Fanfic: A serpente e os leões | Tema: harry potter

Eu pensava muito em como seria encontrar Sirius e como ele me trataria. Nem sabia se ele estava ciente de minha existencia,mas eu precisava encontra-lo. Então tratei de ir falar com a pessoa mais próxima a ele.
- Hey, Harry! - corri atrás dele até pararmos no pé das escadas para o dormitório. - Podemos conversar?
- Claro... Aconteceu alguma coisa? - Perguntou me encarando por trás dos óculos.
- No momento, não. É sobre o meu passado.
Potter assentiu com a cabeça e subimos até o terceito andar dando tres voltas no corredor. Uma porta se abriu e nós entramos enquanto ela se fechava atras de nós. Era a sala precisa, não precisava nem que me contasse.
O lugar era como uma sala com sofás brancos ao redor de um tapete felpudo e cestas de frutas. Sentamos e ele me encarou até eu me tocar que não o devia olhar tanto e comecei a falar.
- É sobre Sirius. - Os olhos de Harry se abriram quando mensionei o nome. - Eu gostaria de saber como ele está e se vou poder ve-lo algum dia.
- Bem... acho que estamos seguros aqui. Liah, Sirius está em segurança, mas ainda é um foragido. Trocamos mensagens como dá.
Meu coração se encheu de uma paz que eu desconhecia quando ouvi que ele estava em segurança. Era como se o conhecesse, mas não só dos livros.
- Por favor, diga a ele que serei a bruxa mais feliz do mundo quando o puder ver. Diga que estou ansiosa para conhece-lo.
Meus olhos se encheram de lagrimas quando pensei que todo aquele sofrimento que havia lido havia realmente acontecido e que naquele momento meu pai não estava num lugar confortavem em frente a uma lareira. 

Não chore. - Dizia Potter tirando uma lagrima de meu olho esquerdo com a ponta do dedo polegar. - Ele sabe se cuidar e vamos resolver tudo.
Harry era uma das poucas pessoas que conseguia me dar alguma paz, e também o único que sabia sobre meus conhecimentos e dos livros. Sempre tentava com que eu contasse algo sobre o futuro, mas eu não poderia, certo? Era doloroso saber o que eu sabia. Contei com a peremissão de Dumbledore em uma de nossas conversas na mesma sala precisa em que nos encontravamos.
- Você é ótimo, Cicatriz. - Encostei minha cabeça em seu ombro e ficamos ali por um tempo enquanto ele me contava sobre a caçada a Rabicho, mas de sua perspectiva. Meu pai parecia mais incrível ainda. - Temos que voltar para o salão Comunal.
- Não! Espere! - Me interrompeu enquanto eu tentava levantar, me puxando para baixo. - Eu... Gosto de falar com você. É a unica que entende.
- Não vou fugir de você, seu bobo! - eu ri. - Só vamos nos juntar aos nossos amigos. Eles devem estar se perguntando aonde estamos. Já deve ser tarde.
Ví algo diferente nos belos olhos verdes de Harry naquele momento. Era como o desespero de quem estava afundando e não podia deixar de consola-lo. Eu via aquele olhar todos os dias de manhã no espelho. Então o abracei o mais forte que pude, sem aviso prévio, sem dizer nada e beijei o topo de sua cabeça. O senti suspirar pesadamente e presumi que estivesse segurando o choro ou algo assim, então comecei a fazer carinho em seus cabelos escuros como carvão. Harry tinha um cheiro agradavel de banho tomado e alguma colônia e pensando nisso de olhos fechados, não reparei quando ele ergueu a cabeça e nossos narizes se tocaram, então abri os olhos no susto e fiquei paralizada.
- Eu realmente gosto.
E com essa frase, ele quase tocou nossos lábios, eu quase infartei e nós quase estragamos tudo. Levantei como se não tivesse percebido e estendi a mão para ele.
- Podemos conversar sempre que quiser. - Falei sorrindo com uma expressão que pelo meu nervoso, tenho certeza que ficou parecendo psicótica. - Eu sempre vou te ouvir.
- Claro.
Harry estava corado, eu havia acabado de rejeitar a lenda do mundo bruxo, o mundo estava torcido, mas não mais do que meu estômago parecia estar. Fomos até o salão comunal falando desajeitadamente das matérias aparentemente sem sentido do professor Snape, até chegar na entrada. Após a Mulher Gorda abrir a passagem, encontramos a maioria do pessoal lá. Hermione e Ron se olhavam estranho, como se algo tivesse acontecido e eu me perguntei se teriam se declarado, afinal minha chegada alteraria alguns acontecimentos. Fred, Silas e Jorge estavam respectivamente no sofá de dois lugares e numa almofada no tapete. Jorge deu uma cotovelada no irmão e me encarou. Eu estava perdida demais pra pensar em garotos, então fui direto para a cama, dando um boa noite para todos de uma vez. Me joguei na cama,já em meu pijama e fechei os olhos para dormir, mas não conseguiria tão cedo. ``Draco Malfoy, eu te odeio`` repetiria essa frase até me convencer. Me convencer que aquele beijo não tinha sido incrível e que, vejam só, eu estava com inveja de Panzy Parkinson por te-lo tão perto.

Aquela noite foi conturbada, pois tive um pesadelo estranho em que Voldemort me perseguia dentro da floresta proíbida e tentava me acertar a qualquer custo. Era como a guerra bruxa dos livros, a qual eu sabia que se aproximava. Cheguei ate o castelo em busca de proteção, mas avistei os corpos de varios bruxos, incluindo a senhora Weasley e Gina, o que me fez cair de joelhos e olhar para tras. A última coisa que ví foram os olhos vermelhos daquele reptiliano maldito, entao acordei suando e com uma vontade enorme de chorar. Portanto o fiz. 

Já deviam ser umas seis da manhã quando o dia raiou e me levantei feliz por ter mais que ficar naquele quarto olhando fixamente para Gina para me assegurar que respirava. O pessadelo tinha sido nitido demais para esquecer tão facilmente e eu tinha que ter certeza de que não se concretizaria. Precisava falar com Harry!

-Harry... - lá estava eu, infiltrada no dormitória dos garotos tentando não acordar mais ninguem. - Acorda!