Fanfics Brasil - Prólogo / Marichelo Anahi _A Filha Da Princesa

Fanfic: Anahi _A Filha Da Princesa | Tema: AyA Adp


Capítulo: Prólogo / Marichelo

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Marichelo -



— Henrique, amor, acho que... a bolsa estourou.



Sempre que alguém diz essa frase nas novelas, minha reação instantânea é revirar os olhos e torcer o nariz. Afinal, não me parece muito realista uma grávida pronunciar algo dessa magnitude com tamanha tranquilidade, como se quisesse dizer: “Acho que o gato da vizinha subiu no nosso telhado.”
Eu jamais conheci alguém cuja bolsa tenha arrebentado. Por outro lado, devo admitir que não convivi com muitas gestantes.



O certo é que, familiarizada ou não com o fato, comigo foi exatamente assim que aconteceu. Mas, antes de ir direto ao ponto, peço licença para relatar a experiência — e o prazer — de ter passado nove meses carregando minha menina dentro de mim.Todos sabem que me casei nova para os parâmetros atuais. Hoje a maioria das mulheres espera chegar perto dos 30 — ou até mais — para aceitar esse compromisso. Eu não. Pronunciei cada letra da palavra SIM, em português,krósvi e inglês, ao pedido feito por Henrique, antes mesmo de completar 25 anos.



Esperar o quê? E para quê? Sempre soube que, se não fosse com Henri, eu jamais me casaria. Desde o começo, ele representa tudo para mim. E, por sorte, significo o mesmo para ele.
Sim, o casamento foi planejado.



No entanto, ficar grávida nove meses depois, não. A ideia era aproveitar nossa vida a sós por um período antes de começar a pensar em filhos. Acontece que Henri e eu cometemos alguns deslizes e pagamos um preço alto por isso. Algumas noites sem proteção resultaram numa gestação inesperada, um susto que, embora tenha surpreendido todo mundo, encheu nossa família de alegria.



Quero dizer, alegria, alegria mesmo só consegui sentir depois que parei de enjoar. Porque eu passei os três primeiros meses vomitando tudo o que caía em meu estômago e reagindo mal a qualquer cheiro um pouquinho mais forte. Pó de café, pasta de dentes, sabonete, fritura, até o perfume favorito de Henrique, tudo me nauseava. Precisei dar um ultimato ao meu marido: ou ele deixava de usar a porcaria da fragrância ou mantinha distância de mim. Ai, que fase!



Em compensação, assim que os enjoos finalmente acabaram, fui dominada por uma fome incontrolável, que me levava a desejar coisas das quais eu nem gostava. Todo mundo sabe que sempre fui muito comilona. Portanto, meu “estado interessante” só me fez unir a fome com a vontade de comer.
Mais uma vez, quem acabou penando foi Henri. Afinal, quem vocês acham que saía no meio da noite para atender aos desejos que me deixavam acordada enquanto eu não os satisfazia? Pois é.
Soube que esperava uma menina na metade do terceiro mês. No fundo, eu já pressentia. A constatação de que meus instintos estavam certos fez meu peito transbordar de alegria. Sem pensar duas vezes, confidenciei a Henrique minha intenção de dar o nome da mãe dele à nossa filha. A reação dele foi muito emocionante. Meu marido afundou o rosto em meus cabelos e chorou. Para quem tem certa dificuldade em deixar transparecer as emoções, foi um gesto e tanto.



E enquanto o mundo do lado de fora se preparava para receber nossa pequena, ela aproveitava o conforto do útero materno para se esbaldar à minha custa.



Anahi não chutava; fazia acrobacias. Não me causava azia; só deixava meu estômago pegando fogo. Não crescia; se expandia feito um balão de gás. E todo mundo achava o máximo as peripécias fetais da minha menina.



Humpf! Só eu sei o que passei.



Mas não estou reclamando. Foram os nove meses mais mágicos da minha vida. Portanto, ao me deparar com a hora da verdade, senti-me tão calma quanto as futuras mamães dos filmes quando anunciam que a bolsa estourou.



— Mari! Ai, meu Deus! Tem certeza? Como assim? O que eu faço, lyubit?



Henri parecia um cego em tiroteio. Mas eu não poderia culpá-lo. Homens têm certa dificuldade para lidar com esse tipo de situação. Saiu feito um doido casa afora, procurando as chaves — que não encontrava nem por decreto —, enfiando itens na mala da bebê, o que me irritou profundamente, porque eu já havia deixado tudo organizado. Mas ele pirou, achando que estava faltando alguma coisa, como chupetas, mamadeiras e até os bichos de pelúcia que comprou numa de suas viagens a trabalho. Tive de explicar, pacientemente, que recém-nascidos não brincam.



— Amor, está tudo bem. Só precisamos ir para o hospital. Não é nada de mais.


Então nós fomos. Apesar da bolsa estourada, a tranquila da história era eu. Ao chegarmos ao hospital, Henri ficou perguntando para a enfermeira, a cada cinco segundos, se já não estava na hora de fazer o parto. Percebi que a coitada quase perdeu a paciência, e com toda a razão. Eu nunca tinha visto meu marido tão nervoso. Até preferia que ele não acompanhasse os procedimentos de nascimento, mas Henrique fez questão de ficar no bloco cirúrgico. E foi um parto bem difícil. Anahi, sabe-se lá por quais motivos, não queria saber de sair. Todo mundo me mandava fazer força, enquanto Henri apertava minha mão a ponto de machucar. Não pude deixar de notar toda a sua palidez.



Coitado. Embora eu estivesse deitada naquela cama, quem mais precisava de atendimento médico era o pobrezinho do meu marido. Mas então, de repente, minha filha decidiu que era hora de dar o ar da graça. Depois de uma empurrada mais forte que as demais, ela saiu de dentro de mim avisando ao mundo que não chegara a passeio. Porque ela não chorou. Anahi berrou feito um bezerro desmamado, assustando toda a equipe médica.



E foi impossível não amar aquele serzinho minúsculo e enrugado desde o momento em que olhamos para ela pela primeira vez. Anahi nasceu branca como uma folha de papel e muito cabeluda, com cachos largos no alto da cabeça.
— Slinko... — Foi a primeira palavra que Henri disse ao ver a filha.


Slinko quer dizer “sol” em krósvi.


Mais tarde, quando já estávamos em casa, perguntei a ele por que falou aquilo quando se deparou com Anahi. Então ele respondeu:



— Por causa dos cabelos cor de trigo em volta da cabeça dela, parecendo raios solares. E também porque nossa bebezinha é o meu sol, que iluminou ainda mais minha vida pelo simples fato de ter chegado ao mundo.
Ah, como não amar esse homem, gente?!


 


 


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Autor(a): ponnyayalove

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • tatahaya Postado em 12/01/2018 - 17:40:16

    Continua tava um tempo sem net,amando

  • tatahaya Postado em 20/12/2017 - 22:49:56

    continua

    • ponnyayalove Postado em 21/12/2017 - 23:45:54

      Continuando flor <3

  • ginja2011 Postado em 19/11/2017 - 05:18:37

    Espero que você não se aborreça, mas tem fics que começou ano passado e este ano que contêm só um capítulo, outras três, cinco, sete enfim favoritei todas elas e nenhuma você deu continuidade ou concluiu, vai acontecer o mesmo com ESSA?

    • ponnyayalove Postado em 19/11/2017 - 15:33:17

      Não haha eu ainda vou concluir todas as minhas fic ,essa é uma adaptação então eu vou concluir ela em breve .peço perdão por não ter postado nas outras ,mais eu estava sem tempo e sem criatividade ,mais esse ano me formo ai ano que vem terei tempo de sobra para postar em todas fics minhas .


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