Fanfic: Pagando A Dívida do Papai *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Capítulo 3
Anahí
Conforme fecho meu livro, sinto-me confiante de que passarei nas provas finais.
Não que isso realmente importe. Mesmo que eu falhe nelas, vou passar em todas as minhas aulas.
Não é como se estivesse pensando em ir para a faculdade em breve, sendo assim, meu ano letivo não significa muito para mim.
Mas algo dentro de mim não me deixa desistir e tenho que fazer o meu melhor.
Me pergunto se isso é algo que obtive da minha mãe. Porque eu sei muito bem que não obtive isso do meu pai.
Ele mal consegue manter um emprego e me pergunto como ele até mesmo paga as contas. Ou onde acha todo o dinheiro que acaba jogando fora.
Subo em minha pequena cama e vou até a janela aberta.
Estou feliz que meu pai ainda não está em casa. Às vezes, ele traz amigos com ele que se sentam e bebem na cozinha por horas jogando cartas.
Eles me deixam desconfortável, mesmo estando um andar acima e longe deles.
Um deles, bêbado, tropeçou no meu quarto uma vez, fazendo-me ter um ataque de pânico.
Não sei quem surtou mais, ele ou eu, mas o pensamento que alguém poderia facilmente entrar no meu quarto era inquietante. Não durmo bem desde aquela noite.
Eu sei que quando ele chegar aqui, terei que fechar a janela.
Inclinando-me para fora, sinto o vento bater no meu rosto e sorrio.
Primavera sempre foi a minha época favorita do ano. Posso sentar por horas e não precisar me preocupar em ficar demasiado frio ou quente. Está perfeito.
Quando estou fora, sinto que tudo está bem e minha mente acalma.
Não me lembro do acidente, mas uma parte profunda do meu cérebro deve recordar. Só sei o que me foi dito.
Eu fiquei presa em um carro por dez horas, enquanto os serviços de emergência tiveram que serrá-lo ao meio para me tirar. Eu tinha apenas quatro anos na época.
Passaram-se horas antes de encontrarem o carro comigo e minha mãe dentro.
O carro deslizou para baixo de uma colina depois de bater em um pedaço de gelo. Eles disseram que ela morreu com o impacto.
Lágrimas enchem meus olhos quando penso sobre a mulher que não me lembro. Só posso imaginar como que ela era.
Como poderia até mesmo ter estado com um homem como meu pai, mesmo que fosse apenas uma aventura?
Meu pai disse antes que eu sou muito parecida com minha mãe e tenho certeza de que nunca ficaria com alguém como ele. Eu não entendo.
Ou talvez seja por esse motivo que ele disse isso. Ela não queria nada com meu pai e eu também não.
Não me lembro de nada antes de acordar no hospital sozinha. O serviço social estava no meu quarto sem ter qualquer ideia do que fazer comigo.
Rastrearam meu pai, que me acolheu, mas ainda não entendo o porquê. Tenho a sensação de que tem algo a ver com seu próprio pai, que era rico.
Eu o conheci uma vez quando tinha cinco anos, depois de me colocar em uma escola particular chique.
Acho que a razão pela qual meu pai me levou era porque eu era um bilhete para ele fazer as pazes com seu próprio pai.
Ele morreu logo depois, mas meus estudos tinham sido pagos.
Meu avô deve ter deixado algum dinheiro para meu pai, pois em um curto espaço de tempo, ele fez farra com compras, mas gastou tudo, eventualmente, com o seu jogo.
Todas as coisas que ele comprou lentamente vendeu para promover o seu vício, deixando-nos sem nada mais que um apartamento degradado.
Tudo que sei é que, após o acidente, não suporto estar em um espaço lotado, sentindo que poderia ficar presa sem lugar para ir.
É sufocante e meu pai pensa que me deixar manter as janelas abertas está me mimando.
O homem nunca me mimou na vida, de modo que o pensamento me faz rir.
Talvez ele só esteja prejudicando o meu progresso, mas o que isso importa se quero a janela estúpida aberta?
Como se preocupasse com isso em tudo... Ou se ele faz tem uma maneira estranha de mostrar isso.
Ou talvez sou como meu pai, porque eu não tenho sentimentos por ele também.
Quando eu sair daqui, nunca vou olhar para trás ou tentar fazer contato. Ele vai ser apenas uma pessoa que estava na minha vida por um período de tempo e nada mais.
Quando ouço a porta da frente, me inclino para dentro e fecho a janela, me deixando presa.
Respirando fundo, viro e vou até minha mochila, tirando o dinheiro que ganhei ao ajudar a Sra. Elizabeth hoje.
Acho que ela vai ser a única pessoa que sentirei falta quando for embora.
Eu disse a ela que estava preocupada com quem iria ajudá-la quando eu fosse embora, mas ela simplesmente me deu um beijo na bochecha e me disse que iria cuidar disso.
Eu abro a gaveta da minha mesa de cabeceira e congelo quando vejo que minha carteira está desaparecida.
Pânico envolve em torno de minha garganta e deixo cair as minhas mãos sobre a mesa na minha frente, incapaz de me mover.
Eu tento respirar, mas meu peito somente se aperta.
Lágrimas enchem meus olhos e correm pelo meu rosto.
Se foi.
Tudo o que eu tinha planejado foi tirado de mim.
Quando ouço a minha porta do quarto abrir, me viro para ver meu pai de pé lá.
Seu terno barato parece mais desgastado do que o normal. Ele parece cansado, como se alguém tivesse acabado com ele.
O hematoma em sua face direita é novo e seu lábio está cortado.
— Algum problema? — ele pergunta, com uma pitada de humor em sua voz.
Ele está procurando por outra luta. Eu não vou lhe dar uma.
Não tenho certeza se eu tenho vontade de discutir neste momento. Eu nem sequer penso que posso falar o que quiser. O aperto na garganta é demais.
Quero correr e eu preciso de ar.
Minhas mãos começam a tremer.
— Você tem dezoito anos. Considere o dinheiro que eu peguei como pagamento pelo seu quarto e comida.
Mais lágrimas caem pelo meu rosto e pela primeira vez, vejo um pouco de compaixão em seu rosto, um traço de culpa pelo que ele fez.
Meu pai nunca foi absolutamente mau para mim. Negligente? Sim. Mas nunca cruel.
— Eu precisava do dinheiro, Anahí. — ele balança sua cabeça e caminha até minha janela, abrindo-a e me pegando de surpresa. — Eu devia a alguém. Você quer me visitar no hospital?
Eu balanço minha cabeça.
Eu posso não saber amar meu pai, mas não o quero ferido. Eu não quero ninguém ferido.
— Jantar no microondas?
— Sim. — eu finalmente consigo falar.
Com isso, ele se vira e vai embora.
Eu caio na minha cama e as lágrimas continuam chegando.
A janela aberta não me oferece nenhum conforto.
Eu estou presa.
_____________________________________________________________________________________________________
Bichinha né?
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
Este autor(a) escreve mais 75 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Capítulo 4 Alfonso Eu fico do lado de fora do prédio sujo e balanço minha cabeça. Verifico o meu telefone, certificando que estou no endereço certo. Meu investigador privado me deu todas as informações, mas eu precisava ter certeza. Depois de ter confirmado, ando até a porta e aperto a campainha localizada na varan ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 27
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
ponnyforever10 Postado em 27/11/2017 - 13:33:09
Que professor nojento, ainda bem q Poncho chegou a tempo . Que lindo isso q ele fez com as rosas aaa q fofo *----*
-
ponnyforever10 Postado em 24/11/2017 - 16:14:51
Ele levando ela no colo pelas escadas pq ele imaginou q ela teria medo de subir pelo elevador *----*. Esses dois ja estão no fuego kkk. É mt lindo ele sempre pensar no bem estar dela em 1 lugar :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 27/11/2017 - 12:30:53
Ele é parente dos homens perfeitos :3 AyA sempre muito fuego :3 Sim, merecemos um desses né?
-
ponnyforever10 Postado em 24/11/2017 - 07:02:35
Realmente Anahi já sabia como o pai dela ia reagir, mas né magoa do mesmo jeito :/. Ele dizendo q vai ser um príncipe pra ela *---*
Mila Puente Herrera ® Postado em 24/11/2017 - 12:39:14
Pois é :/ Ele já é um príncipe né? *---*
-
ponnyyvida Postado em 23/11/2017 - 12:08:20
Awn mds <3 "Estou aqui para te salvar" *_* *_* Continuaaaa
Mila Puente Herrera ® Postado em 23/11/2017 - 21:43:21
Perfeito né? *---*
-
ponnyayalove Postado em 23/11/2017 - 00:20:04
Awn como eu os amo ,cnt
Mila Puente Herrera ® Postado em 23/11/2017 - 21:43:01
São uns bolinhos né? *--*
-
ponnyforever10 Postado em 22/11/2017 - 13:35:42
- *Está tudo bem. Estou aqui para te salvar* Que fofo um anjo lindo q apareceu pra ajudar ela :))
Mila Puente Herrera ® Postado em 23/11/2017 - 21:42:41
Ele é uma fofura *---* Mas de anjo não tem nada... KKKKKKKKKKKKKKKK
-
ponnyforever10 Postado em 21/11/2017 - 22:22:52
Eita coitada da Anahi, vida não foi/é nada fácil pra ela né :/
Mila Puente Herrera ® Postado em 22/11/2017 - 12:39:58
Pois é :/ Toda cheia de trauma e com um pai desses...
-
ponnyforever10 Postado em 20/11/2017 - 21:40:29
Poncho deixa até alarme pra ver Anahi kkk *---*. Aii q fofo ele é aa *---*
Mila Puente Herrera ® Postado em 21/11/2017 - 21:25:44
Sim KKKKKKKKK Mas como vimos nem precisa... Ele é MUITO fofo *---*
-
Nandacolucci Postado em 20/11/2017 - 10:39:35
que professor abusado aiinda bem que esse bendito celular tocou CONTINUAAAAAAAAAAAAA
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:15:30
Nojento ele :@ Pois é... Ainda bem :3
-
izabelaSpaniColungaPortillaHer Postado em 20/11/2017 - 06:47:29
Diretor tarado, quero ver o poncho entrar na historia AyA <3 posta mais!!
Mila Puente Herrera ® Postado em 20/11/2017 - 21:15:01
É professor, ele é um nojento :@ Poncho já chegou :3