Fanfics Brasil - Capítulo 16 A arte da vida ( adaptada) ayd

Fanfic: A arte da vida ( adaptada) ayd | Tema: Portinon (ayd)


Capítulo: Capítulo 16

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Como vão as coisas?

Respirem fundo hehe'


 


*


- Tenente Portilla se apresentando, senhor. - A mulher disse prestando continência com a expressão fechada.


- Descansar. - O Capitão disse.


Anahí estava parada com as mãos para trás olhando para o homem que se sentou na cadeira. Anahí tinha férias vencida e estava localizada em Washington D.C. Eles haviam acabado de voltar de mais uma missão na Palestina e já era final de ano.


- O que precisa Tenente?


- Minha dispensa, senhor. Para o natal.


- Não posso te dar certeza, mas é bem provável que eu não consiga.


- Sim, Senhor. - Ela assentiu sentindo seu estomago comprimir. - Obrigada. - Prestou continência novamente e se retirou.


Seu coração se apertou e ela encostou na parede... Mais um ano sem Dulce.


- O que foi Anie? - Ucher se aproximou dela observando aquele rosto tristonho.


Ucher era Terceiro Sargento, enquanto Anahí era Primeira Tenente... Ambos haviam se alistado pelo mesmo motivo: Família. O pai de Anahí era Marechal e o de Harry General de Brigada, um tanto quanto complexo de entender, mas havia feito os dois crescerem juntos, sempre em um ritmo militar.


O dinheiro nunca era pouco, mas o regime era militar demais para que os dois adolescentes que naquela época só queriam algumas baladas LGBT+ e curtir o mundo... Foi ali mesmo, ao terminar a escola e não tinham pretensão alguma de começar a faculdade, foi o suficiente para seus pais pegarem seus filhos e colocar os dois na academia das forças armadas.


- Drake provavelmente não vai me liberar para o natal novamente. - Ela disse desanimada.


Anahí estava com 27 anos, faziam dez anos que servia seu País... Primeiro por obrigação, logo em seguida pegou gosto pela coisa e ela e Ucher viraram melhores amigos, mais próximos do que antes... A curtição passou a ser responsabilidade, dor, luta e uma reconstrução de rotina, acompanhada de mudanças e um caráter quase que redefinido.


Eles sofreram todos os tipos de pegadinha, serem filhos dos grandes não os livrava, os encrencava mais.


A grande vida de Cristopher Van Uckermann e Anahí Giovanna Puente Portilla, havia começado ali... No meio daquele batalhão, cercados por todo o tipo de pessoas, preconceituosas, amigos, colegas, cobras, pessoas assustadoras e pessoas que eram mais quietas do que tudo.


Quando tinha 19 anos, Dulce conseguiu sua primeira dispensa e foi direto para os braços de Marichelo, naquele ano nunca tinha sentido tanta ansiedade para ver sua mãe novamente e Angelique.


A mãe a recebeu com os braços abertos e a ternura necessária para um conforto suave, mas não a isentou do serviço, Anahí não sairia do exército e a latina estava brava com aquilo. Passou dois dias sem falar com Blanca, mas estava com saudade dela demais para deixar o orgulho falar mais alto.


 


A maturidade os atingiu quando os 20 anos chegaram. Aos poucos, as trapalhadas perdiam a graça, o trabalho remunerado se tornava importante e percebiam que no fundo, seus pais só queriam o melhor.
Não foi fácil, Anahí era lésbica, muito bonita e sempre fechada e Ucher era gay, duro na queda e também bonito... O que fazia eles serem alvos de chacotas e inveja.
Quando fizeram 21, depois de passar um ano inteiro no Afeganistão, terem presenciado fome, dor, morte e luta, eles ganharam férias em Miami, extremamente longe de onde os pais de Dulce e Ucher moravam e aquilo era tudo que eles precisavam.
Eles ficaram por um tempo hospedados no pavimento do batalhão local, mas Anahí queria distância do regime por um tempo e ambos pegaram algumas diárias num hotel.
Na época Anahí e Ucher gostavam muito de um esporte bobo.
Eles jogavam Frisbee na praia, a latina usava sempre um biquini e ele um bermudão, eles de longe pareciam um casal feliz... Mas eram apenas dois amigos que ainda não haviam encontrado o "incrível" de suas vidas.
Naquele dia ensolarado, Anahí saiu correndo pela areia deu um pulo no ar e agarrou o disco em velocidade, ao tocar o chão novamente ela riu e gritou.
- Melhora Ucher, tá fraquinho. - Ela disse flexionando o próprio bíceps e viu o amigo mostrar o dedo e revirar os olhos.


- Joga logo Giovanna.
Anahí passou o braço ao redor do corpo e virou de uma vez, lançando o disco no ar com força... Viu o mesmo ir embora e Ucher sair correndo. Quando Ucher pulou no ar para o agarrar, o disco passou rente aos dedos dele e Ucher caiu com força em cima de um rapaz o derrubando na areia.
Anahí riu da cena observando aquilo, mas se aproximou pegando primeiro o frisbee e depois de seu amigo pra escutar ele pedindo desculpas ao moço.


- Está tudo bem. - O rapaz riu, ele tinha tatuagens pelo corpo.



O moço era esguio, o que o tornava diferente de Ucher que havia ganhando massa leve por causa do exército e tinha a pele sem nenhuma marca por conta de seu pai que era rígido com aquilo.


- Meu nome é Ucher. - Ele disse sem jeito.


- Alfonso Herrera. - Esticou a mão.


- Tá bem cabeça? - Anahí perguntou encarando o melhor amigo.


- Você me paga, va/dia dos infernos. - Ele resmungou.


Alfonso riu. - Vocês são daqui?


- Não, de Washington DC. - Ucher respondeu. - Estamos de férias.


- Eu trabalho naquele quiosque. - Alfonso apontou para perto da calçada. - Se vocês precisarem de cadeiras ou qualquer coisa.


- Pode deixar. - Anahí assentiu e viu o rapaz se afastar limpando a regata. - Ele é gay...


- Não sei não.


- Nossa Ucher, o jeito que ele secou seu corpo... Ele é viado de tudo. - Anahí franziu. - Ou você bateu a cabeça com força e quebrou o gaydar?


- Me erra princesinha. - Ele deu a língua pra ela tomando o Frisbee e lançou no ar.


- Vai da o c*u Cristopher! - Anahí saiu em disparada atrás, pulou o pegando, caindo de cara na areia e sentiu a mesma grudar na boca. - Eu te odeio.


- Vamos comprar água. - Ucher disse da forma mais cínica que conseguiu e Anahí saiu xingando ele em todos os palavrões possíveis.
Anahí esfregava a mão no rosto e sentia mais areia, cuspia a mesma e parecia não ter fim... Mas quando chegou lá na frente do quiosque, estacou.


Estava suja, coberta por uma camada de areia, mas mesmo assim seu olhos se abriram para a morena atrás do balcão... Ela tinha cabelos negros castanhos absurdamente lindos, o cabelo era ondulado e havia uma flor atrás da orelha dela no lado esquerdo... Ela tinha um piercing no nariz e usava brinco de argolas, acompanhada por um biquíni azul marinho e uma canga branca no quadril... Sim, Anahí estava nas pontas dos pés olhando a mulher.


- Deseja alguma coisa? - A voz dela se fez presente. - Você parece meio suja...


- É meu estilo. - Anahí disse sorrindo e levantou as sobrancelhas.


A morena teve que rir, ela estava engraçada. - Então você conquista os outros rolando pela areia?


- Está funcionando, você está conversando comigo. - Anahí deu de ombros.


A morena sorriu irônica. - Não está, você está no meu quiosque... Fica meio difícil ignorar cliente.


- Qual é... Eu sei que sou muito estilosa, você quer mais disso. - Anahí deu mais um sorriso.


Dulce ia se mijar de tanto rir e esticou uma garrafa de água sem gelo pra ela. - Creio eu que precise disso.


- Você é péssima. - Ucher sussurrou e sorriu para a jovem. - Uma água de coco, por favor?


- Meu nome é Dulce... Vocês querem cadeiras? - A morena disse com um pano limpando o balcão.


Anahí abriu a garrafa derrubando em seu rosto e corpo, ainda queria matar Ucher... Mas aquilo podia esperar. Dulce a observou enquanto pegava o coco e o cortava, aquele corpo bem feito com aquela bu/nda protuberante se tornava quase impossível de não olhar... Entregou o coco com canudos para Ucher que tinha uma sobrancelha arqueada para a secada que a amiga tinha levado.


- Um guarda sol seria bom. - Anahí disse já limpa e resmungou. - Eu odeio areia e água salgada.


- Idem. - Dulce disse e passou por ela sacudindo o quadril e caminhando descalça pela areia.


Anahí a observou por todo caminho... Então deu uma leve corrida para acompanhar. - Um cara disse que era desse quiosque pra gente!


- Quem? Poncho? - A morena perguntou. - Ele é dono. Eu to aqui só pra dar uma mão, porque estou de férias.


- Você tem um sotaque... - Anahí disse notando que ela não falava muito.


- Nova Jersey. - Dulce disse. - Faço faculdade na NYU, mas moro em NJ sou naturalizada de lá.


- E você faz o que na faculdade?


- Arquitetura. - Dulce enfiou o bastão na areia e a sugou a mesma jogando pra fora.


- Sou Anahí Portilla. - A loira se apresentou. - Você está de férias aqui em Miami e decidiu trabalhar?


- Poncho é meu amigo desde meus 15, a gente se conheceu no fandom... Pela internet. - Dulce deu de ombros e encaixou o guarda sol, puxando as cadeiras e a mesa.


- Isso é bonitinho demais. - Anahí sorriu.


Dulce arrumou a mesa, e as cadeiras. - É sim, Poncho é minha alma gêmea em forma de amizade.


- Você tem namorada? - Anahí perguntou.


- O que te faz presumir que seja A? - Dulce sorriu de lado... Estava sentindo a atitude de Anahí.


- Não sei, instinto.


- E se eu não tivesse o que mudaria na sua vida?


- Se não tiver, então eu vou atrás de você...


 


- E quem disse que eu te quero... Mhm... Anahí, né?


- Sim Dulce, e isso doeu.


- E conheço pelo menos 50 iguais a você durante meu dia de trabalho aqui. - Dulce deu de ombros.


- Não, você conhece pessoas com as mesmas qualidades que as minhas... Mas com meu jeito e com minha maneira de efetuar atitudes, te garanto que sou única... Não é atoa que tenho DNA diferenciado de cada pessoa no mundo. - Anahí respondeu no automático, acompanhando ela de volta para o quiosque.


Ucher estava chocado com a audácia de sua melhor amiga. Anahí nunca dava em cima de ninguém ou cantava uma pessoa.


- E o que te faz querer isso? - Dulce semicerrou os olhos.


- Você tem mãos que poderiam me salvar, um rosto que poderia me destruir. - Anahí cruzou os braços e se encostou na madeira do local olhando ela mexer em copos.


- Viu? Você é só mais uma... Estou acostumada Anahí, minha aparência realmente chama atenção... E as pessoas vem interessadas nisso.


- Você quer que elas venham interessadas no que, se seu composite é construído pela sua beleza... Afinal eu não sei quem você é Dulce, não dá pra eu ir interessada em algo que eu não conheço. Eu vou interessada no que conheço, e por hora é a sua aparência.


- E..?


- Eu não sei mais o que dizer, além de que você é linda pra cara/lho. - Anahí sorriu.


- Obrigada, mas dispenso Anahí. - Dulce disse.


Anahí prensou os lábios... Era mulher, sabia o quanto a insistência irritava. Então assentiu. - Desculpa incomodar, obrigada por me ouvir... Eu quero uma porção de Camarão, pescada e anéis de cebola.


Dito isso Anahí se afastou indo para o local onde Ucher estava sentado, pegou o coco dele e bebeu um pouco.


- O que aconteceu gatinha? - Ele perguntou.


- Ela não queria, não insisti. - Anahí deu de ombros.


Dulce estava surpresa ainda no quiosque, era como se tudo fosse estranhamente perfeito demais pra ser verdade. De qualquer forma, deu de ombros e começou a fazer as coisas que a jovem latina havia pedido.


Durante a tarde viu ela e o rapaz que a acompanhava passarem protetor, deitarem no sol... Jogarem mais frisbee, eles deram um mergulho e uma bola de vôlei apareceu. Eles tinham um porte físico agradável o que levava a acreditar que ambos praticavam muito esporte.


Poncho apenas observava sua amiga de olho neles. Deu risada algumas vezes, pois baseado no que ela havia contado Dulce parecia ter uma nova Crush.


Aquele dia terminou daquele jeito, mas Anahí já havia plantado uma sementinha em Dulce... Era apenas deixar florescer.


Curiosamente, Ucher e Anahí batiam ponto naquela praia toda manha as 6 para correr e depois ficavam por mais algumas horas e iam conhecer o local. O contato de Dulce com Anahí era estritamente cliente/fornecedor. Com uma educação impecável e aquilo estava começando a frustrar Dulce.


Até que lá pelo 7° dia quando Anahí se encostou no quiosque, Dulce se aproximou mais escorando os braços em cima.


- Como foi seu dia? - Perguntou realmente curiosa.


- Bom. - Anahí disse sem dar muito crédito.


- Qual seu signo?


- Peixes. - Anahí disse.


- Sou de Capricórnio.


- Eu não sei muito o que significa... Só sei que sou peixes por que minha namorada fez meu mapa astral...


 


- Então você tem uma namorada? - Dulce pareceu frustrada.


- EX! - Anahí se corrigiu saindo do automático. - Ela é minha ex...


- Ah sim... Vai ter uma rave na praia hoje. - Dulce informou.


- Eu não bebo, nem Ucher. - Anahí disse. - E não sei dançar.


- Oh... Okay.


- Você primeiro me corta... E agora demonstra interesse... O que quer Dulce? - Anahí perguntou.


- Eu não sei... Algo diferente.


- Não sou test drive ou playground pra você me usar ou brincar comigo e me descartar quando as férias acabarem. - Anahí foi rápida.


- Eu não estou te usando... É que parece que eu nunca tenho nada a oferecer além do meu rosto.


- Aparentemente não, afinal você nega sempre uma investida achando que o interesse está apenas na sua fisionomia e não em quem você é.


- Auch.


- A verdade dói. - Anahí deu de ombros. - Eu quero um suco de abacaxi com hortelã e anel de lula.


- Algo mais?


- Um encontro. - Anahí olhou nos olhos dela.


- Me pega as 20h aqui na frente.


- Marcado. - Anahí assentiu e se afastou.


Ucher estava de flerte com Poncho, o que era engraçado e parecia ser mais leve... Ele e Ucher faltavam sair se beijando pela praia.


Naquela noite Anahí levou Dulce para um Pier, onde elas comeram e conversaram sobre a vida... Foi quando Dulce descobriu que Anahí era do exército. Daquele segundo Dulce sabia que ou se jogava de cabeça e enfrentava tudo, ou saia e se escondia do que florescia dentro de si por Dulce.


Ela se jogou com força e Anahí a recebeu de braços abertos. Amor de Verão, que quando acabou a estação e as férias... Anahí ficou com medo de que Dulce não a quisesse. Mas elas trocaram os celulares e Anahí colocou a farda novamente indo para o aeroporto.


Poncho beijou Ucher mandando ele tomar cuidado, mas Ucher era coração livre e Anahí sabia que o amigo finalizaria aquilo até voltar pra casa... Shawn, Troye e Jacob eram seu passatempo favorito e ele não abriria mão dos corpos dos três por um cara de verão... Ucher levava a sério: "Summer loving had me a blast. Summer loving happened so fast".


Dulce estava atrasada e Anahí já tinha todas as malas prontas. Foi quando viu ela no meio das pessoas e o abraço veio como um furacão, um carinho suave no cabelo, algumas lembranças de encontros e sexo, um sorriso simplório.


- Não me troque pelas gostosas do exército. - Dulce sussurrou.


- Ela não tem o que você tem.


- O que seria?


- Essa mente brilhante. - Anahí disse e viu Dulce sorrir.


Puxou ela pra perto e a beijou, devagar e com vontade. Sua língua deslizava pela dela e seus dedos apertavam o corpo. Puxou o lábio inferior entre os dentes virando a cabeça devagar.


- Tome cuidado Anahí. - Dulce sussurrou encostando a testa na dela.


- Estou meio que apaixonada por você... Mas eu não te diria, se eu não fosse embora.


- É justo eu saber. - Dulce sorriu.


- Não, é necessário saber que é desejada... Que eu gosto de você e que estou caindo por você. - Anahí deu mais um selinho nela.


 


- Agora eu estou tentando encontrar as palavras para te dizer como me sinto e te mostrar que é verdadeiro. - Dulce murmurou sem jeito.


- Você não precisa. - Anahí negou. - Eu sinto, eu sei... Até breve.


- Até.


Dulce deu mais um selinho nela e sentiu os dedos escaparem pelos seus. Anahí usava uma maquiagem leve, a farda e o cabelo estava solto ainda. Ela era quase que irresistível em todo aquele camuflado e Dulce sentia que uma parte de si ia com ela.


Os meses se passaram na base de cartas e ligações curtas quando Anahí podia, e Dulce com muito custo se manteve fiel, sentia falta de Anahí, do que ela significava e representava em sua vida.


Em Novembro, quando Anahí ainda tinha 21 ela conseguiu uma dispensa de três dias e voou para Nova Iorque, estava esperando Dulce na saída da faculdade com um buquê de rosas, uma corrente militar e um sorriso charmoso.


Dulce estava com Maitê, Josi e Angelique que havia escutado a amiga falar de Anahí mil vezes e da dificuldade que era ter um relacionamento à distância e com comunicação quase restrita... Mesmo que se falassem todos os dias.


Dulce largou a bolsa e os cadernos nos braços de Maitê e se jogou em cima de Anahí ignorando as flores e beijando todo o rosto dela. Foi quando recebeu o pedido de namoro mais curioso e viu Anahí colocar a corrente com as plaquetas em seu pescoço... Anahí não podia usar anéis e achou aquilo adequado.


Conheceu as amigas de Dulce, eram pessoas acolhedoras e maravilhosas... Maitê ainda tinha um pé atrás com aquele relacionamento, mas se Dulce estava feliz era o que importava.


- Não quero ser egoísta, mas não consigo me segurar... Eu quero mais de você. - Dulce sussurrou durante a noite enquanto estava deitada de frente para Anahí naquele quarto de hotel.


- Você me tem, coração, alma, corpo. - Anahí sussurrou selando seus lábios. - Eu preciso cumprir meu tempo de carreira para me aposentar e ir fazer outra coisa. Vai acabar logo, prometo.


Dulce suspirou.


Anahí então teve que voltar para o serviço e Dulce as suas aulas, estava no 8° Semestre da Arquitetura, faltava pouco.


E logo que Anahí fez 22 anos, foi mandada de volta para o Afeganistão. Se feriu gravemente e foi mandada de volta para Washington, foi quando Dulce conheceu Marichelo e Enrique, por mais severo que o homem fosse ainda conseguia ser um doce de pessoa e um pai preocupado.


Anahí tinha uma irmã de 12 anos, que era carinhosa e atenciosa. Anahí havia ganhado uma bala na barriga com estilhaços espalhados, havia perfurado o colete o que preocupou bastante os oficiais.


Dulce estava sentada ao lado da cama dela, Anahí dormia fazia muitas horas por conta do remédio e ver sua namorada fragil daquela forma deixava a morena sensível.


Segurou a mão dela enquanto falava coisas sem fim. - Estou pensando nos jeitos que quero te abraçar, quando você sair daí... Você me mata Anahí.


Aquilo durou algumas horas, até que Anahí finalmente acordou acabando com o desespero de Dulce e trazendo paz para a morena novamente.


Era um relacionamento comum, elas brigavam, se irritavam, se incomodavam, brincavam, sorriam, choravam... E dessa forma, os anos se faziam amigos de um amor que havia começado no Verão.


Aos 22 Dulce já estava formada e trabalhando na Construtora da mãe de Anahí, afinal Marichelo também era arquiteta e havia sido conquistada pelo charme e carisma de sua Nora, afinal Dulce se virava sozinha desde que havia descoberto a sexualidade e seus pais a expulsaram de casa.


Naquele ano Anahí conseguiu uma dispensa de 15 dias, foi então que se organizou direitinho. Sua namorada estava morando em Washington D.C. também, o que facilitava mais a proximidade, mesmo que Anahí estivesse viajando muito pela ONU.


Anahí pegou um avião até Nova Jersey e bateu na casa dos Savinõs.
- Olá. - Uma mulher abriu a porta.


Anahí viu a beleza curtida da mulher, sabia que era mãe de Dulce pelos olhos e pequenos detalhes do rosto.


- Blanca Savinon? - Perguntou.


- Sim.


- Podemos conversar?


- Sobre?


- Dulce. - Anahí disse esperando uma reação.


Era quase natal, Anahí estava com seus 24 anos e acreditava muito que o amor do inverno estava se espalhando por todos os lugares. Viu os olhos da mulher se tornarem ternos e um sorriso suave.


- Entre, por favor. - Blanca disse.


Anahí entrou olhando a casa, se sentou no sofá e suspirou.


- Eu sou namorada de Dulce, ela me contou que vocês não falam mais com ela... Mas ela sente tanto a falta de vocês. - Anahí disse gesticulando e com a garganta seca. - Ela precisa de vocês.


- É meu marido. - Blanca disse. - Ele não acha que Dulce pode se deitar com outra mulher.


- Esteja lá para Dulce... Eu vim mesmo é conhecer os dois, mas só de conhecer a senhora estou feliz... Gostaria de informar que vou pedir a mão de sua filha, eu vou me casar com ela de qualquer maneira, quer vocês gostem ou não.


Blanca sorriu, então Dulce havia achado uma namorada digna do que sempre tinha falado. Ela deu a benção que Anahí precisava e Fernando ficou enfurecido e expulsou a tenente de sua casa.


Anahí promoveu um encontro entre Blanca e Dulce, viu sua namorada chorar muito e a pediu em casamento no natal, foi um pedido simples... Pois Dulce gostava de coisas simples e viu ela chorar horrores.


- Eu não sei mais o que dizer. - Dulce disse colocando os braços ao redor do pescoço dela. - Você é incrível pra caramba.


- Não diga. - Anahí viu Ucher erguendo o visco em cima delas. - Só me beija.


Dulce sorriu, era seu primeiro beijo embaixo do visco e seu primeiro natal com Anahí, em casa. No ano seguinte elas se casaram, na praia... Foi para lembrar como se conheceram e Poncho e Ucher se pegaram no casamento.


Depois do casamento Anahí teve mais duas dispensas, fora na última que elas conversaram sobre filhos Dulce não estava querendo ficar mais tanto tempo sozinha, mesmo tendo a companhia de Marichelo, ela deu início aos procedimentos de inseminação artificial e Anahí voltou para o campo de batalha... Faziam quase dois anos.


Anahí e Ucher deram um sorriso simples comprimindo o lábio, ele sabia o quanto ela queria voltar pra casa. Faltavam meses apenas para ela finalizar os 10 anos de trabalho, foram 7 seguidos e 3 adicionais porque quis, no começo.


- Liga pra ela. - Ucher disse.


- Eu embrulhei os presentes com todo amor e carinho... - Anahí murmurou. - Já está nevando.


- Faça suas malas, liga pra Dulce... Diz pra ela que você vai estar em casa esse natal. - Ucher disse voltando no caminho.


Anahí franziu, não ia dar falsas esperanças para sua esposa. Seguiu seu caminho, até que Ucher voltou com um papel na mão.


- Sua dispensa mana. - Ele disse sacudindo.


- Que?


- Eu vejo minha irmã no próximo ano. - Ele deu de ombros.


- Eu queria você nesse natal de novo. - Ela suspirou emocionada.


- Cuida da Gemma pra mim. - Ele sorriu a abraçando e disse pra ela andar logo, o avião da dispensa sairia em duas horas.


Anahí foi correndo pegar as malas que estavam prontas e com ajuda de Ucher eles levaram tudo para o avião.


A viagem foi longa e ela estava ansiosa demais. Quando o avião pousou ali em Washington, Anahí estava encontrando o caminho de volta para casa com todas as árvores acesas, já era véspera de natal e estava tarde.


Ela chegou em casa quarenta minutos depois, por uma van do aeroporto que a levou. A casa estava vazia na frente, mas podia escutar os barulhos do fundo.


Abriu a bolsa pendurando a meia de Dulce ao lado da sua. E largou a mesma ali ao lado.


Dulce estava sentada na cadeira observando Marichelo e Enrique dançarem ao som de Frank Sinatra, tinha um copo fino com suco dentro nos lábios e um sorriso suave para a cena


- Cabe mais uma? - Anahí perguntou escorada na porta.


Primeiro todos se assustaram. Dulce então levantou correndo e a abraçou.


- Eu senti sua falta. - Disse contra o pescoço dela.


- Eu senti cada mísero segundo longe de você como se fosse o inferno. - Anahí cheirou aqueles cabelos macios e piscou para sua mãe.


Marichelo sofreu a mesma coisa que Dulce Anahí o mesmo que Enrique... Então eles entendiam como eram as coisas.


- Só para você saber... - Anahí a apertou mais. - Estive pensando em várias maneiras de te abraçar bem perto.


Dulce sentiu as lágrimas escorrendo por seus olhos. - Eu tenho um presente pra você.


- Pega lá bebê... Eu vou falar com meus pais. - Anahí disse dando um selinho demorado nela e viu ela se afastar.


Abraçou Enrique e Marichelo juntos. - Feliz natal família.


- Como conseguiu essa dispensa? - Perguntou curioso.


- Ucher abriu mão pra mim. - Ela sorriu.


- A melhor coisa foi te enfiar nesse meio. - Enrique disse.


- Talvez sim, talvez não. - Ela sorriu tirando a farda e viu Dulce entrar com uma caixa media na cor marrom.


- Feliz natal amor. - Dulce disse beijando a cabeça dela.


Anahí franziu, mas desfez o laço em cima. Enrique e Marichelo estavam curiosos, Angel havia entrado na casa com Blanca, Maitê e Chris naquele momento, afinal Fernando após saber a atitude de Blanca disse que não queria mais vê-la.


Anahí abriu a caixa se deparando com dois macacões de bebê de pandinha. - Você está grávida?


Dulce assentiu e viu ela largar a caixa a abraçando... Anahí poderia enfim ficar em casa, ter filhos e ter sua esposa... Era o melhor natal de sua vida.


Finalmente havia encontrado o seu "Incrível".


*


 



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Comentários da Fanfic 22



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  • siempreportinon Postado em 08/01/2018 - 22:55:11

    Estou amando suas histórias, cada dia leio uma. Sei que não comento muito mas estou sempre acompanhando suas publicações!

  • natty_bell Postado em 03/01/2018 - 17:42:09

    SCRRR EU TO APAIXONADA POR UMA ESTORIA AAAAAAA <3 tem muitas histórias ainda?? To amando serem varias em uma

    • Emily Fernandes Postado em 03/01/2018 - 19:10:48

      Sim, as histórias são muito boas. Ainda tem algumas ou várias pra colocar em prática. Então que viva as histórias aleatórias da fic. Que história vc mais gostou?

  • Nix Postado em 08/12/2017 - 19:51:32

    Owt que capítulo incrível, amei a surpresa pra Any, o amor que elas fizeram não foi apenas de saudade mas sim de um amor que supera barreiras

    • Emily Fernandes Postado em 12/12/2017 - 18:03:21

      Concordo com tudo que vc disse. O amor delas é lindo mesmo. Vamos ver sexta a onde mais uma vez a arte vai ser pintada.

  • Nix Postado em 05/12/2017 - 17:10:33

    Acredito que vou chorar horrores nessa história.

    • Emily Fernandes Postado em 08/12/2017 - 15:46:17

      Espero que a história realmente agrade. Pq ela é linda e encanta.

  • Nix Postado em 01/12/2017 - 19:28:21

    Momento fofo amei, não há palavras para descrever esse capítulo

    • Emily Fernandes Postado em 05/12/2017 - 15:44:40

      Não nunca há palavras pra descrever coisas simples E belas. Aproveite outra história.

  • Nix Postado em 28/11/2017 - 09:14:53

    Isso ai Anahi não desiste da Dulce Concordo com a Angel o destino delas estão traçados.

    • Emily Fernandes Postado em 01/12/2017 - 08:49:26

      Sim, Anahí não desisti tão fácil. Porém acho que o destino ainda vai aprontar muito com as duas. Isso será inevitável.

  • candy1896 Postado em 27/11/2017 - 11:32:28

    Continuaa

    • Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:52:35

      Continuei kkk bjs

  • Evelyn Postado em 25/11/2017 - 16:16:12

    Olá maninha eu estou perplexa com suas histórias. Mas vamos ler não é. Bjs amor meu, eu sou a única com tal liberdade pra isso não é. Ahahahahahah

    • Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:51:46

      Olá quem seria vc mesmo. O assim. Não diga que minhas histórias não estão te agradando. Perplexa fica eu com sua ousadia. Mas te amo da mesma forma. Bjs evy. Ps sim vc é a única que pode me chamar do que quiser.

  • siempreportinon Postado em 25/11/2017 - 11:05:01

    Marquei presença aqui, amo suas histórias já pode continuar!!!

    • Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:46:28

      Vc sempre marca. Seu pontinho mesmo. Irei continuar.

  • Lern Jauregui Postado em 25/11/2017 - 09:37:17

    O primeiro encontro delas já vou uma arte rsrs .....A Annie uma fotógrafa de olhos azuis e sexy e a Dul uma garota linda e intrigante... E acho que a Annie meio que já se interessou,só acho rs. Mal posso esperar pros próximos capítulos.... Já pode continuar.. Bjs Emm.

    • Emily Fernandes Postado em 28/11/2017 - 07:45:05

      Obrigada lern, acho que a arte está em tudo O que fazemos seja boas ou ruins, o importante É saber apreciar. Não é bjs pra vc tbm.


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