Fanfic: A serpente e os leões | Tema: harry potter

Meus pensamentos estavam embaralhados com meus afazeres dados pelo Lorde das Trevas mas eu nao conseguia me concentrar. Desde que reencontrei a garota do Beco Diagonal no trem não consegui esquece-la. Ela não era como o resto das garotas, nao!

Panzy se jogava em mim a todo custo e minha vontade já era ataca-la com um Avada Kedavra, então me desvencilhei dela e das perguntas desinteressadas de Blásio e saí em busca de um lugar tranquilo. Andei pelo corredor ouvindo a felicidade escandalosa dos primeiristas, as conversas dos demais alunos, até que avistei uma das últimas cabines. Estava silêncio então presumí que estava vazia. Entrei sentindo cerio alívio e fechei a porta em minhas costas, mas a ví. Ela estava calma, fumando perto da janela.

- O que está fazendo aqui? - perguntei mais para confronta-la do que realmente para saber.

• Fumando. - me respondeu sem olhar para mim.
  - Isso é proibido! E quero ficar sozinho, saia!
  A expulsei com toda a autoridade que tinha, mas ela me surpreendeu. Mais do que rapidamente, a estranha colou seu corpo ao meu enrolando sua mão em minha gravata.
  - mude de cabine ou aprenda a dividir. - disse ela olhando em meus olhos de forma que senti como se visse minha alma. - Eu não vou sair daqui Draco.
  Normalmente eu ficaria bravo pela petulância, mas ela disse meu nome em meu ouvido com uma confiança que apenas me fez sorrir tendo um leve arrepio na base da coluna.
  Ela estava na ponta de seus pés e não tirou os olhos de mim até se virar e se jogar no banco exatamente como uma dama NÃO faria.
  Não consegui desviar o olhar de suas coxas aparecendo entre a saia curta e as meias. Sua camisa justa demais - não que eu estivesse reclamando. - me deixava ver curvas que as garotas que estava acostumado não apresentavam. Eu simplesmente não podia parar de olhar.
  Ficamos muito tempo em silêncio, e achei melhor assim. Eu não sabia quem era ela ou sequer seu nome, mas se fosse uma sangue ruim seria um enorme desperdício. Saí de meus devaneios quando ela se levantou, fez um aceno e saiu. Infelizmente, com ela saiu minha paz mental e voltei a pensar em minha missão. Eu não conseguia dormir direito há dias, não aguentava ouvir minha mãe chorando desesperada ou ouvir pessoas sendo torturadas em minha casa.
  Me vesti e me juntei ao meu grupo habitual.
  - aonde esteve, Draquinho? - perguntava Parkinson e sua voz me irritava cada vez mais.
  - não lhe interesa!- disse ríspido.
  Ela fez um bico como uma criança e continuei andando em direção aos barcos. Chegando em terra, ví um dos Weasley com a garota e involuntariamente senti uma pontada de raiva. O que estava acontecendo comigo?
  Esperei ansiosamente pela vez dela no chapeu seletor, mas a espera valeu a pena quando pude conferir seu rebolado até o banco, acompanhado dos "toc toc" de suas botas de salto alto. Creio que os outros caras do salão tinham a mesma opinião que eu.
  - Black, Liah.
  Então ela era uma Black! Torci para não sermos parentes muito próximos e fiquei me questionando quem seriam seus pais. De qualquer forma, fiquei frustrado quando ela foi sorridente para a mesa dos grifinórios e vi novamente a duplicata Weasley ficar suas garras nela. A ví sorrir genuinamente de alguma coisa que disseram na mesa e realmente ela ficava cada vez mais linda e tive que tomar uma atitude quando a ví indo para o corredor com o traidor de sangue. Se eu já não gostava dos Weasley antes, agora gostava menos ainda.
  - vou dar uma volta... - murmurei levantando-me da mesa mas tive meu braço segurado por Panzy.
  - posso ir com você? - disse melosa. - poderíamos conversar... a sós.
  - me solte! - ordenei, puxando meu braço com força. Ela foi minha distração nos últimos anos mas eu estava cansado disso.
  Saí tentando ser o mais discreto possível e consegui impedir um beijo. Eu sabia! O Weasley estava a segurando e chegando perto de seus labios. Bati palmas debochadamente e lancei uma ofensa.
  - olha só... - disse os interrompendo e logo vendo a expressão de raiva de Black. Mais linda ainda. - Mal chegou e já está se deixando levar por um perdedor! Que desperdício para uma Black! 

O ruivo disse para me retirar, mas logico que não me importei, apenas dei uma resposta acida. Foi o que Black disse que me deixou intrigado.
-- Não vale a pena! - Ela se virou para me encarar de baixo. - mimimi traidor do sangue mimimi sangue ruim! Troca de roteiro, já está bem repetitivo e previsível. Vamos lá, Malfoyzinho, você faz melhor! Vem, Fred! Vamos encontrar os outros.
Fiquei estático! Ela havia me confrontado como se não houvesse perigo nenhum mexer com um Malfoy, mas ao em vez de ficar com raiva, fiquei mais interessado. Liah não era realmente como as outras meninas, ela era uma mulher.
Enquanto ela se virava e saía irritada, acompanhei o balanço de seus quadris. Infelizmente, Weasley fazia o mesmo, o que me deixou bravo, ainda mais por ele poder ir atras dela. Coisa que eu jamais poderia naquele momento.
Conforme os dias passavam, minha garganta apertava mais e mal conseguia pensar. As coisas pioraram quando recebi uma coruja de minha mãe.
`` Olá, querido, espero que esteja indo bem. Temos que nos encontrar, tenho ordens para você. Amor, mamãe``
Eu sabia o que aquilo significava. ELE me mandaria fazer algo que não quero, algo que não teria a opção de não fazer. Estava tão bravo que precisava descontar, então a primeira oportunidade de chatear Potter que tive, usei.
Estavamos treinando quadribol com a Grifinória. Sim, no mesmo capo pois estavamos recebendo visita de outros bruxos. Quando estavamos no ar, acertei um balaço em Potter, que se desequilibrou e caiu da vassoura, mas para sua sorte foi salvo por outro jogador de seu time. Descemos todos e em linha, começamos a discutir.
- Você fez de propósito! - Disse Ronald Weasley com seu dedo nojento apontado para mim, mas ele não era meu foco.
- Vai chamar seus cães de guarda pra te defender, Potter? - Rosnei, me direcionando a ele.
- Não tenho cães de guarda como você! Tenho amigos. Mas você sequer sabe o que é isso! - respondeu Potter,na tentativa de me ofender.
- Se for para ser cercado de sangues ruins e essa ninhada de traidores de sangue, é melhor ficar sozinho.
Após minha resposta, ví uma das duplicatas Weasley vir em minha direção e antes que pudesse me defender, levei um soco. Senti o sangue quente escorrer e desci a mão até minha varinha escondida nas vestes. Eu iria estuporar aquele traidor do sangue.
- OPA GALERA, BELEZA?
Meu ato foi interrompido por uma frase em voz feminina. Ela falava alto e chamava a atenção de todos. Quando olhei para saber quem era a insolente, descobri que era a insolente que tem me olhado de longe como se eu não fosse alguem importante por todo esse tempo. E por ironia do destino, era comigo que ela queria falar.
- MALFOY, O DIRETOR ESTÁ TE CHAMANDO, QUEIRA ME ACOMPANHAR? - ela disse ainda falando alto, como que para que todos a ouvissem e não só eu.
Levantei, olhei com desdém para aqueles grifinórios e a segui. Por Merlim, por que ela tem que andar desse jeito? Não que seja ruim, mas não consigo me concentrar! Desde que saímos do campo, ate chegarmos no corredor sem saída de frente com a gargula, só quis colocar minhas mãos em sua cintura, a trazer para perto, qualquer coisa! Não dissemos nada até la, então resolvi puxar assunto.
- O que ele quer comigo? - perguntei baixo.
- Nada. - então ela se virou e percebi que iria embora. - pode ir para onde quiser.
Sorri de canto. Ela havia feito aquilo para me proteger, não que eu precisasse.
- Então por que mentiu?
- Weasley estava com raiva. Com licença.
Antes que ela fosse embora, a puxei pelo pulso, mesmo com medo de machucar seus pulsos que pareciam tão frageis. A puxei para bem perto, como queria fazer ha semanas e seu perfume me embriagou, mesmo assim fingi estar sereno.
- Seu namoradinho Weasley não merece você! - Disse a encarando fixamente, satisfeito por ela nem piscar. - E pelo jeito você ja percebeu.
- Fred não é meu namorado. Solte-me! Panzy ficaria furiosa com você se visse isso.
- A Parkinson não manda em mim! - Cuspi o nome dela. Eu não aguentava mais aquela garota. - E já que a duplicata não é seu dono...
Juntei meus lábios aos dela e pareciam melhores do que eu imaginava. Senti um choque quando toquei em sua pele quente e tentei aprofundar o beijo mesmo correndo o risdo de ser empurrado para longe. A segurei como se tivesse receio que fugisse - de fato, tinha. - E a senti amolecer em meus braços. Eu tinha umamão em seu pescoço e um braço em sua cintura, o qual doía pela marca feita a fogo, mas eu ignorei. Logo, ela me surpreendeu, fazendo algo que me agradou muito: tomou iniciativa. Passamos de uma parede a outra e ela me prensou e mordeu meu lábio inferior. Se estivessemos num lugar mais reservado... mas só pude aperta-la mais próxima de mim. Infelizmente, ouvi vozes ao longe enos soltamos simultaneamente. Droga! Ela me olhou séria com a testa franzida e disse que era dona de sí mesma enquanto ia embora. Essa garota vai me deixar louco. Como se eu já não tivesse problemas o suficiente!