um cigarro Entre os dedos conversando com a loira que identifiquei como uma garota problema de um apartamento acima do meu.