Fanfic: A Química - Adaptação Vondy | Tema: Rebelde
Usando um telefone público, Freddie Noble alugou um chalé pequeno nas cercanias de Tulsa, usando um cartão de crédito novo que seria coberto pela conta corrente do banco em Tulsa. O chalé veio com um senhorio simpático e idoso que parecia feliz em apanhar as caixas que ela enviava pelo correio - repletas das muitas coisas de que ela precisaria quando abandonasse sua vida como Maria Saviñón, umas miscelânea de objetos que incluía toalhas, travesseiros, joias soltas, condensadores de refluxo e balões de inquilina. Ela plantou uma pista aqui e ali de que estava planejando largar um relacionamento ruim; era o suficiente para o senhorio. Encomendou mercadorias a partir de computadores de bibliotecas, fornecendo um endereço de e-mail que nunca acessava no notebook que ficava em casa.
Fez tudo o que podia para se aprontar e então aguardou que Barnaby desse o sinal. No fim, ele a alertou de que o momento da fuga havia chegado, porém não da maneira como ambos tinham planejado.
Aquele dinheiro, tão meticulosamente acumulado durante tanto tempo, agora fluía por seus dedos como se ela fosse uma espécie de filhinha de papai endinheirada. Uma grande farra na esperança de ganhar sua improvável liberdade, era o que prometia a si mesma. Tinha alguns truques para conseguir dinheiro de verdade, mas eram perigosos e envolviam riscos que ela deveria evitar a todo custo. No entanto, ela não tinha alternativa a não ser usá-los.
Certas pessoas precisavam de cuidados médicos por parte de profissionais que se dispusessem a não seguir as regras. Algumas delas simplesmente queriam um médico que soubesse supervisionar a administração de um tratamento ainda não aprovado pelo órgão responsável pelo controle de alimentos e medicamentos, algo obtido na Rússia ou no Brasil. E outras precisavam que alguém lhes retirasse alguma bala do corpo, mas não queriam ir a um hospital, onde a polícia seria notificada.
Ela mantivera uma presença instável na internet. Alguns clientes a haviam contatado no seu e-mail anterior, que agora estava extinto. Ela teria que voltar a se tornar visível nos meios que a conheciam e tentar se comunicar com alguns contatos sem deixar nenhum rastro novo. Seria difícil; se o departamento tivesse encontrado os e-mails, provavelmente saberia sobre o resto. Pelo menos seus clientes compreendiam. Grande parte do serviço que ela lhes prestava variava do quase legal ao inteiramente criminoso, e os contratantes não se surpreenderiam com sumiços ocasionais ou novas identidades.
Teria preferido mais algumas semanas para pensar sobre outras coisas - para refinar seu esquema, considerar suas vulnerabilidades, cuidar dos preparativos perfeitos -, mas o plano de Carston chegara com um ultimato. Ela tivera que dividir seu tempo limitado entre manter a vigilância e organizar um ambiente de trabalho, de modo que nenhuma das duas tarefas havia sido realizada à perfeição.
Era provável que o departamento a estivesse observando, para o caso de ela tentar dar um passo sem eles. Após sua visita antecipada a Carston, era provável que esperassem isso dela. Mas que escolha tinha? Apresentar-se para bater o ponto, conforme o esperado?
Ela já vira o suficiente para apostar que, nesse dia, Christopher seguiria o mesmo padrão dos três dias anteriores. Algo acerca de seus trajes quase idênticos - calça jeans parecida, camisa social, casaco esportivo, tudo com diferenças insignificantes de matrizes - fez com que ela suspeitasse que se tratava de uma criatura de hábitos arraigados em sua vida pública. Depois do horário escolar, ele permanecia no colégio para falar com os alunos e planejar as aulas do dia seguinte. Então, com diversas pastas e o notebook na mochila sobre o ombro esquerdo, saía, acenando para a secretária ao passar. Caminhava seis quarteirões e pegava o metrô na estação Congress Heiths por volta das seis da tarde, justamente quando o caos do transporte público estava no pico. Fazia o trajeto direto pela linha verde até a estação Columbia Heights, onde ficava seu pequeno apartamento. Quando chegava lá, jantava comida congelada e corrigia exercícios dos alunos. Ia para a cama por volta das dez da noite e nunca ligava a televisão, pelo que ela observava. Era mais difícil acompanhar o que acontecia de manhã - ele tinha persianas de bambu o que se tornavam basicamente transparentes quando a iluminação vinha de dentro, mas que ficavam opacas no sol matutino. Ele saía às cinco para uma corrida matinal, retornava uma hora mais tarde e saía de novo após trinta minutos, dirigindo-se à estação de metrô a três quarteirões de distância, o cabelo encaracolado e com comprimento médio ainda molhado do banho.
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Autor(a): ana
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Duas manhãs antes, ela seguira seu trajeto de exercício o melhor que pudera, mantendo uma distância segura. Ele tinha uma passada forte e rápida - ficara clro que era um corredor experiente. Enquanto observava, ela se pegou desejando ter mais tempo para correr. Não adorava correr, como parecia ser o caaso de várias outras pessoas. Sem ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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Manuzinhaa Postado em 24/04/2018 - 17:32:56
MULHER DO CÉU, CONTINUA
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heloisamelo Postado em 15/12/2017 - 02:20:44
Contt
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julianafontes Postado em 13/12/2017 - 05:15:11
Ansiosa para que o Chris apareçaaaa, continuaaa
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julianafontes Postado em 05/12/2017 - 01:19:33
Estou amando demais, continua logooo
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beatris Postado em 04/12/2017 - 00:51:11
ctn logo pfv pq eu estou realmente curiosa e levemente perdida...