Fanfic: De volta para casa | Tema: vondy

Não me movi mas mesmo assim elas notaram minha presença. A morena saltou como se fosse ficar de castigo para o resto da vida e Seus olhos estavam apavorados, já a loira deu de ombros. Pegando a cerveja e saindo mas quando passou por mim piscou um dos olhos.

-Por favor não conte para o meu avô. – a voz quase não saiu e suas mãos tremiam.

Aparentemente conheço o avô Dela. Não que se lembrasse no momento. Ainda com as mãos tremendo apagou o cigarro e jogou em uma lata de lixo. Com seus enormes olhos castanho encarando-me. Não deveria ser velha, Ainda tinha inocência e receio em seu rosto.

-Querida, está aí??- A voz ecoou e em segundos um senhor de bengala apareceu.

Alberto, o vizinho do lado. Por vários momentos conversávamos e até o visitei em sua casa por algumas vezes.

-Sim vovô. Já acabei aqui.- colocou um dos cachos atras da orelha.

Então ela é a neta do Alberto. Talvez já a tivesse visto pelo prédio mas nunca parei para reparar e olhando agora. Se parecia muito com a avó recém falecida. Pisquei um dos olhos para que soubesse que não contaria  seu segredo e pude notar que suspirou aliviada.

-Christopher quanto tempo, quase não o vejo mais.

-Ando meio ocupado.- cocei a nuca.- perdi o coelho do meu filho.- Comuniquei na esperança que ele soubesse algo.

-Coelho azul??- a morena praticamente gritou e em troca recebeu um olhar de censura do bom velhinho.

-Sim, é azul.- confirmei.

-Acho que minha menina pode ter encontrado e levado para casa. Por favor querida vá buscar.

Alberto é um senhor rígido com a garota. Escola para meninas, hora para chegar em casa e tarefas, nada cruel ou maldoso. Considerando os meninos metidos a malandro que rondão pelas redondezas, considero correto seu modo de agir.

A garota pegou as roupas já secas e jogou num cesto antes de sair praticamente correndo.

-É uma boa garota.- comentei.

-Sim é. Diferente da mãe.

Não sabia a história da filha do senhor Alberto mas com certeza não é boa. Começamos a subir as escadas, agora em silêncio. Paramos apenas na porta da casa do avô e de sua neta, neguei um convite para entrar e disse que ficaria esperando ali. O senhor entrou e alguns minutos depois a garota saiu.

-Desculpa, não sabia que tinha dono.-Desculpou-se. Com as bochechas vermelhas.

- Escute...- não lembrava-se o nome da garota, sabia que Alberto já mencionara alguma vez

-Escute gatinha, se afaste daquela garota. Ela é um problema.- toquei seu rosto e virei-me para a porta ao lado. Onde entrei e revirei os olhos ao ver que os “convidados” de alguém Ainda estavam lá.

Caminhei até o quarto e abri a porta. Alex ainda estava na posição que o deixei mas seus olhos estavam abertos.

-Olha o que achei.- mostrei o coelho, seu sorriso é o mais lindo que já vi mesmo quando está com sono.

Aconcheguei o bicho em seus braços e fiz carinho em seus cabelos. Seus olhos foram se fechando mas um barulho vindo do lado de fora o fez abrir os olhos imediatamente.

Agora chega, levantei puto da vida. assim que coloquei meus pés na sala caminhei fuzilando todas as pessoas até o som e o puxei da tomada.

-FORA! -Gritei, parado ao lado do som.

Rostos que sinceramente talvez nunca tivesse visto se viraram com diferentes expressões encarando-o, Belinda passou de uma mulher sorridente e sedutora para alguem com o semblante confuso e envergonhado. caminhou com um sorriso forçado até mim.

-Meu bem. - Ergueu os braços para tocar em meus ombros mas afastei-me.

-Quero essas pessoas fora da minha casa.- Disparei rudimente.

Nunca gostei em falar assim com uma mulher ainda mais com uma que partilha a cama comigo em noites frias.

-Meu filho precisa dormir.-Expliquei, tentando amenizar minha atitude.

Seus olhos brilharam com algo que não pude identificar mas que desapareceu tão rapido quanto surgiu. virou-se com um sorriso de desculpa e pouco a pouco as pessoas foram saindo com reclamações por a  "festa"  te acabado tão cedo. Belinda acenou inves de vir até mim e beijar-me, sinal claro que estava raivosa.

O ultimo a sair foi Chri que se prolongou parado na soleira da porta, sorriu e disse as palavras que encheram meu coração de orgulho.

-É um bom pai!

Sorri antes de passar porta afora fechando-a. olhei em volta, a bagunça ficou para mim.