Fanfic: A arte da vida ( adaptada) ayd | Tema: Portinon (ayd)
Não consigo evitar de soltar uma gargalhada alta ao ver um grupo de garotos sentados se assustarem quando Kristen buzina alto e passa em alta velocidade por eles.
Era o começo do nosso ano letivo e ao invés de estarmos descansando havíamos optado por conhecer a nova balada de uma amiga mais velha de Kristen, uma tal de Zoe. A 7/27 estava sendo recomendada para turistas e moradores locais, todos descreviam o lugar como sendo extremamente divertido e cheio de pessoas lindas, além de bem seguro, com uma boa música e apenas bebidas excelentes.
- Soube que Poncho vai estar aqui. – Reviro os olhos.
- Espero que esteja errada! – Termino de retocar meus lábios com o batom – E mesmo se ele estiver, hoje quero bocas femininas para beijar. – Kristen ri baixo.
- Vai deixar ele ainda mais irritado.
- Que ele fique, sou livre para fazer o que quiser e bem entender, não namoro e mesmo se namorasse isso não me impede de ser quem eu sou. – Pisco para ela, abrindo a porta do conversível – Você vem ou eu vou ter que te arrastar? – Questiono em uma falsa irritação.
Poncho foi um "namorado" de um mês, – nem isso – ele me encheu o saco até que eu finalmente aceitasse ir a novos encontros com ele, acontece que o garoto não compreendeu a ideia de transar e somente isso. Tudo começou em uma festa, nós ficamos e ele conseguiu meu número, combinamos de repetir a dose e acabamos dormindo juntos, isso foi o necessário para Poncho não me deixar mais em paz.
Acontece que ele é um dos caras que são extremamente precoces e não sabem dar tempo ao tempo, nós nem tínhamos completado um mês do nosso "namoro" e o garoto já queria me apresentar para seus pais, além de é claro, querer mandar em mim como se fosse meu dono. Poncho não queria mais que eu tivesse amigos homens, e quase infartou quando soube que eu também gostava de ficar com meninas, me ligava e exigia saber aonde eu estava até que eu finalmente coloquei um ponto final no que tínhamos.
Nunca gostei de me sentir presa a alguém, não gosto da ideia de ter que mudar quem sou para agradar outra pessoa. Além de que minha mãe engravidou cedo, por esse motivo não teve qualquer oportunidade de aproveitar sua vida – a não ser depois de mais velha –, e isso era algo que jamais iria querer para a minha vida, queria sempre viver como se fosse meu último dia na Terra.
- ZOE! – Kristen acena e a mulher negra acena de volta, comentando alguma coisa para o segurança ao seu lado.
- Venham meninas! – Nos abraça pelos ombros, enquanto um segurança empurra a porta para podermos entrar no local – DEIXEI AVISADO QUE AS BEBIDAS SÃO GRATIS PARA VOCÊS, TODOS OS ESPAÇOS ESTÃO LIBERADOS! – Exclama animada, colocando uma pulseirinha azul em nossos pulsos – QUALQUER COISA É SÓ ME CHAMAR. – Grita no meio das pessoas, nos abraçando mais uma vez – APROVEITEM A NOITE.
A música estava absurdamente alta, diversas pessoas balançavam seus corpos de acordo com o ritmo, outras se beijavam e outras estavam debruçadas no enorme balcão tentando pegar bebida enquanto as pessoas que estavam atrás do mesmo trabalhavam loucamente para atender a todos.
- MEU DEUS. – Kristen grita – Quanto homem lindo. – Solto uma gargalhada, olhando ao redor.
- Vamos apostar ou hoje você quer ficar mais tranquila? – Sorri maliciosa para mim.
Às vezes Kristen e eu apostávamos para ver quem conseguia ficar com mais pessoas, mas ela quase sempre ganhava porque a filha da mãe tem uma lábia desgraçada e não é nem um pouco tímida para abordar as pessoas que quer ficar, diferente de mim que sou mais discreta e não consigo ser tão 'cara de pa/u' como ela.
- Vamos ficar mais tranquilas hoje, faz tempo que não apenas aproveitamos. – Pisca se virando para o bar, erguendo a mão para mostrar a pulseira azul, prontamente um homem se aproxima – Duas tequilas. – Me encara de canto de olho – Podemos não fazer nossas apostas, mas vamos encher a cara para agradecer a volta às aulas. – Solto uma gargalhada.
- Deveríamos estar estudando. – Mordo meu lábio inferior.
- Vamos estudar o efeito do álcool no metabolismo. – Chupa o limão com sal e vira a sua dose de tequila – VAI DULCE. – Rio e pego o limão, chupando o mesmo e então virando a primeira dose da noite.
Nós passamos algum tempo debruçadas no balcão do bar, um dos diferenciais da boate eram as bebidas inusitadas que Zoe havia desenvolvido, Kristen e eu queríamos experimentar a maior quantidade de bebidas diferentes naquela noite, o que gerou nós duas bebendo algumas coisas que nunca imaginaríamos que seria possível conter em uma única bebida.
Quando começamos a rir de tudo decidimos que a melhor coisa a se fazer seria dançar, uma música eletrônica bem alta estava ecoando pelas caixas de som, Kristen ficou na minha frente e logo começamos a mexer nossos corpos de acordo com o ritmo, presas em nossa própria bolha da diversão e irmandade.
Minha melhor amiga me deixou sozinha para pegar mais bebidas para nós, apenas fechei meus olhos e ergui meus braços para continuar dançando sozinha. Gostava da ideia de estar sozinha daquela maneira, haviam coisas que eram boas de se fazer sozinha, dançar ao som daquela música comigo mesma era uma dessas coisas.
- Por que não me surpreende te ver aqui? – Reviro os olhos, me virando.
- Por que não me surpreende ver você correndo atrás de mim mais uma vez? – Rio sarcástica, a bebida me deixava sem filtro na língua.
- Você sabe que me quer, Dulce. – Poncho deixa sua mão em minha cintura.
- Na verdade, hoje eu realmente quero aquela menina ali. – Pouso uma de minhas mãos em seu ombro e com a outra mão aponto para uma garota baixinha e loira que me encarava de uma das mesas altas do bar.
- Você não sabe o que diz. – Revira os olhos, bufando irritado – Não sei como depois de ter ficado comigo ainda quer ficar com mulheres.
- Poncho, você acha que seu pênis é o centro do universo? – Solto uma gargalhada, levando minhas mãos sobre a minha boca para tentar parar de rir – Eu não sei como fiquei com você e não com mais mulheres. – Implico mais uma vez com ele – Pare de me encher o saco. – Tento sair de perto dele, mas sua mão firme segura meu braço com força.
- Admita que, se pudesse, ficaria comigo mais uma vez.
- Eu até poderia ficar se você não fosse um completo idiota, mas agora eu prefiro socar meu próprio rosto a ficar com você novamente, e se pudesse jamais teria ficado. – Me solto dele, sorrindo forçado e começando me afastar.
- DULCE! – Rosna.
- ESQUECE DA MINHA EXISTÊNCIA! – Grito de volta, vendo algumas pessoas me encararem assustadas.
Começo a caminhar em direção a Kristen, que voltava com nossas bebidas, faço um sinal para darmos meia volta, e assim fazemos. Não demorei absolutamente nada para virar todo o conteúdo do copo, irritada por Poncho ser tão petulante a ponto de voltar a falar comigo. Achei que depois de como terminei com ele, o garoto jamais voltaria a me procurar.
Nunca havia tido um relacionamento sério em toda a minha vida, não sou boa com compromissos, se sofro para manter uma amizade imagina um namoro sério?! Gosto de fazer meus próprios horários, gosto de sair sempre, de estar com meus amigos e viajar, e todas as pequenas amostras que tive de relacionamentos – quase sérios – envolviam eu sendo privada de alguma dessas coisas, por esse motivo evitava algo firme.
Vez ou outra eu sentia vontade de ter um relacionamento sério, mas a vontade passava assim que Kristen, convidava para ir a algum lugar fazer alguma coisa.
Nós começamos a beber mais, e confesso que descontei minha frustração na bebida, principalmente depois de ver que Poncho parecia um cachorro me rodeando durante toda a noite. Ele definitivamente tentaria fazer alguma gracinha estúpida caso eu tentasse ficar com alguém ou coisa do tipo, só relaxei quando dois seguranças apareceram ao seu lado e pediram para ele acompanha-los.
- Uma cortesia da casa. – Zoe aparece, apontando para Poncho – Ex-namorados idiotas jamais devem atrapalhar a noite de suas ex-namoradas. – Pisca, dando uma risada divertida – Agora aproveite sua noite, Dulce. – Abraça Kristen pelo pescoço – Venha, Zoe, vou te pagar outra bebida. – Ergo meu copo e rio quando vejo elas se afastando.
Zoe era a maior paixonite de Kristen desde sempre, o sonho da minha amiga era poder ficar com a mulher mais velha em algum momento de sua vida, e algo me dizia que seria aquela noite.
- Hey. – A garota loira que eu havia visto mais cedo me aborda, prontamente abro um sorriso relaxado – Prazer, Allyson. – Estende a mão e eu aperto a mesma.
- Dulce. – Passo a mão pelo cabelo, me curvando para escutar melhor o que ela queria dizer.
- Uma amiga minha te achou muito linda, você ficaria com ela? – Abro a boca em descrença, como eu ficaria com alguém que nem tem a decência de me pedir isso?
- Oh, eu...
- Ela está... – Se vira e então franze o cenho – Droga, não sei aonde ela está. – Ri negando com a cabeça – Ela está te olhando a noite toda e disse que ficaria com você, mas é tímida demais para vir pedir isso. – Assinto, me sentindo desconfortável com aquela conversa.
- Quem sabe outro dia. – Sorrio sem jeito – Minha amiga está me esperando ali. – Começo a me afastar, aquilo havia sido provavelmente uma das coisas mais constrangedoras do mundo inteiro.
Me sentia desconfortável quando alguém mandava alguém me abordar para conseguir interagir comigo, não acho que isso mostrava maturidade e muito menos atitude, por isso evitava ficar com esse tipo de pessoa. Sempre gostei de pessoas com iniciativa e atitude, timidez não é desculpa para tal.
As duas da manhã eu havia começado a rir de tudo e encarar – mais do que devia – as pessoas ao meu redor, aproveitando bem para analisar um possível alvo. Acabei colocando meus olhos sobre uma linda menina morena, sua pele era branca e seus olhos negros estavam enfeitados por um lindo delineador, assim como seus lábios vermelhos por um gloss muito convidativo.
Quando notei estava aos beijos com a garota, que me deixava livremente apertar sua cintura delicada e maltratar seus cabelos macios. Ela beijava muito bem. A menina, que descobrir chamar Hailee não demorou absolutamente nada para começar a me puxar cada vez mais para perto de uma das paredes, começando a ousar seus toques.
Informei que não morava muito longe daquele local, a menina um pouco mais jovem que eu não demorou absolutamente nada para me seguir pelo ambiente e entrar em um táxi comigo após dizer alguma coisa para uma de suas amigas. Entramos no apartamento dando beijos ainda mais intensos e ousados, quando chegamos no corredor as roupas foram sumindo de nossos corpos e quando dei conta já estávamos em minha cama. [...]
- DULCE! – Acordo assustada – POR/RA, NÓS ESTAMOS MUITO ATRASADAS! – Franzo o cenho, ainda perdida e sem entender o que está acontecendo.
- O quê? – Olho ao meu redor, procurando a menina – Cadê a...
- Ela foi embora. – Rosna – Quantas vezes vou dizer para não trazer estranhos para dentro de casa? Eles podem nos roubar ou nos assassinar e só vão descobrir dias depois. – Kristen conseguia ser tão exagerada... – Além do mais, eu não sou obrigada a ouvir gemidos.
- Você fala como se eu não fosse obrigada também. – Comento entrando no banheiro.
- ANDA LOGO, VOCÊ TEM AULA DO SR. COWELL! – Arregalo os olhos, ligando o chuveiro.
- PO/RRA, POR QUE VOCÊ NÃO ME CHAMOU ANTES?
- PORQUE EU TAMBÉM SÓ ACORDEI AGORA! – Grita batendo a porta com força.
A família de Kristen tem bastante dinheiro e não se importa nem um pouco de esbanja-lo, por esse motivo, não foi nada difícil comprar um apartamento para a ela e consequentemente eu conseguir um lugar para passar meus anos letivos na faculdade já que os Hamilton apoiavam demais minha amizade com Kristen, alegando que ela estaria mais segura na companhia de outra pessoa conhecida. Meus pais auxiliavam mandando dinheiro para eu fazer sempre as compras generosas do mês, já que os pais de Kristen cuidavam de todo o resto.
Saímos apavoradas de nosso apartamento, corremos pela calçada até avistarmos um táxi e logo tratamos de entrar no mesmo. Joguei uma das minhas notas no motorista enquanto Kristen já descia do carro e eu ia logo atrás, sem esperar o troco. Minha melhor amiga correu para um lado enquanto eu corria pelo outro lado do campus, muito atrasada.
O professor Cowell me odiava, eu ia extremamente bem em sua matéria, mas de acordo com ele, eu tinha uma péssima postura de aluna em suas aulas semanais. Diversas vezes discutimos por eu chegar atrasada, ou simplesmente dar uma "resposta absurda" em algum momento de sua aula ou em uma de suas provas. O homem me odiava e atrasar novamente estava fora de cogitação.
Olho para meu celular e vejo o horário, querendo me socar por ver que eu estava MUITO atrasada para aula dele. Quando ergo minha cabeça solto um gritinho ao ver uma menina em minha frente, nós duas damos um encontrão com tudo e vamos as duas para o chão, seus cadernos se espalham pelo chão e meu celular cai um pouco longe.
- Oh meu Deus, me desculpe. – Fala apavorada, ela era britânica.
- Eu que bati em você com tudo. – Começo a juntar suas coisas, me esticando para pegar meu celular, que havia trincado a tela.
- Você está bem? – Entrego seus cadernos, sem olhá-la.
- Estou, mas estou atrasada, sinto muito por isso. – Me levanto do chão – Desculpe mais uma vez! – Grito, voltando a correr, sem olhar para trás.
Entrei no prédio e corri pelo corredor, vendo diversas pessoas desviando de mim. Assim que paro na frente da porta do professor Cowell respiro fundo para recuperar o oxigênio que faltava em meus pulmões, levo a mão até a maçaneta e no mesmo instante um sinal toca, abro a boca incrédula, empurrando a porta, vendo todo mundo se levantar.
Notei que enquanto saiam da sala me encaravam com um ar debochado, bufei frustrada e notei o olhar de Simon Cowell me fuzilar, sem chance de assistir a aula dele apenas suspirei e dei meia volta para fora daquela classe. Aquela semana a professora Lovato não estaria dando aula já que um parente próximo havia falecido, por esse motivo optei por ir até uma cafeteria que tinha próximo a faculdade para tomar meu café da manhã.
Quando entrei na cafeteria automaticamente me senti acolhida, meus pais tinham uma cafeteria um pouco menor em Miami e eu havia crescido atendendo os clientes que por lá passavam, então estar em um lugar tão conhecido por mim era algo que sempre me acalmava e sempre me fazia matar um pouco da saudade que sentia de casa.
Enquanto olhava pelo local um pouco lotado encontrei Selena Gomez, uma grande amiga, sentada tomando seu café da manhã enquanto tinha uma pilha de pastas ao seu redor. A linda mulher estava compenetrada em seu trabalho para notar qualquer pessoa ao seu redor, esperava um dia me tornar uma profissional tão incrível quanto ela.
- Bom dia! – Sobe o olhar e abre um pequeno sorriso.
- Dul. – Prontamente se levanta para me abraçar, pude sentir ela aspirando um pouco do meu cheiro, o que me fez sorrir – Sente-se, veio tomar café?
- Sim, não tenho a próxima aula e resolvi tomar meu café da manhã, acabei me atrasando hoje e não tive tempo de fazer isso. – Rio divertida – Sabe como é, essas festas. – Selena arqueias as sobrancelhas, o que me deixa levemente sem graça.
- Srta. Savinõn, o que eu devo fazer com você? – Suspira, e eu arregalo os olhos.
- Como assim?
- Dulce, nós temos um combinado. – Franzo o cenho, não entendendo aonde ela queria chegar com aquele tópico – Ótimas notas. Sem muitas faltas. E ótimas recomendações. Você sabe que minha mãe jamais deixaria você entrar no escritório com péssimas recomendações.
- Mas minhas notas são boas. – Falo categoricamente, a chance de estágio e consequentemente emprego fixo após a faculdade era excelente, não queria perder aquilo por nada – Eu corri para chegar na aula, apenas não cheguei a tempo.
- Dulce, você é uma adulta agora, quantas vezes terei que dizer?! – Cruzo os braços, a encarando – Não estou dizendo que você não pode ir a essas festas e aproveitar sua juventude, você deve. Mas você tem responsabilidades, seus pais mandam uma alta quantia de dinheiro para te manter aqui em New York e existem muitas oportunidades em jogo para você brincar com elas.
- Eu não brinco com as minhas oportunidades!
- Uma boa advogada jamais chegaria atrasada e cheirando álcool em uma audiência, por isso não vejo o porquê de você estar com esse cheiro a essa hora da manhã e ainda por ter se atrasado para uma aula, no meio da semana. – Sinto minhas bochechas ficarem extremamente vermelhas – Dul, você tem um potencial gigantesco para ser uma profissional excepcional, mas desperdiça todo esse potencial em coisas que podem ser feitas em outros momentos de sua vida. – Meus olhos começam a arder – Minha mãe conversa com seus professores, assim como os dos outros alunos que estão no programa, todos os professores disseram que suas notas decaíram no final do último ano...
- Eu só... – Queria chorar naquele momento – Me desculpe, Selena, é só que... – Não sabia o que dizer.
- Estou apenas te alertando. Todos nós acreditamos muito em você e sabemos o quanto você deu duro para estar aonde está hoje. – Segura a minha mão, me fazendo fungar para evitar o choro – Apenas queremos o seu bem, Dul. – Concordo com a cabeça – Tome um café, se recomponha e vá para a próxima aula. Espero não descobrir sobre mais atrasos seus em suas aulas, quero apenas ouvir coisas boas sobre sua postura como aluna, combinado?
- Combinado.
- Ótimo, agora vou te pagar um café. – Pisca para mim, dando um sorriso adorável.
Selena e sua mãe desde sempre eram a minha maior inspiração para eu vir a me tornar uma grande advogada, quando era pequena os Gomez frequentavam a cafeteria dos meus pais, até que se mudaram para New York e Mandy acabou abrindo um escritório de advocacia que se tornou tão grande que gerou um programa de estágio para universitários da minha faculdade.
O programa de estágio era simples, os três alunos com as maiores notas em uma determinada aula, que a cada ano era escolhida aleatoriamente, iriam disputar uma vaga de estágio e possível trabalho no escritório de Mandy. Nesse programa tudo era avaliado, os "juízes" observavam tudo para terem certeza de que escolheriam o melhor aluno da classe de determinado ano.
Eu sou uma dessas três alunas desse programa, mas ultimamente realmente tenho sido desleixada, acontece que jamais tinha tido a oportunidade de comparecer a tantas festas. Meus pais sempre me sufocaram com a proteção deles, agora eu moro sozinha e sou dona das minhas próprias decisões e isso acabou saindo do controle.
Encarei Selena e suspirei, vai ver ouvir aquilo tivesse me levado novamente para a realidade.
Assim que sai da cafeteria meu celular começou a vibrar loucamente em meu bolso, alguém estava me ligando. Franzo o cenho ao ver que era o número do meu próprio celular me ligando.
- Alo?
- Hum... olá? – Era uma voz baixa, e rouca – Como você vai?
- Quem é?
- A menina que você atropelou mais cedo. – A britânica, sabia que a voz era conhecida – Acho que trocamos celulares quando você esbarrou em mim, mais cedo.
- Oh meu Deus, eu não acredito que fiz isso. – Bato em minha própria testa – Me desculpe, eu estava com muita pressa e apenas queria chegar o mais rápido possível e minha sala. – Escuto sua risada baixa, ela parecia uma criança adorável rindo.
- Está tudo bem, não se preocupe. Eu consegui notar que você estava com pressa. – Comenta despreocupada, atravesso a rua – Então, quando vamos nos encontrar? – Paro no meio da calçada.
- Daqui alguns minutos? – Tiro o celular para checar o horário – Nós podemos nos encontrar na frente da estátua da faculdade, o que acha?
- Perfeito. – Sorrio de canto, seu sotaque é tão adorável que sinto vontade de atravessar o celular apenas para socá-la – Bem, até alguns minutos, Garota Apressada.
- Até alguns minutos, Garota Britânica.
Com um pouco de pressa caminhei em direção a estátua, que não ficava tão perto quanto parecia estar. Impaciente, parei logo na frente da estátua, esperando a britânica. Fiz questão de ajeitar melhor a touca cinza que estava em minha cabeça e até mesmo abotoar meu casaco, já que estava ventando bastante naquele dia.
As pessoas se dissiparam bastante e senti um enorme frio na barriga a ver uma mulher em uma jaqueta de couro preta, por a jaqueta estar aberta conseguia ver o suéter verde de lã por baixo, sua calça jeans era justa e de cintura alta e seus sapatos pretos tinham um salto baixinho. A mulher era extremamente branca e o fato dela estar caminhando em minha direção com um celular em mãos me dizia muita coisa.
A britânica era linda. Muito linda.
Conforme a mulher se aproximava me senti ficar automaticamente nervosa, sua beleza conseguia ser muito intimidante e o sorriso tímido que ela dava enquanto caminhava em minha direção conseguia me deixar com vontade de sorrir de volta da mesma maneira, coisa que eu raramente fazia para um estranho.
- Presumo que você seja a Garota Apressada. – Sorri charmosamente, estendendo a mão.
- Presumo que você seja a Garota Britânica. – Aperto sua mão macia.
- Eu mesma. – Ri baixinho, suas bochechas começam a ganhar uma coloração avermelhada extremamente perceptível – E-Eu acho que isso lhe pertence. – Mostra o celular, intacto.
- Isso é realmente meu. – Pego o celular – E esse aqui deve ser o seu.
- Muito obrigada. – Sorri gentil.
- Desculpa por quebrá-lo na queda, eu posso pagar para consertarem sem problema algum e...
- Não. – Fala prontamente – Não precisa se preocupar com isso, ele já estava trincado antes, não foi você. – Ri baixinho, escondendo as mãos no bolso da jaqueta – E-Eu sou um pouco desastrada e... e isso é meio perigoso para meus celulares e tudo o que me cerca. – Não consigo evitar de rir, ela parecia ser tímida.
A mulher evitava ao máximo encarar meus olhos, sempre estava olhando o chão, e qualquer um podia ver que o fato dela rir baixinho e sorrir o tempo todo enquanto suas bochechas ficam vermelhas mostrava o quão facilmente ela ficava sem graça com todo e qualquer comentário.
- Bem, como você pôde ver mais cedo, eu também sou bem desastrada. – Sorrio encorajando ela se sentir mais à vontade – Eu não te machuquei nem nada do tipo, certo?
- Estou inteira, não se preocupe.
A encaro por alguns segundos, pela primeira vez olhando no fundo de seus olhos. A britânica, pela primeira vez, não desviou seu olhar do meu. Seus olhos eram de um azul tão intenso que fazia eu mentalmente me questionar se não eram lentes. Será que era possível alguém ter olhos tão lindos como aqueles?
- E-Eu já-á... eu já vou. – Murmura passando a mão em seus cabelos – Obrigada por manter meu celular em segurança. – Estende novamente a mão, prontamente aperto a mesma, doida para sentir a textura de sua pele macia novamente.
- Obrigada você por ser tão gentil. – Sorrio, piscando mais vezes que deveria.
Aquela mulher me deixava afetada de alguma maneira. Talvez fosse o fato de seus dentes serem tão brancos e seus lábios tão carnudos e rosados, ou seus olhos possuírem uma cor verde tão intensa que chegava a ser intimidante. Mas ai existia aquela áurea inocente e tímida, que te fazia repensar em como se portar perto dela, com medo dela recuar por algum motivo.
- B-Bem, eu já vou. – Sorri gentil, seus olhos ficam pequeninhos.
- Ok. – Escondo minhas mãos no bolso do casaco – Tchau. – Ela começa a se afastar, me encarando por alguns instantes e então ficando com as bochechas vermelhas.
- Tchau. – Acena timidamente e se vira.
Ainda um pouco aérea fui assistir o resto das minhas aulas daquele dia, mesmo sabendo que seria extremamente difícil me concentrar após tantos acontecimentos nas últimas vinte e quatro horas. Primeiro Hailee e seu excelente sexo; então a frustração de me atrasar mais uma vez; Selena me chamando atenção e me lembrando do verdadeiro motivo de eu estar morando ali; por último a linda britânica tímida que estudava em minha faculdade e eu só havia notado agora.
Ao chegar em casa preparei um sanduiche para mim e fui direto para o meu quarto, haviam passado bastante matéria e eu queria voltar ao meu ritmo de estudo dos primeiros anos, precisava focar completamente em meus estudos. Antes de focar completamente notei um dos meus cadernos sobre a minha escrivaninha e um recado anotado ali.
"Adoraria te conhecer melhor, me ligue. Hailee" com o seu número de celular logo embaixo, sorri de canto e arqueei as sobrancelhas, não sei se aquela seria uma boa ideia. Estava evitando repetir ficadas e/ou transas já que a vida poderia vir a me apresentar um Jake 2.0 da vida.
Rasgo o papel com o recado e abro meu notebook para checar o site da faculdade, paro no mesmo momento quando meu celular apita e um número desconhecido aparece no bloqueio. Franzo o cenho, destravo o celular e não consigo evitar de rir que nem uma idiota quando leio a mensagem.
"Então, Garota Apressada, você tem um nome ou atende somente por esse apelido?"
(...)
Coloco um pouco de café em minha caneca e puxo o jornal, encostando minha cintura na bancada da cozinha do apartamento. Gostava de fazer minhas leituras matinais em paz antes de ir para o trabalho, aquele era um dos únicos momentos de paz que eu tinha durante o meu dia, e era um dos meus favoritos.
- Bom dia, amor. – Subo meu olhar e sorrio.
Minha esposa vestia uma blusa de algodão cinza que ficava gigante em seu corpo.
- Achei que iria demorar para levantar. – Coloco o jornal de lado e ela caminha em minha direção – Bom dia. – Beijo seus lábios macios e sorrio com o carinho em minha cintura.
- Ótimo dia. – Pressiona levemente o corpo contra o meu – Mesmo depois de um ano e meio de casadas continuo te achando cada vez mais deliciosa nessas saias sociais. – Rio quando sinto sua mão acariciar minha bun/da.
- Portilla, quem diria que a britânica que se atrapalhava para dizer uma simples frase estaria sussurrando esse tipo de coisa pela manhã em meu ouvido com a mão na minha bun/da?! – Questiono bem-humorada.
- Savinõn, quem diria que a menina que não suportava a palavra 'relacionamento' me namoraria por três anos e então aceitaria meu pedido de casamento? – Sorri de canto, pegando minha caneca e roubando um gole.
- Impossível não aceitar. – Mordo meu lábio inferior, vendo ela se afastar.
Tentei de todas as maneiras evitar um relacionamento com Anahí, mas a mulher é tão encantadora que é simplesmente impossível de resistir. Culpo seu sotaque, que teve um papel muito importante em me desarmar durante seus flertes discretos, além de claro, todos os pequenos e grandes gestos que minha esposa havia feito para conseguir um espaço em meu coração.
Tudo começou com uma amizade, que veio a ser essencial para que eu focasse em meus estudos, Anahí me instigava muito a permanecer focada na faculdade e sempre me levava para espairecer quando necessário. A atração era gigantesca, mas ninguém se arriscava, até que um dia Allyson soltou uma indireta e acabou que Anahí e eu nos beijamos a noite inteira, fingimos que nada aconteceu até a próxima festa, aonde nós ficamos novamente a noite inteira. Nos tornamos ficantes fixas nas festas que íamos, não sentíamos vontade ou necessidade de ficarmos com outras pessoas, foi quando transamos e tudo mudou completamente, passamos a falar sobre o que estávamos vivenciando até que uma coisa levou a outra.
Anahí sentou-se à mesa que tinha o café da manhã posto, amava prepará-lo para ela. Ela começou a falar sobre um cliente chato que estava lhe irritando há dias, a família de minha esposa era dona de diversas imobiliárias espalhadas por Londres, agora por New York e algumas cidades pelas redondezas, então cuidava apenas das partes administrativas já que abordar pessoas para vendas não era seu forte. Só que aquele cliente necessitava de atendimento especial, então seu pai a designou para a tarefa.
- Eu não levo jeito para isso. – Bufa e eu rio, me sentando em seu colo.
- Vai dar tudo certo. – Passo manteiga em uma torrada e levo até a sua boca.
- Você fala isso porque é promotora, você é excelente em convencer as pessoas do que você quer, eu sou boa em fazer contas. – Suspira, mordendo o pão.
- Se você conseguir fazer a venda para ele nós vamos para na Zoe comemorar, o que me diz?! Eu ligo para as meninas e nós bebemos todas... – Anahí começa a rir.
- Dulce, você quer uma desculpa para beber. – Belisca a lateral da minha cintura.
- E comemorar seu sucesso é uma ótima desculpa. – Mordo sua bochecha – E quando voltarmos podemos até mesmo comemorar sozinhas... – Vejo suas pupilas dilatarem.
- Você acaba de me convencer. – Sorri de maliciosa.
Existiam duas coisas que Anahí sempre amou: festas e sexo. Quem via Anahí Portilla, a empresária bem-sucedida e séria jamais diria que ela ama sair para beber e dançar a noite inteira e depois me trancar em nosso apartamento para uma saciar seus (e meus) desejos.
Tive que sair dos braços da minha esposa após dar o meu horário, gostava sempre de chegar adiantada porque não podia suportar a ideia de estar atrasada em uma audiência, isso não causava uma boa impressão para o escritório e até mesmo para mim, e eu necessitava sempre causar uma boa impressão.
Confesso que quando entrava nos tribunais parecia uma pessoa completamente diferente, amava trabalhar com a promotoria e isso fazia eu me portar de uma forma completamente oposta de como eu era em fora do trabalho. Necessitava ser super séria, além de completamente intimidante, principalmente quando eram casos 'pesados'.
Saí para almoçar com Selena, que sempre tirava uma vez por semana para me acompanhar em uma refeição, nossa relação havia evoluído bastante e hoje em dia éramos grandes amigas, ela e seu marido sempre acompanhavam Anahí e eu em diversos jantares além de nos convidarem para sociais em sua casa.
- Então apenas juntamos e compramos a casa de praia para sempre termos para onde passar os feriados, odeio frio e ando doida para pegar um sol.
- Os pais de Anahí tem tantas casas e quando cansam simplesmente vendem e compram uma melhor, acho legal isso de ter um lugar fixo. – Dou de ombros – Uma tradição. – Sorrio de canto.
- Falando em tradição você venceu mais um caso e devemos manter nossa tradição, um brinde a isso. – Ergue delicadamente a mão – Duas taças do seu melhor champanhe. – O garçom assente com a cabeça, se afastando logo em seguida – Tenho tanto orgulho de sua carreira, Dulce, você deu um duro danado e merece todo o sucesso que está adquirindo com o passar dos anos.
- E tudo graças a você. – Pego a taça assim que o garçom serve – Então um brinde a nós e seus sábios conselhos. – Selena ri divertida e concorda com a cabeça, brindando comigo.
Após Selena me trazer para a realidade anos atrás realmente foquei em minha faculdade e dei o melhor de mim em todas as matérias, o que não foi difícil com o apoio das minhas amigas e namorada, além de é claro com todo o auxílio de Selena em várias matérias. Eu apenas precisei aprender a conciliar minha vida social com a minha vida acadêmica, o que foi difícil, mas não impossível.
Indo para o escritório recebi uma ligação da minha esposa, extremamente animada e comemorando que finalmente havia conseguido fazer a grande venda, claro que iriamos fazer o combinado. Após desligar com Anahí prontamente liguei para Zoe, informando que apareceríamos em sua boate naquela noite, depois liguei para Kristen e Allyson para convida-las.
Estava tudo combinado, e pela primeira vez em muito tempo, a hora passou voando. Quando cheguei em casa fui direto para cozinha comer alguma coisa, estava morrendo de fome e sabia que como eu iria beber bastante não poderia fazer isso de estomago vazio, preparei um lanche e devorei algumas frutas que estavam na geladeira, indo tomar banho logo depois.
Anahí chegou quando estava escolhendo minha roupa, minha esposa me lotou de beijos e arrancou sua roupa para tomar banho praticamente saltitante, feliz com a quantia arrecadada com a venda. Nós não demoramos tanto para ficarmos finalmente prontas, encontrando as meninas em um restaurante para que pudéssemos jantar e então finalmente ir até a balada.
- Fiquem aqui, vou informar que vocês estão aqui e devem ser prioridade.
- Ah eu amo o fato de sermos amigas da dona de um ótimo lugar como a 7/27. – Comento com Anahí e ela ri, negando com a cabeça.
- O que você vai querer beber?
- Qualquer coisa, apenas quero comemorar as vitórias do dia de hoje.
- Acho que será um ótimo momento para contar que consegui aquela promoção maravilhosa na editora, me tornei editora-chefe. – Kristen declara e todas nós começamos a gritar animadas.
- NÃO ACREDITO! – Exclamo enquanto me levantava para sufocá-la em um abraço.
- Isso é maravilhoso! – Allyson sorri, abraçando ela também – Somente eu não tenho uma novidade interessante, isso é uma merda, quem sabe semana que vem. – Ergue seu copo e todo mundo ri, Anahí a abraça pelos ombros.
- Ok, a primeira rodada é por minha conta! – Minha esposa declara.
- Eu não esperava menos, você ganhou uma nova bolada de dinheiro. – Allyson a provoca e todo mundo ri – Me console me pagando uma bebida. – Pega o primeiro copo.
Era hilário parar para pensar que a na primeira vez que havia pisado naquela boate havia cogitado a ideia de ficar com Allyson, que sempre foi a melhor amiga de Anahí e que até mesmo me abordou para que eu ficasse com a minha esposa antes mesmo de eu saber da existência dela.
O mundo dá voltas, e isso é divertido de se assistir.
Depois de uma hora bebendo e colocando o assunto em dia da melhor maneira, o que não era tão difícil de se fazer na parte mais afastada da boate, Kristen e eu decidimos descer para dançar enquanto Allyson e Anahí optaram por mais uma rodada enquanto conversavam sobre negócios.
Me senti eufórica em estar no meio daquelas pessoas, balançando meu corpo ao som de uma música animada e estando ao lado de minha melhor amiga, como nos velhos tempos.
Parei de dançar assim que notei Kristen arregalando os olhos e então fazendo uma careta que deixava claro o quanto não aprovava alguém que estava ali. Tive a mesma reação que ela quando me virei e dei de cara com Alfonso Herrera, meu "primeiro namorado", flertando com uma menina no balcão do bar.
O homem estava ainda mais forte do que antes, sua pele parecia ainda mais bronzeada e seu sorriso perfeito ainda mais branco, agora ele era tinha a cabeça raspada e não possuía mais o estilo de surfista que não se aplicava nem um pouco em New York. Vestia uma calça e camisa social justas, que mostravam sua excelente boa forma.
Foi quando nossos olhares se encontraram, no mesmo momento a garota maravilhosa ao seu lado se tornou insignificante. Seu olhar faminto me olhou dos pés à cabeça e seu sorriso malicioso denunciou os pensamentos que ele provavelmente teve, quando me virei para falar com Kristen ela estava do outro lado do bar fazendo um sinal para eu segui-la antes que ele viesse em minha direção.
- Dulce María Savinõn.
- Alfonso Herrera. – Sorrio desconfortável.
- Quanto tempo, continua maravilhosa, como sempre. – Deu um sorriso galanteador e eu arqueio as sobrancelhas.
- Ér... obrigada, você não está nada mal também. – Escuto sua risada forçada e sinto todo o meu corpo ficar tenso quando ele se aproxima ainda mais, descansando sua mão em minha cintura – Oh, vejo que alguns velhos hábitos não mudam. – Afasto sua mão de mim.
- É mesmo, você continua se fazendo de difícil. – Ri sarcástico, suspiro, me segurando para não revirar os olhos – O que acha de eu te pagar uma bebida?
- Agradeço, mas estou bem. – Antes que eu pense em me virar novamente, ele segura meu braço – Algum problema?
- Vamos, seja legal, já que eu não posso te pagar uma bebida, dance comigo! – Volta a movimentar seu corpo másculo.
- Estou dançando com minha amiga. – Me afasto dele, mas Poncho volta a insistir e me puxa pela cintura, colando nossos corpos.
- Qual é Dulce, eu te conheço, se você quiser nós podemos ir para a minha casa e pular toda essa ladainha desnecessária e fazermos o que você tanto gosta. – Sorri malicioso e eu abro a boca, chocada com sua fala.
- Ora seu... – Dou um tapa em seu rosto, o que é suficiente para chamar atenção das pessoas ao nosso redor – Isso é assédio, não ouse me tocar novamente. – Me afasto de seu corpo.
- Dulce? – Viro e encontro Anahí – Está tudo bem por aqui?
- Oh vejo, você é apenas sapatão agora? – Fala com ódio.
- Permaneço sendo bissexual. – Rosno irritada, odiava a ignorância de pessoas que acham que ou alguém é hetero ou homossexual, que não existe meio termo – E essa é minha esposa, espero que você não volte a nos incomodar ou aguarde um processo amanhã mesmo.
- Vocês são casadas? – Pergunta horrorizado – Você conseguiu se tornar pior, antes era uma pu/ta que pulava de cama em cama com o campus inteiro e agora é uma sapatão nojenta metida a besta. – Antes que eu pensasse em xinga-lo, Anahí apenas lhe acerta um murro em cheio no meio do nariz.
- ANAHÍ. – Grito a puxando.
- NÃO OUSE FALAR DELA ASSIM. – Grita enquanto alguns homens seguravam Poncho, que estava possesso e doido para revidar – ESPERE A MERDA DO PROCESSO AMANHÃ, SEU BABACA, VOCÊ ESTÁ FOD/IDO. – Zoe aparece para ver o que estava acontecendo.
Nossa noite acabou ali, o que me deixou destruída ao ver Anahí possessa de raiva, e eu jamais havia a visto daquela maneira. Acabamos indo direto para casa, minha esposa se recusou a ir a um hospital para ver a mão, então apenas colocamos gelo sobre os machucados e nos sentamos em nossa sala.
Fazia muito tempo que eu não parava para pensar sobre a minha vida de antes, eu realmente amava sair para beijar e até mesmo transar com diversas pessoas, aproveitar a minha vida o máximo possível e ter uma grande quantidade de experiências para saber o que mais me agradava ou não, e eu jamais vi problema algum nisso.
Ainda não via.
Acontece que pessoas e situações me fizeram mudar meu estilo de vida para um novo e completamente diferente, um aonde eu tinha um compromisso sério com alguém e era totalmente fiel a essa pessoa, além de ser completamente focada no trabalho e deixando para aproveitar minha vida em dias que fossem possíveis e ao lado de alguém que torna tudo melhor.
Mas eu havia me esquecido completamente da visão que as pessoas tinham do meu estilo de vida, mas não era como se a opinião delas me afetasse de alguma maneira, as únicas opiniões que importavam eram daqueles que eu via todos os dias e amava com todo meu coração.
- Ele achou que eu ainda estava solteira. – Falo simplesmente e Anahí suspira, encarando a televisão.
- Eu notei. – Ajeita o gelo em sua mão.
- Achou que eu era a Dulce de antes, mas eu não sou mais esse 'tipo' de garota.
- Eu sei, e por isso fiz questão de deixar isso claro. – Rosna e eu mordo meu lábio inferior nervosamente – Mas também se fosse, isso não dava o direito dele de tentar te agarrar a força e tentar te obrigar a fazer algo que você não queria. – Me aconchego mais em seu corpo.
Ah, minha amável e compreensível esposa Anahí.
- Você é a minha heroína. – Sussurro, deixando um beijo em seu pescoço.
- Você também é a minha. – Franzo o cenho.
- Mas eu não te salvei de nada...
- Mas você é o meu maior vicio. – Murmura, me encarando no fundo dos meus olhos – Eu te amo, Dulce, e espero que você se lembre que quem você era no passado tornou quem você é hoje e eu sou completamente apaixonada por ambas. – Sorrio de canto, abraçando o seu pescoço para que fosse possível beija-la melhor.
Momentos, situações e pessoas fazem você mudar. Mas mudar é bom, abrange sua visão de mundo e te faz crescer como pessoa, e não existe nada melhor do que crescer como ser humano. Ainda mais tendo um outro tão maravilhoso quanto, ao seu lado.
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Então??? O que acharam desse capítulo??
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Como vão as coisas? ♥Respirem fundo hehe' * - Tenente Portilla se apresentando, senhor. - A mulher disse prestando continência com a expressão fechada. - Descansar. - O Capitão disse. Anahí estava parada com as mãos para trás olhando para o homem que se sentou na cadeira. Anahí tinha férias venc ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 22
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siempreportinon Postado em 08/01/2018 - 22:55:11
Estou amando suas histórias, cada dia leio uma. Sei que não comento muito mas estou sempre acompanhando suas publicações!
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natty_bell Postado em 03/01/2018 - 17:42:09
SCRRR EU TO APAIXONADA POR UMA ESTORIA AAAAAAA <3 tem muitas histórias ainda?? To amando serem varias em uma
Emily Fernandes Postado em 03/01/2018 - 19:10:48
Sim, as histórias são muito boas. Ainda tem algumas ou várias pra colocar em prática. Então que viva as histórias aleatórias da fic. Que história vc mais gostou?
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Nix Postado em 08/12/2017 - 19:51:32
Owt que capítulo incrível, amei a surpresa pra Any, o amor que elas fizeram não foi apenas de saudade mas sim de um amor que supera barreiras
Emily Fernandes Postado em 12/12/2017 - 18:03:21
Concordo com tudo que vc disse. O amor delas é lindo mesmo. Vamos ver sexta a onde mais uma vez a arte vai ser pintada.
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Nix Postado em 05/12/2017 - 17:10:33
Acredito que vou chorar horrores nessa história.
Emily Fernandes Postado em 08/12/2017 - 15:46:17
Espero que a história realmente agrade. Pq ela é linda e encanta.
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Nix Postado em 01/12/2017 - 19:28:21
Momento fofo amei, não há palavras para descrever esse capítulo
Emily Fernandes Postado em 05/12/2017 - 15:44:40
Não nunca há palavras pra descrever coisas simples E belas. Aproveite outra história.
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Nix Postado em 28/11/2017 - 09:14:53
Isso ai Anahi não desiste da Dulce Concordo com a Angel o destino delas estão traçados.
Emily Fernandes Postado em 01/12/2017 - 08:49:26
Sim, Anahí não desisti tão fácil. Porém acho que o destino ainda vai aprontar muito com as duas. Isso será inevitável.
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candy1896 Postado em 27/11/2017 - 11:32:28
Continuaa
Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:52:35
Continuei kkk bjs
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Evelyn Postado em 25/11/2017 - 16:16:12
Olá maninha eu estou perplexa com suas histórias. Mas vamos ler não é. Bjs amor meu, eu sou a única com tal liberdade pra isso não é. Ahahahahahah
Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:51:46
Olá quem seria vc mesmo. O assim. Não diga que minhas histórias não estão te agradando. Perplexa fica eu com sua ousadia. Mas te amo da mesma forma. Bjs evy. Ps sim vc é a única que pode me chamar do que quiser.
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siempreportinon Postado em 25/11/2017 - 11:05:01
Marquei presença aqui, amo suas histórias já pode continuar!!!
Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:46:28
Vc sempre marca. Seu pontinho mesmo. Irei continuar.
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Lern Jauregui Postado em 25/11/2017 - 09:37:17
O primeiro encontro delas já vou uma arte rsrs .....A Annie uma fotógrafa de olhos azuis e sexy e a Dul uma garota linda e intrigante... E acho que a Annie meio que já se interessou,só acho rs. Mal posso esperar pros próximos capítulos.... Já pode continuar.. Bjs Emm.
Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:45:05
Obrigada lern, acho que a arte está em tudo O que fazemos seja boas ou ruins, o importante É saber apreciar. Não é bjs pra vc tbm.