Fanfic: A Química - Adaptação Vondy | Tema: Rebelde
O maior bicho-papão era sempre este: que alguém que odiava os Estados Unidos conseguisse pôr as mãos em alguma coisa nuclear. Essa era a nuvem escura que escondia a profissão dela dos olhos do mundo, que a tornara tão indispensável, por mais que o cidadão comum preferisse pensar que ela não existia.
E aconteceu, mais de uma vez. Gente como ela havia evitado que tais situações se transformassem em tragédias humanas de grandes proporções. Havia um mecanismo de compensação. Horror em baixa escala contra carnificina por atacado.
Carston balançou a cabeça, e de repente seus olhos claros demonstraram medo. Ela não conseguiu controlar um ligeiro tremor interno quando percebeu do que se tratava. Havia somente dois tipos de medo daquela magnitude.
É biológico. Ela não enunciou as palavras, só mexeu os lábios.
A expressão sombria de Carston serviu como resposta.
Ela baixou os olhos por um instante, repassando todas as respostas dele e reduzindo-as a duas colunas, duas listas de possibilidades em sua cabeça. Coluna um: Carston era um mentiroso talentoso que estava dizendo coisas que pensava que a motivariam a visitar um lugar onde as pessoas estavam muito bem preparadas para descartar Maria Saviñón para sempre. Ele estava dançando conforme a música, tocando nos pontos sensíveis de Maria.
Coluna dois: Alguém tinha uma arma biológica de destruição em massa, e as autoridades competentes não sabiam onde ela estaria nem quando seria usada. Mas conheciam alguém que sabia.
A vaidade recebeu um certo peso, fazendo a balança pender ligeiramente para um dos lados. Ela sabia que era boa. Era verdade que eles provavelmente não tinham encontrado alguém melhor.
Ainda assim, ela apostaria na coluna um.
- Mari, não quero ver você morta - disse ele com calma, imaginando o que passava pela cabeça dela. - Eu não teria entrado em contato com você se quisesse. Eu não ia querer me encontrar com você. Porque tenho certeza de que, neste exato momento, você dispõe de pelo menos seis maneiras de me matar e de todos os pretextos do mundo para usar uma delas.
- Você realmente acha que eu viria com apenas seis? - perguntou ela.
Ele franziu a testa nervosamente por um segundo, depois decidiu rir.
- Exato. Não tenho desejo de matar, Mari. Estou sendo franco.
Ele fitou o medalhão dela, e ela suprimiu um sorriso e retomou a voz descontraída.
- Eu prefeira que você me chamasse de Dra. Saviñón. Acho que já passamos da fase dos apelidos.
Ele fez uma expressão magoada.
- Não estou pedindo que me perdoe. Eu devia ter feito mais - disse ele. Ela aquiesceu, apesar de, mais uma vez, não estar concordando com ele, apenas mantendo a conversa. - Estou pedindo que você me ajude. Não, não a mim. Ajude as pessoas inocentes que vão morrer se você não ajudar.
- Se elas morrerem, não vai ser por minha culpa.
- Sei disso, Ma... Doutora. Será culpa minha. Mas, na verdade, essas pessoas não vão se preocupar em apontar culpados. Estarão todas mortas.
Ela manteve o olhar fixo nele. Não seria ela a piscar.
A expressão dele mudou para algo mais sombrio.
- Você gostaria de ouvir o que vai acontencer com essas pessoas?
- Não.
- Talvez seja demais até mesmo para o seu estômago.
- Duvido muito. Mas não importa. O que poderia acontecer é secundário.
- Queria saber o que é mais importante do que centenas de milhares de vidas.
- Isto vai parecer terrivelmente egoísta, mas, para mim, o fato de respirar meio que soprepujado qualquer coisa.
- Você não poderá nos ajudar se morrer - disse Carston, objetivamente. - A lição foi aprendida. Esta não será a última vez que vamos precisar de você. Não vamos cometer o mesmo erro de novo.
Ela detestava admitir, mas a balança estava começando a pender ainda mais para um dos lados. O que Carston dizia fazia sentido mesmo. Ela certamente conhecia mudanças de diretrizes. E se fosse tudo verdade? Ela podia se fazer de fria, mas Carston a conhecia bem. Ela teria dificuldades em permitir um desastre dessa magnitude se pensasse que havia uma chance de fazer algo. Tinha sido assim que, no começo, eles a haviam atraído para a pior profissão do mundo.
- Você não trouxe algum arquivo para cá, trouxe? - indagou ela.
Bem, essa foi a última parte do capítulo 2 e amanhã mesmo começo a postar o capítulo 3 e, finalmente, o Christopher vai aparecer.
Lembrem que a fanfic é de bastante ação, terá o romance ~é claro né~ mas ela é uma ficção científica + ação + romance.
Gostaria de agradecer especificamente às pessoas que favoritaram a fanfic e um agradecimento maior ainda para: heloisamelo, julianafontes e beatris por comentarem
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Autor(a): ana
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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Manuzinhaa Postado em 24/04/2018 - 17:32:56
MULHER DO CÉU, CONTINUA
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heloisamelo Postado em 15/12/2017 - 02:20:44
Contt
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julianafontes Postado em 13/12/2017 - 05:15:11
Ansiosa para que o Chris apareçaaaa, continuaaa
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julianafontes Postado em 05/12/2017 - 01:19:33
Estou amando demais, continua logooo
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beatris Postado em 04/12/2017 - 00:51:11
ctn logo pfv pq eu estou realmente curiosa e levemente perdida...